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]]>Existe uma pesquisa da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), chamada Raio-X do Investidor Brasileiro, que é publicada anualmente e que compartilha dados sobre as finanças da população, de acordo com idade, classe social, localização geográfica e escolaridade, entre outros critérios.
Essa pesquisa, em sua edição 2023, mostrou como a população vem lidando com suas finanças após o período mais crítico da pandemia. Ela mostra que mais brasileiros conseguiram economizar e começaram a investir, e embora a participação masculina ainda seja maior, o percentual de mulheres investidoras também cresceu em relação ao ano anterior. Quanto ao perfil de risco, homens e mulheres ainda se mostram bastante conservadores, e as mulheres pareceram um pouco mais resistentes do que os homens quando se fala de ativos diferentes da poupança. No BB, 46% das investidoras possuem perfil moderado.
A gente já falou aqui no Blog BB sobre o perfil de investidor. Mas hoje eu quero ressaltar que nós somos muito mais do que simples caixinhas Conservador, Moderado, Arrojado e Agressivo.
Existe uma ideia equivocada, um preconceito coletivo, de que ser arrojado é bom e ser conservador é ruim. Ser conservador é associado a algo ultrapassado, superado, fora de moda, enquanto ser arrojado remete a ser moderno, ousado, diferentão, quando não é nada disso. O perfil de investidor é somente uma “foto” daquele momento da sua vida, mas resume demais algo que é muito mais complexo e cheio de nuances.
Ser conservador, por exemplo, significa que você não pode (ou não quer, ou não se sente confortável em) assumir determinado nível de risco neste momento. Talvez por preferência pessoal, você até buscaria uma emoção a mais na sua carteira de investimentos, mas agora você acabou de ter um filho, ou acabou de ser demitido, ou ficou doente, ou quis comprar uma casa e fez um financiamento. Ou seja, seu momento de vida pede cautela, não especulação financeira.
Por outro lado, ser arrojado não te torna melhor do que ninguém, apenas representa que você talvez já esteja em um patamar mais tranquilo de vida, já tem um bom colchão de liquidez, tem seu imóvel próprio (ou não, isso já é outra discussão), os filhos já estão encaminhados na vida, ou você ainda não tem ninguém que dependa financeiramente de você. Nesse caso, pode se permitir testar seus nervos de aço na montanha-russa do mercado financeiro, porque se tudo der errado e você tiver uma carteira diversificada de forma correta, não vai desestabilizar sua saúde financeira em caso de um revés no cenário econômico.
Ser moderado é arriscar-se com prudência, é colocar só um pezinho nas águas mais turbulentas da economia. É tolerar um certo nível de volatilidade para buscar um retorno superior, mas sem se expor demais em aplicações de risco. Como o nome sugere, é ter moderação, equilíbrio.
E será que quase metade das mulheres investidoras são moderadas mesmo, ou só estão com vergonha de assumir que são conservadoras, por exemplo, por medo de serem taxadas de ultrapassadas e incapazes de lidar com o próprio dinheiro?
Ou será que, pelo contrário, elas seriam até mais arrojadas, mas toda a estrutura patriarcal em que a maioria de nós foi criada sugere que não é lá muito correto uma mulher ser arrojada com os investimentos… assim como ela não deve falar de forma muito assertiva em uma reunião de trabalho, escolher carreiras muito técnicas, dirigir bem, escolher não se casar ou não ter filhos, essas coisas, sabe? Imagina, colocar o dinheiro em risco, não pensa na sua família? Seu pai sabe que você está fazendo essas coisas? E o seu marido, diz o que sobre isso?
Muitas vezes, pela pressão social ou familiar, é esperado que a gente assuma uma postura de “cuidadora”, aquela que zela pela segurança e pela harmonia do lar, e isso parece meio incompatível com muita aventura financeira, não parece não? Aliás, viver qualquer tipo de aventura é altamente contraindicado para as mulheres. Sim, contém ironia. Mas é verdade.
Isso tudo são crenças inconscientes (os famosos ‘vieses’) que carregamos pela vida, que passam de geração em geração e que influenciam todas as nossas decisões, inclusive as de ordem financeira. O importante, aqui, é não se deixar engessar por uma estrutura classificatória, que serve meramente para atender a um protocolo mínimo (e super necessário) de proteção ao investidor. Afinal, se você estiver fazendo um investimento que não esteja aderente ao seu perfil de investidor cadastrado, a instituição financeira tem obrigação de te alertar. Mas é exatamente isso, um alerta, não é uma barreira para suas preferências pessoais.
Não existe certo ou errado em investimentos. Existe aquilo que é melhor para você, para aquele seu momento de vida. Vamos nos preocupar menos com classificações formais e mais com iniciar ou aumentar nossa reserva financeira. Começando pelo óbvio, que é conseguir guardar dinheiro. Reduzindo despesas, liquidando dívidas (ou substituindo a linha de crédito por outra com menor taxa de juros), arrumando uma outra fonte de renda e organizando sua capacidade de poupança. Conseguir poupar já é um enorme passo. E cuidando das crenças limitantes que rondam a nossa mente, isso vai ficar mais fácil.
Se não sabe em que investir, comece devagar. Não é errado aplicar em poupança, por exemplo, se é o que vai te deixar segura no momento (mesmo que aquele/a influencer de finanças diga o contrário). Errado é fazer mal para os outros. Aplicar em poupança já te coloca à frente de uma grande parcela da população que ainda não investe em nada. Depois que você conseguir juntar um valor suficiente para sua “reserva de paz” (aquela poupancinha que te deixa em paz caso algum imprevisto aconteça, e que deve ser aplicada em algo extremamente seguro e disponível), você pode começar a diversificar seus investimentos de acordo com seu objetivo (uma viagem, comprar ou trocar o carro, quitar seu imóvel, estudar, planejar sua aposentadoria, qualquer coisa que te faça feliz – afinal, é pra isso que o dinheiro serve).
Não adianta colocar dinheiro em cripto se você nem sabe direito do que se trata (e os riscos envolvidos). Não adianta buscar uma modalidade de investimento porque “todo mundo diz que é bom”, “todo mundo está fazendo”. Meu anjo, lembre-se do valioso ensinamento das nossas mães: você não é todo mundo! O que é bom “pra todo mundo” não necessariamente será bom para você.
Saia da caixa, busque conteúdo de qualidade, informe-se com fontes confiáveis, empodere-se. Mas não sofra. Embora pareça complexo, não é tão difícil assim. Aqui no Blog do BB você encontra muito conteúdo para ampliar seu conhecimento e para te ajudar a tomar as melhores decisões de investimentos. Nós temos uma ferramenta preciosa no App BB chamada Investir com um Objetivo, que te auxilia a distribuir os recursos entre modalidades conforme seu perfil de investidor, o prazo da aplicação e o uso que você pretende fazer dela.
A menos que seja de origem ilegal, você não precisa dar satisfação a ninguém sobre o que vai fazer com o SEU dinheiro. Reage, mulher! Bota um cropped (pode colocar sim) e vem investir com a gente!
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]]>Por Vicente Lo Duca, CGA, CFP®, Especialista em Estratégia de Alocação do BB
Em agosto, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, teve alta de 6,16% e fechou aos 109.523, resultado que surpreendeu positivamente, dado o desempenho negativo das bolsas estrangeiras.
O S&P 500 fechou o mês em queda de 4,2%, em linha com o cenário de risco para ativos globais que pontuamos em nossa última Palavra do Especialista. Essa queda ocorreu na esteira das falas de Jerome Powell, presidente do Banco Central Americano (FED), ao longo do simpósio de Jackson Hole, nas quais afirmou que o “retorno da estabilidade de preços irá requerer a manutenção de política monetária restritiva por algum tempo”, levando o mercado a precificar uma taxa terminal de juros mais elevada para conter a inflação americana.
No cenário local, os resultados positivos do segundo trimestre e as melhores perspectivas para a economia brasileira impulsionaram a alta da bolsa. Em nossas carteiras, esses retornos puderam ser capturados por meio da alocação nos fundos BB Ações Quantitativo e BB Multimercado Espelho Navi Long Short que, de forma combinada, oferecem possibilidades de ganhos e controle de volatilidade.
Na renda fixa, os prefixados mantiveram a performance acima do CDI (IRF-M 2,05%), assim como os indexados mais longos, que contribuíram para o fechamento do IMA-B em 1,10%, próximo ao CDI. Diante desse cenário, todas as nossas carteiras encerraram o mês no campo positivo, com destaque para a de perfil Agressivo.
Para setembro, mantivemos o nosso posicionamento mais defensivo, sem exposição a investimentos no exterior, considerando a expectativa de subida de juros americanos em patamares ainda maiores do que o precificado pelo mercado, o que deve continuar impactando negativamente a bolsa americana.
Já na renda variável local, a aproximação das eleições, aliada à possibilidade de estabilização dos preços das commodities, pede uma visão mais cautelosa para essa classe de ativos. Dessa forma, mantivemos o nosso o posicionamento em bolsa local, com o intuito de proteger a carteira da volatilidade
Na renda fixa, apesar do contexto inflacionário global e aumento de gastos internos, acreditamos que os efeitos do rápido ajuste na taxa de juros tenham sido efetivos para controlar a inflação doméstica, possibilitando o fim do ciclo de aperto monetário. Assim, aumentamos a posição em prefixados, que vinha reduzida, e mantivemos a exposição menor em indexados à inflação, optando por trabalhar todos os vértices da curva de juros por meio do fundo BB Tesouro Inflação, para diminuir a exposição na ponta curta que pode sofrer com a desoneração fiscal e possibilidade de captura de prêmios na parte prefixada mais longa.
Por fim, na classe de multimercados, mantivemos a nossa alocação igual à do mês de agosto, considerando a capacidade de capturar bons retornos para as carteiras, mesmo em cenários de maior incerteza para o mercado.
Especificamente nessa classe, destaco o papel do fundo BB Multimercado Multigestor Plus, que permite diversificar em fundos de vários gestores renomados por meio de um único produto, agregando sofisticação e mantendo a simplificação, marcas do BB no compromisso de democratizar os investimentos para os brasileiros.
Caro investidor, o nosso time de gerentes e especialistas está à sua disposição para dar orientações e esclarecer dúvidas, sempre com o objetivo de cuidar do que é valioso para as pessoas.
Consulte todas as nossas Carteiras Sugeridas.
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]]>Theo Linero, CFP®, é Planejador Financeiro Pessoal certificado pela Planejar, Mestre em Ciências do Comportamento pela UnB e Assessor em Investimentos no Banco do Brasil
Se você buscar no dicionário, o significado da palavra crença é descrito como fé; religião; convicção profunda; ou disposição subjetiva a considerar algo certo ou verdadeiro, por força do hábito.
E não, não vamos falar de religião, não se preocupe. O que vamos abordar está mais para a última definição acima. Explicaremos melhor a seguir.
Você provavelmente já ouviu algumas frases, como: investir é difícil, é para quem tem muito dinheiro ou, ainda, que as pessoas têm medo de investir. Essas são algumas das crenças que ouvimos e tomamos como verdades absolutas para a nossa vida. Parecem inocentes num primeiro momento, mas podem ser fatais no que concerne ao seu futuro financeiro.
Não é à toa que tais crenças recebem o nome de crenças limitantes.
E, afinal, como podemos trabalhar com elas a fim de vencer o medo, os preconceitos ou qualquer outra coisa que nos impeça de investir?
Agora, pare esta leitura por alguns minutos e escreva em um papel (ok, pode ser no bloco de notas do celular) tudo que vier à sua mente como resposta às seguintes perguntas: como você se sente quando o assunto é dinheiro? E quando o tema é investimentos? Quais são as suas crenças?
Não continue a leitura sem fazer o proposto no parágrafo anterior. Pode confiar.
Bom, feita a lista, o que acha de trabalharmos todas as crenças listadas e darmos a elas um novo significado na sua vida?
Assim, separe cada uma e, em seguida, coloque as motivações que fazem a afirmativa ser verdadeira ou falsa. Então, liste tudo que pode ser feito para a alternativa não ser mais um limite na sua vida. Difícil? É nada, vamos a um exemplo:
Crença: investir é para quem tem muito dinheiro.
É verdadeira, pois: geralmente só me sobra R$ 50 por mês.
É falsa, pois: meu amigo me disse ser possível investir mesmo com pouco dinheiro.
Como evitar essa limitação: estudar mais sobre opções de investimento e buscar uma orientação.
Afinal, o que isso tem a ver com o mundo dos investimentos? Tudo!
Poderíamos escrever um livro ou falar por horas sobre o tema, mas, como esse espaço é curto, apenas pense nas últimas vezes em que você comprou algo. Em alguma delas, ficou ansioso, feliz, triste ou teve qualquer outro sentimento? Provavelmente sim, pois nossa relação com o dinheiro não é apenas racional. Conhecer como essa relação acontece impacta diretamente na nossa vida financeira e, consequentemente, em como lidamos com os investimentos, sejam atuais, sejam futuros.
Aí voltamos ao assunto principal deste texto: as suas crenças, mesmo de maneira inconsciente, têm tudo a ver com a forma como você investe.
No entanto, como podemos trabalhar essas crenças a fim de evitar a desistência no meio do caminho por algo que, às vezes, só existe na nossa cabeça?
Por exemplo, usando o exercício acima, se a sua crença é de que investir é para quem tem muito dinheiro, te convidamos a conhecer melhor algumas soluções disponíveis. Se você é cliente do BB, a sugestão é acessar o Simulador de Investimentos, uma ferramenta supersimples disponível no aplicativo ou portal do banco. A partir de R$ 0,01, você recebe recomendações de investimento de acordo com o seu perfil e com o prazo que pretende deixar o dinheiro investido.
Outra crença a qual costumamos ouvir sempre: investimento é um tema difícil. Pensando nisso, criamos o Dicionário do Deseconomês, um jeito simples e fácil que o Banco do Brasil encontrou a fim de descomplicar o mundo dos investimentos para você.
Bom, aqui nós disponibilizamos algumas, digamos, formas de ajudar a trabalhar as tais crenças limitantes.
Mas existe algo que só você pode fazer pelo seu futuro: conhecer a sua realidade financeira e pensar em formas para começar a guardar um pouco do seu salário todo mês. Afinal, esse dinheiro terá uma finalidade, e só você é capaz de mensurar a realização dos seus sonhos.
E então, qual é a sua crença?
Não sabe por onde começar? O Blog BB ajuda você:
Guia completo de como começar a investir
Tesouro Direto: o que é e como começar a investir
Qual fundo de investimento combina com você?
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]]>Por Vicente Lo Duca, CGA, CFP®, Especialista em Estratégia de Alocação do BB
Apesar das oscilações ao longo do mês, o Ibovespa contrariou um ditado bastante conhecido entre os investidores: Sell in May and go away (venda em maio e vá embora). A frase, sugestão de que os investidores devem sair do pregão em maio, não se confirmou na bolsa brasileira este ano. Beneficiado pela sua comoditização e pelo avanço do setor financeiro, o Ibovespa fechou o mês com alta de 3,22%, aos 111.350 pontos.
Na renda fixa, os resultados também foram positivos. O IRF-M, prefixado, teve retorno de 0,58%. O IMA-B, indexados à inflação de prazo até cinco anos, de 0,78%. E o IMA-B 5+, indexados à inflação com prazo superior a cinco anos, de 1,16%, superando o CDI.
Contudo, olhando para o cenário externo, os principais índices de ações, S&P 500 e MSCI ACWI, oscilaram bastante frente às preocupações quanto ao risco de desaceleração da economia americana. O S&P 500 chegou a registrar queda de 5% e se recuperou somente após sinalizações amenizadoras do Banco Central Americano (FED), fechando em neutralidade (0,01%). Enquanto o MSCI ACWI registrou uma leve caída (-0,13%).
Ao longo de maio, nosso posicionamento tático defensivo em investimentos no exterior, com manutenção da exposição em renda variável local, e a seleção de produtos como BB Ações Quantitativo e BB Ações Bolsas Globais, gerou ganhos de 0,46 e 1,84 pontos percentuais, acima dos benchmarks Ibovespa e MSCI All Country, respectivamente. Isso contribuiu para a boa performance das carteiras.
As carteiras de perfil Conservador, Moderado, Arrojado e Agressivo fecharam o mês com retornos de 103%, 127%, 136% e 151% do CDI, respectivamente. Essa consistência é mantida quando observamos um período maior, como 24 meses, em que nossas carteiras também superaram o índice.
Para os próximos meses, destacamos como pontos-chave o cenário inflacionário global, em especial o norte-americano, com a expectativa sobre quão agressiva será a postura do FED na condução da política monetária ao controle da inflação, o que pode trazer riscos de desaceleração à economia do país. Além das sinalizações de estímulo econômico da China e o comportamento dos preços das commodities.
Já no mercado local, estão em nosso radar o impacto da alta de commodities na bolsa, as discussões tributárias no âmbito federal e a expectativa sobre o fim do ciclo de aperto monetário pelo Banco Central.
Considerando estes fatores, os quais se assemelham aos do mês passado, entendemos que o momento pede cautela. Por isso, mantivemos nossa estratégia, com posicionamento reduzido em investimentos no exterior e prefixados, e maior exposição à classe de multimercados, que vem entregando bons resultados.
Para renda variável, apesar das possibilidades de valorização dos principais papéis listados na bolsa, uma piora no cenário externo pode impactar esses retornos. Isso nos levou a manter nossa alocação aos perfis Moderado, Arrojado e Agressivo. Na visão do produto, fizemos uma alteração no indexado à inflação: o fundo BB Tesouro Inflação Curta dá lugar ao BB Tesouro Inflação, que possibilita captura de ganhos nos mais diversos prazos de vencimentos de títulos públicos federais.
Lembre-se, independentemente do cenário ou do momento, nós, especialistas e gerentes do time do Banco do Brasil, estamos à sua disposição para orientá-los durante essa jornada no mundo dos investimentos.
Consulte todas as nossas Carteiras Sugeridas na página bb.com.br/carteirasugerida
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]]>Por Vicente Lo Duca, CGA, CFP®, Especialista em Estratégia de Alocação do BB
Na vida, como nos investimentos, contar com a imprevisibilidade pode ser algo positivo. Afinal, nem tudo que não podemos prever é realmente algo ruim. O fato é que precisamos estar preparados para os cenários que podem surgir no horizonte, sempre ponderando os desdobramentos das nossas escolhas.
Na nossa última conversa, falamos sobre os riscos que se desenhavam e explicamos o nosso posicionamento para o mês, no qual diminuímos a alocação em investimentos no exterior e incluímos em ouro. Apesar da manutenção em renda variável local, “enxergamos oportunidades de aumento no fluxo de entrada de capital estrangeiro no Brasil”.
Ao longo do mês, principalmente na segunda metade, o conflito entre Rússia e Ucrânia desacelerou. Ambos sinalizaram um caminho para possíveis acordos, o que agradou bastante aos mercados. Dessa forma, os índices de ações, como S&P 500 e MSCI ACWI performaram no campo positivo, 3,58 e 1,94% respectivamente.
Esse, de fato, não era o cenário base com o qual trabalhamos. No entanto, estávamos preparados de tal forma que, ainda assim, pudemos capturar essa mudança e entregar rentabilidade diferenciada aos nossos investidores. Explico: o movimento de reduzir a alocação em Investimentos no Exterior, redirecionando para o BB Multimercado Ouro, proporcionou a diminuição da volatilidade das nossas carteiras e ainda gerou maior retorno. O fundo MM Ouro fechou o mês com alta de 3,22%, enquanto o BB Ações Globais, o nosso fundo que busca capturar ganhos na classe Investimentos no Exterior, subiu 2,79%.
No mercado local, o Ibovespa fechou o mês com quase 120 mil pontos, representando uma alta de 6,06%, alavancada pela busca de investidores por empresas expostas a commodities, o que pode ser observado pela elevação do fluxo de capital estrangeiro. Na renda fixa, os principais índices também performaram no campo positivo, com destaque para os indexados à inflação IMA-B e IMA-B 5, com retornos de 3,08 e 2,97% respectivamente.
Diante desse contexto, as nossas carteiras fecharam o mês de março com retornos na ordem de 1,04% na Conservadora; 1,24% na Moderada; 1,60% na Arrojada; e 2,65% na Agressiva, todas superando o CDI de 0,92%. Esse cenário se repete quando analisamos o primeiro trimestre de 2022, com as carteiras performando, respectivamente, a 109, 110, 118 e 195% do CDI, que fechou a 2,42%.
Para o mês de abril, continuam no nosso radar questões, como o lockdown na China por causa do avanço da Covid-19 e os seus impactos na atividade econômica; a inflação global, motivada pela probabilidade do aperto do ciclo monetário do FED ser mais forte que o precificado pelo mercado; e os desdobramentos do conflito entre Rússia e Ucrânia que, apesar da sua distensão, ainda apresenta incertezas quanto ao desfecho. Já no cenário doméstico, seguimos acompanhando a inflação, os movimentos do Banco Central e a continuidade do fluxo estrangeiro na busca por empresas e mercado comoditizados.
Dessa forma, fizemos dois pequenos ajustes nas nossas carteiras: um tático e outro na seleção de produtos para os perfis Moderado, Arrojado e Agressivo. No primeiro, aumentamos a exposição em investimentos no exterior, que havíamos reduzido consideravelmente em março. Contudo, ainda a manteremos em patamares inferiores ao do nosso modelo base.
No segundo ajuste, excluímos o fundo BB Espelho Navi Long Short da classe de renda variável e redirecionamos a alocação para o fundo BB Ações Quantitativo. Isso reflete a nossa visão um pouco mais otimista para a bolsa brasileira, que ainda pode se beneficiar do fluxo de capital estrangeiro e da valorização das commodities.
Para as demais classes de ativos, mantivemos as alocações de março, com menor exposição em Prefixados e elevação em Multimercados, que vêm obtendo boa performance ao longo do ano. Destacamos os fundos BB Macro e BB Multiestratégia dentro dos perfis Moderado e Arrojado, que obtiveram retornos de 3,57 e 4,66%. Além disso, no perfil Agressivo, o fundo BB Espelho Legacy Capital, que alcançou a rentabilidade de 10,59% no ano.
Seguimos com a nossa estratégia de proteção das carteiras com a alocação no BB Multimercado Ouro devido à incerteza diante do conflito europeu e às possibilidades de um agravamento do contexto de estagflação¹ mundial.
Caro investidor, lembre-se de que a imprevisibilidade existe, mas que a melhor forma de se proteger e aproveitar oportunidades é por meio da diversificação, equilibrando o risco e potencial de retorno. Além de, é claro, estar preparado para agir (ou optar por não agir) em momentos de estresse, sempre com muita análise e estudo.
E fique tranquilo, pois você não fará isso sozinho. Nós, especialistas do Banco do Brasil, estamos a postos para ajudá-lo nesta jornada.
Conte conosco.
Assista ao vídeo Carteiras Sugeridas de abril:
https://youtu.be/CFDRMo8aGYM
Consulte todas as nossas Carteiras Sugeridas na página bb.com.br/carteirasugerida
¹Estagnação da atividade econômica combinada com inflação.
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]]>Por Vicente Lo Duca, CFP®, Especialista em Estratégia de Alocação do BB
Na última Palavra do Especialista, publicada em fevereiro, destacamos que um dos principais fatores de preocupação para os mercados naquele mês seriam o “risco geopolítico entre Rússia e Ucrânia, que aumenta a aversão ao risco dos mercados globais”. Esse cenário se confirmou, e em uma velocidade e intensidade maiores do que o mercado esperava. Maiores também do que o nosso cenário base, que considerava uma invasão Russa na área ao extremo leste da Ucrânia, onde já existem conflitos separatistas há alguns anos.
Porém, a invasão russa foi mais ampla, buscando a captura da capital Kiev. Além disso, a resistência ucraniana dá sinais de que o conflito pode se prolongar, e as crescentes sanções econômicas que estão sendo impostas à Rússia pelo Ocidente impactou os mercados globais. O S&P 500 fechou em queda de -3,1%, o MSCI ACWI em -2,70% e o Euro Stoxx 50 em -6%.
Em contrapartida ao movimento negativo das bolsas globais, os preços das commodities vêm se elevando ao longo do desenrolar do conflito, devido à restrição de produção e circulação. Destacamos o aumento do preço do petróleo, que já ultrapassa os US$ 110 o barril, representando alta de mais de 50% no ano; do gás natural, com aumento de 35%; e das commodities metálicas, como ouro, que já acumula valorização de 8% no ano. É importante estarmos atentos ao fato de que a Rússia é uma grande produtora de commodities, sendo responsável pela exportação de 45% do palladio mundial, 15% da platina, 9% do ouro, além de fornecer mais de 40% do gás consumido pela Europa.
Esse aumento no valor das commodities torna-se benéfico para a Bolsa brasileira, que possui na composição do Ibovespa empresas com exposição a esses mercados, atraindo fluxo de capital estrangeiro em busca de proteção. Esses efeitos podem ser observados pelo montante de recursos estrangeiros que entraram no Brasil em 2022, na ordem de R$ 62 bilhões, sendo R$ 30 bilhões em fevereiro, contribuindo para a alta de 0,89% do índice, que fechou em 113.141 pontos. Esse movimento também impacta o câmbio, apreciando o real frente a outras divisas, como pode ser observado pela valorização de mais de 9% do real frente ao dólar.
No mercado de renda fixa, os principais índices obtiveram retornos positivos, com destaque para os papéis indexados à inflação curta, que tiveram retorno de 1,06% (IMA-B 5), movimento que foi capturado pelas nossas carteiras com a alteração do fundo Tesouro Inflação pelo Tesouro inflação Curta que sugerimos no último mês.
Mesmo diante deste cenário desafiador, todas as nossas carteiras obtiveram retornos positivos, na ordem de 0,82% na Conservadora, 0,59% na Moderada, 0,38% na Arrojada e 0,96% na Agressiva. Destacamos as carteiras Conservadora e Agressiva que performaram acima do CDI, que fechou o mês em 0,75%. A primeira, devido ao seu posicionamento mais defensivo, sem exposição direta a investimentos no exterior. E a Agressiva pela composição dos fundos multimercados que, para este perfil, assumem maiores riscos e obtiveram retornos mais expressivos.
Considerando a imprevisibilidade de duração do conflito na Europa, com diversas possibilidades de desfecho, e as crescentes sanções econômicas impostas pelo ocidente à Rússia e seus impactos na economia global, estamos diante de um possível cenário de estagflação, ou seja, estagnação da atividade econômica combinada com inflação.
Diante desta situação, fizemos dois movimentos complementares em nossas carteiras Moderada, Arrojada e Agressiva, buscando reduzir o risco e proteger o patrimônio de nossos clientes em caso de piora do cenário: diminuímos a alocação em investimentos no exterior e incluímos a alocação em ouro em nossas carteiras.
Vale ressaltar que não consideramos apenas retornos históricos em nossa recomendação, mas, parafraseando o escritor Mark Twain, cuja frase dá título a este texto, “A história não se repete, mas muitas vezes rima”. Historicamente, em outros momentos de guerra ou crise global, o ouro obteve retornos significativos. Mas cabe destacar que, apesar dessa característica de proteção de valor, ele possui considerável volatilidade, ou seja, seus retornos podem variar de forma positiva ou negativa.
A forma mais prática de exposição a esta classe de ativo é feita por meio do fundo BB Multimercado Ouro, fundo que possui ticket de entrada de R$ 0,01, reforçando a nossa missão em democratizar o acesso aos investimentos para todos os clientes.
Em renda variável local, enxergamos oportunidades de aumento no fluxo de entrada de capital estrangeiro, proveniente da continuidade da busca por papéis expostos a commodities e exclusão da Rússia da carteira dos principais índices globais de emergentes. No entanto, fatores internos podem começar a fazer preço nesta classe. Assim, apesar de termos considerado o aumento de exposição à renda variável local, optamos pela manutenção na nossa alocação estrutural. Em multimercados, mantivemos a alocação um pouco mais elevada, iniciada no mês passado, por se tratar de instrumento interessante de captura de valor em diversos cenários, tendo o gestor agilidade para fazer correções de rota ao longo do mês.
Na renda fixa, continuamos com uma posição menor em prefixados, que podem sofrer em caso de aumento da inclinação na curva de juros, impactada pela piora do contexto inflacionário global que afetaria também a inflação brasileira. Em indexados à inflação, mantemos nossa alocação estrutural com exposição à parte curta da curva, pelo fundo Tesouro Inflação Curta.
Caro investidor, caso você nos acompanhe há mais tempo, deve ter observado que já escrevemos Palavras do Especialista com títulos: “Mar calmo nunca fez bom marinheiro” e “Céu de brigadeiro”. O que isso quer dizer? Que investir não é um caminho direto, retilíneo, com ganhos sempre. Ou seja, existe volatilidade e é importante que estejamos conscientes para termos calma e tranquilidade para analisar os fatos sem pessimismo em momentos de tensão, e sem euforia em momentos de Bull Market. E que a diversificação é a melhor estratégia para equilibrar a relação risco x retorno de sua carteira ao longo do tempo.
Mas, fique tranquilo, você não está sozinho nesta jornada. O time de assessoria em investimentos do Banco do Brasil está por aqui para ajudá-lo ao longo desta caminhada. Conte conosco.
Assista ao vídeo Carteiras Sugeridas de março em:
https://www.youtube.com/watch?v=WcvqAISiDfc
Consulte todas as nossas Carteiras Sugeridas na página bb.com.br/carteirasugerida
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]]>Você se preocupa com a sustentabilidade no seu dia a dia? Sabe que este é um caminho sem volta, e que empresas que adotam esses princípios tendem a ter melhores retornos no longo prazo?
Então, temos uma boa notícia: é possível incluir a preocupação com o meio ambiente e com as pessoas também na hora de fazer investimentos. Um dos caminhos pra isso são os fundos BB de investimento ASG.
A sigla se refere a ambiental, social e governança, ou Environmental, Social and Governance (ESG), em inglês. Mas o que isso significa na prática? Que os fundos de investimento ASG aplicam o capital dos cotistas em empresas no Brasil e no exterior que respeitam esses valores.
Ou seja, a construção do seu patrimônio também pode ser feita seguindo o que você acredita! Você investe e, de quebra, ajuda a fazer um mundo melhor e mais sustentável.
O Banco do Brasil possui um portfólio completo de fundos ASG, e um deles pode se encaixar na sua carteira de investimentos. Então, que tal conhecê-los melhor e entender por que pode valer a pena investir nessa modalidade?
Como todo fundo de investimento, a gestão dos fundos BB ASG é feita por um gestor especializado. É ele o responsável por selecionar as melhores empresas sustentáveis, que cumprem os critérios necessários e apresentam potencial de valorização.
No caso do BB, essa é mais uma iniciativa de uma lista que começou ainda em 2005, com o lançamento do hoje chamado BB Ações Sustentabilidade, um dos primeiros fundos com essa temática no Brasil.
Além dele, existem outros fundos de investimento com essa pegada. Os que vamos citar aqui estão disponíveis para todos os investidores, com opções de aplicação inicial de apenas R$ 0,01. Todos têm o propósito de aliar rentabilidade e responsabilidade socioambiental. Vamos conhecer?
BB Ações ESG Globais BDR Nível I — O capital dos cotistas é aplicado em uma seleção de empresas estrangeiras, em papéis que são negociados na bolsa brasileira, os chamados BDRs.
BB Ações ESG Globais BDR Nível I — O capital dos cotistas é aplicado em uma seleção de empresas estrangeiras, em papéis que são negociados na bolsa brasileira, os chamados BDRs.
BB Ações ESG Globais BDR Nível I — O capital dos cotistas é aplicado em uma seleção de empresas estrangeiras, em papéis que são negociados na bolsa brasileira, os chamados BDRs.
BB Ações ESG Globais BDR Nível I — O capital dos cotistas é aplicado em uma seleção de empresas estrangeiras, em papéis que são negociados na bolsa brasileira, os chamados BDRs.
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Saiba mais sobre cada um dos fundos na página Investimentos ASG. Lá, você também encontra informações sobre a LCA Verde, um produto de renda fixa com o selo ASG do BB. E lembre-se: sempre aplique de acordo com o seu perfil de investidor.
Ah! Também tem um vídeo do Deseconomês falando de investimentos ASG na playlist InvesTalk, no YouTube. Confira:
O BB reconhece os desafios para o futuro e se propõe a exercer um papel transformador na sociedade, nos negócios e no planeta. Por isso, firmou uma série de compromissos em busca de um mundo melhor, e um deles se refere justamente aos investimentos ASG.
Nossa meta é chegar, até 2025, com saldo de R$ 20 bilhões aplicados em empresas comprometidas com essas causas. Mas também realizar, até o fim de 2022, uma avaliação, considerando os critérios ASG, em 100% dos ativos aplicáveis sob gestão da BB DTVM.
Acreditamos que a sustentabilidade gera negócios que podem contribuir de forma positiva para o meio ambiente e para a sociedade. Se você também acredita, venha investir com a gente!
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]]>O InvesTalk surgiu como uma playlist no canal do BB do YouTube, e passa agora a ser uma plataforma de conhecimento para você aprender, cada vez mais, a cuidar do seu dinheiro e a investir melhor.
Você consome informação por vídeo, podcast ou texto? Não importa, com o InvesTalk você tem acesso à melhor assessoria em investimentos, do seu jeito. Aqui no Blog BB você encontra nossos conteúdos em formato de artigos, sempre com links para o InvesTalk em outros formatos e plataformas.
Tem conteúdos tanto para quem está pensando em começar a investir, dando os primeiros passos, quanto para quem já entende do assunto e quer se aprofundar um pouco mais.
Fique ligado na legenda que aparece em cada artigo:
Educação financeira: Conteúdos para quem está começando ou quer aprender mais sobre organização financeira e o mundo dos investimentos
Deseconomês: Uma coletânea de artigos que descomplica termos do mercado financeiro, dos mais básicos aos mais complexos, usando linguagem simples, analogias e criatividade.
Assessoria: Análises, dicas e sugestões dos nossos especialistas, para quem quer ficar por dentro do mundo dos investimentos, entender como anda o mercado e ficar de olho nas oportunidades
Análise econômica: Selic, PIB, inflação, índices econômicos. Tudo para você entender os rumos da economia, e como ela afeta o seu dia a dia e os seus investimentos.
O que todos os conteúdos têm em comum? Nós falamos de investimentos de forma descomplicada, de um jeito que todos entendem. Afinal, investir pode e deve ser pra todo mundo. É nisso que o BB acredita.
Aproveite para se inscrever na newsletter e ficar sempre por dentro. E lembre-se de compartilhar essa novidade com todo mundo. Afinal, quanto mais conhecimento melhor na hora de cuidar do seu dinheiro e de investir.
Você está no BB, sinta-se em casa.
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]]>Por Vicente Lo Duca, CFP®, Especialista em Estratégia de Alocação do BB
Olá, investidor.
Janeiro é sempre aquele momento em que refletimos sobre os acontecimentos do ano anterior e projetamos nossas expectativas para o ano que começa. No início de 2021, com base no que foi observado em dezembro de 2020, as perspectivas eram positivas para o Brasil e o mundo. Algumas se concretizaram, outras não, impactando de formas diferentes o mercado interno e externo, trazendo volatilidade e mudanças de cenários de forma recorrente ao longo do ano. Ou seja, uma montanha-russa econômico-financeiro de emoções.
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Podemos dividir 2021 em dois grandes marcos: até junho e pós junho. Apesar da volatilidade e performance de altos e baixos do Ibovespa ao longo do primeiro semestre, chegamos ao meio do ano com um cenário ainda otimista para o Brasil. Os ativos de risco doméstico capturavam ganhos derivados do cenário externo favorável e do otimismo acerca da retomada econômica brasileira, do avanço da vacinação, do cenário fiscal controlado e das expectativas com as reformas administrativa e tributária.
No entanto, a partir da segunda metade do ano, além da terceira onda de Covid-19 na Europa e EUA, fatores mais estruturantes como: i) Inflação global; ii) expectativa de retirada de estímulos monetários e fiscais; iii) riscos regulatórios na China; iv) e desaceleração da economia chinesa, começaram a trazer preocupações aos mercados.
Apesar disso, a retomada da economia americana e resiliência dos mercados europeus contribuíram para que os índices S&P500 e Stoxx 50 fechassem o mês de dezembro em alta de 4,64% e 5,98%, respectivamente, totalizando um ganho acumulado no ano de 26,89% no índice americano e 20,99% no Europeu. Já o MSCI Emerging, que representa 27 mercados de países emergentes, fechou o ano em -4,59%, apesar da leve recuperação de 0,94% em dezembro, tendo sido impactado pela performance negativa dos índices chineses.
Já no cenário doméstico, discussões políticas, evolução do quadro fiscal e da agenda de reformas, além do aumento da taxa básica de juros para conter o avanço da inflação, impactaram o desempenho dos ativos nacionais. Apesar do Ibovespa ter fechado o mês de dezembro no positivo, na ordem de 2,85%, com aprovação da PEC dos precatórios e do orçamento de 2022, não foi suficiente para apagar as quedas anteriores, e o índice fechou 2021 em -11,93%.
Esse carrossel de emoções também impactou a renda fixa. O índice IMA-B 5, que representa os títulos indexados à inflação de curto prazo, tiveram os melhores retornos, fechando o ano em 4,57%. Já o IMA-B, que é composto por títulos dos mais diversos prazos, o retorno foi negativo, em -1,26%, assim como os prefixados (IRF-M), que sofreram com a abertura da curva de juros ao longo ano, finalizando 2021 com retorno de -1,99%, apesar dos retornos positivos nos últimos dois meses.
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Após esse cenário diverso ao longo de 2021, nossas carteiras fecharam o mês de dezembro no campo positivo, contribuindo positivamente para a performance do ano. A carteira Conservadora fechou 2021 em 4,13%, a Moderada em 2,93%, a Arrojada em 2,65% e a Agressiva em 1,60%. Quando analisamos sob uma perspectiva maior, em 24 meses os retornos foram respectivamente de 6,86%, 8,15%, 11,41%, 9,03 % (lembrando que a carteira Agressiva teve início em setembro/20). Com isso, as carteiras Moderada, Arrojada e Agressiva superaram o CDI no período.
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Para 2022, acreditamos que teremos mais um ano com alta volatilidade nos mercados. No mercado interno, a atenção fica voltada para questões estruturais como o combate à inflação e a agenda de reformas. Do ponto de vista conjuntural, temos um novo ciclo eleitoral pela frente. Já no cenário externo, o quadro segue positivo, com a economia americana crescendo em bom ritmo. Ao mesmo tempo, questões inflacionárias e sanitárias (com eventuais novas variantes de Covid-19), além de desafios que devem ser enfrentados por países emergentes, requerem cautela.
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Diante do que falamos até aqui, realizamos ajustes em nossos modelos de carteiras, o que se refletiu em alterações das alocações estruturais de cada uma das classes, em cada um dos perfis. Optamos por diminuir o risco assumido em nossas carteiras, dado o cenário projetivo e o custo de oportunidade de alocação, considerando um CDI em maior patamar.
Diminuímos a exposição em prefixados, indexados à inflação e multimercados em todos os perfis. Aumentamos a exposição a ativos pós fixados e investimentos no exterior, e calibramos a alocação em renda variável. Desta forma, acreditamos posicionar a carteira de uma forma que atende melhor à expectativa de proteção de patrimônio, sem deixar de lado os ativos que podem incrementar o resultado das carteiras ao longo de 2022.
Por fim, investidor, lembre-se que aqui no BB possuímos um time de especialistas e gerentes preparados para oferecerem-te apoiar com uma assessoria de investimentos única e qualificada.
Desejamos um ótimo 2022!
Consulte todas as nossas Carteiras Sugeridas na página bb.com.br/carteirasugerida
Assista ao vídeo com as análises dos nossos especialistas e as sugestões de onde investir em bb.com.br/videocarteiras
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]]>Calculadora na mão. O salário cai na conta, e você começa um malabarismo no orçamento para os gastos não superarem a renda. E torce para que naquele mês não ocorra um imprevisto. Que tal viver com menos emoção?
Se você não tem dívidas, sua situação financeira já está melhor que a de muitos brasileiros, é verdade. Mas esse equilíbrio basta? Ou você está disposto a dar o próximo passo e começar a poupar?
O grande desafio dos financeiramente equilibrados é construir uma reserva de dinheiro.
Seja para emergências e imprevistos, seja para realizar aquele sonho, como viajar pro exterior, trocar de carro, comprar um imóvel ou garantir um futuro mais tranquilo.
Mas, para isso acontecer, é preciso mudar a sua relação com o dinheiro.
É importante deixar claro que educação financeira é para todos.
Diferentemente do que alguns pensam, não tem a ver com ser pão duro. Pelo contrário! Tem a ver com organização orçamentária, para alcançarmos, desse modo, a independência nas finanças.
Chegar a essa independência é uma construção que passa por uma mudança comportamental.
É importante dar um passo de cada vez: quitar as dívidas, fazer uma reserva de emergência e depois investir.
Outro texto do blog do BB, Reserva de emergência: veja como criar a sua, explica como fazer essa reserva, considerada um investimento prioritário, pois ajuda a enfrentar crises e gastos inesperados.
E para uma imersão completa sobre reserva de emergência, vale a pena dar uma olhada no episódio Grana para emergências, da série Deseconomês, do BB, no YouTube.
Para se tornar um poupador, serão necessários ajustes no orçamento e a assimilação da ideia de que é importante mudar o pensamento de “ganhar versus gastar versus poupar o que restou” para “ganhar versus poupar versus gastar o que restou”.
Essa mudança de conceito não é fácil. Dados da 4ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), mostram que apenas 36% dos brasileiros conseguiram poupar no último ano.
Em contrapartida, o impacto da pandemia e o distanciamento social favoreceram a formação de uma poupança involuntária.
Para 56% dos que conseguiram guardar algum dinheiro, a principal razão foi a economia gerada por deixar de ir a festas, viajar, usar o carro etc.
Outros 24% conseguiram poupar ao evitar compras desnecessárias, enquanto 11% guardaram regularmente uma parte do salário.
É importante colocar essas lições em prática, mas também entender de onde vem esse maior ou menor equilíbrio.
Gênero, idade e estado civil são variáveis com grande influência na relação dos adultos com o dinheiro.
Em sua tese de doutorado “Atitudes, crenças e comportamentos de homens e mulheres em relação ao dinheiro na vida adulta”, a psicóloga e pesquisadora da psicologia do dinheiro Valéria Maria Meirelles confirma a importância da família na aprendizagem financeira.
“Os indivíduos no início da vida adulta e solteiros usam mais o dinheiro consigo mesmos, enquanto os casados e divorciados, com a família. Os homens investem mais, enquanto as mulheres poupam. Além disso, para eles o dinheiro mostrou-se como aspecto mais central na vida, enquanto elas consideram a família”, esclarece Valéria.
Esse comportamento, entretanto, é um pouco distinto quando se observa o endividamento. O fenômeno estaria relacionado a outras variáveis, sendo mais impactado por diferenças de personalidade, principalmente aquelas relacionadas à privacidade e à segurança.
Entender sua relação com o dinheiro é importante para se organizar financeiramente e compreender o que pode ou não pode fazer. É preciso, entretanto, dar o primeiro passo. O guia simplificado a seguir é um bom começo.
O objetivo é evitar gastar mais do que se pode. Tendo controle financeiro, é possível perceber como as coisas vão ficando mais caras. A dica é fazer anotações semanais, para criar o hábito e, principalmente no começo, para conhecer a sua realidade financeira — afinal, para onde está indo o seu dinheiro?
No App BB, existe a função Minhas Finanças. Lá você pode acompanhar o seu orçamento mensal, de forma fácil e visual. Todos os seus lançamentos da conta corrente e dos cartões de crédito são classificados em grupos de consumo, o que facilita a identificação do destino do seu dinheiro e, também, o gerenciamento da sua vida financeira direto no celular.
Quando se sabe o quanto ganha e o quanto gasta e no que gasta fica mais fácil identificar o que faz sentido ficar e o que faz sentido cortar no orçamento, se necessário.
Aproveite as oportunidades de renegociação oferecidas por empresas e pelo Governo.
Não espere conseguir guardar 30% do que ganha para começar a poupar. Economize o quanto puder e faça disso um hábito. Sabia que o BB tem investimentos a partir de R$ 0,01?
É preciso estudar para entender o mercado financeiro. O bom é que existe muito conteúdo de qualidade à disposição, diversos deles gratuitos. O importante é não aplicar de olhos fechados.
E, claro, além dos estudos, você também pode contar com os especialistas do BB nessa etapa para iniciar sua vida de investidor. Quer conhecer mais? Que tal maratonar o InvesTalk no Youtube?
Além da reserva de emergência já falada, você pode começar a conhecer o mundo dos investimentos de uma forma descomplicada, com o Dicionário do Deseconomês!
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