cultura – Blog do Banco do Brasil // Fri, 24 Nov 2023 20:12:17 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.9.9 Mulheres na cultura: competência, amizade e diversidade à frente do CCBB RJ //mulheres-na-cultura-competencia-amizade-e-diversidade-a-frente-do-ccbb-rj/ //mulheres-na-cultura-competencia-amizade-e-diversidade-a-frente-do-ccbb-rj/#respond Fri, 10 Feb 2023 18:57:03 +0000 //?p=8287 Como as histórias de vida de quatro profissionais do BB se encontraram na liderança do CCBB RJ 

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Especial Dia Internacional das Mulheres

Sororidade. O termo define a relação de conexão, afeição ou amizade entre mulheres, semelhante à que idealmente haveria entre irmãs. Há também uma camada adicional no significado da palavra: a ideia de que as mulheres ficam mais fortes quando se unem.

Ao conversar com as integrantes do Comitê de Administração do Centro Cultural Banco do Brasil Rio Janeiro (CCBB-RJ), que, desde fevereiro de 2022, pela primeira vez na história, é totalmente composto por mulheres, é possível enxergar todo o potencial da combinação entre competência e sororidade em ação.

Sueli Voltarelli, Bianca Mello, Marcela Monteiro e Caroena Neves são as responsáveis por oferecer ao público carioca uma programação cultural plural, regular, acessível e de qualidade.

Além de serem mulheres, mães e excelentes profissionais, elas têm em comum o fato de que, mesmo percorrendo caminhos diferentes, suas vidas se encontraram em um dos maiores centros do mundo dedicado à arte e à cultura.

Histórias que se entrelaçam

A gerente geral do CCBB RJ, Sueli Voltarelli, é descendente de italianos que se mudaram para o interior de São Paulo. Até os 15 anos, morou em uma fazenda onde eram produzidos os itens que, após comercializados, garantiam o sustento da família. Os pais sempre se esforçaram para Sueli e seus irmãos estudarem. Por meio da educação, ela viu a sua vida ser transformada.

Sueli Voltarelli, gerente geral do CCBB RJ

“Eu entrei no Banco do Brasil em abril de 1993 e trilhei um longo caminho até chegar à gerência do CCBB RJ. Quando entrei no banco, foi um acontecimento extraordinário para toda a minha família, e isso só foi possível porque meu pai batalhou muito para que eu e meus irmãos estudássemos. E foi uma conquista muito grande, a coroação de um esforço da família inteira, na verdade.”  

Sueli também acredita que seu sucesso profissional, além do próprio esforço, é resultado das lições aprendidas com todas as pessoas com quem conviveu. “Aprendi com a minha família a ser muito determinada, mas eu acredito também que eu sou o resultado das pessoas maravilhosas que passaram pela minha vida, como professores, colegas de trabalho e chefes, que foram muito inspiradores. A primeira vez que eu fui nomeada para assumir um cargo no BB, por exemplo, eu estava voltando de licença-maternidade, e foi uma mulher que me nomeou. Atitudes como essa me fizeram acreditar no poder das pequenas ações diárias. Eu sou contra o machismo. Então, além de educar os meus filhos nesse sentido, o que eu posso fazer enquanto gerente de um centro cultural para diminuir o preconceito? Como eu posso contribuir para essa luta? Dando espaço a mulheres competentes, inteligentes e capazes”.

A promoção posterior à licença-maternidade marcou tanto a vida de Sueli que ela não hesitou quando teve a oportunidade de repetir o gesto. Depois de ocupar o cargo de gerente de comunicação e administrativo no CCBB RJ, Sueli nomeou Bianca Mello para assumir a condução da assessoria de imprensa do Centro Cultural. A coincidência é que Bianca também estava retornando de licença-maternidade após dar à luz gêmeos. 

Bianca Mello, gerente de conteúdo dp CCBB RJ

Para Bianca, filha de funcionários do BB e parte da equipe do Banco há 20 anos, a oportunidade de trabalhar em um novo cargo promoveu mudança significativa em sua vida, principalmente pelo fato de que ela tinha acabado de se tornar mãe. “Existe uma frase que circula pela internet que diz assim: ‘esperam que mulheres trabalhem como se não tivessem filhos e criem filhos como se não trabalhassem’. Pra mim, filho tinha que entrar no currículo. Nós aprendemos gestão de crises e conflitos, melhores formas de organização e uma série de outras coisas. Não somos formados só pela academia e pela experiência profissional, nós também somos formados pela vida. E a maternidade ajuda muito a administrar o trabalho, porque muda o nosso olhar”.

Em fevereiro de 2022, ao ser nomeada como gerente de conteúdo, Bianca adquiriu também a consciência de que ela é exemplo para outras mulheres. “Eu comecei no Banco como amarelinha e ficava na sala de autoatendimento para ajudar os clientes. Era uma função tão simples e satisfatória que eu me sentia uma heroína.  Ao olhar pra trás, em retrospecto, eu percebo que o mais incrível de estar nesta posição é colaborar para que mais mulheres se enxerguem em lugares de liderança. Se eu for esse exemplo pra alguém, ficarei imensamente feliz”. 

A prova viva de que as mulheres sempre são fonte de inspiração umas para as outras é a gerente da área de Patrimônio e Administrativo do CCBB RJ, Marcela Monteiro. Seguindo o exemplo da mãe, ela decidiu prestar concurso para o Banco do Brasil. “A minha mãe era funcionária dos Correios, e eu sempre admirei o fato de o trabalho dela oferecer uma certa estabilidade. E isso me chamava atenção. Eu decidi, então, prestar concurso para o BB em 1999. No ano 2000, eu fui chamada e fiquei muito feliz. A minha família também comemorou muito”.

Marcela Monteiro, gerente de patrimônio e administrativo do CCBB RJ

Marcela passou, então, a ter outro sonho: trabalhar no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro. E, quando ela menos esperava, a oportunidade chegou. “Eu sempre fui muito interessada pela arte, tanto que fiz faculdade de História da Arte na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Trabalhei durante quatro anos em uma agência ali perto da Central do Brasil, e, sempre que havia alguma reestruturação, me perguntavam onde eu gostaria de trabalhar. Eu sempre respondia que o meu sonho era o CCBB RJ, mas apesar de estar tão perto fisicamente, parecia muito distante. Até que, em 2004, surgiu uma vaga na área administrativa do Centro Cultural. Eu topei na hora! Fiquei muito feliz e desenvolvi toda a minha carreira nesse setor. Outro fator positivo é que, após trabalhar tanto tempo em uma área, virei referência em outros CCBBs. E, no meio da pandemia, quando surgiu um processo seletivo para a gerência administrativa, eu participei e fui comissionada em novembro de 2020”. 

Para Marcela, não há dúvidas de que a formação do Comitê composta por quatro mulheres faz toda a diferença. “A nossa sensibilidade nos aproxima ainda mais da missão de encantar as pessoas que visitam o CCBB. A gente quer que todo mundo saia feliz após uma visita, e isso tem muito a ver com o fato de sermos mulheres, mães e cuidadosas. Nós trabalhamos para que as pessoas sintam que é possível sonhar, que a arte e a cultura fazem parte da vida e contribuem para a formação do ser humano”. 

Caroena Neves, gerente de programação do CCBB RJ

Caroena Neves, gerente de programação do CCBB RJ, também acredita no poder transformador da arte. Ela só teve a oportunidade de conhecer o espaço quando assumiu um cargo na área administrativa. Desde então, a sua vida mudou completamente. “Eu me esforcei muito e consegui entrar na faculdade. Até que eu fiz um estágio no Banco do Brasil e fiquei sabendo que iam abrir as inscrições pro concurso, mas eu não tinha dinheiro pra pagar o cursinho e estudar pras provas. Eu decidi, então, fazer o concurso do IBGE para recenseador e usar o salário para pagar o cursinho que ia me ajudar a passar pro BB. O meu plano deu certo, e, após ser aprovada, eu comecei a trabalhar em uma agência em Caxias (RJ). Trabalhei lá por três anos, e o CCBB não estava nos meus planos, até porque era muito distante da minha realidade. Mas recebi uma ligação me oferecendo uma vaga no Centro Cultural e eu aceitei. Quando cheguei, era como se tivesse atravessado um portal. Comecei a ter contato com esse universo da cultura, e tudo mudou, o meu modo de enxergar a vida e a maneira como eu me enxergo, porque eu nem me reconhecia como uma mulher negra. Foi uma reconstrução total”.  

Para Caroena, a sua missão agora é tornar o CCBB RJ um lugar cada vez mais acessível: “eu nasci na baixada fluminense, no município de São João de Meriti, e tive uma vida que é comum a toda menina negra de um lugar mais pobre. Mas eu sempre tive muita vontade de ser mais e eu sabia que a única forma de fazer a diferença na minha vida era por meio da educação. Agora, após 21 anos de carreira como gerente de programação do CCBB RJ e fazendo parte de um comitê totalmente composto por mulheres, eu sinto que nós estamos no lugar certo para trabalhar temas muito importantes e que precisam ser resolvidos o quanto antes. E a arte e a cultura têm esse poder de revolução. Eu acredito muito nisso”. 

Números que fazem a diferença 

Com mais de 30 anos de história, o Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro já recebeu mais de 58 milhões de visitantes e apresentou mais de 2.450 projetos nas áreas de artes visuais, cinema, teatro, dança, música e pensamento. Isso lhe rendeu o título de centro cultural mais amado do Rio de Janeiro. Desde 2011, o CCBB RJ figura no ranking anual do jornal britânico The Art Newspaper, projetando o Rio entre as cidades com as mostras de arte mais visitadas do mundo.  

O prédio dispõe de três teatros, duas salas de cinema, cerca de 2 mil metros quadrados de espaços expositivos, auditórios, salas multiuso e biblioteca com mais de 200 mil exemplares. O CCBB ainda mantém e preserva os acervos do Banco do Brasil no Arquivo Histórico e Museu Banco do Brasil. Os visitantes contam ainda com restaurantes, cafeterias e loja, serviços com descontos exclusivos para clientes BB.

O CCBB RJ está aberto ao público às segundas, das 9 às 21h. De quarta a sábado, das 9 às 21h, e aos domingos, das 9 às 20h.

E, além das programações dos CCBBs Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, no site, você encontra uma novidade muito legal:  se quiser conferir uma exposição que não pôde visitar ou ainda conhecer uma unidade fora da sua cidade, agora é possível fazer um tour virtual interativo com detalhes sobre as peças, os artistas e muito mais. Os CCBBs estão de portas abertas para recebê-lo

Série especial Dia Internacional das Mulheres 

Esta matéria narra a trajetória de Sueli, Bianca, Marcela e Caroena e é a primeira de uma série a qual homenageará mulheres notáveis que fazem parte da história do Banco do Brasil. 

Nos próximos dias, você vai poder acompanhar, aqui no Blog BB, como funcionárias, clientes e parceiras utilizam a sua potência e contribuem para que o BB seja mais próximo e relevante na vida de todos os brasileiros. Continue acompanhando!

Leia também:  

Tarciana Medeiros: a primeira mulher à frente do BB

Mulher empreendedora: ela faz, e você também

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Rock anos 1980: como o DF virou berço de talentos //rock-anos-1980-como-o-df-virou-berco-de-talentos/ //rock-anos-1980-como-o-df-virou-berco-de-talentos/#comments Fri, 03 Jun 2022 17:55:26 +0000 //?p=4809 Festival no CCBB de Brasília resgata a história de como a capital foi fundamental no movimento roqueiro nacional

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A história do rock brasileiro começa ainda na década de 1950, quando Nora Ney faz uma versão abrasileirada do clássico Rock Around the Clock, e Cauby Peixoto interpreta a primeira composição do gênero feita no país, Rock and Roll em Copacabana. O país começou a ter um movimento com uma identidade roqueira brasileira nos anos 1980. Assim, há 40 anos, eclodia um movimento apelidado simplesmente de Rock Brasil, também conhecido como BRock.

Em celebração a esse marco, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) criou o festival Rock Brasil 40 Anos, que percorreu Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo até chegar a Brasília, onde surgiriam algumas das primeiras e maiores bandas do movimento. O festival se encerra no CCBB Brasília, no dia 5 de junho, celebrando uma jornada que começou ainda nos anos 1970.

Como era o rock brasileiro antes de 1980?

Na virada da década de 1950 para 1960, o rock nacional se espelhava nos estilos do rockabilly e iê-iê-iê, consolidados nos EUA e na Inglaterra, tendo, respectivamente, Chuck Berry e The Beatles como maiores referências. Assim nascia a Jovem Guarda, movimento pop que revelou Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Renato e Seus Blue Caps e toda uma geração de artistas que se tornariam ídolos multimidiáticos com canções sobre amor, festa, liberdade e aventuras juvenis.

Ao final de 1960, com a Tropicália, o rock brasileiro abraça a estética modernista da antropofagia e recria um estilo com elementos mais nacionais. Então Os Mutantes se tornam a maior referência do gênero, seguidos por Raul Seixas (que abandona a Jovem Guarda) e bandas com um som mais próximo do rock progressivo, como O Terço, Som Imaginário, Casa das Máquinas e Guilherme Arantes com o Moto Perpétuo.

De que forma nasceu o movimento Rock Brasil?

Segundo Phillippe Seabra, líder da banda Plebe Rude, apesar do sucesso de Rita Lee e Raul Seixas, o rock dos anos 1970 enfraquecia no mainstream nacional. “Era tudo muito obscuro. Daí, o punk ligado ao underground abriu caminho para o rock de Brasília”, aponta.

Em 1978, na ainda incipiente vida cultural de Brasília, alguns jovens filhos de diplomatas, acadêmicos, políticos e servidores públicos começaram a formar a chamada Turma da Colina (referência ao conjunto de prédios residenciais dos funcionários da UnB, onde se reuniam). Dali nasce o primeiro filho dessa geração brasiliense roqueira: o Aborto Elétrico.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A banda durou menos de quatro anos sem nenhum registro fonográfico oficial. Mas foi o suficiente para movimentar a cena. “Fazíamos músicas mais atemporais, de contestação, mas com eloquência. Uma erudição punk”, brinca Seabra. “Brasília não virou o alicerce fundamental do rock brasileiro à toa. A gente tinha a idade exata da revolução pós-punk. Nossa internet eram os malotes diplomáticos. E a gente conseguiu receber discos, fitas e livros até antes de São Paulo”, justifica.

Philippe Seabra, vocalista da Plebe Rude, em apresentação do Rock Brasil 40 anos no Rio de Janeiro (Reprodução: Instagram/@pleberude)

E foi assim, largando à frente com discos do The Clash debaixo dos braços, que as primeiras bandas do Rock Brasil explodiram comercialmente em âmbito nacional. Com a separação dos seus integrantes, o Aborto Elétrico gerou duas das maiores bandas do movimento. Renato Russo fundou a Legião Urbana. Os irmãos Fê e Flávio Lemos, o Capital Inicial. Junto a eles, vinham, a reboque, a Plebe Rude e Os Paralamas do Sucesso que, apesar de carioca, tinha estreita relação com Brasília, pois foi onde o guitarrista Herbert Vianna conheceu o baixista Bi Ribeiro.

“Foi um movimento muito espontâneo que terminou por se constituir num fenômeno musical”, conta o cineasta Vladimir Carvalho, diretor do documentário Rock Brasília – Era de Ouro (2011), sobre o período de formação dessa geração artística da capital. “Eles alcançaram uma projeção que nenhum gênero musical ligado à capital da República alcançou e marcaram de forma extraordinária o rock do Brasil”, constata.

Vladimir Carvalho, diretor do documentário “Rock Brasília – Era do Ouro” (Reprodução: YouTube/TV Brasil)

Por que Brasília se tornou a capital do rock?

De acordo com o produtor cultural e criador do festival Ferrock, Ari de Barros, antes mesmo de Renato Russo e a Turma da Colina, Brasília já tinha uma vocação para o rock’n’roll. “No final dos anos 60 e início dos 70, já tínhamos bandas importantes para a nossa história, como Matuskela, Elson 7, Os Infernais e Raulino. Não era o rock dessa tradição dos anos 80 ainda, mas começou ali. Foi o start definitivo para ser chamado Brasília capital do rock”, ressalta.

Depois desses grupos, que variavam desde bandas de baile com estilo Jovem Guarda ao rock psicodélico, começaram a surgir também bandas mais autorais, das quais a pioneira, antes mesmo de Aborto Elétrico, foi a Mel da Terra. Formada em 1979, foi a primeira reverberar fora de Brasília. “Eles saíram na frente e deram um pontapé muito importante. Participaram de programas, como o do Chacrinha”, recorda Ari.

Mel da Terra estourou em Brasília antes da famosa série de shows intitulada Concerto Cabeças, que revelou desde os próprios talentos do Rock Brasil a outros nomes, como Cássia Eller e Oswaldo Montenegro.

A repercussão alcançada pelos primeiros discos de Legião, Paralamas, Capital e Plebe, em meados dos anos 1980, durante as Diretas Já, permitiu um lugar de destaque a Brasília. A capital era um dos centros irradiadores de uma geração responsável pela construção de uma identidade do Rock Brasil. Em outras cidades, expoentes, como Barão Vermelho, Camisa de Vênus, Ira!, RPM e Titãs, também deixavam a cena pulsante.

O que veio depois do Rock Brasil?

Poucas bandas de Brasília repetiriam o mesmo êxito comercial de Legião Urbana, mas isso também não quer dizer que o movimento do rock na capital enfraqueceu. Enquanto saíam os primeiros álbuns no contexto do processo de redemocratização do Brasil, o ano de 1985 era marcado por um dos momentos mais prolíficos da cena roqueira da cidade, que culminou no lançamento do disco coletivo Rumores.

Marco histórico do espírito roqueiro brasiliense underground, o álbum reuniu as bandas Escola de Escândalos, Finis Africae, Elite Sofisticada e Detrito Federal, fazendo ecoar o típico som de Brasília.

Uma década depois, nos anos 1990, com as bandas fundadoras do Rock Brasil já consagradas, a capital federal passa a revelar novos talentos do rock, com linguagens diferentes e beneficiados pela era dos videoclipes. Foi o caso de Raimundos, Little Quail and The Mad Birds, Maskavo e Os Cabeloduro.

Mesmo os anos 2000, as revelações brasilienses continuavam a aparecer, ainda que de modo mais tímido e com estilos de rock mais alternativos, caso do Móveis Coloniais de Acaju. No entanto, embora o cenário seja muito diverso daquele dos anos 1980, a força do bom e velho rock brasileiro continua a arrastar plateias Brasil afora.

Festival no CCBB

O festival Rock Brasil 40 Anos, que vem ocorrendo desde 10 de maio e vai até 5 de junho no CCBB, em Brasília, conta com grandes shows das bandas mais icônicas do rock nacional dos anos 1980 e uma extensa programação cultural. Os shows do palco principal acontecem sempre aos sábados e domingos, na área aberta do centro cultural, ao ar livre. 

Em paralelo aos shows principais, o festival ainda traz uma extensa programação cultural para o CCBB Brasília. O público pode conferir palestras sobre a história do rock; e uma mostra de cinema com títulos de sucesso que falam da história de ídolos do rock brasileiro, como Cazuza – O Tempo não Para (2004), Blitz, O Filme (2019), Barão Vermelho – Por Que a Gente é Assim? (2007), entre outros. O festival também apresenta espetáculos musicais consagrados para o Teatro do CCBB Brasília, como Cássia Eller – O Musical; Renato Russo – O Musical; Cabeça – Um Documentário Cênico; e Cazas de Cazuza – O Musical.

Foto: Felipe Perlingeiro
Foto: Felipe Perlingeiro

Rock Brasil 40 Anos também exibe uma exposição de fotografia e outra de artes plásticas. A mostra fotográfica do festival contém uma seleção de cerca de 60 fotos de artistas e personalidades que representam o rock brasileiro, clicadas ao longo das últimas décadas por Cristina Granato, um dos maiores nomes do fotojornalismo brasileiro. Além disso, a Galeria 4 do CCBB Brasília recebe, ao longo do festival, obras de Luiz Stein e Zé Carratu, artistas plásticos que surgiram junto com o rock brasileiro dos anos 1980.

Gosta de rock nacional? Com quem vai curtir os shows? Compartilhe a matéria com os amigos.

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Cicloturismo: um estilo de vida //cicloturismo/ //cicloturismo/#comments Fri, 11 Feb 2022 20:20:31 +0000 //?p=3568 Conheça histórias de quem uniu a prática do pedal com o turismo e aproveita um estilo de vida mais saudável e feliz

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Pode ser que você tenha aprendido a andar de bicicleta quando era criança, mas há anos que não encara uma pedalada. 

Ou, pode ser que, em duas rodas, você percorra distâncias por diversão, ou mesmo como meio de transporte. Seja como for, uma coisa é certa: pedalar pode ser uma ótima atividade física

Pedalar é uma dessas atividades polivalentes: acelera o metabolismo, auxiliando no controle da pressão sanguínea, da glicemia e do colesterol. 

A prática também aumenta o fôlego e a resistência, tem baixo impacto nas articulações e promove o bem-estar geral do corpo, com a liberação de substâncias importantes para o equilíbrio mental, como a endorfina e a serotonina, responsáveis pelas sensações de alegria e contentamento. 

E sabe o que mais costuma promover felicidade? Conhecer novos destinos, viajar e entrar em contato com outras culturas

Que tal unir as duas coisas? 

O cicloturismo é uma modalidade que une lazer e mobilidade. 

Trata-se de viajar usando uma bicicleta como meio de transporte. Seja para roteiros curtos ou distâncias mais desafiadoras, com boa vontade, preparação física e equipamentos adequados, é uma ótima alternativa para se desbravar novos destinos. 

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Escolha saudável 

Os desafios apresentados pelos últimos anos devido à pandemia de coronavírus fizeram crescer a procura por opções de cuidados com a saúde tanto física quanto mental. 

As atividades físicas são sempre recomendadas por atuar, diretamente, nesses dois campos: proporcionam bem-estar físico, além de apresentar ótimos resultados no emocional. Corpo são, mente sã.

No BB, não são poucos os funcionários que abraçaram esse estilo de vida, e fazem da bicicleta sua companheira de passeios, aventuras e, até mesmo, para o cicloturismo.

Neste artigo, você vai conhecer histórias inspiradoras de quem percorreu milhares de quilômetros de belos cenários em duas rodas. 

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De bike pelo Brasil 

Cicloturismo, foto. Banco do Brasil
Acervo pessoal

A primeira dessas histórias é de Cláudio Amaury, que reside em Brasília (DF). O amor pelo pedal já é antigo na vida dele, e a prática já rendeu boas histórias. 

Em 2006, ele e os irmãos, Denir e Ely, encararam uma viagem de 500 km entre Montes Claros (MG) e a cidade natal do pai do trio, Taiobeiras (MG). 

Cláudio conta que a viagem, que durou sete dias, foi uma experiência inesquecível, cheia de desafios: terrenos acidentados, chuva, pneus furados, mas, principalmente, cheia de momentos incríveis de integração com a natureza.

Outra cicloviagem inesquecível que ele relata foi o percurso de 400 km pelo Caminho dos Diamantes, na Estrada Real de Minas.

“Viajar de bicicleta possibilita perceber cada detalhe do caminho com todos os nossos sentidos. A experiência é mais completa pois, além do contato com a natureza e a arquitetura, conhecemos um pouco mais da cultura local”, conta. 

Ele relata que, ao pedalar, existe um outro horizonte, mental, que se abre. “Tenho a sensação de entrar em um estado meditativo, em que reflito sobre as experiências vividas e também sobre mim. Essa introspecção é uma grande porta aberta para transformações pessoais”, afirma. 

Há 10 anos, Cláudio passou a usar sua bicicleta no trajeto para o trabalho diariamente, e para qualquer deslocamento próximo de casa: “Se a distância for de até de 10 km, não tenho dúvida: vou de bike”.

Acervo pessoal

A Estrada Real também é a paixão de Luiz Henrique Pimenta, de Andradas (MG), que já percorreu os quatro caminhos oficiais da Estrada.

Ele começou a desbravar a Estrada Real pelo Caminho Velho, que foi a primeira via aberta pela Coroa Portuguesa para ligar o litoral fluminense às regiões produtoras de ouro, conecta Ouro Preto à Paraty (RJ).

Em seguida, percorreu de bike o Caminho dos Diamantes, que corta a Serra do Espinhaço, ligando Diamantina a Ouro Preto. Dois anos depois, foi conferir o Caminho de Sabarabuçu, o mais curto, e terminou a saga em 2019, quando completou o Caminho Novo, que liga Ouro Preto ao Rio de Janeiro.

Acervo pessoal

“Percorrer os caminhos da Estrada Real é ter o privilégio de imersão na história, na cultura e nos sabores do Brasil”, reflete Luiz.

Ele apresenta a conta global da aventura: “Foram, ao todo, 22 dias, cerca de 2 mil quilômetros, três bicicletas, passando por três estados (Minas, Rio de Janeiro e São Paulo) e cerca de 200 povoados, vilarejos e municípios. Sempre acompanhado de belas montanhas e paisagens, é um prato cheio para todo ciclista e para amantes de viagens incríveis”.

Acervo pessoal

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Estrada Real, em Minas Gerais 

Uma das trilhas para cicloturismo mais célebres do Brasil é a Estrada Real, que corta três estados: Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, passando por nada menos que 199 cidades. É, também, a mais longa do País:  são 1.630 km. Haja fôlego! 

A rota foi aberta ainda na época do Brasil colonial, no século XVIII, quando a Corte Portuguesa estava em terras tupiniquins.

A intenção dos governantes era tornar tais estradas a rota oficial para o transporte de ouro e diamantes provenientes de Minas Gerais para os portos localizados no Rio de Janeiro e em São Paulo. 

Em 1999, foi criado o Instituto Estrada Real, que passou a administrar a rota, que oferece diversos atrativos aos viajantes.

O primeiro deles, é a paisagem natural, ideal para o ecoturismo, já que passa por pontos turísticos como Pico do Piripau, Praia da Conquista, Parque Nacional Serra do Cipó, além de inúmeras cachoeiras, que despontam na região. 

Para quem curte história, a Estrada Real ainda tem paradas específicas em pontos bacanas, como o museu do Inhotim, igrejas de arquitetura barroca, o Memorial Carlos Drummond de Andrade, a Casa Juscelino Kubitschek, e, ainda, visita o castelo de Itaipava, por exemplo. Uma verdadeira volta ao passado!

Toda essa andança dá uma fome danada! E, claro, a boa gastronomia não poderia faltar nessa viagem: além dos quitutes típicos nos restaurantes, os ciclistas ainda podem curtir o Festival do Frango Caipira e o Festival de Aromas e Sabores. Tem, também, frutos do mar, pequi, jabuticabas, biscoitos, torresmo, cachaça e paradas nos mercados municipais. 

Além disso, a Estrada Real não abrange só um trajeto. Na verdade, quatro caminhos compõem a rota.

Caminho Velho

Liga Paraty, no litoral fluminense, ao interior mineiro, em Ouro Preto. Foi a primeira estrada oficializada pela Coroa Portuguesa para transportar o ouro em segurança. 

Naquela época, os ataques piratas colocavam em risco a carga. Como é o trajeto mais antigo, foi delimitado, primeiro, pelos povos indígenas que viviam na região. 

Nesse caminho, dá para fazer o passeio de Maria Fumaça, conhecer as esculturas de Aleijadinho e a Igreja de São Francisco de Assis. Esse trecho tem 710 km, e pode ser feito em aproximadamente 15 dias de bike. 

Caminho Novo

Esse trajeto também leva de Ouro Preto ao Rio de Janeiro, mas em uma rota mais rápida do que o Caminho Velho. 

No percurso, o ciclista passa pelo Museu Imperial, a Casa Tiradentes, o Palácio de Cristal, e o Museu Santos Dumont. Tudo isso em 515 km de estradas, onde dá para pedalar por aproximadamente 11 dias. 

Caminho dos Diamantes

Conecta Ouro Preto a Diamantina, cidade onde o mineral era extraído, em 1729. 

É nesse caminho que estão a Casa Chica da Silva, a Mina do Chico Rei, a Serra do Espinhaço e o Mercado Velho. Ao todo, são 395 km de estradas, que os ciclistas podem completar em até oito dias.  

Caminho Sabarabuçu

A trilha interliga as cidades de Ouro Preto a Sabarabuçu. No alto da serra, no município, os exploradores pensaram haver ouro, porque, lá em cima, um metal reluzia. Não era ouro, mas minério de ferro. 

Hoje, quem passa por ali pode visitar a Igreja Nossa Senhora do Bom Sucesso, o Museu do Ouro e o Teatro Municipal de Sabará. É o caminho mais curto: apenas 160 km, que os turistas podem cumprir em quatro dias. 

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Pedalar e ir além 

A segunda história é sobre uma mulher de Londrina (PR) que resolveu ultrapassar fronteiras. Eloina Rossi, conta que a paixão pelo pedal começou em 2009, com o Mountain Bike, modalidade de ciclismo de aventura.  

Eloina revela que o esporte proporcionou a ela conhecer o marido, Márcio Mello, que se tornou seu companheiro inseparável de aventuras ciclísticas. 

Eles começaram a tomar gosto pelas cicloviagens em 2016, e cumpriram praticamente todas as rotas existentes na região sul do Brasil e algumas no exterior: percorreram países como Alemanha, Suíça, Áustria, Itália e Costa Azul da França.

Para comemorar o casamento, em 2019, resolveram passar a lua-de-mel explorando o Caminho Francês de Santiago, saindo da França até  a cidade de Santiago da Compostela, na Espanha.

Acervo pessoal

Eloina, que estima já ter pedalado mais de 100 mil quilômetros até hoje, não esconde seu entusiasmo pela atividade: “Pedalar em meio a natureza, rios, matas, cachoeiras, me traz um enorme prazer, um sentimento incrível a cada desafio vencido. A aventura de um pedal me dá a sensação de estar voando, é indescritível”.

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Uma bike pra chamar de sua 

Depois de ler essas histórias, você se animou em praticar o ciclismo para se locomover, por lazer ou por esporte? Que tal experimentar todas essas sensações relatadas? 

Tudo começa com disposição, espírito aventureiro e os equipamentos necessários: além, é claro, de uma boa bicicleta, você vai precisar de itens de segurança, como capacetes, talvez, também, de GPS, indumentária adequada, sapatilhas especiais, dentre outros.

A notícia não tão boa é que eles podem ter um custo elevado, dependendo da sua necessidade. Agora, a notícia mais que excelente é que você pode adquirir a sua bike por meio de um consórcio!

Sim, o Consórcio BB tem grupos para aquisição de bicicletas para qualquer necessidade, em qualquer faixa de preço.

Nessa modalidade, não tem cobrança de juros e IOF. Ah, e para aderir, também não tem taxa. Há duas formas de ser contemplado no consórcio: um deles é por sorteio, e o outro, por lance, quando o cliente tem a chance de fazer uma oferta uma vez por mês. Fácil, né?

Se você gostou desses relatos de viagens, não deixe de ler e se inspirar em quem resolveu tirar um ano sabático!

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Brasil em 10 pratos: a cultura brasileira à mesa //cultura-brasileira/ //cultura-brasileira/#comments Mon, 17 Jan 2022 13:14:57 +0000 //?p=3308 O festival gastronômico Menu Estilo acontece até 12 de fevereiro. Aproveitamos a ocasião para apresentar o Brasil em 10 pratos típicos e deliciosos

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Se alguém pedisse a você para definir o Brasil em 10 pratos, quais você escolheria? Provavelmente, não seria uma tarefa fácil, visto que a culinária brasileira possui diversos sabores, origens e referências.

A variedade gastronômica do nosso país é um dos mais belos retratos da riqueza histórica e cultural do Brasil. 

Uma dose indígena, uma pitada africana, um punhado europeu e uma xícara de latinidade. A junção de todos esses temperos faz parte da nossa tradição e representa quem somos.

Por isso, degustar todos esses sabores, além de ser uma experiência valiosa, é uma oportunidade única de entrar em contato com as nossas raízes.

Afrouxe o cinto, prepare o paladar e embarque nessa viagem imperdível e deliciosa por todo o território brasileiro. Selecionamos 10 pratos que colocam nossa cultura à mesa. Confira!

1. Frango com quiabo

O frango com quiabo é um prato típico da culinária mineira. Não se sabe ao certo sua origem. No entanto, o quiabo veio da África e, segundo historiadores, foram os escravos que trouxeram suas sementes ao Brasil, cultivando-o nas lavouras em que trabalhavam.

Desde o início, o alimento ganhou o coração dos locais, mas, a princípio, o preparo era realizado com angu e pedaços de carne. 

Ao mesmo tempo, o consumo de frango em Minas Gerais está relacionado à simplicidade das nossas raízes gastronômicas e ao hábito de se cozinhar o que era criado e plantado nos próprios quintais.

Algumas fontes afirmam que foram os índios. Já outras, atribuem a combinação entre o frango e o quiabo aos portugueses. Independentemente disso, o que realmente importa é que a junção deu muito certo, e o prato já faz parte da identidade de Minas Gerais.

2. Leitão à pururuca

O leitão à pururuca é uma versão brasileira do tradicional leitão assado português, popularizada, assim como o frango com quiabo, em Minas Gerais.

No dialeto tupi, pururuca significa o que produz barulho. O nome guarda referência a um ingrediente essencial dessa receita: a pele do porco.

Basicamente, a pele suína, que se assemelha a um couro borrachudo, passa por uma transformação e se torna um acompanhamento crocante e atrativo.

A carne de porco é uma das mais consumidas do mundo, com evidências históricas que comprovam seu uso desde 500 a.C. Além de saborosa, ela é também muito nutritiva, rica em vitaminas, minerais e ácido linoléico, que corta os efeitos da gordura saturada. Portanto, pode ser consumida sem medo! 

3. Galinhada com pequi

O pequi é um fruto carnudo e de sabor marcante, nativo do cerrado brasileiro. Ele é utilizado principalmente nas culinárias das regiões Centro-Oeste e Nordeste.

A origem da galinhada com pequi é disputada entre Goiás e Minas, e os principais ingredientes dessa receita são o arroz, o frango e o pequi.

Apesar da aparente simplicidade, trata-se de uma refeição completa, que não precisa de acompanhamentos, somente de temperos para realçar o sabor.

O prato está presente em festas e datas comemorativas. No entanto, cuidado: com muitos espinhos internos, o pequi deve ser roído, jamais mordido.

4. Virado à paulista

Desembarcando na região Sudeste, o virado à paulista é patrimônio imaterial do estado de São Paulo, reconhecido pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).

Durante as expedições do século XVII, no período do Brasil Colônia, alimentos como farinha de milho, feijão, toucinho e carne-seca eram acomodados juntos e chacoalhavam pelo caminho, ficando revirados. Assim, nasceu o virado à paulista.

Com o passar dos anos, a receita ganhou novos ingredientes, como carne de porco, ovo frito, arroz, linguiça, couve, torresmo e banana.

O prato desempenhou um papel importante nas viagens de expansão do território brasileiro. Além disso, agrega séculos de encontros de culturas, tradições, conhecimento e prazer sensorial, fazendo parte do cotidiano dos paulistanos até os dias de hoje.

5. Picadinho de carne

O picadinho de carne é um dos pratos mais tradicionais da culinária brasileira, apreciado de Norte a Sul do País.

A popularidade dessa receita é tanta, que no dia 26 de outubro é celebrado o Dia Nacional do Picadinho de Carne.

Embora existam diversas versões feitas por chefes de cozinha, a versão original é composta por carne bovina cortada em pequenos cubos, servida frita ou cozida, com acompanhamentos.

Existem várias histórias associadas à origem desse prato, mas uma das mais aceitas vem da boemia paulistana da década de 1950. 

Dizem que a receita foi criada para saciar aquela fome que bate no meio da madrugada. E precisava ser preparada rapidamente, para ser logo servida no balcão. 

6. Feijoada

Seria impossível definir o Brasil em 10 pratos e não falar da tradicional feijoada carioca. 

Embora suas origens estejam ligadas ao período da escravidão no Brasil, quando os escravos cozinhavam, durante horas, as partes menos nobres do porco para amolecê-las, estima-se que a receita atual tenha sido criada no final do século XIX, em restaurantes do Rio de Janeiro.

O tradicionalíssimo prato é composto por feijão preto, carnes maturadas (carne-seca, carne de sol etc.) e partes de porco (orelha, língua, rabo, lombo e costela, além de linguiça), e servido com arroz branco, couve, farofa, torresmo e laranja.

Vale ressaltar que o cassoulet francês, o cozido português, o casoeula italiano e o puchero espanhol se assemelham bastante a essa mistura.

A nossa feijoada é uma refeição completa e superapreciada entre os brasileiros, sobretudo em reuniões de amigos e familiares em finais de semana, feriados e datas comemorativas.

7. Arroz carreteiro

Representando a região Sul do País, temos o arroz carreteiro, típico do Rio Grande do Sul.

O prato surgiu quando os carreteiros (transportadores de cargas) que viajavam em carretas puxadas por bois cozinhavam em uma panela de ferro a mistura de arroz com guisado de carne de sol.

Por ser uma receita prática, era facilmente preparada por um viajante solitário.

A carne de sol, também conhecida como charque, era a melhor alternativa de proteína para os transportadores de carga, pois se mantinha conservada mesmo sem refrigeração, sendo ideal para alimentação durante as viagens.

O prato foi incorporado à culinária brasileira e hoje em dia é bastante comum encontrá-lo e saboreá-lo em todas as regiões do País.

8. Acarajé

O acarajé é uma deliciosa iguaria preparada com um bolinho de feijão-fradinho artesanal, temperado com cebola e sal, frito em azeite de dendê e depois recheado com vatapá (leite de coco, castanha de caju, amendoim e camarão), vinagrete e camarão seco.

A receita tem origem no candomblé, ofertada para a orixá Iansã, e chegou ao Brasil, principalmente à Bahia, por meio de imigrantes africanos do período da escravidão, vindos do Golfo do Benim, na África Ocidental.

O nome acarajé vem da língua africana iorubá: akará significa bola de fogo e significa comer. Sendo assim, o significado da palavra é “comer bola de fogo”.

Aliás, se alguém lhe perguntar se você quer seu acarajé frio ou quente, a pessoa não está se referindo à temperatura em que é servida, e sim à quantidade de pimenta que colocará!

As vendas de acarajé tiveram início ainda durante a escravidão, se tornando uma fonte de renda. O alimento era considerado bom para crianças e idosos doentes, pois, segundo crenças, fortalecia o corpo e ajudava a manter a boa saúde.

Entretanto, o consumo à época era restrito a negros (escravos e livres), pessoas pobres e moradores de rua. Ou seja, o prato não fazia parte da alimentação de famílias com boas condições financeiras.

Hoje, felizmente, essa deliciosa iguaria é apreciada em todo o País, por pessoas de todas as classes sociais.

9. Maniçoba

Diretamente da região Norte, temos a maniçoba. De origem indígena, o prato é típico da culinária do Pará, sendo também conhecido como feijoada paraense.

Ele leva as mesmas carnes da feijoada tradicional, mas, em vez de feijão, seu principal ingrediente é a maniva (folha moída de mandioca).

Tradicionalmente, a receita é servida na festa do Círio de Nazaré, em Belém, no segundo domingo do mês de outubro.

Uma grande particularidade da maniçoba é que ela leva sete dias para ficar pronta. São necessários alguns cuidados no preparo da planta, que deve ser cozida por uma semana para eliminar o ácido cianídrico que ela carrega, tóxico para nossa saúde.

Mas, uma vez bem preparada, é um prato irresistível!

10. Bobó de camarão 

Escolhemos o bobó de camarão para fechar a nossa lista com chave de ouro. Sua origem é afro-brasileira e, possivelmente, o prato também recebeu influência indígena.

O bobó é bastante conhecido em todo o Brasil, especialmente no Nordeste, sendo composto por camarões refogados junto com leite de coco, azeite de dendê e temperos verdes.

Depois, basta misturar o purê de aipim e outros ingredientes. O resultado é incrivelmente saboroso e conquista diversos paladares de todos os cantos do País e do mundo.

O que você achou da nossa seleção Brasil em 10 pratos? Pode confessar: deu água na boca, não é mesmo?

Então, agora é só decidir para onde viajar e gabaritar a nossa lista. Conte nos comentários qual será o seu primeiro destino. Bom apetite e boa viagem!

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Entre gênios e vaias: os 100 anos da Semana de Arte Moderna //semana-de-arte-moderna/ //semana-de-arte-moderna/#comments Fri, 14 Jan 2022 13:25:25 +0000 //?p=3288 Conheça o movimento que revolucionou a arte e a cultura do Brasil

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“Os velhos morrerão!”, berrava, destemido, o poeta Mário de Andrade para o público que o vaiava durante seu discurso na Semana de Arte Moderna de 1922. 

A fala do escritor e a reação do público resumem bem o significado do evento que mudou para sempre o panorama das artes brasileiras: o novo pedia, forçava, passagem, mesmo que a plateia não estivesse pronta para tamanha revolução.

Mas vamos entender melhor o que aconteceu até a célebre fala. E, claro, as repercussões do famoso evento.

Marco do início do movimento modernista no Brasil, a Semana de 22, como também é conhecida, aconteceu no Theatro Municipal de São Paulo, entre 11 e 18 de fevereiro de 1922, e reuniu artistas de diversas áreas.

Inspiradas no cenário de renovação da arte ocidental e na vanguarda europeia, as obras apresentadas visavam a inserir novas tendências de arte no panorama brasileiro.

Dessa maneira, conferências, recitais de poesia e apresentações musicais alternavam-se com exposições de arquitetura, escultura e pintura. 

O evento trouxe definitivamente a arte moderna para a realidade cultural brasileira. E sua influência é sentida até hoje na criação artística nacional.

Como foi a Semana de Arte Moderna de 1922? 

A semana foi articulada e organizada pelo escritor Mário de Andrade, o também escritor Oswald de Andrade e o artista plástico Di Cavalcanti. Os eventos foram realizados no célebre e belo Theatro Municipal de São Paulo. 

Semana de Arte Moderna, Banco do Brasil
Foto: Prefeitura Municipal de São Paulo

No saguão, foi instalada uma exposição de escultura e pintura. As obras de artistas como Victor Brecheret, Di Cavalcanti e Anita Malfatti chocaram o público brasileiro, nada acostumado às novas estéticas e formas de representação que o modernismo propunha. 

Aliás, ao longo do evento, era comum ouvir burburinhos e vaias dos visitantes pelos corredores e salões do teatro. 

A Semana de Arte Moderna também teve espetáculos de dança, música, conferências e leitura de poesias. O intelectual e escritor Graça Aranha abriu o festival, no dia 13, com a palestra “A emoção estética da arte moderna”, recitando versos de Ronald de Carvalho e Guilherme de Almeida, seguido de canções executadas pelo maestro Ernani Braga.

O auge aconteceu em 15 de fevereiro, quando o modernismo literário causou indignação e confusão no público, sobretudo a palestra de Mário de Andrade, “A escrava que não é Isaura”, que defendia o abrasileiramento da língua portuguesa, e a conferência do poeta Paulo Menotti del Picchia, sobre estética moderna. 

Durante seu conturbado discurso, Mário precisou berrar para ser ouvido em meio à gritaria. Por isso, decidiu ler seu manifesto na escadaria interna do teatro. Destemido, o poeta urrava para o público a famosa frase que ficou para a posteridade: “os velhos morrerão!”.

Vinte anos mais tarde, o autor relembrou o episódio na obra “O Movimento do Theatro”, dizendo: “como pude fazer uma conferência sobre artes plásticas, na escadaria do Theatro, cercado de anônimos que me caçoavam e ofendiam a valer?”.

O evento de encerramento foi focado em música, com a execução de três peças de Heitor Villa-Lobos. Em mais um fato que entrou para a história da conturbada semana, o maestro e compositor subiu ao palco calçando um sapato em um pé e um chinelo no outro. Como era de se esperar, foi vaiado. 

O público considerou a atitude desrespeitosa. No entanto, Villa-Lobos depois justificou-se, esclarecendo que se apresentou dessa forma porque estava com um calo no pé. 

O maestro Villa-Lobos, na foto com a cantora Bidú Sayão, foi vaiado por entrar de chinelo no palco da Semana de 22 (Foto: Arquivo Nacional)
O maestro Villa-Lobos, na foto com a cantora Bidú Sayão, foi vaiado por entrar de chinelo no palco da Semana de 22 (Foto: Arquivo Nacional)

De toda maneira, o fato faz parte da grande lista de choques, questionamentos e incômodos causados durante a semana por aqueles artistas jovens e revolucionários.

A oposição de Monteiro Lobato

Em dezembro de 1917, quase cinco anos antes da Semana de Arte Moderna, o escritor Monteiro Lobato publicou, no jornal O Estado de S. Paulo, um artigo intitulado “Paranoia ou mistificação?”, no qual criticava a estética modernista.

No texto, Lobato classificou a arte segundo seu próprio entendimento, fazendo menção a dois tipos de artistas: “os que veem normalmente as coisas e em consequência disso fazem arte pura” e os que “veem anormalmente a natureza, e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes”. O autor incluiu a pintora Anita Malfatti no segundo tipo e, a partir daí, iniciou-se o conflito.

Seu entendimento sobre arte era tão distante do Modernismo que a palavra “paranoia”, utilizada no título, veio da ideia de que a nova arte seria mais adequada em manicômios, pois, de acordo com ele, só poderia ter sido gerada de uma lógica psicótica.

Dois meses após os eventos de fevereiro de 1922, Mário de Andrade rebateu e provocou Lobato no prefácio de seu novo livro, “A escrava que não era Isaura”: “passadista é o que faz o papel de carro de boi numa estrada de asfalto. […] O passadista procura na obra de arte a natureza e, como não a encontra, conclui: paranoia ou mistificação”. Com isso, Mário definiu a posição de Monteiro Lobato como diametralmente oposta ao Modernismo: a de um passadista.

O conservadorismo em momentos de ruptura estética

A falta de receptividade do público na Semana de Arte Moderna de 1922 não foi inesperada e surpreendente. Na verdade, a reação negativa era comum e até mesmo esperada, sobretudo ao avaliar o contexto histórico da arte em momentos de ruptura estética.

Um exemplo emblemático é a primeira exposição pública impressionista, realizada em 1874, na França. Desconcertado diante do novo estilo de pintura, o público teve uma impressão de rudeza e de esboços sem formas, ridicularizando as obras.

O nome do movimento que ali surgia, Impressionismo, vem, aliás, de um quadro de Claude Monet. Ao escrever sobre a mostra, o crítico Louis Leroy usou o termo “impressionistas”, com referência à pintura “Impression, soleil levant” (Impressão, nascer do sol). 

A exposição teve ainda a presença de pintores que hoje figuram entre os mais importantes da história, como Renoir, Degas e Cézanne, cujas obras estão expostas em museus por todo o mundo. 

E o Impressionismo, como se sabe, é um dos mais apreciados estilos de pintura. Tudo graças a artistas que, inconformados com as regras vigentes, decidiram subvertê-las.

Principais características da Semana de 22

O objetivo dos artistas que participaram da Semana de Arte Moderna era revolucionar a arte brasileira.

Para isso, os participantes não hesitaram em escandalizar o público, que ainda estava apegado aos tradicionais padrões europeus e preso ao conservadorismo da arte.

Nesse sentido, podemos dizer que as principais características do evento foram

  • Experiências estéticas;
  • Liberdade de expressão;
  • Fim de composições formais;
  • Abordagem do dia a dia brasileiro;
  • Abandono dos padrões da Academia;
  • Crítica ao movimento literário parnasiano, então em voga;
  • Valorização do nacionalismo por meio de temáticas nacionais;
  • Uso de linguagem coloquial e vulgar para se aproximar da falada;
  • Inspiração em vanguardas europeias (dadaísmo, expressionismo, futurismo, surrealismo, cubismo etc.).

Repercussão e herança

Como toda mudança, especialmente quando inserida em um cenário extremamente conservador, o Modernismo não foi aclamado pela crítica, que na época apoiava o parnasianismo (escola literária que defendia o retorno aos ideais clássicos).

Dessa forma, a Semana de Arte Moderna não teve grande repercussão. Ela mal chamou a atenção dos jornais, que dedicaram apenas pequenas colunas de suas páginas ao evento.

No entanto, com o passar do tempo, alcançou uma imensurável importância histórica.

Em uma conferência realizada em 1942, em comemoração aos 20 anos da semana, Mário de Andrade declarou que “o Modernismo, no Brasil, foi uma ruptura, foi um abandono de princípios e de técnicas consequentes, foi uma revolta contra o que era a inteligência nacional”.

Seus efeitos foram percebidos no decorrer de toda a década de 1920 e romperam a década de 1930, influenciando toda a literatura brasileira ao longo do século XX. Aliás, grande parte do que é feito hoje no País também nas artes plásticas e na música está, de certa forma, relacionada ao Modernismo.

CCBB: Brasilidade Pós-Modernismo

Em comemoração aos 100 anos da Semana de Arte Moderna, o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) abriu a mostra Brasilidade Pós-Modernismo, com obras de 51 artistas.

Após passagem pelo Rio de Janeiro, a exposição chegou a São Paulo no dia 15 de dezembro e ficará aberta à visitação até 7 de março de 2022.

A curadoria foi feita pela historiadora de arte Tereza de Arruda. Entre os artistas contemporâneos que terão suas obras expostas estão Ernesto Neto, Anna Bella Geiger, Adriana Varejão, Cildo Meireles e Arnaldo Antunes.

“Esta exposição não é idealizada com o olhar histórico, mas sim focada na atualidade, com obras produzidas a partir de meados da década de 1960 até o dia de hoje, sendo algumas inéditas, ou seja, já com um distanciamento histórico dos primórdios da modernidade brasileira”, explica Tereza.

Serão apresentadas pinturas, esculturas, desenhos, novas mídias, fotografias e instalações, distribuídas em seis núcleos, intitulados Liberdade, Futuro, Identidade, Natureza, Estética e Poesia.

No primeiro núcleo, Liberdade, a mostra reflete sobre as indagações e confusões do colonialismo brasileiro, entre 1530 e 1822.

Já no segundo, Futuro, o foco é Brasília, reunindo desenhos e gravuras de grandes arquitetos, como Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi e Lúcio Costa.

Mas tem muito mais para ver! Aproveite a oportunidade e agende a sua visita à exposição Brasilidade Pós-Modernismo, no CCBB São Paulo. 
E se quiser saber mais sobre o Centro Cultural do Banco do Brasil, acesse nosso conteúdo CCBB – legado e inovação.

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A magia do Natal chega aos CCBBs //a-magia-do-natal-chega-aos-ccbbs/ //a-magia-do-natal-chega-aos-ccbbs/#respond Fri, 10 Dec 2021 22:11:03 +0000 //?p=2619 Confira a programação da Natal que abrilhantará as unidades do CCBB nesse mês de dezembro

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Todas as quatro praças do Centro Cultural Banco do Brasil estão abertas ao público com novidades na programação de dezembro. 

Em Belo Horizonte, o espetáculo “Luzes da Liberdade” traz um festival de arte digital repleto de novas linguagens, atrações e obras inovadoras. A partir do dia 20, uma iluminação com laser promete encantar todos os visitantes.

Na Capital Federal, o show Noites de Luz CCBB convida a Orquestra de Câmara de Brasília, sob a regência do Maestro Claudio Cohen. Será um espetáculo inspirado nos clássicos “candlelight concerts”, com enfoque nas memórias afetivas e na ludicidade. 

Os elementos cenográficos e as luzes criarão uma atmosfera acolhedora, remetendo às estações do ano, às passagens do tempo e da vida e ao céu de Brasília. E trará a essência e as origens das celebrações de encerramento dos anos, perpassando por grandes clássicos brasileiros e internacionais.

No Rio de Janeiro, o musical infantil “O Boi e o Burro no caminho de Belém” retrata o mistério da noite de Natal pelo olhar fraterno dos dois animais. Temas como amizade, magia, diversidade e encontros são abordados no primeiro texto da escritora Maria Clara Machado, de 1953.

Ainda no Rio, o 1º Festival Aprendiz Musical chega com apresentações natalinas envolvendo projetos de educação musical para jovens do estado. Nos repertórios, estão obras de Villa Lobos, Pixinguinha, Bach, Vivaldi, John Willians, Milton Nascimento, Freddie Mercury e outros. Sucessos de Natal como Jesus Alegria dos Homens, Noite Feliz e Jingle Bells não ficam de fora.

Confira a programação.

CCBB Belo Horizonte

Luzes da Liberdade

Belo Horizonte – Praça da Liberdade

De 7 a 26 de dezembro

O CCBB BH é integrante do Circuito Liberdade, que prepara uma série de programações no evento “Natal Liberdade Cemig”. Dentre elas está “Luzes da Liberdade”, na qual os prédios participantes vizinhos oferecem um show de luzes e emoção ao público que circula pela Praça Liberdade, em um espetáculo de encher os olhos.

Site do evento

CCBB Brasília

Noites de Luz CCBB – Orquestra de Câmara de Brasília sob a regência do Maestro Claudio Cohen

Brasília – Sede do CCBB

De 22 a 26 de dezembro

O CCBB e a Orquestra de Câmara de Brasília, sob a regência do maestro Claudio Cohen, têm a honra de apresentar um roteiro de clássicos atemporais, que percorre o popular e o erudito, o festivo e o reflexivo. Ouça, curta e sinta o melhor que a arte clássica tem a oferecer.

Quem não conseguir acompanhar a apresentação ao vivo poderá conferi-la no YouTube do Banco do Brasil, no dia 25 de dezembro, às 16h. O espetáculo ficará disponível até a meia-noite do dia 26.

Classificação indicativa: livre

Entrada gratuita, mediante doação de 1kg de alimento não perecível.

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CCBB Rio de Janeiro

O Boi e o Burro no caminho de Belém

Rio de Janeiro – Sede do CCBB

De 9 a 19 de dezembro (de quinta a domingo), às 18h.

O espetáculo musical retrata o mistério da noite de Natal pelo olhar simples do boi e do burro. Personagens reais e fictícios se misturam à frente dos dois animais protagonistas, até que o Natal acontece.  

Texto: Maria Clara Machado; direção: Fernanda Vianna; direção musical: Ernani Malleta; elenco: Evandro Heringer, Leticia DiCássia, Danny Maia, Vinicius Bicalho, João Pedro Vasconcelos, Emanuelle Cardoso, Og Martins, Letícia Muniz, Carlos Morais, Dayvid Lucyan.

Prêmio APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte – de Melhor Atriz.

Também haverá apresentação online no YouTube do Banco do Brasil, no dia 25 de dezembro, às 18h.

Classificação indicativa: livre

Ingressos à R$30 (inteira) e R$15 (meia). Venda na bilheteria ou pelo site Eventim: bit.ly/ccbbrjeventim

Duração: 45 minutos.

Foto Orquestra

Música – 1º Festival Aprendiz Musical

Rio de Janeiro – Sede do CCBB 

De 11 a 19 de dezembro (sábados e domingos) – Às 13h e às 17h

O festival contará com apresentações musicais envolvendo projetos de educação musical para jovens de diferentes regiões do estado fluminense. 

Com repertório natalino, o evento reune projetos-irmãos em um mesmo festival, para celebrar a música e a cultura como meio de transformação e reforçar o espírito de confraternização das festas de final de ano. 

O espetáculo trará 4 orquestras e 4 corais de projetos de educação musical com jovens de diferentes regiões do estado fluminense.

Classificação indicativa: livre

Entrada franca.

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Dicas de leitura para suas férias //dicas-de-leitura-para-suas-ferias/ //dicas-de-leitura-para-suas-ferias/#comments Thu, 25 Nov 2021 23:29:17 +0000 //?p=2489 O fim do ano chegou! E com ele, as férias, as viagens e aquela vontade de relaxar o corpo e a cabeça. Para que seu descanso seja ainda melhor, que tal a companhia de um bom livro?

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Levante um livro quem nunca ficou espiando o que a pessoa ao lado estava lendo. Seja no transporte, no parque ou na praia, sempre bate a curiosidade de descobrir o título daquela obra na qual o vizinho está mergulhado de forma tão compenetrada. 

Livros são portas de entrada para outros mundos. Podem nos transportar para tempos, lugares e situações distantes, tornando as férias e as viagens ainda mais especiais. 

Mas a questão que sempre vem é: qual obra ler?

É claro que vai depender do tipo de narrativa que você prefere. Por isso, reunimos dicas para todos os gostos, fôlegos e tempos livres. Escolha o seu, prepare uma cadeira confortável e embarque na aventura, seja em livro impresso ou em e-book.

Caso prefira ler uma obra em papel, lá vai uma dica extra: deixe a capa sempre à mostra, para que outras pessoas possam espiar. E se inspirar.  

Curtos — Crônicas e contos

Crônica é o gênero literário brasileiro por excelência. Começou no século XIX, com autores consagrados, como José de Alencar e João do Rio, escrevendo textos curtos para ocupar espaços vazios nos jornais. Já os contos são narrativas um pouco mais longas, com personagens e histórias mais desenvolvidas. Ambos são ideais para ler na praia, entre um coco e um picolé.

Todas as histórias do analista de Bagé (Luis Fernando Verissimo)

Verissimo é um dos grandes escritores brasileiros. Neste livro, estão reunidas as divertidas crônicas do seu famoso personagem, Analista de Bagé, um terapeuta que resolve os casos mais complicados de maneira nada ortodoxa.

Crônicas para jovens: de escrita e vida (Clarice Lispector) 

A beleza da escrita de Clarice Lispector é que ela nos leva para os meandros do pensamento da autora, tão profundo e singelo. Essa compilação traz crônicas sobre o ofício de escritora e pérolas como “Declaração de amor” e “Conversa telefônica”. 

O sol na cabeça (Geovani Martins)

 Ao ler o primeiro livro de Geovani Martins, autor que foi criado na favela e estudou apenas até o 9º ano, Chico Buarque não economizou nos elogios.  Nos contos, destaca-se a linguagem quase oral e o cotidiano dos jovens da periferia. A obra ganhou prêmios, foi traduzida para diversas línguas e, em breve, virará filme.

Nem curtos, nem longos — Novelas

Antes de mais nada, é bom deixar claro que não estamos falando dos tradicionais programas da televisão. Na literatura, novelas são textos mais longos do que contos, porém menos extensos que romances, perfeitos para aquele fim de tarde em uma rede.

O alienista (Machado de Assis)

A história, hilária, gira em torno do respeitado Dr. Simão Bacamarte, que, após uma temporada na Europa, retorna à sua Itaguaí natal, onde constrói o manicômio Casa Verde. Logo, o local fica cheio de loucos. Ou será que eles estão do lado de fora?

A morte e a morte de Quincas Berro d’Água (Jorge Amado)

Nessa pequena obra-prima, Jorge Amado conta a história de Joaquim Soares da Cunha, um cidadão exemplar que troca a vida familiar pela boemia e o nome de batismo por Quincas Berro d’Água. Após sua morte, seus companheiros de farra o arrancam do velório e partem para uma última noitada.

A metamorfose (Franz Kafka)

“Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado em um inseto monstruoso”. A famosa frase de abertura desse clássico já dá uma ideia do que o leitor irá encontrar pela frente nessa obra rica, profunda e crítica do autor tcheco. Só não leia antes de dormir. 

Longos — Romances

Romances são obras literárias mais densas, recheadas de tramas paralelas e personagens profundos e bem desenvolvidos. São ótimas companhias para quem gosta de embarcar em histórias longas e envolventes, dessas que nos fazem carregar o livro para onde formos.

Kafka à beira-mar (Haruki Murakami)

Murakami é provavelmente o escritor japonês mais conhecido fora de seu país. Suas histórias trazem toques de realismo fantástico e muitas referências da cultura pop ocidental. “Kafka à beira-mar” é uma de suas obras mais consagradas. Conta a história do menino Kafka Tamura, que decide fugir de casa para escapar de uma terrível profecia. Ótimo para se ler à beira-mar. Ou em qualquer lugar.

O amor nos tempos do cólera (Gabriel García Márquez) 

Um dos mais célebres livros do autor de “Cem anos de solidão” traz a saga do poeta e sonhador Florentino Ariza, que espera cinco décadas por uma chance com a bela Fermina Daza, comprometida com o médico Juvenal Urbino de la Calle. Amor, humor, ironia e todo o fantástico universo de García Márquez estão presentes nessa grande obra.

Torto arado (Itamar Vieira Júnior)

As irmãs Bibiana e Belonísia descobrem o antigo e afiado facão da avó, com o qual começam a brincar até causarem o acidente que ligará suas vidas para sempre. Esse é o começo da história de Torto Arado, que, com sua narrativa envolvente e a abordagem de questões recorrentes no Brasil do último século, tornou-se um dos livros mais vendidos no País nos últimos anos.

Orgulho e preconceito (Jane Austen)

Escrito na Inglaterra do início do século XIX, em um contexto em que as mulheres eram raramente ouvidas, o célebre romance da escritora Jane Austen fala sobre costumes, regras e a rigidez da época, embalados em uma história de amor que atravessou os séculos.

Bônus — Romances (ainda) mais longos

Ok, entendemos, você quer mesmo dicas de “tijolões”, certo? Aqueles livros grossos e pesados, que vemos de longe na estante e levamos semanas para terminar de ler. Nós também adoramos obras assim, principalmente se tiverem protagonistas tão marcantes quanto as que indicamos a seguir. 

O Conde de Monte Cristo (Alexandre Dumas)

Certa vez, Gabriel García Márquez classificou Edmond Dantès, o personagem principal deste livro, como um dos mais fascinantes de toda a literatura. Ele não estava errado. Ao longo de suas mais de mil páginas, essa impressionante obra mostra a transformação do pacato marinheiro no Conde de Monte Cristo, poderoso, culto e sedento de vingança contra aqueles que o aprisionaram injustamente. 

Crime e Castigo (Fiódor Dostoiévski)

Ao falarmos de personagens marcantes, não podemos deixar de citar Raskólnikov. O protagonista de “Crime e Castigo” defende a tese de que grandes homens poderiam cometer crimes e ainda assim serem absolvidos pela história. Baseado nessa ideia e carregando um profundo desprezo pela humanidade, Raskólnikov mata duas mulheres, de maneira implacável. Com enorme habilidade, Dostoiévski nos leva aos mais profundos pensamentos de seu anti-herói. 

Caso você também se interesse por livros (e filmes) sobre educação financeira, preparamos uma lista dedicada ao gênero, que você pode conferir bem aqui.

E então, gostou das nossas dicas? Que outro livro você indicaria? E que tal compartilhar essa lista com seus amigos? 

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CCBB – legado e inovação //ccbb-legado-e-inovacao/ //ccbb-legado-e-inovacao/#comments Thu, 20 May 2021 19:32:11 +0000 //?p=578 Com quatro unidades e uma série de programações digitais, CCBB contribui para democratização da cultura, formação de público e preservação da memória no País

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O Banco do Brasil, por meio do seu Centro Cultural – CCBB, investe na promoção, incentivo e divulgação de diferentes manifestações artístico-culturais voltadas aos mais diversos públicos. Com quatro unidades – localizadas em Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo – e uma série de programações digitais, contribui para democratização da cultura, formação de público e preservação da memória no País.

São mais de 30 anos de atuação, com 100 milhões de visitas e mais de 4.500 projetos realizados, o que consolida o CCBB como um dos principais centros culturais no cenário brasileiro, com reconhecimento de alcance internacional.

Artes cênicas, cinema, exposição, música, palestras, seminários e arte-educação compõem a programação regular do CCBB, por meio da qual uma diversidade de eventos de reconhecida qualidade é oferecida à população gratuitamente ou a preços acessíveis. 

#CCBBemCASA – tecnologia e cultura propiciam entretenimento de qualidade com segurança

Em março de 2020, diante dos decretos de suspensão de atividades presenciais no País como controle à propagação do novo coronavírus, foi criado o #CCBBemCASA, desenvolvido para levar arte, cultura e entretenimento às pessoas com conteúdos digitais exclusivos da programação dos CCBBs. 

Visitas virtuais pelos prédios e exposições, mostras de cinema on-line, lives shows, catálogos digitais, detalhes e curiosidades sobre os projetos podem ser conferidos na tela do seu computador ou celular. Tudo para que esse período de mais cuidado e recolhimento seja mais leve e seguro, com o aconchego da arte e da cultura.

E, mesmo após a retomada das atividades presenciais nos CCBBs, o #CCBBemCASA terá lugar para os apreciadores da programação digital. As atividades virtuais serão  mantidas! Elas ampliam o alcance e o acesso à programação dos quatro Centros. Agora, quem ama o CCBB e não pode estar sempre por perto pode desfrutar de variada programação onde quer que esteja. 

#CCBBemCASA 

Já imaginou fazer uma visita completa ao Egito antigo, em uma exposição que te leva a conhecer a magia dos rituais, dos faraós e seus sarcófagos? Já imaginou utilizar a tecnologia para entrar nas salas e observar tudo como se estivesse, verdadeiramente, lá?  

É isso que o #CCBBemCASA te proporciona, a oportunidade de entrar em exposições, espaços e museus e consumir arte da forma e no horário que você quiser. É simples, interessante e acessível! 

Também é possível curtir um tour virtual guiado aos Centros Culturais das quatro capitais para conhecer a arquitetura, o interior e a história de cada CCBB. Faça o passeio virtual pelo Google Arts & Culture:

São Paulo

Rio de Janeiro

Belo Horizonte

Brasília

Além disso, pode-se ouvir personalidades importantes no projeto “Com a palavra”. Nele, um artista convidado conduz uma visita a uma exposição a partir do seu ponto de vista. Você pode, por exemplo, acompanhar o rapper brasileiro GOG comentando a exposição do pintor americano Jean-Michel Basquiat. 

O CCBB Educativo também ganhou sua versão digital. O #CCBBeducativoEmCasa consiste numa plataforma de conteúdos que visam estimular a experiência, a criação e a reflexão por meio de processos pedagógicos, artísticos e curatoriais e que podem ser acessados de dentro de casa e compartilhados com toda a família. Acesso às atividades: ccbbeducativo

Mais sobre a história do CCBB

O CCBB é uma rede de espaços culturais mantidos pelo Banco do Brasil presente em quatro capitais brasileiras:  Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

A primeira unidade foi inaugurada no Rio de Janeiro, em 1989, e rapidamente se tornou referência na disseminação cultural para a população. São mais de trinta anos de história. E olha que dado maravilhoso de um estudo feito no Reino Unido: o CCBB do Rio é umas das instituições culturais mais visitadas do mundo. E, no ranking, liderado pelo Museu do Louvre, em Paris, o CCBB RJ é o espaço cultural mais visitado do Brasil.  

Em 2000, veio o CCBB de Brasília, instalado em um edifício projetado por ninguém menos que Oscar Niemeyer. E tem dado interessante aqui também, o Centro Cultural de Brasília é o terceiro mais visitado do País, colocando a Capital na rota da cena artística nacional e internacional. 

O terceiro a ser aberto foi o CCBB São Paulo, em 2001. Ele fica em um edifício histórico do centro, o que facilita o acesso do público. O local foi lançado com o objetivo de impulsionar a cena cultural paulistana e mudar a relação da população com o centro da cidade. 

O caçula da turma é o CCBB de Belo Horizonte. Fundado em 2013, é uma parceria do BB com o Governo do Estado de Minas Gerais. O espaço faz parte da história de BH, integrando-se ao Circuito Liberdade, que transformou a Praça da Liberdade em um Complexo Cultural. 

Aproveite para conhecer as programações e curta Cultura nos CCBB! 

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