Pode ser que você tenha aprendido a andar de bicicleta quando era criança, mas há anos que não encara uma pedalada. 

Ou, pode ser que, em duas rodas, você percorra distâncias por diversão, ou mesmo como meio de transporte. Seja como for, uma coisa é certa: pedalar pode ser uma ótima atividade física

Pedalar é uma dessas atividades polivalentes: acelera o metabolismo, auxiliando no controle da pressão sanguínea, da glicemia e do colesterol. 

A prática também aumenta o fôlego e a resistência, tem baixo impacto nas articulações e promove o bem-estar geral do corpo, com a liberação de substâncias importantes para o equilíbrio mental, como a endorfina e a serotonina, responsáveis pelas sensações de alegria e contentamento. 

E sabe o que mais costuma promover felicidade? Conhecer novos destinos, viajar e entrar em contato com outras culturas

Que tal unir as duas coisas? 

O cicloturismo é uma modalidade que une lazer e mobilidade. 

Trata-se de viajar usando uma bicicleta como meio de transporte. Seja para roteiros curtos ou distâncias mais desafiadoras, com boa vontade, preparação física e equipamentos adequados, é uma ótima alternativa para se desbravar novos destinos. 

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Escolha saudável 

Os desafios apresentados pelos últimos anos devido à pandemia de coronavírus fizeram crescer a procura por opções de cuidados com a saúde tanto física quanto mental. 

As atividades físicas são sempre recomendadas por atuar, diretamente, nesses dois campos: proporcionam bem-estar físico, além de apresentar ótimos resultados no emocional. Corpo são, mente sã.

No BB, não são poucos os funcionários que abraçaram esse estilo de vida, e fazem da bicicleta sua companheira de passeios, aventuras e, até mesmo, para o cicloturismo.

Neste artigo, você vai conhecer histórias inspiradoras de quem percorreu milhares de quilômetros de belos cenários em duas rodas. 

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De bike pelo Brasil 

Cicloturismo, foto. Banco do Brasil
Acervo pessoal

A primeira dessas histórias é de Cláudio Amaury, que reside em Brasília (DF). O amor pelo pedal já é antigo na vida dele, e a prática já rendeu boas histórias. 

Em 2006, ele e os irmãos, Denir e Ely, encararam uma viagem de 500 km entre Montes Claros (MG) e a cidade natal do pai do trio, Taiobeiras (MG). 

Cláudio conta que a viagem, que durou sete dias, foi uma experiência inesquecível, cheia de desafios: terrenos acidentados, chuva, pneus furados, mas, principalmente, cheia de momentos incríveis de integração com a natureza.

Outra cicloviagem inesquecível que ele relata foi o percurso de 400 km pelo Caminho dos Diamantes, na Estrada Real de Minas.

“Viajar de bicicleta possibilita perceber cada detalhe do caminho com todos os nossos sentidos. A experiência é mais completa pois, além do contato com a natureza e a arquitetura, conhecemos um pouco mais da cultura local”, conta. 

Ele relata que, ao pedalar, existe um outro horizonte, mental, que se abre. “Tenho a sensação de entrar em um estado meditativo, em que reflito sobre as experiências vividas e também sobre mim. Essa introspecção é uma grande porta aberta para transformações pessoais”, afirma. 

Há 10 anos, Cláudio passou a usar sua bicicleta no trajeto para o trabalho diariamente, e para qualquer deslocamento próximo de casa: “Se a distância for de até de 10 km, não tenho dúvida: vou de bike”.

Acervo pessoal

A Estrada Real também é a paixão de Luiz Henrique Pimenta, de Andradas (MG), que já percorreu os quatro caminhos oficiais da Estrada.

Ele começou a desbravar a Estrada Real pelo Caminho Velho, que foi a primeira via aberta pela Coroa Portuguesa para ligar o litoral fluminense às regiões produtoras de ouro, conecta Ouro Preto à Paraty (RJ).

Em seguida, percorreu de bike o Caminho dos Diamantes, que corta a Serra do Espinhaço, ligando Diamantina a Ouro Preto. Dois anos depois, foi conferir o Caminho de Sabarabuçu, o mais curto, e terminou a saga em 2019, quando completou o Caminho Novo, que liga Ouro Preto ao Rio de Janeiro.

Acervo pessoal

“Percorrer os caminhos da Estrada Real é ter o privilégio de imersão na história, na cultura e nos sabores do Brasil”, reflete Luiz.

Ele apresenta a conta global da aventura: “Foram, ao todo, 22 dias, cerca de 2 mil quilômetros, três bicicletas, passando por três estados (Minas, Rio de Janeiro e São Paulo) e cerca de 200 povoados, vilarejos e municípios. Sempre acompanhado de belas montanhas e paisagens, é um prato cheio para todo ciclista e para amantes de viagens incríveis”.

Acervo pessoal

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Estrada Real, em Minas Gerais 

Uma das trilhas para cicloturismo mais célebres do Brasil é a Estrada Real, que corta três estados: Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, passando por nada menos que 199 cidades. É, também, a mais longa do País:  são 1.630 km. Haja fôlego! 

A rota foi aberta ainda na época do Brasil colonial, no século XVIII, quando a Corte Portuguesa estava em terras tupiniquins.

A intenção dos governantes era tornar tais estradas a rota oficial para o transporte de ouro e diamantes provenientes de Minas Gerais para os portos localizados no Rio de Janeiro e em São Paulo. 

Em 1999, foi criado o Instituto Estrada Real, que passou a administrar a rota, que oferece diversos atrativos aos viajantes.

O primeiro deles, é a paisagem natural, ideal para o ecoturismo, já que passa por pontos turísticos como Pico do Piripau, Praia da Conquista, Parque Nacional Serra do Cipó, além de inúmeras cachoeiras, que despontam na região. 

Para quem curte história, a Estrada Real ainda tem paradas específicas em pontos bacanas, como o museu do Inhotim, igrejas de arquitetura barroca, o Memorial Carlos Drummond de Andrade, a Casa Juscelino Kubitschek, e, ainda, visita o castelo de Itaipava, por exemplo. Uma verdadeira volta ao passado!

Toda essa andança dá uma fome danada! E, claro, a boa gastronomia não poderia faltar nessa viagem: além dos quitutes típicos nos restaurantes, os ciclistas ainda podem curtir o Festival do Frango Caipira e o Festival de Aromas e Sabores. Tem, também, frutos do mar, pequi, jabuticabas, biscoitos, torresmo, cachaça e paradas nos mercados municipais. 

Além disso, a Estrada Real não abrange só um trajeto. Na verdade, quatro caminhos compõem a rota.

Caminho Velho

Liga Paraty, no litoral fluminense, ao interior mineiro, em Ouro Preto. Foi a primeira estrada oficializada pela Coroa Portuguesa para transportar o ouro em segurança. 

Naquela época, os ataques piratas colocavam em risco a carga. Como é o trajeto mais antigo, foi delimitado, primeiro, pelos povos indígenas que viviam na região. 

Nesse caminho, dá para fazer o passeio de Maria Fumaça, conhecer as esculturas de Aleijadinho e a Igreja de São Francisco de Assis. Esse trecho tem 710 km, e pode ser feito em aproximadamente 15 dias de bike. 

Caminho Novo

Esse trajeto também leva de Ouro Preto ao Rio de Janeiro, mas em uma rota mais rápida do que o Caminho Velho. 

No percurso, o ciclista passa pelo Museu Imperial, a Casa Tiradentes, o Palácio de Cristal, e o Museu Santos Dumont. Tudo isso em 515 km de estradas, onde dá para pedalar por aproximadamente 11 dias. 

Caminho dos Diamantes

Conecta Ouro Preto a Diamantina, cidade onde o mineral era extraído, em 1729. 

É nesse caminho que estão a Casa Chica da Silva, a Mina do Chico Rei, a Serra do Espinhaço e o Mercado Velho. Ao todo, são 395 km de estradas, que os ciclistas podem completar em até oito dias.  

Caminho Sabarabuçu

A trilha interliga as cidades de Ouro Preto a Sabarabuçu. No alto da serra, no município, os exploradores pensaram haver ouro, porque, lá em cima, um metal reluzia. Não era ouro, mas minério de ferro. 

Hoje, quem passa por ali pode visitar a Igreja Nossa Senhora do Bom Sucesso, o Museu do Ouro e o Teatro Municipal de Sabará. É o caminho mais curto: apenas 160 km, que os turistas podem cumprir em quatro dias. 

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Pedalar e ir além 

A segunda história é sobre uma mulher de Londrina (PR) que resolveu ultrapassar fronteiras. Eloina Rossi, conta que a paixão pelo pedal começou em 2009, com o Mountain Bike, modalidade de ciclismo de aventura.  

Eloina revela que o esporte proporcionou a ela conhecer o marido, Márcio Mello, que se tornou seu companheiro inseparável de aventuras ciclísticas. 

Eles começaram a tomar gosto pelas cicloviagens em 2016, e cumpriram praticamente todas as rotas existentes na região sul do Brasil e algumas no exterior: percorreram países como Alemanha, Suíça, Áustria, Itália e Costa Azul da França.

Para comemorar o casamento, em 2019, resolveram passar a lua-de-mel explorando o Caminho Francês de Santiago, saindo da França até  a cidade de Santiago da Compostela, na Espanha.

Acervo pessoal

Eloina, que estima já ter pedalado mais de 100 mil quilômetros até hoje, não esconde seu entusiasmo pela atividade: “Pedalar em meio a natureza, rios, matas, cachoeiras, me traz um enorme prazer, um sentimento incrível a cada desafio vencido. A aventura de um pedal me dá a sensação de estar voando, é indescritível”.

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Uma bike pra chamar de sua 

Depois de ler essas histórias, você se animou em praticar o ciclismo para se locomover, por lazer ou por esporte? Que tal experimentar todas essas sensações relatadas? 

Tudo começa com disposição, espírito aventureiro e os equipamentos necessários: além, é claro, de uma boa bicicleta, você vai precisar de itens de segurança, como capacetes, talvez, também, de GPS, indumentária adequada, sapatilhas especiais, dentre outros.

A notícia não tão boa é que eles podem ter um custo elevado, dependendo da sua necessidade. Agora, a notícia mais que excelente é que você pode adquirir a sua bike por meio de um consórcio!

Sim, o Consórcio BB tem grupos para aquisição de bicicletas para qualquer necessidade, em qualquer faixa de preço.

Nessa modalidade, não tem cobrança de juros e IOF. Ah, e para aderir, também não tem taxa. Há duas formas de ser contemplado no consórcio: um deles é por sorteio, e o outro, por lance, quando o cliente tem a chance de fazer uma oferta uma vez por mês. Fácil, né?

Se você gostou desses relatos de viagens, não deixe de ler e se inspirar em quem resolveu tirar um ano sabático!

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