O endividamento é uma realidade com a qual todos nós lidamos durante grande parte da vida. Sabe aquele guarda-roupas que você comprou parcelado? Era uma dívida. Passou o material escolar do filho no cartão de crédito e dividiu a compra? Pois é! E aquele financiamento ao adquirir um carro novo ou a casa dos sonhos? Também!

Porém, nesses casos, o endividamento acaba sendo necessário para concretizar objetivos importantes, e isso talvez justifique o fato de que 76,6% das famílias brasileiras estão endividadas. Mas, veja, isso não significa que essas famílias estão inadimplentes, e sim que elas têm dívidas a vencer, como carnê de uma loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, entre outros.

O endividamento, então, se torna uma consequência natural do desejo de alcançar metas importantes. E desde que os pagamentos sejam realizados de maneira consistente e o orçamento não fique sobrecarregado, a dívida em si não é negativa. Muito pelo contrário.

O sinal de alerta deve ser ligado quando as pendências começam a se acumular ou ficam acima da capacidade de pagamento e os atrasos ficam cada vez mais comuns, transformando o endividamento em superendividamento.

O que é superendividamento e como reconhecê-lo? 

Se a chave para um endividamento saudável reside na capacidade de gerenciar os pagamentos dentro do orçamento mensal, o superendividamento representa algo muito mais desafiador.

Essa situação ocorre quando as dívidas acumuladas atingem um ponto em que se torna praticamente impossível quitá-las nos padrões normais. Além disso, as causas podem incluir várias circunstâncias, como eventos inesperados, perda de emprego, despesas médicas ou uma gestão financeira inadequada ao longo do tempo.

Por isso, é necessário ficar atento a alguns sinais para reconhecer se você está superendividado ou não. Se tem mais despesas do que dinheiro para pagá-las, e os gastos excessivos comprometem o pagamento das contas no mês seguinte, gerando ainda mais dívidas, esse é um forte indicativo de que as coisas estão saindo do controle.

Atraso nos pagamentos, recebimento contínuo de cobranças, pagamento mínimo das faturas de cartão de crédito, uso repetitivo do cartão para pagar contas básicas e preocupação constante com as finanças também são indícios de superendividamento.

O superendividamento impacta a saúde mental? 

Além de sérias consequências para o bem-estar financeiro, o superendividamento também provoca um grande impacto emocional. A angústia toma conta do corpo causando insônia, raiva, vergonha, desânimo, falta de apetite e perda de sono. A pressão é tanta que pode resultar em estresse crônico e até mesmo depressão.

É bastante comum, inclusive, que pessoas superendividadas tenham vergonha e tentem esconder a sua real situação financeira, acreditando que amigos e familiares vão enxergar a situação como fracasso ou pura falta de controle.

Além disso, o superendividamento afeta tanto a vida pessoal quanto a profissional das pessoas. O estudo The Employer’s Guide to Financial Wellbeing (2020/21) [O guia do empregador para o bem-estar financeiro], realizado no Reino Unido, apontou que funcionários preocupados com dinheiro produzem até 15% menos do que os colegas. Comumente, esses colaboradores apresentam falta de atenção durante o expediente, produtividade reduzida, riscos de acidentes e pedidos de demissão.

Em muitos casos, discussões sobre dinheiro se tornam mais frequentes, abalando a dinâmica familiar e criando um ambiente propício para conflitos, que podem chegar a separações ou divórcios.

Identifiquei que estou superendividado. E agora?

Antes de tudo, tente manter a calma. Lembre-se de que você não se resume às suas dívidas e tem todas as chances de conseguir reverter o quadro.

Assim, faça uma lista com todas as contas. É importante conhecer todas as negociações necessárias. Em seguida, analise os rendimentos mensais e as despesas para entender a sua capacidade de pagamento.

Esse já é um ótimo momento para verificar quais gastos são dispensáveis e confirmar a possibilidade de eliminá-los no intuito de liberar dinheiro. Depois, identifique as dívidas mais críticas e as despesas essenciais para priorizar o pagamento delas, como aluguel ou prestação da casa, água, luz e gastos com supermercado.

Agora é só entrar em contato com os credores, comunicar a situação e verificar se é viável negociar termos de pagamento e opções de parcelamento. Mas tenha em mente que a parcela deve caber no seu orçamento do mês junto aos gastos prioritários, ok?

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É possível prevenir o superendividamento? 

Prever o amanhã é difícil, mas, ao adotar práticas financeiras saudáveis, você fica bem próximo de evitar o superendividamento e construir um futuro financeiro mais estável. Algumas opções incluem:

Criar um planejamento financeiro: detalhar o seu orçamento é fundamental para entender as suas despesas, organizar as receitas e estabelecer metas que possam ser cumpridas sem sofrimento. O planejamento financeiro permite tomar decisões informadas sobre gastos e ficar mais tranquilo. O Minhas Finanças, funcionalidade do App BB, pode ser de grande ajuda neste passo!

Fazer uma reserva de emergência: ter uma reserva de emergência pode ser a diferença entre enfrentar dificuldades temporárias e entrar em um ciclo de superendividamento. Comece aos poucos, mas guarde um dinheirinho sempre que possível para despesas inesperadas. Aos poucos, vai se tornar um hábito e virar prioridade no seu planejamento.

Negociar dívidas: caso perceba que as suas dívidas estão se acumulando, entre em contato com os credores. Muitas vezes, você consegue termos de pagamento mais acessíveis, livrando-se de dívidas e problemas maiores.

Buscar conteúdos de educação financeira: aprender sobre finanças pessoais é uma ferramenta poderosa na prevenção do superendividamento. Conhecimento sobre investimentos, crédito responsável e gestão de riscos ajudará a tomar decisões financeiras mais conscientes. Busque vídeos, livros, tutoriais e leia os conteúdos do Blog BB, que estão sempre focados nas melhores práticas de educação financeira.

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