Você já parou para pensar em como as emoções e os hábitos podem influenciar diretamente as suas decisões financeiras? O post de hoje do Blog BB fala sobre uma área de estudo que não só investiga mas também explica por que as pessoas fazem certas escolhas sobre dinheiro: a economia comportamental.  

A economia comportamental explora como as decisões econômicas são influenciadas por fatores psicológicos. Essa área acredita que o comportamento das pessoas seja moldado por aspectos emocionais, cognitivos e sociais, em vez de assumir que todos agem de maneira racional quando falam de finanças. O principal objetivo é entender os motivos por trás das decisões financeiras de cada pessoa.

Como a economia comportamental se aplica na prática?

Imagine que você decidiu investir R$ 4 mil.  Após alguns meses, o montante investido cai para R$ 2 mil devido às flutuações do mercado. Mesmo assim, você escolhe não vender as suas ações, na esperança de que o mercado se recupere e o valor aumente novamente.

Essa atitude, conhecida na economia comportamental como aversão à perda, faz com que você evite vender as ações com prejuízo, buscando se proteger da sensação de perda, embora a estratégia financeira mais racional talvez seja vender e limitar os seus danos.

Esse viés comportamental é apenas uma das diversas perspectivas defendidas pelo escritor Daniel Kahneman, autor do livro Rápido e devagar: duas formas de pensar. Nesse material, o psicólogo e ganhador do Prêmio Nobel fala sobre como a psicologia se relaciona com as decisões de cada pessoa dentro de um contexto econômico.

Kahneman defende que a mente é dividida em duas formas de pensar, ou em dois sistemas. O Sistema 1 é responsável por decisões rápidas e automáticas, e o Sistema 2 é relacionado aos pensamentos mais lentos e elaborados. O uso desses sistemas nas decisões pode explicar por que muitas vezes as pessoas agem de maneira previsível, mas não necessariamente racional.

Como a economia comportamental afeta as escolhas financeiras?

A obra também aponta que as pessoas frequentemente usam heurísticas, ou atalhos mentais, para simplificar a tomada de decisões financeiras. Esses atalhos nem sempre resultam em escolhas racionais. Por exemplo, confiar em regras como sempre comprar ações em alta no mercado pode levar a decisões com base em tendências recentes, em vez de favorecer uma análise mais abrangente.

Outro conceito estudado por Kahneman é o chamado desconto hiperbólico, que envolve a tendência de dar mais importância a recompensas imediatas no lugar de privilegiar as recompensas futuras. Esse comportamento pode nos levar a fazer escolhas financeiras a curto prazo, como utilizar o valor de um bônus ou de uma comissão para comprar roupas e outros itens de vestuário em vez de aumentar a reserva de emergência ou economizar para a aposentadoria.

A leitura desse livro é altamente recomendável caso você queira saber um pouco mais sobre como o excesso de confiança na hora de tomar decisões estratégicas, a aversão à perda e os desafios em identificar riscos influenciam a forma como as pessoas pensam e, consequentemente, o seu comportamento econômico.

Você pode aproveitar as ofertas do Shopping BB para comprar o livro Rápido e devagar: duas formas de pensar, do escritor Daniel Kahneman, em uma das lojas parceiras. Além de garantir a obra com o melhor preço, você ganha cashback!

É possível adotar hábitos financeiros mais saudáveis com base na economia comportamental?

Algumas decisões podem mexer com as emoções. O medo ou a empolgação podem levar as pessoas a tomar decisões financeiras diferentes do que fariam em uma situação mais neutra. Por um lado, em tempos de crise, elas podem agir de maneira mais cautelosa e guardar dinheiro. Por outro, em momentos de empolgação, é possível que gastem além do planejado, por exemplo.

Por isso, tente sempre avaliar todas as suas opções com clareza, considerando o impacto financeiro da compra ou do investimento a curto, médio e longo prazo. Para ajudá-lo nessa jornada em busca de uma vida financeira mais saudável, o blog separou alguns exemplos de boas práticas que levam em consideração a economia comportamental.

  1. Conheça os seus padrões financeiros: entender tendências e padrões de comportamento financeiro ajuda você a reconhecer as suas emoções e prever como esses aspectos podem afetar as suas escolhas.
  • Estabeleça metas claras: definir metas claras pode ajudar você a focar o que é prioridade, como a economia destinada a uma emergência, o pagamento de dívidas, o investimento na aposentadoria ou a poupança para objetivos a curto prazo. Metas tangíveis fornecem direção e motivação.
  • Dê tempo a você mesmo: definir estratégias para lidar com impulsos pode ser uma boa. Se a compra tem um impacto significativo nas suas finanças, por que não esperar um tempinho a mais para pensar? Isso pode ajudar a reduzir o impacto de vieses cognitivos e permitir decisões mais racionais.
  • Diversifique os seus investimentos: uma carteira de investimentos diversificada pode ajudar na redução de riscos, evitar a aversão à perda e auxiliar na tomada de decisões em momentos de volatilidade. Além disso, a diversificação reduz o risco e maximiza as oportunidades de retorno ao longo do tempo.
  • Invista em educação financeira: melhorar a compreensão de finanças pessoais e investimentos pode capacitar você para tomar decisões mais informadas. Leia livros, participe de cursos ou procure orientação financeira para aprimorar os seus conhecimentos.
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Falando em educação financeira, acompanhe o Blog BB. Além de conteúdos sobre esse tema, o blog apresenta textos com dicas de planejamento financeiro, guias sobre IRPF e segurança digital e muito mais. Gostou de saber mais sobre esse assunto? Conte aqui nos comentários. E lembre-se: a economia comportamental é sua aliada quando o assunto é dinheiro. Reconhecer padrões e fazer escolhas mais assertivas garante um futuro econômico mais saudável.

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