No início da minha carreira, quando atendia muitas pessoas em uma agência do BB na região central de São Paulo, presenciei a história de um cliente que me marcou bastante.

Eu entenderia a ideia com exatidão somente um tempo depois, mas ele me mostrou que as dívidas podem ser ferramentas para crescer na vida, resolver problemas de última hora e, inclusive, garantir o bem-estar, desde que sejam planejadas e feitas com um propósito. 

É isso mesmo. Esse cliente havia casado pouco tempo antes, era recém-formado e pai de primeira viagem. Ainda sem cobertura de plano de saúde, descobriu que o filho precisaria de uma cirurgia urgente e não teria tempo de esperar o cumprimento da carência.

Como os salários dele e da esposa não seriam suficientes para custear a operação, ele procurou a família. O avô se prontificou a vender a casa quitada que possuía, mas infelizmente a boa vontade não seria suficiente, porque a cirurgia não poderia esperar.

O casal, então, recorreu ao Banco do Brasil e veio até a agência onde eu trabalhava. O valor necessário caberia em um empréstimo consignado, com taxas de juros mais baixas e sem comprometer tanto o orçamento familiar. O negócio foi fechado, e o cliente saiu satisfeito do banco.

Meses depois, o pai retornou à agência e disse que a cirurgia tinha sido bem-sucedida, o sono era mais tranquilo, o trabalho rendia mais e já se divertia de novo com a família e os amigos.

Para mim, aquele foi um dos primeiros indícios de que existem dívidas boas. Ou seja, as realizadas visando um objetivo. O empréstimo ajudou a recuperar a saúde de uma criança e devolveu a alegria da família, que pôde ver a criança crescer sem riscos.

Foi a solução mais rápida encontrada pelo casal para resolver o problema, porque eles não tinham, naquele momento, uma reserva de emergência.

Outro ponto que tornou a dívida uma coisa boa foi o fato de o casal se atentar a quanto poderiam pagar de mensalidade, assim, o crédito emergencial não viraria um problema lá na frente. Depois de ouvir as opções existentes, os dois escolheram a mais adequada ao orçamento mensal.

E isso é fundamental. Na prática, as dívidas são consideradas boas quando há planejamento e organização.

Mesmo com juros, as dívidas podem ser boas? 

Veja, a presença de juros em uma dívida não a torna automaticamente boa ou ruim. Os juros representam o custo do dinheiro emprestado pela instituição a você. Por isso, junto à análise da taxa, é importante avaliar as demais condições, a sua capacidade de pagamento e, principalmente, a razão ao solicitar um empréstimo ou fazer um financiamento.

Dívida boa é aquela sem preocupação. A que vai permitir realizar um objetivo e ainda ter um retorno significativo, sentimental ou não.

E os motivos de contrair dívidas boas são muitos e variam de pessoa a pessoa. O que seria capital de giro para uma companhia pode ser o investimento no crescimento do seu negócio, ou em um carro novo e mais confortável, e até mesmo no lazer da família.

Um exemplo simples é a aquisição de equipamentos que podem alavancar o seu negócio. Essa dívida é boa e planejada porque permitirá melhorar os serviços oferecidos ao seu público, seja em uma clínica médica, seja em um mercadinho de bairro ou em uma autoescola.

É o caso, também, da compra de um computador novo para executar melhor as tarefas do home office caso a máquina antiga esteja obsoleta frente ao nível das demandas.

Às vezes, a dívida boa pode ser um financiamento estudantil para fazer faculdade, já que será um investimento no futuro educacional e profissional dos seus filhos. Ou ainda, a viagem dos sonhos,  em que você se programa para cruzar o Brasil de Norte a Sul após a aposentadoria.

Outro exemplo é uma reforma em casa. Você percebeu que as crianças cresceram e, agora, é inviável dividir o quarto. Então chegou a hora de construir mais um cômodo. O conforto, certamente, gerará muito além de apenas privacidade.

Como saber se as minhas dívidas são boas ou ruins? 

A resposta a essa pergunta é simples: você só saberá se fizer uma análise da sua vida financeira.

Pegou um empréstimo para investir em algo com potencial de gerar retorno financeiro no futuro, por exemplo educação, empreendimento ou aquisição de um imóvel? Essa pode ser considerada uma dívida boa.

Agora, se alguma conta representa uma carga financeira excessiva, levando a dificuldades no pagamento das prestações e, consequentemente, aumentando o estresse financeiro, a dívida é provavelmente ruim, porque tem o potencial de prejudicar tanto o seu crédito quanto a sua capacidade de economizar e investir em um futuro mais tranquilo.

Assim, é importante analisar o contexto geral das suas finanças, tomando decisões de acordo com o momento de vida atual e os objetivos futuros. Se já for cliente BB, recomendo fortemente conhecer e utilizar o Minhas Finanças, uma ferramenta disponível no App BB que ajuda a monitorar gastos e fazer um planejamento financeiro.

Lá você passa a ter uma noção exata do quanto gasta mensalmente com alimentação, saúde, lazer, casa e outras áreas, podendo criar limites de gastos em cada categoria. E ainda recebe sugestões de investimentos para fazer o dinheiro que sobra no fim do mês render. É uma mão na roda!

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