dia da mulher – Blog do Banco do Brasil // Mon, 04 Mar 2024 21:07:04 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.9.9 Diversidade é sobre todos nós  //dia-das-mulheres-diversidade-e-sobre-todos-nos/ //dia-das-mulheres-diversidade-e-sobre-todos-nos/#comments Wed, 08 Mar 2023 20:35:25 +0000 //?p=8781 O olhar de Tarciana Medeiros, primeira mulher à frente do Banco do Brasil, sobre o tema da diversidade e o apoio do BB às mulheres

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Conteúdo atualizado em 8 de janeiro de 2024

Especial Dia Internacional das Mulheres 

Na matéria de encerramento da série que celebra o Dia Internacional das Mulheres, o Blog BB convida Tarciana Medeiros, a primeira presidenta do Banco do Brasil, para contar um pouco da sua história e por que faz da diversidade uma das marcas de sua gestão.  

Confira: 

Dias atrás fui a São Paulo participar de um evento importante do BB. Eu tinha a missão de falar pela primeira vez, como presidenta, para representantes dos 85 mil colegas, funcionários do Banco. A emoção por estar ali era tão grande quanto o compromisso que assumi para liderar a empresa que tem sido a minha casa nos últimos 22 anos.

Tenho certeza de que não foi por acaso que, na porta do lugar onde aconteceria o evento, havia uma feira. Todos que também chegavam passavam por ela. Para mim, foi um momento muito simbólico. Vi ali uma conexão direta com as minhas origens e com um tema muito presente na minha vida e na minha carreira: a diversidade

Não há no mundo lugar mais diverso do que uma feira, em suas cores e seus sabores, nas diferentes pessoas com diferentes propósitos, nas muitas histórias de vida que acontecem no dia a dia desse comércio tão parte da cultura do nosso país. 

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Fui uma menina feirante em Campina Grande, lá na Paraíba. Foi esse lugar que me formou como pessoa e como profissional, e agora como primeira presidenta do Banco do Brasil. E era ele que me dava as boas-vindas naquele dia tão especial da minha carreira. 

Sou fruto de tudo o que aprendi com Mainha, Titia, minhas avós Marias e Painho. A minha família faz parte do meu jeito de ser. O que me dá substância e estrutura como pessoa.  

Também sou forjada por tantos colegas que foram mentores e mentoras na minha carreira e aos quais agradeço cada ensinamento. 

Eu acredito que somos a comunhão das pessoas que passam pelas nossas vidas e, por isso, somos seres diversos por natureza.  

As empresas também são assim, se pensarmos bem. 

Pelo menos, o BB é assim: tem na diversidade de seus funcionários e clientes a sua força.  

Somos um Banco diverso, num país diverso. Nós somos a cara do Brasil. 

E, justamente, por sermos essa amostra tão significativa do nosso país, somos também o seu espelho.

Quando aceitei o desafio de presidir o BB, quis fazer da diversidade a marca da minha gestão porque é urgente falarmos da multiplicidade de culturas, raças, religiões, formações, gênero, sexualidade e das demais características natas ou adquiridas por cada um de nós ao longo da vida, que fazem da gente quem a gente é.  

Queremos ter cada vez mais diversidade nos cargos de gestão do Banco, que eles possam ser ocupados por pessoas que refletem e representam a realidade do nosso país.  

Se aqui, dentro de casa, valorizarmos isso de verdade, abrindo espaço para o diálogo e a escuta ativa, ajudaremos a transformar o mundo num lugar de mais respeito, tolerância e muito melhor para se viver. 

A diversidade sob o olhar de gênero 

Nós, mulheres, ainda ocupamos menos de 15% dos cargos da alta administração de empresas listadas no setor financeiro na B3. Somos apenas 30% da força de trabalho em tecnologia. Ganhamos 34% menos que os homens, mesmo ocupando os mesmos cargos e realizando as mesmas tarefas. 

Eu sou mãe, sou mulher nordestina. Sou um pouco das muitas mulheres da minha família, das minhas colegas de trabalho e daquelas de quem conheço suas histórias. O que esses dados mostram eu sinto na pele, por mim e por elas. Apesar de termos avançado bastante, o caminho ainda é longo para que a gente consiga ter maior equidade no ambiente de trabalho. Mas, uma coisa é certa: fazer o tema diversidade avançar nas estruturas do Banco, nos nossos times e na liderança, é um passo importante no caminho que queremos para o futuro da empresa. 

E não vamos ficar apenas no aspecto simbólico da minha nomeação. Além de um estudo importante na área de gestão de pessoas, para entendermos cada realidade do corpo funcional, já adotamos medidas concretas para que a diversidade seja cada vez mais presente. Nomeamos, pela primeira vez na história do BB, três vice-presidentas – um passo cheio de significado e que abre caminhos para as mudanças que precisam acontecer. 

Acredito que o exemplo arrasta, e uma das formas de ampliar e valorizar a participação feminina na nossa sociedade é, exatamente, liderar pelo exemplo. Na minha terra, dizem que “costume de casa vai à praça”. Se a gente faz isso pelo BB, a gente faz também por todas as mulheres. 

Queremos mais mulheres no topo de onde elas imaginam chegar 

Como mãe, como mulher, os desafios foram grandes e, em essência, muito parecidos com os de tantas mulheres. E é bonito demais quando uma de nós chega ao topo, tendo enfrentado tantos obstáculos, porque sempre somos acompanhadas de outras mulheres.  

Não estamos sozinhas no nosso caminhar. 

Eu me vi nas histórias contadas pelas mulheres protagonistas da série comemorativa ao Dia Internacional das Mulheres, publicada no Blog BB. E fico na dúvida se Sueli, Caroena, Marcela, Bianca, Marisa, Josiane, Divina, Gerusa, Ana, Bruna e Luli representam muitas de nós ou se nós somos um pouco de cada uma delas. Talvez as duas coisas.  

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Também enxerguei o BB, como apoiador, como cenário, como meio e como fim para que elas sejam quem são e estejam onde querem estar. E eu me sinto especialmente chamada a fazer o que for preciso para que o Banco do Brasil seja próximo e relevante na vida de muito mais mulheres, em todos os momentos.  

Dizem que o que nos afeta também nos convoca.  

Dia 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, é uma data importante para a luta por uma sociedade mais justa e igualitária. E essa luta não é só de mulheres ou para mulheres – é sobre todos nós. 

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Elas estão on: as mulheres já são maioria no mundo gamer e vieram para ficar   //dia-das-mulheres-esports/ //dia-das-mulheres-esports/#respond Fri, 03 Mar 2023 17:12:53 +0000 //?p=8720 Além de se interessarem por jogos online, as mulheres já ocupam diferentes posições de destaque nas competições e transmissões dos eSports

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Conteúdo atualizado em 8 de janeiro de 2024

Especial Dia Internacional das Mulheres 

As mulheres têm papel importante na luta por um mundo em que as pessoas possam fazer suas escolhas, usufruindo das mesmas responsabilidades, direitos e oportunidades. No universo dos games, não é diferente: os jogos eletrônicos se tornaram um verdadeiro espaço de resistência feminina, e as mulheres já representam 51% do público que consome games no Brasil

O número, bastante expressivo, contraria a ideia ultrapassada de que mulheres não gostam de jogos digitais. A participação feminina começou a aumentar, inclusive, na indústria de desenvolvimento de games: de acordo com a Pesquisa da Indústria Brasileira de Games, em 2014 as mulheres correspondiam a 15% da força de trabalho nas desenvolvedoras. Em 2018, esse número passou para 20%, e saltou para 29,8% em 2022. 

A verdade é que as mulheres chegaram ao mundo dos jogos e eSports para ficar e já ocupam diferentes posições de destaque, como jogadoras, casters, comentaristas, operadoras de broadcasting e streamers. 

Casual gamers? Não mais!  

Ana Xisdê

Uma das precursoras da participação feminina nesse espaço é a apresentadora e criadora de conteúdo gamer Ana Xisdê, de 28 anos. Apaixonada por jogos desde criança, Ana decidiu se tornar pro player (jogadora profissional) quando notou, por volta de 2015, que não havia mulheres competindo no Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLOL). “Eu notei que existia uma vaga que precisava ser preenchida, então, eu decidi: eu vou lá e vou me representar e representar as outras mulheres. Mas o que eu queria fazer na época era representar de verdade. Eu queria provar que estava ali porque eu tinha merecido. Eu queria ser tão boa que fosse incontestável.” 

A persistência de Ana foi determinante para que ela participasse, em 2017, do primeiro campeonato feminino de Overwatch do Brasil, o OverDvas, e se tornasse a apresentadora principal da Overwatch Contenders: South America, em 2018. Ela também foi a primeira brasileira a apresentar uma transmissão internacional de Overwatch, em 2019, ano em que ganhou o prêmio de Melhor Caster do Brasil.  

Outras atletas seguiram um caminho parecido com o de Ana e lutaram bastante para se firmar nos eSports. É o caso da argentina Lucia “Luli” Campello, que começou a se interessar pelos jogos ainda na infância, enquanto observava o irmão jogar. “Venci o primeiro campeonato que disputei aos 9 anos. Desde então, não parei mais de competir.”   

Em 2022, Luli, de 23 anos, decidiu fazer as malas e vir para o Brasil com mais duas amigas. O objetivo era disputar o Circuito Feminino Brasileiro. Mesmo sem equipe, ela acreditava que poderia vencer e ser contratada por um grande time. A aposta deu tão certo que Luli foi eleita a melhor jogadora de Rainbow Six Siege pelo Prêmio eSports Brasil (PeB), maior premiação dos eSports no país. “Eu comecei a jogar com 4 anos e demorei a entender que essa poderia ser a minha profissão. Hoje eu percebo que o esforço sempre vale a pena.” 

Já Bruna Bonfati, conhecida como Bruna_KilleR e integrante da equipe feminina de Counter Strike da W7M, teve o primo como grande incentivador da sua carreira. “Ele jogava Counter Strike e me chamou pra jogar com os amigos dele. Logo depois, ele passou a insistir bastante pra eu montar um time feminino e entrar nas competições.”  

Assumidamente competitiva, Bruna KilleR não esconde que uma das maiores alegrias em ser pro player é poder vencer uma competição. “A minha grande paixão é competir. Quando eu e minha equipe estamos em um server e estamos ganhando uma partida juntas, eu percebo que todas as dificuldades valem a pena”, diz a gamer, de 19 anos. 

Enfrentamento ao machismo 

Além de serem profissionais de sucesso, Ana, Luli e Bruna têm outra coisa em comum: as três já tiveram que lidar com situações preconceituosas enquanto tentavam se firmar no mundo dos jogos.  

Para Ana Xisdê, o machismo e a misoginia são um problema da sociedade e isso se reflete na comunidade gamer. “Acho que eu passei por mais situações constrangedoras e chatas nos bastidores do que com o público. Eu trabalhei com uma pessoa que notadamente tinha problema com mulheres, e não era só comigo. Como foi a pior situação de machismo que eu já passei, eu já falei sobre isso em outras entrevistas. Acontece que a pessoa viu em algum lugar e entrou em contato comigo para pedir desculpas, e eu acho importante contar isso para mostrar que é possível as pessoas melhorarem e evoluírem. Claro que isso só foi possível porque eu continuei. Se eu tivesse desistido e me deixado abalar por essas situações, essa pessoa nunca teria me pedido desculpas, então é importante a gente continuar, independente de tudo.” 

Bruna KilleR

No dia a dia de Bruna, as situações machistas continuam se repetindo. Para ela, os comentários desnecessários acabam virando motivação para se tornar uma jogadora ainda melhor. “Nossa equipe foi disputar um campeonato de Counter Strike contra rapazes que já estão há mais tempo no cenário, e os comentários na página da partida diziam que se eles perdessem pra gente era melhor se aposentarem. Mas, mesmo eles sendo mais experientes, a gente quase ganhou. E isso acontece com muita frequência. Nós acabamos usando essas situações como combustível para jogar cada vez melhor.”  

Para Luli, o enfrentamento ao machismo começou quando já era profissional e tinha mais experiência. “Eu sempre tive uma personalidade muito forte, mas lá no comecinho da minha carreira eu me segurava e tentava não falar nada, ou fingia que não ouvia o que diziam. Agora, eu já respondo à altura. Na minha percepção, isso acontece mais quando as meninas são novatas e os caras acham que elas não vão dar conta.”  

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Mais espaços e equidade 

A disparidade salarial entre homens e mulheres existe, também, nos eSports. A percepção cultural de que o público-alvo dos videogames é masculino faz com que os melhores salários, patrocínios e investimentos sejam direcionados para players e campeonatos desse gênero.  

Como um primeiro passo para diminuir essa distância, o Banco do Brasil e a W7M, organização de esportes eletrônicos, decidiram equiparar a remuneração média das integrantes da equipe feminina à do time masculino. 

Para Ana Xisdê, a mudança veio em um bom momento e, à medida que for replicada, vai ser determinante para fomentar a participação feminina nos campeonatos. “O investimento é necessário para que as meninas não precisem ter um segundo emprego, para que elas possam focar. Isso eleva a qualidade, o que pode aumentar o interesse do público e das empresas. Eu acho que é um caminho muito legal que tá sendo traçado pra gente ter um impacto no cenário. E esse impacto eu acho que a gente ainda nem tem noção do quão grande vai ser, porque vai além de simplesmente ganhar a mesma coisa. Para as mulheres, significa uma mudança de estilo de vida, que, sem um salário igual ao dos homens, não seria possível. Como você vai se dedicar a uma profissão que não paga as suas contas? Eventualmente você para.” 

Luli

Luli concorda com Ana e ressalta que a equiparação salarial fará muita diferença para as atletas que estão entrando agora no esporte. “É importantíssimo transformar esse cenário em um espaço seguro para as meninas que estão começando agora, para que elas não tenham que passar por tudo o que nós, jogadoras mais experientes, passamos lá atrás. É algo gigante, porque nós nos esforçamos da mesma forma que os homens, trabalhamos da mesma forma, então devemos ganhar igual a eles.”

A ação, inédita nas equipes de eSports do país, faz parte de uma iniciativa do BB para incentivar a igualdade salarial entre homens e mulheres nos esportes patrocinados pela instituição. Com isso, o reajuste médio nos recebimentos do time feminino foi de 300%, e se refere também às premiações por desempenho nas competições. 

Essa ação demonstra que comprometimento com a diversidade, equidade e inclusão fazem parte das metas do Banco do Brasil. Conheça os Programas de Diversidade do BB e entenda mais sobre como o BB vem construindo um futuro mais inclusivo. 

Área Gamer BB 

Quer ficar por dentro das informações sobre campeonatos e eventos que estão rolando, além de ter acesso a descontos e parcerias especiais destinados aos clientes BB?  

Acesse a Área Gamer BB e conheça os produtos desenvolvidos especialmente pra quem está sempre de olho nos jogos e na tecnologia.

Série especial do Dia Internacional das Mulheres  

Esta matéria faz parte de uma série de conteúdos dedicada ao Dia Internacional da Mulher, que mostra como funcionárias, clientes e parceiras utilizam a sua potência e contribuem para que o BB seja mais próximo e relevante na vida de todos os brasileiros. Continue acompanhando e comente o que você gostaria de ver aqui no Blog BB!  

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O futuro é com elas: e ele é sustentável! //sustentabilidade-e-as-mulheres/ //sustentabilidade-e-as-mulheres/#comments Fri, 24 Feb 2023 17:39:51 +0000 //?p=8540 Conheça a história de mulheres que, mesmo em diferentes áreas de atuação, ajudam a construir o amanhã

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Especial Dia Internacional das Mulheres 

No Banco do Brasil, sustentabilidade é compromisso assumido com o futuro da sociedade, dos negócios e do nosso planeta. Ela, também, é assunto comum nas histórias que marcam a terceira matéria da série que celebra o Dia Internacional das Mulheres aqui no Blog BB. 

Josiane, Divina e Gerusa transformam o mundo, todos os dias. 

Elas representam muitas mulheres que são agentes ativos no desenvolvimento econômico e social do país. Venha ver! 

As artesãs do Brasil 

No Brasil, as mulheres são responsáveis por 90% de toda a produção artesanal, e o fortalecimento do ofício delas passa, muitas vezes , pelo trabalho ininterrupto de instituições como a ONG Artesol, que criou a Rede Nacional do Artesanato Cultural Brasileiro, reconhecida e apoiada pela Fundação Banco do Brasil como uma Tecnologia Social.  

Esse certificado valida o projeto como agente de desenvolvimento social e econômico das artesãs e artesãos envolvidos, preservando técnicas artesanais que são patrimônio cultural do país, pois contam a nossa história.  

De acordo com a Artesol, boa parte das mulheres artesãs vive em comunidades tradicionais distantes dos grandes centros urbanos. É por meio da articulação promovida pela ONG e do trabalho coletivo em associações e cooperativas que essas trabalhadoras têm conquistado mais autonomia e proporcionado importantes transformações para as suas comunidades.  

Segundo Josiane Masson, coordenadora executiva da Artesol, o maior propósito do projeto é conscientizar a sociedade brasileira sobre o valor patrimonial do nosso artesanato como expressão cultural. “A rede é também uma alternativa de desenvolvimento econômico em territórios vulneráveis onde não temos muitas oportunidades de trabalho e renda.” 

Confira o trabalho realizado pela Artesol em todo o país:  

A visão pioneira de Divina  

A participação das mulheres na agricultura familiar brasileira atingiu 80% em 2020, segundo balanço realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).  

As mulheres se preocupam em garantir um mundo mais sustentável não só para o presente, mas também para as futuras gerações. Divina Maria Benko é uma delas. 

Dona Divina já tinha essa visão pioneira na década de 1970, quando, ao lado do marido, vendia plantas e outros produtos em uma simples barraca na beira da BR-060, em Goiás. O BB incentivou o empreendimento desde o início, e a barraca se transformou, aos poucos, na fazenda Jerivá, espaço completamente autossustentável com mais de 170 hectares. “Há 50 anos, Jô e eu viemos para Goiás com aquele ideal forte e firme de viver dos frutos que a terra dá, sermos ecologicamente corretos, socialmente justos e economicamente viáveis”, conta Divina. 

Seu propósito deu certo. Hoje a fazenda é destaque da agricultura regenerativa, movida por um sistema de reaproveitamento que gera energia, gás, compostagem e adubo.  

Saiba mais sobre a história de dona Divina e da fazenda Jerivá: 

O empreendedorismo de Gerusa 

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) apontam que 10,1 milhões de mulheres estão à frente de empreendimentos no Brasil. Além de serem mais engajadas com as práticas sustentáveis empresariais, as lideranças femininas têm grande potencial transformador, seja nas questões de gênero, seja na diversificação dos modelos de negócios. 

Gerusa Pasini é um exemplo de empreendedora que aproveita as oportunidades: “A gente mudou para Mato Grosso porque o meu marido teve uma proposta de trabalho e eu comecei a estudar o mercado. Sou formada em engenharia de alimentos e percebi a demanda e a oportunidade que tinha para o pão. E aí as oportunidades foram aparecendo e gente foi aproveitando”. 

Após, literalmente, colocar a mão na massa, Gerusa começou a vender seus pães em um carrinho com isopor. Ela tinha um forno que assava apenas 15 pães por vez. E, com o apoio do BB, os investimentos na produção aumentaram, e o sucesso do negócio, também. Hoje ela possui a sua própria fábrica em uma área total de 1.000 m², no município de Sorriso (MT). 

Conheça mais detalhes da história de Gerusa:  

A história do Banco do futuro sustentável não começou agora  

Para o BB, ser sustentável é transformar negócios, desenvolver a sociedade e recuperar o planeta. Esses são os caminhos que o BB escolheu trilhar e que, sendo assim, se faz presente no caminho de tantas pessoas – da Josiane, da Divina, da Gerusa, de suas famílias, de suas comunidades, das pessoas que as ajudam a desenvolver seus negócios, dos seus clientes. 

As histórias dessas mulheres são algumas das muitas que, hoje, podem ser contadas porque o BB faz do compromisso com a sociedade a sua essência: 

Além disso, o BB foi reconhecido, pela quarta vez, como a instituição financeira mais sustentável do mundo no Ranking Global 100, da Corporate Knights. A premiação demonstra o protagonismo do Banco do Brasil e reconhece a sua histórica atuação cuidadosa nas práticas sustentáveis.  

Série especial Dia Internacional das Mulheres  

Esta matéria conta histórias de mulheres que se destacam na agricultura sustentável, no empreendedorismo e na contribuição que fazem à sociedade.  

Nos próximos dias, você pode acompanhar, aqui no Blog BB, como funcionárias, clientes e parceiras utilizam a sua potência e contribuem para que o BB seja mais próximo e relevante na vida de todos os brasileiros. Continue com a gente e compartilhe o conteúdo com amigos e familiares! 

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Mulher empreendedora: ela faz, e você também 

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Mulher é tech, sim senhor!  //mulher-e-tech-sim-senhor/ //mulher-e-tech-sim-senhor/#comments Fri, 17 Feb 2023 18:19:32 +0000 //?p=8457 Marisa Reghini é vice-presidente de Negócios Digitais e Tecnologia do BB

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Conteúdo atualizado em 8 de janeiro de 2024

Especial Dia Internacional das Mulheres

Na segunda matéria que celebra o Dia Internacional das Mulheres, o Blog BB traz um texto assinado por Marisa Reghini, vice-presidente de Negócios Digitais e Tecnologia do Banco do Brasil, sobre desafios e conquistas femininas na área de TI (tecnologia da informação)

Confira:

Caixa de Texto

No final do mês passado, eu comemorei 18 anos de chegada à área de TI do BB. Desde 2005, o 31 de janeiro tem um significado especial na minha vida porque foi ali que concretizei um sonho profissional que vinha acalentando desde a minha adolescência: trabalhar com tecnologia em uma grande empresa.

O caminho foi desafiador, mas sempre contei com muito apoio e incentivo da minha família. Pude estudar em escolas que ajudaram a desenvolver meus talentos e interesses, e ingressei no Banco do Brasil, empresa que historicamente investe muito na formação e no desenvolvimento de competências dos seus funcionários. 

No entanto desde o início desta caminhada percebi que meu universo profissional era eminentemente masculino.

De acordo com a Unesco, apenas 30% da força de trabalho em tecnologia é de mulheres. Esse desequilíbrio acaba representando uma carência de talentos em áreas nas quais as mulheres são especialmente fortes, como resolução de problemas e inteligência emocional. Hoje, o mercado reconhece que talentos diversos podem contribuir com soluções mais inovadoras, e promover vantagens negociais para as empresas. 

Quando me tornei gerente, tomei uma decisão: trabalhar para incentivar mais mulheres a trilharem essa carreira e a contribuírem para a construção de soluções de TI mais ricas, abrangentes e eficientes. De lá para cá pude, com a ajuda de grandes mulheres, criar fóruns de discussão e estratégias e começar a mudar esse cenário.  

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Nascimento do Mulheres da TI no BB 

Uma dessas iniciativas, que pude apoiar desde o seu nascimento, foi a criação do grupo Mulheres da TI no BB.  

Em 2018, na Diretoria de Tecnologia do BB (Ditec), surgiu um primeiro movimento, denominado ElasnaTI, no WhatsApp, com o objetivo de divulgar temas de tecnologia entre as participantes e fazer ações proativas para o aumento do número de mulheres no mercado de tecnologia. 

Em 2022, retomamos o assunto com o lançamento do Movimento Mulheres na TI, que surgiu para consolidar uma iniciativa voluntária de colegas do BB unidas em torno da discussão sobre a presença feminina no mercado de tecnologia. 

O movimento nasceu com o propósito de “realizar ações em todo o BB e fora dele para despertar o interesse e incentivar as mulheres a trabalhar com tecnologia”. Mas, a despeito de todas as discussões que já vínhamos tendo, nos questionamos sobre o que realmente nos motivaria a levar adiante esse movimento e de onde tiraríamos o incentivo para gerarmos o interesse de meninas e mulheres no mercado de TI.  

Para responder a esse questionamento, lembrei-me de necessidades pelas quais eu, e muitas colegas de profissão, em diversos momentos, vivi durante a caminhada: 

Falta de incentivo à autoconfiança: mesmo com excelentes resultados escolares nossa autoconfiança foi prejudicada, às vezes nos fazendo sentir incapazes. 

Ausência de um(a) mentor(a): não havia muita gente para apresentar a TI como uma opção viável de profissão. 

Pouca ou nenhuma orientação: faltava alguém para esclarecer que TI também é para mulher e que existem várias profissões na TI.

Onde buscar inspiração: muitas meninas e até mulheres adultas desconhecem modelos femininos que as inspirem. 

Falta de informação: a profissão de TI ainda é desconhecida e cercada de muitos mitos que afastam interessadas. 

Para sanar essas dificuldades, dentro do Mulheres da TI no BB, buscamos trabalhar em três pilares: comunicação, capacitação e mentoria. O movimento nasceu com apenas 10 voluntárias, e hoje já passamos de centenas de integrantes. Estamos estabelecendo diálogos ricos, dentro e fora do BB, realizando lives com profissionais da área para incentivarmos, inclusive, o desenvolvimento de competências de liderança. 

O Relatório Índice de Mulheres no Trabalho, da Price Waterhouse Coopers (PwC) de 2021, trouxe a constatação de que “ao atrair mais mulheres para setores de maior remuneração, como tecnologia, elas ajudarão a reduzir a diferença salarial e aumentar o empoderamento econômico das mulheres, em benefício da economia e da sociedade da região”. Num Brasil de tantas desigualdades, sabemos que nossa profissão pode fazer a diferença na vida de tantas meninas e mulheres, nas nossas comunidades, e principalmente nas empresas.  

Esse precisa ser nosso legado! 

“Para que mais mulheres se interessem por TI como uma opção de carreira viável, elas devem ter acesso a mais modelos de atuação.”

(Mulheres na Tecnologia, Pesquisa da PwC) 

E como começa a história das mulheres na tecnologia? 

Durante as décadas de 1960 a 1980, as mulheres estavam muito presentes no mercado de engenharia de software, enquanto na parte de hardware tínhamos destaque de homens. Mas a história feminina no segmento começa bem antes, com mulheres pioneiras, exemplos que fizeram diferença na evolução da tecnologia e que, por vezes, são esquecidas. 

Podemos citar algumas como: Grace Hopper, criadora da Linguagem COBOL; Mary Kenneth Keller, primeira americana a finalizar o PhD em Ciência da Computação; Margaret Hamilton, líder da equipe desenvolvedora do sistema de voo da missão Apollo; Carol Shaw, primeira mulher a entrar no mercado de videogames, trabalhando na Atari; e muitas outras. 

As mulheres na TI têm encontrado um cenário cada vez mais favorável para elas. Isso acontece, principalmente, devido às medidas de inclusão realizadas no setor de tecnologia. É fundamental continuar esse movimento, pois, dessa forma, podemos viabilizar um cenário mais favorável para todas as mulheres na TI, buscando maior equilíbrio nas oportunidades e condições de trabalho. 

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Tecnologia é muito mais do que TI 

O Banco do Brasil é uma empresa que vem construindo uma história de apoio à economia do país há 214 anos. Somos uma empresa que cuida de pessoas, em suas mais diversas situações de vida, e acredito que isso garantirá o nosso futuro.  

Mesmo com a contribuição extremamente valiosa de várias mulheres que fizeram toda a diferença para que tenhamos a tecnologia de hoje, muitas ainda olham para as carreiras relacionadas à TI como algo inatingível. 

O fato é que, quando se fala em Tecnologia e Negócios Digitais, é normal todos imaginarem que somos uma área muito técnica. O que poucos pensam é que o que fazemos no dia a dia é buscar soluções cada vez mais individualizadas para os clientes, funcionários e usuários das nossas plataformas. E, para construir essas soluções, temos muito mais necessidade de competências humanas do que técnicas.  

Precisamos dialogar com os diversos públicos, ter empatia com suas demandas e seus desafios, desenvolver uma escuta ativa e um olhar dedicado para a experiência de cada usuário. Eu acredito que nosso papel é de manter um olhar para o futuro e desbravar novas fronteiras de possibilidades de negócios. 

Iniciativas como a do Movimento Mulheres da TI no BB vão muito além de reparar a desigualdade de gênero em termos numéricos, com a simples inserção de mulheres na área de tecnologia. Elas possibilitam novas visões na construção de um ambiente de trabalho mais inclusivo, o que, por sua vez, impulsiona a criação de produtos e serviços cada vez mais inovadores. E para que possamos alcançar esse cenário de igualdade, é fundamental a participação de todos. 

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Mulheres na cultura: competência, amizade e diversidade à frente do CCBB RJ //mulheres-na-cultura-competencia-amizade-e-diversidade-a-frente-do-ccbb-rj/ //mulheres-na-cultura-competencia-amizade-e-diversidade-a-frente-do-ccbb-rj/#respond Fri, 10 Feb 2023 18:57:03 +0000 //?p=8287 Como as histórias de vida de quatro profissionais do BB se encontraram na liderança do CCBB RJ 

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Especial Dia Internacional das Mulheres

Sororidade. O termo define a relação de conexão, afeição ou amizade entre mulheres, semelhante à que idealmente haveria entre irmãs. Há também uma camada adicional no significado da palavra: a ideia de que as mulheres ficam mais fortes quando se unem.

Ao conversar com as integrantes do Comitê de Administração do Centro Cultural Banco do Brasil Rio Janeiro (CCBB-RJ), que, desde fevereiro de 2022, pela primeira vez na história, é totalmente composto por mulheres, é possível enxergar todo o potencial da combinação entre competência e sororidade em ação.

Sueli Voltarelli, Bianca Mello, Marcela Monteiro e Caroena Neves são as responsáveis por oferecer ao público carioca uma programação cultural plural, regular, acessível e de qualidade.

Além de serem mulheres, mães e excelentes profissionais, elas têm em comum o fato de que, mesmo percorrendo caminhos diferentes, suas vidas se encontraram em um dos maiores centros do mundo dedicado à arte e à cultura.

Histórias que se entrelaçam

A gerente geral do CCBB RJ, Sueli Voltarelli, é descendente de italianos que se mudaram para o interior de São Paulo. Até os 15 anos, morou em uma fazenda onde eram produzidos os itens que, após comercializados, garantiam o sustento da família. Os pais sempre se esforçaram para Sueli e seus irmãos estudarem. Por meio da educação, ela viu a sua vida ser transformada.

Sueli Voltarelli, gerente geral do CCBB RJ

“Eu entrei no Banco do Brasil em abril de 1993 e trilhei um longo caminho até chegar à gerência do CCBB RJ. Quando entrei no banco, foi um acontecimento extraordinário para toda a minha família, e isso só foi possível porque meu pai batalhou muito para que eu e meus irmãos estudássemos. E foi uma conquista muito grande, a coroação de um esforço da família inteira, na verdade.”  

Sueli também acredita que seu sucesso profissional, além do próprio esforço, é resultado das lições aprendidas com todas as pessoas com quem conviveu. “Aprendi com a minha família a ser muito determinada, mas eu acredito também que eu sou o resultado das pessoas maravilhosas que passaram pela minha vida, como professores, colegas de trabalho e chefes, que foram muito inspiradores. A primeira vez que eu fui nomeada para assumir um cargo no BB, por exemplo, eu estava voltando de licença-maternidade, e foi uma mulher que me nomeou. Atitudes como essa me fizeram acreditar no poder das pequenas ações diárias. Eu sou contra o machismo. Então, além de educar os meus filhos nesse sentido, o que eu posso fazer enquanto gerente de um centro cultural para diminuir o preconceito? Como eu posso contribuir para essa luta? Dando espaço a mulheres competentes, inteligentes e capazes”.

A promoção posterior à licença-maternidade marcou tanto a vida de Sueli que ela não hesitou quando teve a oportunidade de repetir o gesto. Depois de ocupar o cargo de gerente de comunicação e administrativo no CCBB RJ, Sueli nomeou Bianca Mello para assumir a condução da assessoria de imprensa do Centro Cultural. A coincidência é que Bianca também estava retornando de licença-maternidade após dar à luz gêmeos. 

Bianca Mello, gerente de conteúdo dp CCBB RJ

Para Bianca, filha de funcionários do BB e parte da equipe do Banco há 20 anos, a oportunidade de trabalhar em um novo cargo promoveu mudança significativa em sua vida, principalmente pelo fato de que ela tinha acabado de se tornar mãe. “Existe uma frase que circula pela internet que diz assim: ‘esperam que mulheres trabalhem como se não tivessem filhos e criem filhos como se não trabalhassem’. Pra mim, filho tinha que entrar no currículo. Nós aprendemos gestão de crises e conflitos, melhores formas de organização e uma série de outras coisas. Não somos formados só pela academia e pela experiência profissional, nós também somos formados pela vida. E a maternidade ajuda muito a administrar o trabalho, porque muda o nosso olhar”.

Em fevereiro de 2022, ao ser nomeada como gerente de conteúdo, Bianca adquiriu também a consciência de que ela é exemplo para outras mulheres. “Eu comecei no Banco como amarelinha e ficava na sala de autoatendimento para ajudar os clientes. Era uma função tão simples e satisfatória que eu me sentia uma heroína.  Ao olhar pra trás, em retrospecto, eu percebo que o mais incrível de estar nesta posição é colaborar para que mais mulheres se enxerguem em lugares de liderança. Se eu for esse exemplo pra alguém, ficarei imensamente feliz”. 

A prova viva de que as mulheres sempre são fonte de inspiração umas para as outras é a gerente da área de Patrimônio e Administrativo do CCBB RJ, Marcela Monteiro. Seguindo o exemplo da mãe, ela decidiu prestar concurso para o Banco do Brasil. “A minha mãe era funcionária dos Correios, e eu sempre admirei o fato de o trabalho dela oferecer uma certa estabilidade. E isso me chamava atenção. Eu decidi, então, prestar concurso para o BB em 1999. No ano 2000, eu fui chamada e fiquei muito feliz. A minha família também comemorou muito”.

Marcela Monteiro, gerente de patrimônio e administrativo do CCBB RJ

Marcela passou, então, a ter outro sonho: trabalhar no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro. E, quando ela menos esperava, a oportunidade chegou. “Eu sempre fui muito interessada pela arte, tanto que fiz faculdade de História da Arte na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Trabalhei durante quatro anos em uma agência ali perto da Central do Brasil, e, sempre que havia alguma reestruturação, me perguntavam onde eu gostaria de trabalhar. Eu sempre respondia que o meu sonho era o CCBB RJ, mas apesar de estar tão perto fisicamente, parecia muito distante. Até que, em 2004, surgiu uma vaga na área administrativa do Centro Cultural. Eu topei na hora! Fiquei muito feliz e desenvolvi toda a minha carreira nesse setor. Outro fator positivo é que, após trabalhar tanto tempo em uma área, virei referência em outros CCBBs. E, no meio da pandemia, quando surgiu um processo seletivo para a gerência administrativa, eu participei e fui comissionada em novembro de 2020”. 

Para Marcela, não há dúvidas de que a formação do Comitê composta por quatro mulheres faz toda a diferença. “A nossa sensibilidade nos aproxima ainda mais da missão de encantar as pessoas que visitam o CCBB. A gente quer que todo mundo saia feliz após uma visita, e isso tem muito a ver com o fato de sermos mulheres, mães e cuidadosas. Nós trabalhamos para que as pessoas sintam que é possível sonhar, que a arte e a cultura fazem parte da vida e contribuem para a formação do ser humano”. 

Caroena Neves, gerente de programação do CCBB RJ

Caroena Neves, gerente de programação do CCBB RJ, também acredita no poder transformador da arte. Ela só teve a oportunidade de conhecer o espaço quando assumiu um cargo na área administrativa. Desde então, a sua vida mudou completamente. “Eu me esforcei muito e consegui entrar na faculdade. Até que eu fiz um estágio no Banco do Brasil e fiquei sabendo que iam abrir as inscrições pro concurso, mas eu não tinha dinheiro pra pagar o cursinho e estudar pras provas. Eu decidi, então, fazer o concurso do IBGE para recenseador e usar o salário para pagar o cursinho que ia me ajudar a passar pro BB. O meu plano deu certo, e, após ser aprovada, eu comecei a trabalhar em uma agência em Caxias (RJ). Trabalhei lá por três anos, e o CCBB não estava nos meus planos, até porque era muito distante da minha realidade. Mas recebi uma ligação me oferecendo uma vaga no Centro Cultural e eu aceitei. Quando cheguei, era como se tivesse atravessado um portal. Comecei a ter contato com esse universo da cultura, e tudo mudou, o meu modo de enxergar a vida e a maneira como eu me enxergo, porque eu nem me reconhecia como uma mulher negra. Foi uma reconstrução total”.  

Para Caroena, a sua missão agora é tornar o CCBB RJ um lugar cada vez mais acessível: “eu nasci na baixada fluminense, no município de São João de Meriti, e tive uma vida que é comum a toda menina negra de um lugar mais pobre. Mas eu sempre tive muita vontade de ser mais e eu sabia que a única forma de fazer a diferença na minha vida era por meio da educação. Agora, após 21 anos de carreira como gerente de programação do CCBB RJ e fazendo parte de um comitê totalmente composto por mulheres, eu sinto que nós estamos no lugar certo para trabalhar temas muito importantes e que precisam ser resolvidos o quanto antes. E a arte e a cultura têm esse poder de revolução. Eu acredito muito nisso”. 

Números que fazem a diferença 

Com mais de 30 anos de história, o Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro já recebeu mais de 58 milhões de visitantes e apresentou mais de 2.450 projetos nas áreas de artes visuais, cinema, teatro, dança, música e pensamento. Isso lhe rendeu o título de centro cultural mais amado do Rio de Janeiro. Desde 2011, o CCBB RJ figura no ranking anual do jornal britânico The Art Newspaper, projetando o Rio entre as cidades com as mostras de arte mais visitadas do mundo.  

O prédio dispõe de três teatros, duas salas de cinema, cerca de 2 mil metros quadrados de espaços expositivos, auditórios, salas multiuso e biblioteca com mais de 200 mil exemplares. O CCBB ainda mantém e preserva os acervos do Banco do Brasil no Arquivo Histórico e Museu Banco do Brasil. Os visitantes contam ainda com restaurantes, cafeterias e loja, serviços com descontos exclusivos para clientes BB.

O CCBB RJ está aberto ao público às segundas, das 9 às 21h. De quarta a sábado, das 9 às 21h, e aos domingos, das 9 às 20h.

E, além das programações dos CCBBs Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, no site, você encontra uma novidade muito legal:  se quiser conferir uma exposição que não pôde visitar ou ainda conhecer uma unidade fora da sua cidade, agora é possível fazer um tour virtual interativo com detalhes sobre as peças, os artistas e muito mais. Os CCBBs estão de portas abertas para recebê-lo

Série especial Dia Internacional das Mulheres 

Esta matéria narra a trajetória de Sueli, Bianca, Marcela e Caroena e é a primeira de uma série a qual homenageará mulheres notáveis que fazem parte da história do Banco do Brasil. 

Nos próximos dias, você vai poder acompanhar, aqui no Blog BB, como funcionárias, clientes e parceiras utilizam a sua potência e contribuem para que o BB seja mais próximo e relevante na vida de todos os brasileiros. Continue acompanhando!

Leia também:  

Tarciana Medeiros: a primeira mulher à frente do BB

Mulher empreendedora: ela faz, e você também

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Mulher empreendedora: ela faz, e você também //mulher-empreendedora-ela-faz-e-voce-tambem/ //mulher-empreendedora-ela-faz-e-voce-tambem/#comments Tue, 08 Mar 2022 11:00:00 +0000 //?p=3762 Conheça a história de empreendedoras e como elas estão construindo uma sociedade com mais oportunidades e integração para todas as mulheres

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O empreendedorismo feminino segue em alta no Brasil. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são mais de 30 milhões de empreendedoras espalhadas pelo país.

Chama a atenção o fato de que 26% delas abriram os seus negócios durante a pandemia. O número é um atestado de que os desafios dos últimos anos não foram suficientes para diminuir a força de vontade e a resiliência dessas mulheres.

O maior número de espaços ocupados pelas mulheres no empreendedorismo também encontra reflexo em outros segmentos. Hoje, elas já representam pouco mais de um terço das lideranças nas empresas, e esse número deve seguir em crescimento. 

Os dados mostram o que toda brasileira empreendedora já sabe por experiência própria: as mulheres demonstram garra na hora de conquistar os seus objetivos. 

E, neste Dia Internacional da Mulher, nada melhor do que buscar inspiração na trajetória de uma delas: Lívia Viana – idealizadora da startup Ela Faz.

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Mulheres empreendedoras são mulheres que transformam

Há muitas definições de empreendedora, quase sempre ligadas à possibilidade de transformar em realidade os seus projetos e de encarar desafios e apresentar soluções.

Mas, para as mulheres empreendedoras, há mais desafios do que simplesmente abrir e tocar um negócio. Apesar de ser uma luta antiga, a batalha delas para redesenhar a divisão de papéis sociais entre homens e mulheres ainda segue firme na sociedade.

Pode parecer irreal para as gerações mais jovens, mas, até 1962, as mulheres brasileiras precisavam de autorização do pai ou do marido para trabalhar, ter uma conta em banco e abrir um negócio. E, mesmo se autorizadas, o direito poderia ser revogado a qualquer momento por quem tivesse emitido a permissão. 

A luta feminina conseguiu derrubar essa barreira, mas as pioneiras do mercado de trabalho ainda precisavam lidar com os obstáculos da desigualdade de gênero em vários aspectos, com destaque para a diferença salarial. Aliás, essa ainda é uma questão a ser superada. 

De acordo com a pesquisa Estatísticas de Gênero – Indicadores sociais das mulheres no Brasil, feita pelo IBGE, apenas 37,4% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres. Para piorar, o salário recebido também é menor. Segundo dados da agência Catho, mulheres ganham, em média, 34% menos do que os homens, mesmo ocupando os mesmos cargos e realizando as mesmas tarefas. 

O empreendedorismo feminino é uma das ferramentas que as mulheres têm usado para combater essas desigualdades. Motivadas a mudarem as suas realidades e as de outras mulheres, mais de 70% das empreendedoras no Brasil empregam somente outras mulheres. 

Hoje, elas contribuem cada vez mais para o crescimento da economia, e o seu sucesso permite uma atualização da cultura de mercado. Pelo exemplo, também estimulam mais mulheres a enfrentar as dificuldades e empreender, buscando, na iniciativa, um lugar de protagonismo na própria história.


Ela Faz: conheça a startup da Lívia Viana 

Ela Faz (@elafazoficial) é o nome da startup da maranhense Lívia Viana. Engenheira e administradora que atua, há 12 anos, no ramo de construção civil, conciliando o trabalho com a maternidade – ela é mãe de duas meninas.

Em 2020, Lívia fundou a Ela Faz, startup que tem como objetivo capacitar mulheres para atuar na construção civil e intermediar a contratação de mão de obra feminina.

As primeiras turmas de capacitação foram realizadas por meio de parcerias. Foram oferecidos os cursos de pedreira, eletricista, pintora e montadora de móveis.

Em um ano de funcionamento, duzentas mulheres foram capacitadas e mil famílias foram impactadas diretamente.

O sonho de Lívia é ver uma grande transformação social por meio do empreendedorismo feminino e da mudança na qualidade de vida de inúmeras mulheres. Para isso, tem dedicado a maior parte do seu tempo a fazer o negócio dar certo, como gosta de enfatizar.

“É um desafio pessoal pra mim. Eu preciso fazer dar certo. Por isso, tanta dedicação e energia”, diz Lívia. 

Lívia Viana, idealizadora da startup Ela Faz

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As mulheres da Ela Faz

A empresa tem atendido a dois perfis: jovens entre 18 e 29 anos e mulheres com mais de 40 anos. As mais jovens buscam a entrada no mercado de trabalho. Lívia destaca, com orgulho, que algumas acabam se interessando pela área e ingressam no curso superior.

“Temos jovens que, mesmo cursando a graduação, continuam trabalhando conosco (arquitetas, engenheiras e designers), porque querem ter o conhecimento prático da realidade”, destaca.

Já as mulheres de mais de 40 anos buscam recolocação no mercado de trabalho e independência financeira. A maior parte deste grupo está em situação de vulnerabilidade e busca uma oportunidade de melhoria. 

“Algumas buscam o curso para poder construir a sua própria casa, pois muitas moram em apenas um quarto e às vezes não possuem nem banheiro em casa”, explica Lívia.

Lívia e as mulheres da Ela Faz

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O lugar da mulher é onde ela quiser

A área da construção civil é, predominantemente, masculina. Mas isso não impediu Lívia de encarar o desafio e ainda proporcionara outras mulheres a oportunidade de atuarem na área. 

Lívia se define como uma mulher forte, “dura na queda”. A empreendedora conta que a paixão pela construção civil nasceu quando ela e o marido abriram uma empresa de pré-moldados, exigindo uma busca por conhecimento técnico. Então decidiu fazer engenharia e se tornou a responsável técnica da empresa. “Gosto demais de construir, gosto de ver as coisas tomando forma”, relata.

A empreendedora recorda que a ideia de oferecer cursos na área de construção civil surgiu das próprias mulheres. “Eu já fazia ações em algumas comunidades para apoiar as mulheres. Elas sugeriram a área de construção civil. Queriam cursos diferentes do que vinha sendo oferecido, como manicure, crochê, etc.”, lembra Lívia.

Alunas no curso de construção civil

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Construção civil e os seus desafios

De acordo com a empreendedora, a difícil inserção da mulher no mercado da construção civil não era apenas uma questão de capacitar, mas de criar condições para que ela possa realmente atuar.

“Percebemos a dificuldade em inserir estas mulheres fora do ambiente Ela Faz, como em uma construtora, por exemplo. Havia a necessidade de resolver questões básicas de estrutura.”

Para superar esse desafio, a startup passou a fazer a própria integração no ambiente da construção civil. Tudo isso para criar mais conexão entre as profissionais e os clientes.

Sororidade, empatia e aliança são elementos que fazem parte da proposta da Ela Faz, segundo a criadora. No entanto, Lívia ressalta que ainda é um desafio ensinar o apoio entre as mulheres. “Precisamos ensinar muito a segurar uma na mão da outra, apoiar umas as outras. Enfatizar a necessidade da sinergia entre nós, que juntas nós multiplicamos, e os nossos resultados são melhores.” 

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Sonhar e realizar

Lívia assegura que é importante ser, em igual medida, sonhadora e realizadora. E dá a dica sobre o perfil ideal, segundo ela, para encarar esses desafios:

“É a mulher corajosa, resiliente para suportar todos os desafios. É humilde para reconhecer que precisa ouvir e aprender e que não sabe de tudo. Persistente diante das dificuldades, que entende e vai. Que esgota as suas possibilidades e abre a sua mente para novas oportunidades. E, muito importante, acreditar em si mesma, acreditar no seu potencial”, ressalta.

Sobre transformar sonhos em realizações, a empreendedora ainda conta que, este ano, a startup deve lançar uma plataforma de cursos EaD e o aplicativo da Ela Faz.

Lívia conta que uma outra novidade, o projeto Carreta do Conhecimento, irá oferecer cursos na área de tecnologia e inovação. “Nossa meta é capacitar dez vezes mais mulheres do que em 2021, ou seja, 2 mil mulheres”, calcula.

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Fazer é transformar 

O nome da empresa reflete, na prática, a história que a empreendedora vem escrevendo ao transformar a realidade de muitas mulheres.

“Eu acredito que ainda tem muito a ser feito. Eu percebo que as pessoas veem a plataforma e o que gente faz como algo grandioso, mas eu vejo que ainda precisamos fazer muito. Ainda é pouco diante da realidade que vivemos. Pretendo realizar muito mais”, afirma Lívia.

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BB pra Elas: incentivo para realizar sonhos e projetos

Histórias como a da Lívia mudam vidas e inspiram outras pessoas. E é com esse sentimento que o BB lançou em 2022 no Dia Internacional da Mulher, o BB pra Elas. Um movimento de apoio ao empreendedorismo com base em três pilares:

* Soluções Financeiras: apoio a empreendedoras com crédito, investimentos e gestão do fluxo de caixa.

* Educação Empreendedora: auxílio para o desenvolvimento de competências e habilidades que vão ajudar o sucesso do negócio.

* Saúde e Bem-Estar: descontos em exames, consultas e atendimentos médicos e psicológicos.

Em 2023, o movimento evoluiu e passou a se chamar Mulheres no Topo. Um espaço criado para oferecer as ferramentas necessárias para que as mulheres empreendedoras possam crescer e alcançar ainda mais sucesso em seus negócios.

Quer saber mais? Você pode conferir os benefícios e as vantagens destinadas às mulheres, na página bb.com.br/mulheresnotopo.

Caso as histórias da Lívia e da Ela Faz tenham inspirado você a abrir o seu próprio negócio, encontre, aqui no Blog BB, um guia completo para aprender a abrir o seu MEI, e dar o pontapé inicial ao começar a empreender. 

Conhece histórias de mulheres empreendedoras que transformaram a vida de outras mulheres? Então compartilhe aqui nos comentários. 

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