Conteúdo atualizado em 8 de janeiro de 2024
Especial Dia Internacional das Mulheres
Na matéria de encerramento da série que celebra o Dia Internacional das Mulheres, o Blog BB convida Tarciana Medeiros, a primeira presidenta do Banco do Brasil, para contar um pouco da sua história e por que faz da diversidade uma das marcas de sua gestão.
Confira:

Dias atrás fui a São Paulo participar de um evento importante do BB. Eu tinha a missão de falar pela primeira vez, como presidenta, para representantes dos 85 mil colegas, funcionários do Banco. A emoção por estar ali era tão grande quanto o compromisso que assumi para liderar a empresa que tem sido a minha casa nos últimos 22 anos.
Tenho certeza de que não foi por acaso que, na porta do lugar onde aconteceria o evento, havia uma feira. Todos que também chegavam passavam por ela. Para mim, foi um momento muito simbólico. Vi ali uma conexão direta com as minhas origens e com um tema muito presente na minha vida e na minha carreira: a diversidade.
Não há no mundo lugar mais diverso do que uma feira, em suas cores e seus sabores, nas diferentes pessoas com diferentes propósitos, nas muitas histórias de vida que acontecem no dia a dia desse comércio tão parte da cultura do nosso país.

Fui uma menina feirante em Campina Grande, lá na Paraíba. Foi esse lugar que me formou como pessoa e como profissional, e agora como primeira presidenta do Banco do Brasil. E era ele que me dava as boas-vindas naquele dia tão especial da minha carreira.
Sou fruto de tudo o que aprendi com Mainha, Titia, minhas avós Marias e Painho. A minha família faz parte do meu jeito de ser. O que me dá substância e estrutura como pessoa.
Também sou forjada por tantos colegas que foram mentores e mentoras na minha carreira e aos quais agradeço cada ensinamento.
Eu acredito que somos a comunhão das pessoas que passam pelas nossas vidas e, por isso, somos seres diversos por natureza.
As empresas também são assim, se pensarmos bem.
Pelo menos, o BB é assim: tem na diversidade de seus funcionários e clientes a sua força.
Somos um Banco diverso, num país diverso. Nós somos a cara do Brasil.
E, justamente, por sermos essa amostra tão significativa do nosso país, somos também o seu espelho.
Quando aceitei o desafio de presidir o BB, quis fazer da diversidade a marca da minha gestão porque é urgente falarmos da multiplicidade de culturas, raças, religiões, formações, gênero, sexualidade e das demais características natas ou adquiridas por cada um de nós ao longo da vida, que fazem da gente quem a gente é.
Queremos ter cada vez mais diversidade nos cargos de gestão do Banco, que eles possam ser ocupados por pessoas que refletem e representam a realidade do nosso país.
Se aqui, dentro de casa, valorizarmos isso de verdade, abrindo espaço para o diálogo e a escuta ativa, ajudaremos a transformar o mundo num lugar de mais respeito, tolerância e muito melhor para se viver.
A diversidade sob o olhar de gênero
Nós, mulheres, ainda ocupamos menos de 15% dos cargos da alta administração de empresas listadas no setor financeiro na B3. Somos apenas 30% da força de trabalho em tecnologia. Ganhamos 34% menos que os homens, mesmo ocupando os mesmos cargos e realizando as mesmas tarefas.
Eu sou mãe, sou mulher nordestina. Sou um pouco das muitas mulheres da minha família, das minhas colegas de trabalho e daquelas de quem conheço suas histórias. O que esses dados mostram eu sinto na pele, por mim e por elas. Apesar de termos avançado bastante, o caminho ainda é longo para que a gente consiga ter maior equidade no ambiente de trabalho. Mas, uma coisa é certa: fazer o tema diversidade avançar nas estruturas do Banco, nos nossos times e na liderança, é um passo importante no caminho que queremos para o futuro da empresa.

E não vamos ficar apenas no aspecto simbólico da minha nomeação. Além de um estudo importante na área de gestão de pessoas, para entendermos cada realidade do corpo funcional, já adotamos medidas concretas para que a diversidade seja cada vez mais presente. Nomeamos, pela primeira vez na história do BB, três vice-presidentas – um passo cheio de significado e que abre caminhos para as mudanças que precisam acontecer.
Acredito que o exemplo arrasta, e uma das formas de ampliar e valorizar a participação feminina na nossa sociedade é, exatamente, liderar pelo exemplo. Na minha terra, dizem que “costume de casa vai à praça”. Se a gente faz isso pelo BB, a gente faz também por todas as mulheres.
Queremos mais mulheres no topo de onde elas imaginam chegar
Como mãe, como mulher, os desafios foram grandes e, em essência, muito parecidos com os de tantas mulheres. E é bonito demais quando uma de nós chega ao topo, tendo enfrentado tantos obstáculos, porque sempre somos acompanhadas de outras mulheres.
Não estamos sozinhas no nosso caminhar.
Eu me vi nas histórias contadas pelas mulheres protagonistas da série comemorativa ao Dia Internacional das Mulheres, publicada no Blog BB. E fico na dúvida se Sueli, Caroena, Marcela, Bianca, Marisa, Josiane, Divina, Gerusa, Ana, Bruna e Luli representam muitas de nós ou se nós somos um pouco de cada uma delas. Talvez as duas coisas.

Também enxerguei o BB, como apoiador, como cenário, como meio e como fim para que elas sejam quem são e estejam onde querem estar. E eu me sinto especialmente chamada a fazer o que for preciso para que o Banco do Brasil seja próximo e relevante na vida de muito mais mulheres, em todos os momentos.
Dizem que o que nos afeta também nos convoca.
Dia 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, é uma data importante para a luta por uma sociedade mais justa e igualitária. E essa luta não é só de mulheres ou para mulheres – é sobre todos nós.
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