A megatendência de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I) representa um conjunto de práticas que busca promover ambientes corporativos mais diversos, justos e acolhedores.
A diversidade está ligada à variedade e diferenciação. Além das características biológicas e sociais, envolve uma ampla gama de aparências, culturas e trajetórias pessoais. No entanto, ela não é isenta de desafios. Também diz respeito à atribuição de valores a grupos específicos, que podem dar origem a estereótipos negativos, preconceitos e discriminações.
A equidade visa garantir que todas as pessoas tenham acesso às mesmas oportunidades, levando em conta as diferentes necessidades, condições, singularidades.
Por sua vez, a inclusão busca criar um ambiente onde todas elas se sintam valorizadas, respeitadas e capazes de contribuir plenamente.
O que está acontecendo no mercado?
O movimento de diversidade, equidade e inclusão tem ganhado força globalmente, com empresas adotando medidas concretas para se tornarem mais inclusivas. No entanto, práticas como o Diversity Washing, onde marcas promovem diversidade de forma superficial, continuam a ser um desafio. As empresas que não integram a diversidade de forma autêntica estão cada vez mais sob pressão, já que consumidores e colaboradores exigem transparência e compromisso verdadeiro com essas causas.
No Brasil, o Magazine Luiza lançou um programa de trainee exclusivo para pessoas negras, uma iniciativa inovadora que gerou grande repercussão e inspirou outras empresas. Outro destaque é a Natura, reconhecida como uma das empresas mais inclusivas do país, promovendo equidade de gênero e inclusão de colaboradores LGBTQIA+. Além disso, o Banco Santander criou o projeto “Santander Inclui”, focado na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
Em 2023, o Banco do Brasil estruturou seu Programa de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I), priorizando seis marcadores sociais da diferença: Raça e Etnias, Gênero, Pessoas com Deficiência, Neurodivergentes, Gerações e LGBTQIAPN+. O programa promove iniciativas que impactam colaboradores e a sociedade, reforçando o compromisso com um ambiente corporativo mais inclusivo.
Desde então, o BB tem lançado ações concretas, como o edital para mulheres negras em parceria com a Fundação Banco do Brasil (FBB) e a intensificação do movimento Mulheres na TI, promovendo a equidade de gênero em áreas tradicionalmente dominadas por homens. O Banco também fomentou a equidade na contratação de seguranças e lançou a plataforma Mulheres no Topo, voltada para capacitação, saúde, acesso ao crédito e apoio ao empreendedorismo feminino.

Uma das iniciativas mais marcantes foi o projeto Raça é Prioridade, que busca identificar e capacitar funcionários negros (pretos e pardos) para posições de liderança, como gerente executivo e superintendente. O programa reserva pelo menos 50% das vagas para pessoas negras, promovendo maior representatividade em funções estratégicas. Além disso, o BB destinou R$ 175 milhões para o programa Mulheres no Agro, incentivando a participação feminina no setor agrícola, e lançou a Liga PJ, uma capacitação voltada para mulheres empreendedoras.
Perspectivas para a evolução da Megatendência
A tendência de DE&I continuará a ganhar relevância, especialmente com a expectativa de que empresas com políticas robustas de diversidade tenham maior potencial de inovação e sucesso financeiro. De acordo com a McKinsey (2022), empresas com iniciativas fortes de diversidade têm 36% mais chances de superar financeiramente seus concorrentes. Segundo a Deloitte, 76% das empresas já possuem áreas dedicadas à diversidade e inclusão, com foco em estratégias que vão desde o recrutamento até a promoção de lideranças mais representativas. O estudo também aponta que empresas com políticas robustas de DE&I têm 1,7 vezes mais chances de liderar em inovação.
Outro aspecto que ganhará força é a diversidade geracional, com a convivência de diferentes gerações no ambiente de trabalho, desde a Geração Z até os Baby Boomers. Estima-se que, até 2025, a Geração Z representará 25% da força de trabalho global, e o envelhecimento populacional aumentará a necessidade de integração entre diferentes gerações.
Esses movimentos mostram que empresas que adotam práticas de DE&I de forma genuína e estratégica estarão na vanguarda da transformação corporativa, criando ambientes mais justos e diversos, capazes de atrair e reter talentos e se preparar para os desafios futuros.
Fique atento ao nosso próximo artigo no Blog BB, onde exploraremos a megatendência de Inteligência Artificial.
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