É possível afirmar que, quando uma pessoa está com boa saúde física e mental, ela tem disposição para trabalhar, praticar atividades físicas, raramente fica doente, se alimenta bem e compartilha bons momentos com a família e os amigos, aproveitando pequenos prazeres, como aquela cervejinha ou um bom vinho. Afinal, ninguém é de ferro, não é mesmo?
E se eu disser a você que acontece algo semelhante com a saúde financeira? Quem dá atenção às finanças com regularidade consegue ter segurança para viver tranquilamente e realizar sonhos e objetivos, além de sentir uma satisfação pessoal que acaba impactando outros aspectos da vida.
Apesar de algumas pessoas pensarem que o conceito de saúde financeira está relacionado ao saldo da conta bancária ou ao fato de ganhar muito dinheiro, o significado engloba a habilidade de cada pessoa gerenciar os recursos de maneira consciente e equilibrada.
Ou seja, ter uma boa saúde financeira não se trata de acumular riqueza, e sim de entender e otimizar o uso do dinheiro à sua disposição, seja qual for a renda que você recebe todos os meses.
Mas qual é a importância da saúde financeira?
A saúde financeira está profundamente entrelaçada com diversos aspectos que impactam diretamente a qualidade de vida e o bem-estar.
Uma pessoa com boa saúde financeira possui a habilidade necessária para tomar boas decisões, tem disciplina e autocontrole para cumprir os objetivos financeiros, segurança em relação ao futuro e liberdade de fazer escolhas que permitem aproveitar a vida da melhor forma possível.
Parece complicado? Na verdade, é simples! Se você se sente financeiramente tranquilo e seguro para lidar com imprevistos sabendo que nada de essencial faltará no seu dia a dia, a sua mente fica mais tranquila.
Isto é, é possível manter o equilíbrio entre o ganho e o gasto sem afetar nenhuma área importante da sua vida, pois, mesmo que aconteça uma emergência, a sua saúde financeira está boa, e você já estará preparado para isso.
É possível medir a saúde financeira?
Sim! A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) disponibiliza uma ferramenta gratuita para que qualquer cidadão consiga medir a situação financeira: é o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB).
O objetivo é permitir que cada brasileiro possa realizar um diagnóstico da saúde e do bem-estar financeiro e, com isso, compreender o que precisa ser feito para melhorá-los.
O questionário contém 18 perguntas simples, sendo que 15 delas são obrigatórias e 3 opcionais, envolvendo a sua percepção sobre as finanças. As questões geram uma pontuação de 0 a 100.
Com esse número em mãos, você pode conferir o nível de saúde financeira em que você se encontra e a classificação, que varia entre sete níveis: Quanto maior o valor apurado, melhor é a sua situação financeira.

De forma geral, ter um bom I-SFB significa atender a alguns critérios contemplados pelo questionário. Veja os seguintes exemplos.
• Ser capaz de cumprir as obrigações financeiras.
• Ser capaz de tomar boas decisões financeiras.
• Ter disciplina e autocontrole para cumprir objetivos
• Sentir-se seguro quanto ao presente e ao futuro financeiro.
• Ter a liberdade de fazer escolhas que permitam a você aproveitar a vida.
Com base nas respostas, a própria ferramenta aponta as dimensões que devem ser trabalhadas e apresenta conteúdos com jornadas financeiras personalizadas para cada situação.
O relatório referente ao ano de 2023, por exemplo, apontou que 50% dos brasileiros vivenciam algum aperto financeiro, enquanto 28% dizem que os compromissos envolvendo dinheiro são motivo de estresse em casa.
Ficou interessado e quer conhecer o seu índice? Acesse o site do I-SFB, preencha o questionário, salve as respostas e envie o resultado para o seu e-mail. É bem simples e intuitivo.
E o que fazer para melhorar a saúde financeira?
Se você respondeu ao questionário e não ficou muito contente com o diagnóstico, saiba que, com pequenas mudanças de hábitos, já é possível ver melhorias significativas na sua saúde financeira.
Porém a melhor estratégia é contemplar ações adaptáveis à sua rotina. Por isso, vou listar algumas táticas que costumam funcionar de modo geral. Mas sinta-se livre para adaptá-las ao que é mais adequado a você e ao seu momento de vida.
• Orçamento eficiente: é recomendável elaborar uma avaliação detalhada para entender como o seu dinheiro está sendo gasto. Essa é a forma mais fácil de você identificar quais são suas entradas e saídas e, a partir de então, gerenciar melhor o seu dinheiro. O Minhas Finanças, que está disponível no App BB, pode ajudar bastante nesse momento.
• Priorize pagamentos: já fez seu orçamento? Então priorize o pagamento das contas e despesas que são essenciais, como aluguel, contas de água, luz, gás e, claro, compras de alimentos. Depois, pague as dívidas que possuem as taxas de juros mais alta. Isso evita que o valor aumente ainda mais.
• Construção de reserva de emergência: especialistas recomendam que uma boa reserva de emergência tem um saldo que contemple, pelo menos, de três a seis meses dos custos mensais. Esse dinheiro é o responsável por criar uma rede de segurança financeira em casos de imprevistos. Não é possível guardar um grande valor mensal? Sem problemas! Tente economizar um pouquinho todo dia. Quando você menos esperar, terá se tornado um hábito, e vai ser mais fácil aumentar a sua reserva.
• Educação financeira: nunca é tarde para aprender. Por isso, investir tempo em compreender conceitos financeiros pode fazer uma grande diferença. Quanto mais informado estiver, melhores serão as suas decisões financeiras. Existem cursos online, livros e recursos gratuitos sobre educação financeira. Aqui mesmo no Blog BB, você tem acesso a diversos conteúdos que contribuem para o seu conhecimento.
• Estabelecimento de metas financeiras: planejar e definir metas claras e alcançáveis que contemplem o seu momento de vida, como comprar o primeiro carro, fazer um curso de pós-graduação, financiar um apartamento… Isso proporciona foco, e, a cada etapa cumprida, você vai se sentir mais motivado. Uma sugestão interessante é dividir em objetivos a curto, médio e longo prazo, e ajustá-los quando necessário.
• Reavaliação periódica: a vida e as circunstâncias mudam. Hoje o que é muito importante pode não ser mais daqui a alguns anos. Por isso, faça uma revisão periódica do seu plano financeiro para garantir o alinhamento com os seus objetivos atuais e futuros.

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