Conteúdo atualizado em 10 de julho de 2023 

Você já deve ter ouvido falar ou lido em algum lugar sobre Open Finance. Se ainda não ouviu, a hora é essa. Isso porque o “sistema bancário aberto”, em tradução livre, promete mudar (e muito) a sua relação com os bancos. Spoiler: vai ficar bem melhor pra você.

O Open Finance, evolução do termo Open Banking, é um modelo financeiro baseado no compartilhamento de dados pessoais dos clientes entre instituições financeiras.  

Mas por que mudou de nome? A mudança representa a maior abrangência do modelo que, agora, também envolve integração de sistemas de áreas como seguros (Open Insurance), investimentos (Open Investment) e câmbio.

Compartilhamento de dados? Como assim? 

Sim, é isso mesmo. Porém, muita calma nessa hora, esse compartilhamento só acontecerá com a sua autorização e se for do seu interesse, mas pode acreditar: será.

Será porque todo relacionamento que você construiu com um ou mais bancos ao longo da vida poderá ser conhecido também por outros bancos.

Lembra aquele papo de chegar na agência, abrir a conta e ter que esperar um tempo para o banco “conhecer você melhor” e, só depois disso, poder acessar produtos e serviços mais adequados ao seu perfil? Pois é. Nada disso vai fazer mais sentido.

Pra dizer a verdade, até o conceito do cliente bancário tradicional (ou seja, você hoje) vira coisa do passado com o Open Finance.

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Como o Open Finance vai mudar a minha vida? 

Se você chegou até aqui, é exatamente isso que deve estar se perguntando agora.

Pense em transparência e facilidade. Essa dupla dinâmica – que está sempre no radar de qualquer banco que olhe com muita atenção para a experiência do cliente – ganha uma versão anabolizada.

Pelo lado da transparência, os dados compartilhados com a sua autorização colocam todas as instituições em um ponto de partida nivelado no conhecimento que eles terão sobre você. Porta escancarada para uma forte concorrência.

Para disputar a sua atenção, os bancos terão que flexibilizar as suas margens de lucro por operação. Se um não fizer, o outro fará, porque ninguém fica mais no escuro sobre o que você consome, quando consome e porque consome. 

Entender o seu histórico, suas preferências e o seu momento de vida permite desenhar soluções que sejam mais relevantes para você, naquele determinado momento.

Com isso, o Banco Central (BC) pretende estimular a concorrência e abrir espaço para inovações, com produtos mais diversificados e personalizados. E é aí que entra a facilidade. Porque os bancos também compartilharão as informações deles mesmos entre si. E por bancos entenda-se todos os integrantes desse ecossistema de serviços financeiros (bancos tradicionais, bancos digitais e fintechs).

O Open Finance na prática

Achou aquele apê perfeito, do jeito que você imaginou? A luz do sol entrando na medida certa, espaço bem dividido e arejado? Agora, imagine poder comparar, ali na sala mesmo, enquanto conversa com o corretor de imóveis, as taxas do financiamento imobiliário de vários bancos, sob medida pra você, em um mesmo lugar: no app do seu banco de relacionamento.

E não vai parar na consulta. Com a integração de plataformas e infraestruturas entre as instituições participantes, é possível construir um cenário em que você poderá ser direcionado imediatamente para a contratação deste empréstimo (ou de outros produtos e serviços) no banco que melhor atender às suas expectativas.

Esse novo modelo de sistema financeiro permite ainda outras possibilidades como a criação de marketplaces, que conectem vendedores e prestadores de serviço em um só ambiente online. Se você pensou na Amazon como exemplo, acertou. Ou seja, uma plataforma na qual você possa comparar preços e condições de ofertas dos bancos e, assim, seguir para a contratação adequada para o seu momento de vida.   

E o que mais?

Olha, tem muita coisa ainda para se falar sobre Open Finance, mas vamos com calma que tem tempo. De qualquer forma, se você quiser se adiantar e saber mais, dê uma olhada nessa página do BB, que ela já vai te responder várias dúvidas.

Ah sim, é bom saber como acontece o seu ”ok”, certo? É bem fácil, você pode fazer isso pelo próprio app do seu banco. Vale lembrar que nenhuma instituição poderá visualizar suas informações sem esse consentimento. Essa é uma segurança do próprio Banco Central, garantida pela LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

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