Conteúdo atualizado em 15 de maio de 2023 

Como é a gestão financeira da sua empresa? Se a sua resposta é “ao Deus dará” ou “ao sabor dos ventos”, é melhor ter atenção. Para garantir a sustentabilidade do negócio, é preciso fazer um bom fluxo de caixa.

Você pode ter clientes e vender, mas ainda assim ficar no vermelho se não souber organizar as suas finanças. 

Nesse momento, você pode estar se perguntando: mas o que é fluxo de caixa?

É uma ferramenta de controle da movimentação do dinheiro de uma empresa. Nele, são registradas todas as entradas e saídas de caixa. Ou seja, todos os pagamentos e recebimentos realizados. Por isso, estão incluídos vendas, folha salarial, retirada de pró-labore dos sócios, pagamento de fornecedores e impostos etc.

Com o tempo, você vai incluindo esses dados e descobre se sua empresa vai precisar de crédito ou se conseguirá honrar todos os compromissos assumidos. Também prevê quanto vai receber e gastar em determinado período.

Isso já deixa claro que você precisa de um fluxo de caixa eficiente no seu negócio, certo? A questão é: como fazer isso? Confira as dicas que preparamos para você ter sucesso nessa empreitada.

1. Registre todas as movimentações financeiras

O primeiro passo é usar uma planilha ou sistema de gestão para inserir todos os dados. Coloque os números de vendas,  recebimentos e pagamentos. Não esqueça nada, mesmo os valores mais baixos. Tudo precisa bater na sua conferência.

Essa etapa é fundamental para reorganizar as finanças e planejar o futuro, e é necessária tanto para micro e pequenas empresas quanto para as grandes. Inclusive, a prática é recomendada até para MEI, como você pode ler em nosso guia completo para abrir o seu MEI.

Por quê? Primeiro porque permite separar o dinheiro. Ou seja, você faz a sua retirada mensal e vive com esse pró-labore. O restante serve para capital de giro e realização de investimentos para fortalecer o negócio.

2. Analise quanto tem de capital de giro

O capital de giro é um dinheiro que fica no caixa para manter o seu funcionamento. Desde a sua abertura, a empresa precisa contar com essa reserva. Caso contrário, você pode se endividar se acontecer algum imprevisto ou as vendas ficarem abaixo do esperado.

Duas das estratégias adotadas são justamente o capital de giro e a gestão do fluxo de caixa. Isso porque o acompanhamento das entradas e saídas permite ter previsibilidade para situações de imprevisto. Além disso, parte do lucro pode ser revertida para pagamento de dívidas e investimentos.

Por isso, se você identificar que o lucro obtido em determinado período foi o esperado, é melhor continuar fazendo o que está dando certo. Se ficou longe das expectativas, vale a pena revisar as atitudes, identificar o que foi ruim e pensar em melhorias.

Por exemplo, você pode renegociar os contratos com clientes e fornecedores para dar uma folga no orçamento empresarial. Outras possibilidades são adquirir um cartão de crédito empresarial para melhorar seu prazo de compras ou ainda buscar uma linha de crédito do BB específica para os negócios.

3. Faça um acompanhamento

Um pitch eficiente pode atrair novos clientes e gerar um bom volume de vendas. Com o aumento do faturamento, é essencial fazer uma boa gestão do fluxo de caixa para garantir que o dinheiro extra seja voltado para pagamento de contas e investimentos.

Além disso, esse controle permite analisar se a precificação está correta, se a promoção surtiu resultados positivos e se as finanças do negócio continuam equilibradas. Afinal, um erro nos descontos da promoção pode gerar até prejuízos para o negócio, caso o preço cobrado tenha ficado abaixo dos custos.

Por isso, se você ignorar o fluxo de caixa por longos períodos, existe uma grande chance de que os números não batam. Dependendo da necessidade, ele pode ser diário, semanal, quinzenal ou até mensal.

O importante é garantir a equivalência de recebíveis e pagáveis. Isso é fundamental para você ter uma visão real de como está a situação da sua empresa. Quer ver um exemplo? Imagine que os seus fornecedores exijam pagamento no prazo de 15 dias, mas os clientes pagam em 30 e 60 dias.

Nesse caso, existe o chamado descasamento de caixa. Em outras palavras, o valor a pagar no curto prazo é maior do que a quantia a receber. Em um primeiro momento, pode não ter problema. Porém, com o passar dos meses, isso tende a levar à inadimplência.

Por isso, acompanhe o fluxo de caixa todos os dias e veja se consegue pagar os compromissos no prazo. Atente, ainda, aos pagamentos no cartão de crédito, que podem causar esses desequilíbrios.

4. Classifique as movimentações

Saiba por onde o dinheiro entra e para onde vai. Detalhe todos os valores e classifique-os em categorias, como pagamento de fornecedores, folha salarial, comissões, impostos, valores recebidos em dinheiro, quantias a receber no cartão de crédito etc.

5. Faça um planejamento para os próximos meses

Depois de colocar todos os valores atuais, comece a inserir os dados relativos aos próximos meses. Além de trazer uma visão completa, permite que você se prepare. Se perceber que daqui a três semanas não conseguirá pagar todas as contas, você pode criar estratégias para entrar mais dinheiro em caixa.

Por exemplo, pode ser pela contratação de um empréstimo ou pela promoção de alguns produtos que estão sem giro no estoque. Outra possibilidade é economizar em algumas despesas, como energia elétrica e água.

6. Gerencie o estoque

Um problema comum nas empresas é ter muito estoque imobilizado. Ou seja, produtos parados. Isso interfere no fluxo de caixa porque é dinheiro sem giro, que não traz renda imediata.

Apesar de certo nível de estoque ser necessário para aproveitar ao máximo as oportunidades de vendas, aqueles produtos sem procura causam dificuldades na gestão financeira. Por isso, é recomendado fazer uma gestão eficiente por meio de métodos, como a curva ABC.

Isso ajudará a definir quais mercadorias devem ser mantidas em estoque, quais devem ser eliminadas, qual é o limite necessário e qual o valor atual do estoque.

7. Verifique sua margem de lucro e a precificação

Mais do que vender, você só terá sustentabilidade financeira se contar com uma boa margem de lucro. Esse é o percentual de ganho aplicado sobre o produto. Por exemplo, sua margem pode ser de 30%.

A questão é que nem todos os itens estão com os preços certos e cobrem os custos de operação. Pode haver um erro na margem de lucro ou na apuração dos custos. Por isso, faça um bom cálculo de precificação para cobrar o que é certo para a sua estratégia.

8. Confira a diferença entre o previsto e o realizado

Com todos os dados dispostos no fluxo de caixa, faça duas colunas. Uma indica o que foi previsto e a outra, o que foi realizado. Essa comparação é essencial para saber se os resultados estão dentro das expectativas.

A coluna de valores previstos deve ser preenchida com vendas a prazo e contas já assumidas. Por sua vez, a de realizados deve contar com os valores efetivados. Assim, ao final do dia ou do período de acompanhamento do fluxo de caixa, você sabe se aquela previsão se concretizou.

Se houver divergências, busque descobrir qual foi o problema. A partir dessa análise, você pode fazer as correções necessárias. Em outras palavras, sua empresa melhora a gestão financeira e você tem mais chances de sucesso.

9. Analise o saldo das operações

O saldo das operações é calculado pelo total de entradas menos o total de saídas. O resultado deve ser somado ao saldo obtido no dia anterior. Assim, chega-se ao cômputo do período.

Esse número mostrará quanto você tem efetivamente em caixa. A partir dele, também é possível traçar diferentes estratégias. Por exemplo, se você identificar que o saldo projetado é negativo, é provável que exista o já citado descasamento de caixa.

Porém, se as receitas estiverem em desacordo com a previsão, é possível que o nível de inadimplência tenha aumentado ou que tenha sido registrada queda nas vendas.

10. Busque recursos para obter crédito quando necessário

Como explicamos, existem situações em que você vai precisar de crédito para financiar as operações da sua empresa.

O BB oferece linhas específicas para essa finalidade. Esses produtos atendem diferentes necessidades do empreendedor, seja um prazo maior de carência e de parcelamento, sejam taxas de juros mais atrativas. E os prazos e pagamentos podem ser ajustados ao fluxo financeiro do negócio. 

No entanto, em muitos casos, um cartão de crédito já é suficiente.

O BB Ourocard Empresarial, por exemplo, oferece acesso rápido a um crédito pronto para as necessidades corriqueiras do seu negócio, de compras a pagamento de tributos. Disponível nas funções crédito e débito, o cartão também ajuda a gerenciar o fluxo de caixa, oferecendo até 40 dias sem juros para quitação.

O bom é que, se você precisar, pode efetuar o pagamento de contas no crédito em até 24 vezes, com taxas bem competitivas, sem sobrecarregar o fluxo de caixa. E ainda cadastrar as contas recorrentes com débito no cartão e ter muito mais praticidade no dia a dia.

Além disso, as compras na função crédito geram pontos que podem ser trocados por descontos em fatura, produtos, serviços e mais. Ou seja, é uma forma de você reorganizar as finanças do seu negócio e começar um fluxo de caixa realmente eficiente.

Então, que tal saber mais? Conheça o cartão de crédito Ourocard Empresarial e tenha mais praticidade para movimentar o seu negócio!

Dica bônus: 

Sabe o que pode ajudar você com o fluxo de caixa? O Painel PJ, ferramenta digital gratuita do Banco do Brasil voltada aos empreendedores. Por meio dela, você ganha uma visão completa de todas as suas vendas, organiza seus pagamentos e reúne informações gerenciais para tomar as melhores decisões no seu negócio.  

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