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]]>Yuri Storch, especialista em Estratégia de Alocação do BB
Na rua, no mercado, no trabalho, em casa, parece que a Copa do Mundo é o assunto preferido do brasileiro. E todo mundo tem algum palpite para o próximo jogo: pode ser baseado em uma superstição, em um dado estatístico, em uma análise das condições dos jogadores, ou, simplesmente, um palpite aleatório. E, assim, gostamos de tentar acertar o placar dos jogos nos conhecidos bolões da Copa.
No mundo dos investimentos, trabalhamos com análises de cenários e probabilidades. Assim como os “boleiros” analisam as escalações, nós analisamos bolsas e curvas de juros. Enquanto eles buscam mensurar a falta que um jogador lesionado pode fazer, nós avaliamos a saúde econômica dos setores da economia.
Novembro foi um mês atípico, uma “zebra” no jargão da Copa, com expectativas não concretizadas em relação ao cenário macroeconômico prospectivo. Iniciamos o período com as definições das eleições que, esperava-se, traria menor volatilidade, visto que o mercado poderia, então, melhor precificar os próximos anos. Havia a expectativa, ainda, da indicação dos nomes que irão compor a equipe econômica no próximo ano. Encerramos o mês, no entanto, sem definições e com a volatilidade dos ativos acentuada.
Com isso, o Ibovespa teve queda de 3,06%, o que impactou nossas carteiras com exposição à bolsa local. Devido às incertezas em relação ao cenário fiscal, a curva de juros futuros abriu, impactando o retorno dos títulos de renda fixa. O IRF-M fechou em -0,66% e o IMA-B, em -0,79%. O IMA-B 5+, que é composto por títulos mais longos, sentiu ainda mais o movimento da curva, caindo 1,18% no mês.
No cenário externo, o mês começou com a decisão do FOMC de elevar a taxa básica de juros da economia norte-americana em 75 pontos-base, conforme era esperado pelo mercado. O tom do FED após a reunião, entretanto, trouxe certa apreensão ao sinalizar que poderiam continuar elevando os juros para além do que estava, até então, precificado. Mas os dados de inflação (CPI), que vieram abaixo do esperado, animaram novamente as bolsas. O S&P fechou o mês no campo positivo, com alta de 5,38%.
Na Europa, a inflação continuou avançando, e os apertos monetários têm sido pouco convincentes. Na China, houve uma disparada dos casos de covid-19, o que levou o governo a apertar ainda mais as restrições. Um incidente em Urumq, cidade ao noroeste do país onde um prédio pegou fogo, desencadeou uma série de protestos em diversas regiões. Mesmo com todos esses acontecimentos, o índice MSCI All Country, que mede o desempenho das bolsas globais, fechou o mês com uma alta expressiva de 7,60%.
Foi tipo o Japão se classificando em primeiro no grupo, vencendo as favoritas Alemanha e Espanha.
Vale destacar que, embora os índices externos tenham registrado um mês muito positivo, no ano eles continuam em tendência de queda. O S&P já caiu mais de 14% desde o início do ano, e o MSCI All Country, mais de 16%.
As nossas carteiras sugeridas sentiram o impacto das oscilações do mercado, mas o nosso posicionamento mais defensivo em títulos indexados à inflação foi importante para reduzir as perdas. A seleção de produtos de qualidade, como a indicação do fundo BB Espelho Navi Long Short, também contribuiu positivamente para os resultados. No contrapé do Ibovespa, o fundo conseguiu capturar ganhos nos movimentos do mercado, e fechou o mês no positivo com alta de 0,86%.
As nossas carteiras Conservadora e Moderada, que buscam trazer mais segurança em tempos de alta volatilidade, fecharam o mês no positivo, com retornos de 0,85% e 0,12% respectivamente.
Para dezembro, mantemos o posicionamento tático de novembro. A posição mais defensiva em indexados à inflação permanece por causa das incertezas ainda presentes em relação ao cenário fiscal e ao contexto de transição. Nos multimercados, permanecemos mais avançados, visto que é a classe de ativo que tem mais chances de capturar ganhos em ambiente sem tendência clara. No mercado externo, optamos por continuar sem exposição, visto que as perspectivas de curto e médio prazo ainda apontam para um possível cenário de recessão nos Estados Unidos.
Diferentemente do Bolão da Copa, nos investimentos não há espaço para superstições ou palpites sem fundamentos. De vez em quando, até temos algumas surpresas, como um gol de Camarões no final do jogo, ou, até mesmo, um 7×1 jogando em casa. Assim, vale sempre lembrar que investir é para o longo prazo, e nossas carteiras precisam estar diversificadas o suficiente para amortecerem esses impactos, e prontas para aproveitarem os mercados em alta, sempre de acordo com o seu perfil do investidor. Para isso, contém sempre com o nosso time de gerentes e especialistas para auxiliar nessa jornada.
Um forte abraço.
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]]>Por Vicente Lo Duca, CGA, CFP®, Especialista em Estratégia de Alocação do BB
Caro(a) investidor(a), em julho, tivemos uma aula sobre como o mercado age mais sobre as expectativas do que sobre os fatos. Explico: apesar do aumento da taxa de juros americana em 75 bps para o intervalo entre 2,25% a 2,5% a.a. pelo FED (Banco Central americano), maior movimento de elevação de juros nos EUA desde os anos 80, o mercado reagiu bem, chegando a subir mais de 2,5% no dia do anúncio. E por que isto aconteceu? O aumento foi dentro do esperado pelo mercado, abaixo do temor de aumento de 1% e aliviado pela fala do presidente do FED, Jerome Powell, que “a partir daqui, as decisões serão tomadas a cada reunião de acordo com os dados coletados”, demonstrando uma conduta mais branda quanto às taxas de juros.
Além dessa sinalização do FED, os bons resultados corporativos impulsionaram a bolsa americana, que fechou o mês com performance de 9,11% (S&P 500) e contagiou as demais bolsas globais, como pode ser observado pelo MSCI All Country, que teve retorno de 6,86%.
No cenário local, a bolsa brasileira também fechou com ganhos (4,69%), devido à melhora no cenário externo e impulsionada pelas ações de bancos e da Petrobras, que anunciou o pagamento de dividendos acima do esperado pelo mercado. Já na renda fixa, tivemos dois movimentos: positivo para prefixados (1,15% IRF-M), refletindo a proximidade do fim do ciclo de aperto monetário, e negativo para os principais indexados à inflação (-0,88%), que foram afetados tanto pela desoneração fiscal na parte curta quanto pelo cenário fiscal desafiador futuro.
Diante disso todas as nossas carteiras fecharam o mês no campo positivo, na ordem de 1% para o perfil Conservador, 0,96% para o perfil Agressivo e destaque para as carteiras de perfil Moderado e Arrojado, que superaram o CDI, obtendo retornos de 1,10%.
Para este mês, apesar da performance positiva de julho, seguimos enxergando risco para ativos globais, com a inflação demandando ações mais incisivas dos bancos centrais acima do esperado pelo mercado, em especial do FED, aumentando o potencial risco de recessão e a possibilidade de extensão de bear market1.
No cenário local, a proximidade eleitoral e os fatores externos aumentam as incertezas e a volatilidade esperada para a bolsa brasileira, apesar de estar descontada em relação ao indicador Preço/Lucro histórico. E na renda fixa, as questões fiscais podem continuar impactando negativamente os indexados à inflação.
Dessa forma, fizemos pequenas alterações em nossos posicionamentos: diminuímos a exposição na classe de multimercados e indexados à inflação e mantivemos as demais posições, destacando a não exposição em investimentos no exterior.
Para encerrar, deixo o lembrete de que é muito importante termos em mente que investir é uma maratona e não uma corrida de 100 metros, ou seja, temos que pensar no longo prazo. E, para isso, o time de gerentes e especialistas do BB está à sua disposição para acompanhar e assessorar você nessa jornada.
1 bear market = tendência de baixa da bolsa
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