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]]>Embora o reconhecimento facial seja uma tecnologia recente no dia a dia das pessoas, os primeiros estudos relacionados ao tema começaram a ser realizados ainda na década de 1960. É o caso, por exemplo, das pesquisas feitas pelo matemático e cientista da computação Woodrow Bledsoe, que elaborou um sistema para ensinar um computador a identificar até dez fisionomias.
O reconhecimento facial (ou biometria facial) é uma tecnologia que utiliza a Inteligência Artificial e outros algoritmos para reconhecer uma pessoa pelo rosto. Hoje, essa ferramenta é considerada um dos modos mais seguros de identificação e autenticação de usuários.
Do mesmo modo que a impressão digital, o rosto humano tem características próprias, individuais, o que faz com que ninguém tenha a mesma identidade facial.
E é justamente isso que garante a exatidão desse sistema, sendo possível a autenticação de dados de forma rápida, prática e segura.
As características faciais conseguem ser lidas mesmo quando há algum tipo de alteração no visual da pessoa, como um corte de cabelo, uma maquiagem diferenciada ou mesmo a barba.
O reconhecimento facial tem se tornado cada vez mais popular, sendo utilizado de diferentes formas para proteger ou facilitar a troca de informações.
A ferramenta é útil em outros contextos, como proteção de dados, desbloqueio da tela do celular, controle de fronteiras e de passageiros, bem como o fluxo de indivíduos em aeroportos e a identificação de pessoas desaparecidas.
No BB, o reconhecimento facial será uma camada adicional na prevenção a fraudes. A ideia é usar a tecnologia disponível para cuidar, da melhor maneira possível, da segurança digital de clientes do Banco.
A tecnologia de biometria facial do BB utiliza ferramentas como a liveness, que verifica requisitos de vivacidade, além do antispoofing, que evita falsificações, como foto de fotos, foto de vídeos, ou mesmo deepfake, uma tecnologia que usa aprendizado de máquina e Inteligência Artificial para imitar digitalmente o rosto de uma pessoa.
Atualmente, os clientes com celulares que utilizam o sistema operacional Android já podem cadastrar a sua biometria facial. Em breve, a novidade também estará disponível para o sistema operacional iOS.
O próximo passo será usar a biometria facial em ações como, por exemplo, autorização de dispositivos, realização de transações financeiras e ampliação de limites, que ficarão muito mais simples e ágeis. Em muitos casos, eliminando a necessidade de deslocamento a uma agência ou terminal de autoatendimento.
Fazer o cadastro é superfácil e rápido. Basta acessar o App BB, “Meu Perfil”, área “Segurança”, item “Biometria Facial BB” e seguir as orientações.
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]]>As mudanças nos bancos, principalmente nas formas de interação com seus clientes, já vinham apresentando progressos antes dos desafios impostos pela pandemia.
Muitas ideias e novas tecnologias foram testadas e incluídas no relacionamento com os clientes, mas foi a pandemia que mostrou às instituições financeiras um novo caminho a seguir.
Com isso, vimos a utilização crescente de aparelhos móveis pelos clientes, o aumento do uso de assistentes virtuais no atendimento, a realização de operações sem papéis ou cartões e o reconhecimento digital e facial.
No Brasil, a cada aparelho de televisão vendido, são comercializados quatro de telefonia celular.
Em pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 2019, era estimado que o país possuía 230 milhões de aparelhos em uso.
Com isso, a utilização de smartphones no acesso às transações bancárias acrescentou aos bancos mais um canal de acesso, com fácil utilização pelos clientes, além de reduzir custos operacionais, elevando a eficiência.
Durante a pandemia, esse uso, que já era crescente, aumentou ainda mais. Segundo dados da Febraban, em pesquisa realizada em parceria com a Deloitte, as transações bancárias realizadas por mobile banking representaram 67% em abril de 2020, um mês após o início da quarentena, um aumento de 10% em relação ao mês de janeiro do mesmo ano.
Os assistentes virtuais ou chatbots são outra ferramenta em alta.
Além de simularem a conversa entre uma pessoa e o computador, podem auxiliar os bancos na interação entre as redes sociais e o atendimento, bem como direcionar os clientes para as áreas de interesse sem a necessidade de grandes estruturas físicas ou de pessoal.
Os bancos têm utilizado os chatbots principalmente no primeiro atendimento de clientes e, em alguns casos mais específicos, complementado por atendimento humano.
A realização de operações sem a utilização de papéis ou cartões já era um processo em andamento, uma vez que o cheque está praticamente em desuso, sendo substituído pelos cartões magnéticos.
Porém, com o perigo de contágio por contato em superfícies contaminadas pelo coronavírus, novas tecnologias aceleraram esse processo.
Os novos smartphones passaram a oferecer o Near Field Communication (NFC), uma tecnologia de troca de dados sem fio, somente pela aproximação de dispositivos.
Com o NFC, diversas operações bancárias podem ser realizadas sem a necessidade de documentos ou cartões, bastando o emissor e o receptor possuírem a tecnologia em seus aparelhos.
Outra tecnologia para se evitar o contato pessoal utiliza um código bidimensional, o QR Code, que pode ser facilmente escaneado por uma câmera de um telefone celular.
Neste código, pode ser inserido um texto, um endereço URL, um número de telefone, uma localização georreferenciada, um e-mail, um contato, um SMS ou um valor.
A tecnologia de reconhecimento facial e digital é mais uma alternativa para tentar aumentar a segurança na realização de operações bancárias, uma vez que os crimes cibernéticos apresentaram elevação juntamente com a bancarização da população brasileira.
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), os crimes dessa modalidade são responsáveis por mais de R$ 1 bilhão em prejuízos ao sistema financeiro.
Para mitigar esse risco, os sistemas de reconhecimento facial e digital criam um padrão a partir do rosto ou digital e comparam com a imagem no momento da realização da transação bancária, garantindo maior segurança aos usuários.
No caso do reconhecimento facial, o padrão utiliza além de muitos pontos coletados no rosto do indivíduo, a distância dos olhos, comprimento do nariz e formato do rosto.
Estes dados são armazenados e posteriormente convertidos em um código numérico que, comparado com as imagens, emitem uma pontuação, sendo o nível de similaridade determinado entre a comparação do código numérico e a pontuação obtida na imagem.
Já o reconhecimento digital utiliza a leitura da impressão digital do cliente atribuindo para cada ponto do dedo, seja cume ou vale, um valor binário 0 ou 1, que ao final criará um identificador biométrico com aproximadamente 50 pontos a serem comparados.
De posse da imagem da impressão digital do cliente, essa similaridade é testada e aprovada a partir da grande quantidade de pontos em comum.
Todas essas novas tecnologias, que já vinham sendo estudadas e testadas pelas instituições financeiras para o futuro, foram implementadas ou aceleradas em função da pandemia.
E diante da experiência positiva do cliente, considerando a conveniência e a segurança que essas soluções oferecem, elas vieram pra ficar.
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