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]]>Por Vicente Lo Duca, CGA, CFP®, Especialista em Estratégia de Alocação do BB
Caro(a) investidor(a), em julho, tivemos uma aula sobre como o mercado age mais sobre as expectativas do que sobre os fatos. Explico: apesar do aumento da taxa de juros americana em 75 bps para o intervalo entre 2,25% a 2,5% a.a. pelo FED (Banco Central americano), maior movimento de elevação de juros nos EUA desde os anos 80, o mercado reagiu bem, chegando a subir mais de 2,5% no dia do anúncio. E por que isto aconteceu? O aumento foi dentro do esperado pelo mercado, abaixo do temor de aumento de 1% e aliviado pela fala do presidente do FED, Jerome Powell, que “a partir daqui, as decisões serão tomadas a cada reunião de acordo com os dados coletados”, demonstrando uma conduta mais branda quanto às taxas de juros.
Além dessa sinalização do FED, os bons resultados corporativos impulsionaram a bolsa americana, que fechou o mês com performance de 9,11% (S&P 500) e contagiou as demais bolsas globais, como pode ser observado pelo MSCI All Country, que teve retorno de 6,86%.
No cenário local, a bolsa brasileira também fechou com ganhos (4,69%), devido à melhora no cenário externo e impulsionada pelas ações de bancos e da Petrobras, que anunciou o pagamento de dividendos acima do esperado pelo mercado. Já na renda fixa, tivemos dois movimentos: positivo para prefixados (1,15% IRF-M), refletindo a proximidade do fim do ciclo de aperto monetário, e negativo para os principais indexados à inflação (-0,88%), que foram afetados tanto pela desoneração fiscal na parte curta quanto pelo cenário fiscal desafiador futuro.
Diante disso todas as nossas carteiras fecharam o mês no campo positivo, na ordem de 1% para o perfil Conservador, 0,96% para o perfil Agressivo e destaque para as carteiras de perfil Moderado e Arrojado, que superaram o CDI, obtendo retornos de 1,10%.
Para este mês, apesar da performance positiva de julho, seguimos enxergando risco para ativos globais, com a inflação demandando ações mais incisivas dos bancos centrais acima do esperado pelo mercado, em especial do FED, aumentando o potencial risco de recessão e a possibilidade de extensão de bear market1.
No cenário local, a proximidade eleitoral e os fatores externos aumentam as incertezas e a volatilidade esperada para a bolsa brasileira, apesar de estar descontada em relação ao indicador Preço/Lucro histórico. E na renda fixa, as questões fiscais podem continuar impactando negativamente os indexados à inflação.
Dessa forma, fizemos pequenas alterações em nossos posicionamentos: diminuímos a exposição na classe de multimercados e indexados à inflação e mantivemos as demais posições, destacando a não exposição em investimentos no exterior.
Para encerrar, deixo o lembrete de que é muito importante termos em mente que investir é uma maratona e não uma corrida de 100 metros, ou seja, temos que pensar no longo prazo. E, para isso, o time de gerentes e especialistas do BB está à sua disposição para acompanhar e assessorar você nessa jornada.
1 bear market = tendência de baixa da bolsa
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]]>Novembro começou com a expectativa favorável de recuperação econômica dos Estados Unidos, e sinalizações do Federal Reserve de que a inflação americana ainda seria transitória impulsionavam os mercados a atingirem topos históricos. No entanto, ao longo do mês o aumento do número de infecções por Covid-19 na Europa e a adoção de medidas restritivas em alguns países – e novas discussões sobre o assunto em outros – começaram a impactar negativamente os ativos de risco.
No final de novembro, outros dois eventos ainda pesaram sobre as bolsas globais: i) Jerome Powell, presidente do FED (Banco Central dos EUA), declarou que as autoridades deveriam avaliar a antecipação da remoção do estímulo monetário e retirou a “transitoriedade” de seu discurso sobre a inflação americana, o que foi visto como mais hawkish pelo mercado; ii) A preocupação acerca da nova cepa do Coronavírus, a Ômicron, sobre a qual ainda pouco se sabe e demorará, segundo cientistas, em torno de duas semanas para que seja avaliada a eficácia das vacinas sobre a variante. Diante dessas incertezas, os mercados tiveram um movimento forte de sell off (termo utilizado para representar um movimento de vendas de ativos), fazendo com que o índice MSCI All Country, que mede as bolsas globais, registrasse queda de -2,51%, o S&P500 queda de -1,24% e o Stoxx 50, principal índice de ações da zona do Euro, fechasse em -4,41%.
No Brasil, conforme adiantamos em nossa análise ao final de outubro, continuam no radar as questões inflacionárias, que podem ser observadas no IPCA-15 mais alto para o mês de novembro desde 2002 e as discussões fiscais sobre o orçamento do próximo ano. Esse cenário interno, aliado ao contexto externo e revisões de projeção da economia para 2022 pesaram sobre o Ibovespa, que fechou o mês em -1,53%, chegando ao quinto mês consecutivo de queda, com acumulado de -14,37% ao longo do ano.
Já na renda fixa, o IRF-M (prefixados) fechou em 1,79%, o IMA-B (indexados à inflação) em 3,47% e o IMA-B 5 (indexados à inflação de curto prazo) em 2,50%, refletindo um fechamento na curva de juros nos vértices médios, provocado pelas sinalizações do Banco Central de manutenção no ritmo de alta da Selic.
Diante do que falamos até aqui, apesar do cenário desafiador na renda variável e volatilidade em todos os mercados, nossas carteiras para os perfis Conservador, Moderado e Arrojado performaram no campo positivo, com retornos de 0,72%, 0,43% e 0,13%, respectivamente. E a carteira que assume mais risco, do perfil Agressivo, fechou no campo negativo em -0,33%, mas o equilíbrio entre as diferentes classes de ativos que compões essas carteiras proporcionaram um retorno melhor se comparadas a alocações majoritariamente em renda variável.
Cabe ressaltar, que a volatilidade das carteiras ao longo do mês de novembro foi menor que a observada nos últimos 12 meses, o que reforça o nosso compromisso em entregar sugestões de portfólios que otimizem a relação risco x retorno, buscando o melhor equilíbrio de acordo com cada perfil.
Caro investidor, quando dizemos que é necessário buscar o equilíbrio, não esperamos a ausência de surpresas ou de eventos que nos façam nos reposicionar, mas que saibamos lidar ou reagir diante dos fatos e eventos. O mesmo ocorre no mundo dos investimentos. Ter uma carteira equilibrada não a torna imune à volatilidade, mas oferece tranquilidade para que você possa continuar sua jornada de investidor mesmo diante de momentos desafiadores.
Para este mês, acreditamos que teremos uma resolução sobre a questão dos Precatórios, que deverá ser recebida de forma positiva pelo mercado e, de acordo com as projeções da nossa equipe de economia para a Selic, a classe de prefixados deve se tornar atrativa.
Dessa forma, adotamos uma postura neutra para todas as classes de ativos e menos negativa para a classe de prefixados. Quando comparamos com o mês anterior, a alocação de dezembro sugere um leve aumento de posicionamento em prefixados (que vinha historicamente muito reduzida) e renda variável local (que havia sido reduzida em outubro).
E, não se esqueça, estamos aqui para ajudá-lo a alcançar o equilíbrio que faça mais sentido para sua jornada enquanto investidor. Conte com a gente.
Vicente Lo Duca, CFP®, CGA, Especialista em Estratégia de Alocação do BB.
Consulte todas as nossas Carteiras Sugeridas BB!
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