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]]>Você já ouviu falar de Metaverso? Por que tem tanta gente falando sobre isso? Entenda aqui, em seis pontos, o que é e por que não é só mais uma moda passageira.
O termo “Metaverso” surgiu a partir da união de duas palavras: meta, que vem do grego e significa além, depois ou atrás; e universo, que vem do latim universum e significa todas as coisas, todos, ou todo mundo. Assim, há em Metaverso a ideia de além do todo.
Esse termo, Metaverso, surgiu pela primeira vez em 1992 na obra de ficção científica Snow Crash, de Neal Stephson, e descrevia um espaço virtual coletivo, compatível e convergente para a realidade.
Se a ideia de um mundo virtual de interação parece algo distante para a maioria das pessoas, ela é normal para os 67 milhões1 de gamers existentes no Brasil, que, juntos aos demais usuários internacionais, somam 40%2 de toda a população mundial e fazem da indústria de games algo muito maior, por exemplo, que os seus congêneres na música ou no cinema.
No entanto, apesar de não ser novo, o termo Metaverso se popularizou apenas recentemente, com a mudança de nome do Facebook para Meta, em objetiva referência ao Metaverso.
As buscas no Google pelos termos Metaverse e Metaverso explodiram após o anúncio do Facebook, ou melhor, do Meta.
Mas para exemplificar o conceito de Metaverso e mostrar como ele vem sendo adotado, pode-se pensar em um ambiente virtual no qual o acesso é feito usando uma identidade digital chamada avatar (que pode corresponder à sua identidade física ou não) e você interage com outras pessoas, representadas pelos seus avatares, ou programas de inteligência artificial. Esse Metaverso pode ter regras iguais ou totalmente diferentes das existentes no mundo real (de gravidade a moeda utilizada nas transações de troca).
Você sabia que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking que mede o tempo dos habitantes conectados à internet? Ficamos, em média, longas 10 horas e 8 minutos conectados3 à rede mundial de computadores diariamente.
E, dessas 10 horas, os brasileiros usam 3h42 em redes sociais, como WhatsApp, Facebook, Instagram e YouTube, que estimulam basicamente dois sentidos: audição e visão.
Com a evolução da Internet das Coisas (ou IoT) já dá para imaginar que muito em breve estaremos conectados 24 horas por dia (mesmo quando dormimos, com aplicativos que otimizam o sono, por exemplo). Assim, não é absurdo supor que o mundo virtual se fundirá ao mundo real e, assim, esse tal de Metaverso talvez seja onde as pessoas trabalharão, passarão as horas de lazer, se exercitarão e, porque não, viverão.
Essa previsão parece exagerada para você? Então, veja o que Bill Gates disse sobre o Metaverso:
“Dentro dos próximos dois ou três anos, prevejo que a maioria das reuniões virtuais deixarão de acontecer em imagens de câmeras em um grid 2D para o Metaverso, um espaço 3D com avatares digitais”, escreveu4.
Pensando talvez nesse futuro próximo é que a Microsoft vem desenvolvendo o Mesh, que pode ser resumido como uma evolução do tão utilizado Microsoft Teams, mas com uso de realidade aumentada e Realidade Virtual (RA).
Assista ao vídeo de introdução ao aplicativo:
https://www.youtube.com/watch?v=Jd2GK0qDtRg
Microsoft – A Microsoft comprou a Activision Blizzard por US$ 68,7 bilhões, o equivalente a mais de três Bancos do Brasil, considerando o valor de mercado do BB e a cotação do dólar à época da transação. A Blizzard é dona de uma das franquias de jogos eletrônicos mais populares do planeta, a Call of Duty. Já dá para imaginar o impacto dessa aquisição para o Mesh, levando a realidade dos games para os escritórios.
Travis Scott – Falando do Metaverso rompendo a barreira dos games, o rapper Travis Scott realizou, em 2020, um dos maiores eventos musicais do mundo. O seu show – no Metaverso do Fortnite – reuniu nada menos que 14 milhões de fãs (três vezes o público do Carnaval do Rio de Janeiro daquele mesmo ano) e um faturamento de US$ 20 milhões – o que equivale a mais de 10 vezes a média de vendas do cantor no mundo físico.
Veja a seguir um pedaço do show:
https://www.youtube.com/watch?v=wYeFAlVC8qU
Flyfish Club – Em 2023, Nova York terá o primeiro restaurante de NFT do mundo. NFT, mas o que é isso?
O Non-Fungible Token, ou token não fungível, é um item virtual único e autenticado por
meio de informações registradas via blockchain. Uma forma simples para entendê-los é pensar em uma obra de arte do mundo virtual. Ela pode ter a forma de uma roupa, uma medalha ou mesmo um quadro de pintura virtual.
E como isso se encaixa no conceito do restaurante? O Flyfish Club emitirá 3.035 NFTs, que darão acesso ao restaurante com exclusividade, como o título de um clube. O NFT custa até 4,25 ethereum6 (quase US$ 12 mil) e não tem comida inclusa. É, literalmente, só para sorrir lá dentro!
Já viu estes macaquinhos? São NFTs. Alguns deles já valem milhões de dólares5.
Agora, se você acha que tudo no Metaverso se trata do mundo virtual, confira só o que a Hyundai está construindo:
Hyundai – Em 2020, a empresa sul-coreana adquiriu a Boston Dynamics, visando reforçar a sua expertise com robôs leves. E em 2022, durante uma conferência de imprensa, anunciou algumas das suas visões evolvendo a integração do mundo físico com o Metaverso. Entre elas, a possibilidade de acionar robôs no mundo físico, usando o seu avatar no mundo digital. Assim, seria como se o robô fosse um avatar do seu eu digital, só que no mundo físico7.
Ready Player One (2018)
Filme de Steven Spielberg que retrata com riqueza de detalhes o funcionamento de um Metaverso. Em 2045, Wade Watts, assim como o resto da humanidade, prefere a Realidade Virtual do jogo OASIS ao mundo real. James Halliday, o excêntrico criador do jogo, morre e deixa a sua fortuna para a primeira pessoa que descobrir a chave de um quebra-cabeça diabólico que ele arquitetou. Para vencer, Watts precisa abandonar a existência virtual e experimentar o amor e a realidade.
Free Guy (2021)
Um caixa de banco que descobre ser um jogador secundário (NPC8) de um jogo de videogame interativo e então decide se tornar o herói da sua própria história. Agora, em um mundo onde não há limites, ele está determinado a ser o cara que salva o seu mundo.
Matrix (1999)
Um jovem programador é atormentado por estranhos pesadelos nos quais sempre está conectado por cabos a um imenso sistema de computadores do futuro. À medida que o sonho se repete, ele começa a levantar dúvidas sobre a realidade. E quando encontra os misteriosos Morpheus e Trinity, descobre que é vítima da Matrix, um sistema inteligente e artificial que manipula a mente das pessoas e cria a ilusão de um mundo real.
No filme Matrix, apesar da Realidade Virtual ser criada pelas máquinas, ela carrega todas as características do Metaverso. Um ambiente no qual você interage com outras inteligências, por meio de um avatar (um eu digital), e que possui regras e limitações (neste caso, buscam simular ao máximo as regras do mundo físico).
O BB, de olho nesta tendência, já vem desenvolvendo ações no Metaverso. Um exemplo é o seu posicionamento no GTA, divulgado em dezembro de 2021, no qual os jogadores podem abrir conta e receber benefícios para os seus personagens além de visitar a sede do Banco ou o prédio histórico do CCBB no Rio de Janeiro. Você sabia que existe, no BB, um time voltado para desenvolver soluções em Realidade Estendida (Realidade Aumentada e Virtual) e agora também no Metaverso? Esse time está desenvolvendo solução em um Metaverso famoso e que será anunciado em breve.
Imagine comprar um imóvel na planta, mas em vez de visitar uma maquete em um terreno vazio com o seu corretor de imóveis, você coloca os seus óculos de Realidade Virtual e entra na planta digital da construtora. Lá dentro, visita o seu apartamento e se reúne com o arquiteto da construtora na sua futura sala de estar. Na reunião, faz ajustes na planta, aumenta o quarto para acomodar o bercinho do bebê, reduz a cozinha e coloca alguns móveis que são mais a sua cara. E tudo isso com uma visualização ao vivo dos ajustes implementados.
Pronto, convencido de que chegou à planta ideal, você fecha com o arquiteto, que salva o projeto e manda uma cópia por e-mail para você e o engenheiro. Em seguida, você liga, do próprio apartamento virtual, para o seu corretor de imóveis e para o BB. Mas no lugar do seu gerente, quem o recebe é o Bot BB, na forma de um avatar digital. Você faz perguntas e, por meio de NLP (Natural Language Processing) e tratamento de voz, a conversa vai sendo salva no seu chat do WhatsApp com o Assistente Virtual BB. O corretor pergunta ao Bot BB se receberá a sua comissão ainda esse mês. O bot pede um minuto e parece pensar.
Tendo chegado às condições de parcelas e juros que cabem no seu bolso, você fecha negócio. Toda a análise de documentação é feita com OCR (Optical Character Recognition), e a análise de crédito com inteligência artificial, ambas de forma automatizada. O bot avisa o corretor que o valor já foi creditado para ele. Contrato registrado, via blockchain, e você já é proprietário(a) de um novo apartamento, exatamente do seu gosto, sem ter sequer saído do sofá.
E aí, o que fará com as várias horas que economizou? Bem-vindo(a) ao Metaverso!
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Referências:
4 https://www.gatesnotes.com/About-Bill-Gates/Year-in-Review-2021#ALChapter5
6 Moeda Digital que, assim como a sua concorrente bitcoin, utiliza-se de blockchain para validar transações.
8 Non Player Character, ou Personagem Não Jogável.
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]]>Ao chegar ao local do seu compromisso, percebe que o estacionamento está cheio, mas conta com a ajuda de um aplicativo para encontrar uma vaga rapidamente.
Em seguida, você se pergunta se apagou o fogão, se deixou alguma luz acesa ou se a TV ficou ligada. Imediatamente, você acessa o aplicativo da sua casa com seu celular e tem o controle de tudo: fogão, luzes e TV.
Há alguns anos, a cena acima poderia ser interpretada apenas como uma utopia, fruto de uma imaginação fértil, ou algo extraído do clássico desenho “Os Jetsons”, famoso nos anos 70.
Hoje, essa situação já é uma realidade graças à Internet das Coisas (IoT). Casas já podem ter esse nível de conexão e inteligência, assim como os prédios, o trânsito e a agricultura, por exemplo.
Mas toda essa inovação não surgiu de uma hora pra outra.
No ano de 1999, o britânico Kevin Ashton observou alguns estudos do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) sobre identificação por radiofrequência ou RFID (sigla em inglês para Radio-Frequency Identification).
Ele, então, pensou que essa seria uma boa maneira de controlar o estoque de produtos da empresa em que trabalhava, a Procter & Gamble. E deu certo!
Hoje, por meio de etiquetas com chips de silício, dados de mercadorias são transmitidos e armazenados de forma remota e automatizada.
Um bom exemplo desse trabalho, e que faz parte do dia a dia de muita gente, são as “tags” colocadas nos carros para abrir cancelas de pedágios, portões e estacionamentos. Essas etiquetas usam o mesmo método de identificação por meio de sinais de rádio.
E foi esse envolvimento com RFID que pavimentou o caminho para o desenvolvimento da Internet das Coisas, do original, em inglês, Internet of Things (IoT).
O termo foi criado pelo próprio Kevin Ashton.
Curiosidade: uma torradeira ligada a um computador foi apresentada anos antes. Hoje, esse é considerado o primeiro dispositivo a usar a Internet das Coisas, mas na época não foi bem assim.
Dando um passo atrás, é bom lembrar que IoT, em essência, significa conectar “coisas” por meio da internet, utilizando sensores inteligentes como Bluetooth ou GPS, uma rede WiFi ou uma banda de dados como as do seu pacote para o celular.
A IoT seguiu um ritmo acelerado à medida que as formas de conexão evoluíram.
Hoje, já é considerada lugar comum para alguns. Comandos como “ok, Google, mostre a previsão do tempo na TV” e “Alexa, toque a minha playlist” talvez já façam parte da sua rotina.
Se você acha que não, que tal pensar em algumas situações?
Já que falamos em celular, é bem provável que você tenha um smartphone, e há uma boa chance de que tenha também um smartwatch.
Coisas conectadas à internet. Essa é a IoT no seu dia a dia.
E podemos ir além: geladeiras inteligentes que avisam quando algum produto está para acabar, sistemas que fazem as suas compras online de forma automática, televisão com acesso a conteúdo online e iluminação da casa controlada por voz…
Entramos nas chamadas smarthomes. Mais IoT em nossas vidas.
Sabe onde mais a Internet das Coisas já está enraizada? Nos sensores da Indústria 4.0. Falamos dela na nossa conversa sobre o Futuro do Trampo. Lembra?
Mas, vamos seguir em frente e ver onde nos leva o caminho dessa conexão.
Pesquise alguma informação aleatória na internet pelo seu buscador preferido.
Pouco tempo depois você vai perceber alguma publicidade, oferecendo algo bem próximo ao que você tinha buscado. Você já reparou que isso acontece, certo?
Vivemos a era da conexão plena, e a Internet das Coisas não está mais sozinha. A Internet do Comportamento, ou IoB, do inglês “Internet of Behavior”, também faz parte do seu dia.
É esse o nome dado ao uso de todas as informações disponíveis para se detectar e influenciar justamente o comportamento das pessoas. A ideia da IoB é obter informações no chamado rastro digital.
Rastros digitais são exatamente essas informações que as pessoas deixam pelo mundo virtual. Inclui mídias sociais, localização física captada pela geolocalização do seu celular, interações na Internet e reconhecimento facial.
Com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), as empresas que buscam utilizar de IoB para obter informações sobre clientes atuais e potenciais precisam ficar atentas e cautelosas.
Porque, na prática, com IoB é possível captar informações sobre os hábitos da vida das pessoas.
Dessa maneira, é preciso organização e planejamento para que todos os dados estejam protegidos.
Além disso, também é necessário promover uma conscientização das melhores práticas de uso e compartilhamento desses dados, para que todos os usuários estejam devidamente protegidos contra qualquer tipo de vazamento.
A Internet do Comportamento pode ajudar as pessoas a obter, por exemplo, informações sobre melhores taxas bancárias, um plano de saúde com valores e estrutura mais adequada para seus desejos.
Assim como a IoT, a IoB também traz um mundo de possibilidades para pessoas e empresas.
As tecnologias de conectividade e loT estão aí para acelerar setores estratégicos, como agricultura, saúde, indústria 4.0, cidades inteligentes e mobilidade.
Nesse processo, o mundo fica cada vez mais conectado. Ao menos, é o que se imagina diante dos números de investimento num futuro bastante próximo.
De acordo com relatório divulgado pela GlobalData, o segmento deve movimentar mais de 30 bilhões de dólares na América Latina até 2023.
No Brasil, o mercado também se fortalece. O país tem até um Plano Nacional de IoT. A iniciativa partiu do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O plano faz parte do projeto de implementar IoT como ferramenta essencial para o desenvolvimento social brasileiro. De acordo com o estudo, o impacto na economia deve ser de US$ 200 bilhões até 2025.
E o Banco do Brasil também está nessa frente. Além do Programa Valoriza Wi-Fi, do qual vamos falar mais pra frente, o BB anunciou um investimento de R$ 40 milhões em um fundo para o desenvolvimento de startups que atuam com Internet das Coisas e conectividade.
Um dos objetivos do BB é adotar as tecnologias que venham a ser desenvolvidas pelas empresas investidas.
Assim, beneficia-se com a chegada de novos negócios, amplia seu envolvimento na revolução digital e oferece mais soluções para os clientes, como o assistente de voz, que utiliza a inteligência artificial para tirar dúvidas, esclarecer sobre produtos e serviços e, até mesmo, realizar transações.
Das coisas ao comportamento, o importante é a internet em nome do progresso, da conduta e da melhoria das nossas vidas.
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