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]]>Por Vicente Lo Duca, CGA, CFP®, Especialista em Estratégia de Alocação do BB
Em agosto, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, teve alta de 6,16% e fechou aos 109.523, resultado que surpreendeu positivamente, dado o desempenho negativo das bolsas estrangeiras.
O S&P 500 fechou o mês em queda de 4,2%, em linha com o cenário de risco para ativos globais que pontuamos em nossa última Palavra do Especialista. Essa queda ocorreu na esteira das falas de Jerome Powell, presidente do Banco Central Americano (FED), ao longo do simpósio de Jackson Hole, nas quais afirmou que o “retorno da estabilidade de preços irá requerer a manutenção de política monetária restritiva por algum tempo”, levando o mercado a precificar uma taxa terminal de juros mais elevada para conter a inflação americana.
No cenário local, os resultados positivos do segundo trimestre e as melhores perspectivas para a economia brasileira impulsionaram a alta da bolsa. Em nossas carteiras, esses retornos puderam ser capturados por meio da alocação nos fundos BB Ações Quantitativo e BB Multimercado Espelho Navi Long Short que, de forma combinada, oferecem possibilidades de ganhos e controle de volatilidade.
Na renda fixa, os prefixados mantiveram a performance acima do CDI (IRF-M 2,05%), assim como os indexados mais longos, que contribuíram para o fechamento do IMA-B em 1,10%, próximo ao CDI. Diante desse cenário, todas as nossas carteiras encerraram o mês no campo positivo, com destaque para a de perfil Agressivo.
Para setembro, mantivemos o nosso posicionamento mais defensivo, sem exposição a investimentos no exterior, considerando a expectativa de subida de juros americanos em patamares ainda maiores do que o precificado pelo mercado, o que deve continuar impactando negativamente a bolsa americana.
Já na renda variável local, a aproximação das eleições, aliada à possibilidade de estabilização dos preços das commodities, pede uma visão mais cautelosa para essa classe de ativos. Dessa forma, mantivemos o nosso o posicionamento em bolsa local, com o intuito de proteger a carteira da volatilidade
Na renda fixa, apesar do contexto inflacionário global e aumento de gastos internos, acreditamos que os efeitos do rápido ajuste na taxa de juros tenham sido efetivos para controlar a inflação doméstica, possibilitando o fim do ciclo de aperto monetário. Assim, aumentamos a posição em prefixados, que vinha reduzida, e mantivemos a exposição menor em indexados à inflação, optando por trabalhar todos os vértices da curva de juros por meio do fundo BB Tesouro Inflação, para diminuir a exposição na ponta curta que pode sofrer com a desoneração fiscal e possibilidade de captura de prêmios na parte prefixada mais longa.
Por fim, na classe de multimercados, mantivemos a nossa alocação igual à do mês de agosto, considerando a capacidade de capturar bons retornos para as carteiras, mesmo em cenários de maior incerteza para o mercado.
Especificamente nessa classe, destaco o papel do fundo BB Multimercado Multigestor Plus, que permite diversificar em fundos de vários gestores renomados por meio de um único produto, agregando sofisticação e mantendo a simplificação, marcas do BB no compromisso de democratizar os investimentos para os brasileiros.
Caro investidor, o nosso time de gerentes e especialistas está à sua disposição para dar orientações e esclarecer dúvidas, sempre com o objetivo de cuidar do que é valioso para as pessoas.
Consulte todas as nossas Carteiras Sugeridas.
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]]>Por Vicente Lo Duca, CGA, CFP®, Especialista em Estratégia de Alocação do BB
Caro(a) investidor(a), em julho, tivemos uma aula sobre como o mercado age mais sobre as expectativas do que sobre os fatos. Explico: apesar do aumento da taxa de juros americana em 75 bps para o intervalo entre 2,25% a 2,5% a.a. pelo FED (Banco Central americano), maior movimento de elevação de juros nos EUA desde os anos 80, o mercado reagiu bem, chegando a subir mais de 2,5% no dia do anúncio. E por que isto aconteceu? O aumento foi dentro do esperado pelo mercado, abaixo do temor de aumento de 1% e aliviado pela fala do presidente do FED, Jerome Powell, que “a partir daqui, as decisões serão tomadas a cada reunião de acordo com os dados coletados”, demonstrando uma conduta mais branda quanto às taxas de juros.
Além dessa sinalização do FED, os bons resultados corporativos impulsionaram a bolsa americana, que fechou o mês com performance de 9,11% (S&P 500) e contagiou as demais bolsas globais, como pode ser observado pelo MSCI All Country, que teve retorno de 6,86%.
No cenário local, a bolsa brasileira também fechou com ganhos (4,69%), devido à melhora no cenário externo e impulsionada pelas ações de bancos e da Petrobras, que anunciou o pagamento de dividendos acima do esperado pelo mercado. Já na renda fixa, tivemos dois movimentos: positivo para prefixados (1,15% IRF-M), refletindo a proximidade do fim do ciclo de aperto monetário, e negativo para os principais indexados à inflação (-0,88%), que foram afetados tanto pela desoneração fiscal na parte curta quanto pelo cenário fiscal desafiador futuro.
Diante disso todas as nossas carteiras fecharam o mês no campo positivo, na ordem de 1% para o perfil Conservador, 0,96% para o perfil Agressivo e destaque para as carteiras de perfil Moderado e Arrojado, que superaram o CDI, obtendo retornos de 1,10%.
Para este mês, apesar da performance positiva de julho, seguimos enxergando risco para ativos globais, com a inflação demandando ações mais incisivas dos bancos centrais acima do esperado pelo mercado, em especial do FED, aumentando o potencial risco de recessão e a possibilidade de extensão de bear market1.
No cenário local, a proximidade eleitoral e os fatores externos aumentam as incertezas e a volatilidade esperada para a bolsa brasileira, apesar de estar descontada em relação ao indicador Preço/Lucro histórico. E na renda fixa, as questões fiscais podem continuar impactando negativamente os indexados à inflação.
Dessa forma, fizemos pequenas alterações em nossos posicionamentos: diminuímos a exposição na classe de multimercados e indexados à inflação e mantivemos as demais posições, destacando a não exposição em investimentos no exterior.
Para encerrar, deixo o lembrete de que é muito importante termos em mente que investir é uma maratona e não uma corrida de 100 metros, ou seja, temos que pensar no longo prazo. E, para isso, o time de gerentes e especialistas do BB está à sua disposição para acompanhar e assessorar você nessa jornada.
1 bear market = tendência de baixa da bolsa
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