Como assim, eu, emprestando dinheiro para uma empresa?! Sim. Você mesmo, pode emprestar dinheiro para essas gigantes do mercado. Como? Investindo em Títulos de Crédito Privado.

E o melhor de tudo? Eles vão te pagar uns bons juros para isso.

Ficou curioso? Então se liga nesse Deseconomês que a gente vai descomplicar tudinho para você.

Basicamente os Títulos de Crédito Privado são emitidos por empresas privadas para conseguir mais capital e bancar seus novos empreendimentos ou financiar sua operação.

Os principais títulos que a gente tem no mercado hoje, são: Debêntures, CRI e CRA, e a diferença fundamental entre eles é a garantia.

Mas como já dizia o cortador de pizza, vamos por partes!

Debênture

Imagine que uma empresa precisa de dinheiro para investir em novos empreendimentos.

Vamos usar o exemplo de uma rede de padarias. A empresa está fazendo o maior sucesso, decidiu expandir os negócios um pouco mais e vai precisar financiar esse capital.

Mas, ao invés de fazer com um banco, a rede de passarias resolveu pegar emprestado direto de você e de mais um monte de gente, emitindo uma debênture.

Assim, a própria empresa pode definir as condições desse empréstimo, dizendo como, quando e quanto vai pagar pra você pelo valor emprestado. Entendeu a vantagem?

E tem mais: algumas dessas debêntures são isentas de imposto de renda. São as Debêntures Incentivadas.

Elas recebem este nome porque são incentivadas pelo governo com a isenção do imposto para pessoas físicas, por realizarem empreendimentos que trazem benefícios para a população, como a construção de estradas, aeroportos etc.

Para negociar essa debênture existem duas maneiras: ser for um lançamento, é feita uma Oferta Pública.

Se não, o título é negociado no Mercado Secundário, que é onde os investidores fazem a ‘revenda’ desses títulos.

CRI e CRA

Vamos falar agora de CRI e CRA.

Primeiro, vamos desvendar essa sopa de letrinhas: CRI é a sigla para Certificado de Recebíveis Imobiliários e CRA, Certificado de Recebíveis do Agronegócio.

Já deu para imaginar a diferença entre os dois, certo?!

Se o nome é Recebíveis Imobiliários, estamos falando de imóveis. Então vamos supor que uma construtora acabou de lançar um condomínio com 100 apartamentos para vender e/ou alugar.

Ela não pode esperar o retorno desse empreendimento para começar a construir novos condomínios, certo? Então ela oferece esses valores que vai receber da venda ou da locação desses apartamentos — os recebíveis — como garantia e financia o capital para um novo empreendimento.

A securitizadora é quem faz a oferta dessa dívida ao mercado, emitindo certificados desses recebíveis pelos quais ela paga juros, como num empréstimo convencional.

No caso do CRA, os recebíveis são os valores originados com a venda da produção agropecuária, como a venda de carne, ou de soja, por exemplo.

E, assim, os produtores conseguem capital para a compra de insumos e de novos equipamentos.

E mais um detalhe: esses certificados não possuem cobrança de imposto de renda.

Os CRIs e CRAs também são negociados por Oferta Pública, ou Mercado Secundário.

E, assim como as Debêntures, são investimentos com liquidez mais baixa, pois financiam empreendimentos cujo retorno pode demorar alguns anos.

Se você precisar da grana antes da data de vencimento do título, pode ser que você não tenha um retorno tão bom quanto se esperasse até o final.

Por isso, estes são investimentos indicados para quem já está com a reserva de emergência em dia.

Mas se esses títulos têm baixa liquidez e oferecem maior risco que uma LCA ou um CDB, por exemplo, por que vale a pena investir neles?!

Eu explico: lembra daquele tripé dos investimentos que os especialistas sempre falam? Ele é composto de 3 fatores: Liquidez, Risco e… Rentabilidade!

Então, se estes são investimentos com baixa liquidez e risco um pouco maior, isso quer dizer que possuem retornos mais interessantes e que, em alguns casos, são muito superiores a outros investimentos de renda fixa.

Crédito privado, ilustração. Banco do Brasil

Agora, uma dica bem importante: todos esses títulos têm o risco avaliado por agências renomadas no mercado, geralmente internacionais, que fazem estudos sobre a probabilidade da empresa não efetuar o pagamento no vencimento do título que ela emitiu.

É o chamado Rating, uma classificação que vai de AAA até D. Quanto mais perto do AAA for o Rating dessa debênture, ou desse CRA/CRI, menor o risco de você não receber.

No Banco do Brasil você pode comprar Debêntures, CRIs e CRAs direto no Portal ou App Investimentos (investimentos.bb.com.br).

E, se quiser saber mais, corre lá na página do Crédito Privado ou fale com o seu gerente do BB.

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