Você sabia que, muitas vezes, sem perceber, é a própria vítima quem expõe seus dados inadequadamente e facilita a ação dos golpistas?  E que quanto mais dados um criminoso obtém, mais fácil pode se tornar a abordagem e a concretização do crime? 

A seleção de vítimas é definida pela oportunidade que o golpista encontra para aplicar o golpe. Os criminosos costumam se aproveitar da distração, da ingenuidade ou da falta de conhecimento da pessoa que aborda. Ter dados pessoais disponíveis facilita (e muito!) a escolha das vítimas.  

Resguardar os dados pessoais é uma das formas fundamentais de se proteger.  É preciso saber quando o compartilhamento de dados é necessário e quando deve ser evitado, assim como é preciso ter sempre cautela com o que se compartilha, onde e com quem.   

Informações como nome, RG, CPF, data de nascimento, telefone, endereço residencial, renda, agência, conta do banco, dados do cartão, entre outros, permitem identificar um indivíduo, direta ou indiretamente, e podem ser usados por pessoas mal-intencionadas para escolher vítimas e aplicar golpes. Já se deu conta de que com apenas a informação do seu nome e do número do seu telefone é suficiente para que golpistas façam ligações ou enviem mensagens de SMS falsas?   

Cuide dos seus dados pessoais

Muitas vezes, não notamos em quantas situações do dia a dia compartilhamos nossos dados: ao se matricular na academia, se cadastrar para uma consulta médica, acessar um prédio, comprar em lojas físicas e virtuais, se inscrever em um curso, acessar um aplicativo, e por aí vai.  

No Brasil, todas as empresas que usam dados pessoais precisam seguir as regras da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), independentemente do porte e da área de atuação. Porém, não é raro ouvirmos sobre vazamento de dados por falhas em configurações de segurança institucional. Nem todas as empresas possuem o mesmo porte e nível de armazenamento e proteção de dados, portanto fique atento com quem compartilha suas informações.  

Um outro cuidado é com a exposição pessoal na internet, hoje repleta de informações sobre cada um de nós. Uma simples pesquisa em buscadores e nas redes sociais já possibilita obter fotos, telefone, local em que a pessoa mora, trabalha, estuda, quem são seus amigos e familiares.  Então, é melhor não compartilhar dados como endereços, telefone e locais frequentados rotineiramente, além de evitar adicionar pessoas desconhecidas ao seu perfil nas redes sociais.  Por vezes, a informação pode não estar expressa, mas você pode apresentá-la indiretamente. A imagem, o texto ou a marcação em uma postagem, por exemplo, podem passar informações para os golpistas.  

Quais as principais iscas dos fraudadores?

Gatilhos de oportunidade e urgência são as principais iscas usadas pelos fraudadores para atrair as vítimas. O phishing, por exemplo, técnica de engenharia social usada para enganar as pessoas e conseguir extrair delas informações relevantes – como números do cartão de crédito, senhas ou outros dados financeiros ou pessoais – é outra forma de captura de dados. Os golpistas costumam lançar iscas com informações falsas por e-mails, SMS, links, perfis e páginas falsificadas, para atrair a atenção das vítimas e fazer com que elas entreguem seus dados.    

Sabe aquele anúncio na rede social prometendo uma promoção incrível, aquela mensagem no celular informando que seus pontos de um programa de relacionamento estão expirando ou aquele e-mail urgente sobre a inclusão do seu nome em uma lista negativa? São exemplos de iscas lançadas por criminosos em diferentes canais para gerar um impacto emocional que leve a vítima a agir por impulso com ações como clicar em um link, baixar um arquivo ou ir a um site falso. Com isso, eles obtêm informações pessoais, capturam senhas, instalam softwares maliciosos (malware). 

Suspeite de mensagens com ofertas muito lucrativas, com senso de urgência ou ameaças, como “seu serviço será suspenso se …”, “sua conta foi bloqueada…”, “necessária atualização urgente …”, ou “você possui pontos de fidelidade que irão vencer”. Jamais clique no link dessas mensagens.  

Caso identifique uma mensagem suspeita em nome do BB, encaminhe para o e-mail: abuse@bb.com.br. Assim, a área de prevenção a fraudes do BB pode tomar medidas junto aos serviços de hospedagem e provedores de acesso e conteúdo na internet.  

8 dicas de segurança para aumentar a proteção dos seus dados

• Cuidado com os dados e as imagens que disponibiliza nas redes sociais.

• Habilite os filtros de privacidade nas redes sociais. Permita que somente os seus amigos tenham acesso.

• Desconfie de mensagens muito atrativas ou de urgência. Busque o site oficial para confirmar as informações.

• Não abra anexos, links ou documentos que não foram solicitados ou com nomes suspeitos.

• Nunca disponibilize informações confidenciais, sobretudo senhas, em sites ou apps desconhecidos.

• Não utilize senhas de fácil dedução ou repetidas para diferentes tipos de serviços.

• Mantenha o navegador de internet e o antivírus atualizados.

• Sempre que possível habilite o segundo fator de autenticação.

Lembre-se! O primeiro passo para se evitar um golpe é não agir no automático. Pare, pense e sempre desconfie!  

Para mais orientações sobre segurança digital, acesse a Página do BB. Conheça também o Guia de Segurança do BB e confira os episódios do podcast Segurança em Rede.

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