Os melhores surfistas do planeta já droparam as primeiras ondas na disputa pelo título da  World Surf League (WSL), o Circuito Mundial de Surfe, em 2023. As duas etapas iniciais rolaram no mês de fevereiro, no Havaí, com atletas da elite do esporte competindo entre si. 

Em busca do sétimo título, o Brasil é representado na WSL por 11 surfistas, sendo nove homens e duas mulheres: Tatiana Weston-Webb, atleta patrocinada pelo BB e vice-campeã mundial em 2021, e a novata Luana Silva, de 18 anos, que disputou a segunda etapa como convidada no lugar da lesionada Sophie McCulloch, da Austrália.  

Neste ano, as disputas ganham uma dose extra de adrenalina, porque o ranking da WSL define 18 das 48 vagas do surfe nas Olimpíadas de Paris 2024: os dez primeiros da classificação masculina e as oito mais bem colocadas da feminina. O limite é de duas vagas por país e por gênero. Ou seja, cada comitê nacional poderá ter, no máximo, quatro representantes, sendo dois de cada gênero. 

Quem não conseguir se qualificar para os Jogos Olímpicos via WSL terá chances em outros torneios, como o ISA Games e os Jogos Pan-Americanos de 2023, em Santiago (Chile). As disputas do surfe de Paris-2024 serão organizadas em Teahupo’o (Taiti, Polinésia Francesa). 

Veja como foram as duas primeiras etapas da WSL 2023, no Havaí 

As duas primeiras etapas da WSL 2023 foram realizadas nas praias de Oahu, no Havaí, durante o mês de fevereiro. 

Em Banzai Pipeline, que recebeu a estreia da temporada, o australiano Jack Robinson ficou com a vitória, e o italiano Leonardo Fioravanti levou a vice colocação. Entre as mulheres, a havaiana Carissa Moore superou a australiana Tyler Wright na final. 

Na segunda etapa, em Sunset Beach, deu Brasil na competição masculina: Filipe Toledo venceu o norte-americano Griffin Colapinto na decisão. Na disputa feminina, a australiana Molly Picklum ficou em primeiro, enquanto a norte-americana Caroline Marks terminou na segunda colocação. 

A brasileira Tatiana Weston-Webb parou nas quartas de final em Pipeline, ficando na quinta posição, e nas oitavas, em Sunset Beach, concluiu sua participação em nono. Ao fim das duas primeiras etapas, a surfista de 26 anos aparece na nona colocação na classificação geral da WSL. 

No momento, ela estaria fora da WSL Finals, que reúne, em setembro, os cinco mais bem colocados dos rankings feminino e masculino. Mas, até lá, ainda tem muita água para rolar. 

A próxima disputa, na praia de Supertubos, em Peniche (Portugal), pode ser especial para Tati, já que ela venceu essa etapa na temporada de 2022.  

E a outra conquista da brasileira na WSL do ano passado veio na África do Sul, na penúltima etapa antes da WSL Finals. Ou seja, ela tem tudo para melhorar seu desempenho nos próximos meses. 

Homenagens às mulheres na etapa de Portugal

Como a disputa da terceira etapa do ano, na Praia de Supertubos, em Peniche (Portugal), começa em 8 de março, data que marca o Dia Internacional das Mulheres, os surfistas e as surfistas usarão lycras especiais para homenagear mulheres inspiradoras do esporte.

Gabriel Medina, por exemplo, terá nas costas o nome da jogadora de futebol Marta, enquanto Samuel Pupo, o da skatista Rayssa Leal. Tatiana Weston-Webb vai carregar o da tenista Bia Haddad Maia e também será homenageada: João Chianca levará o nome dela nas costas.

Em uma entrevista recente, Tati comentou o motivo da escolha. “Tem um fato interessante de ela ter treinado tênis com meu tio. Ela me apoia nas redes sociais e eu também apoio ela, então é muito legal ter essa amizade entre esportes diferentes, e acredito que ela consiga estar nos lugares mais altos do ranking”, explicou a surfista.

Entenda o sistema de pontuação da WSL 2023 

O formato de disputa da WSL continua com dez etapas regulares, distribuídas ao longo do ano. A oitava será em Saquarema, no Rio de Janeiro, entre o fim de junho e o início de julho.  

No fim da turnê mundial, os cinco mais bem colocados nos rankings feminino e masculino participam de mata-mata na WSL Finals, marcada para setembro, em San Clemente, na Califórnia (EUA). 

O sistema de pontuação define a colocação dos surfistas no ranking mundial a cada etapa, e varia entre homens e mulheres.  

Veja nas tabelas abaixo: 

Masculino 

1º – 10.000  

2º – 7.800 

3º e 4º – 6.085 

5º a 8º – 4.745 

9º a 16º – 3.320 

17º a 32º – 1.330 

33º, surfistas fora por lesão ou desistência – 265 

Feminino 

1ª – 10.000 

2ª – 7.800 

3ª e 4ª – 6.085 

5ª a 8ª – 4.745 

9ª a 16ª – 2.610 

17ª, surfistas fora por lesão ou desistência – 1.045 

Veja as datas e os locais das etapas da WSL 2023 

A temporada 2023 da WSL é a terceira na história do circuito a terminar em San Clemente, na Califórnia. As demais etapas regulares acontecem em praias de África do Sul, Austrália, Brasil, El Salvador, Estados Unidos, Portugal e Taiti. 

Veja o calendário completo

✅ Banzai Pipeline (Oahu, Havaí) – de 29 de janeiro a 10 de fevereiro 

✅ Sunset Beach (Oahu, Havaí) – de 12 a 23 de fevereiro 

Supertubos (Peniche, Portugal) – de 8 a 16 de março 

Bells Beach (Victoria, Austrália) – de 4 a 14 de abril 

Margaret River (Western Australia, Austrália) – de 20 a 30 de abril 

Lemoore (Califórnia, Estados Unidos) – 27 e 28 de maio 

Punta Roca (La Libertad, El Salvador) – de 9 a 18 de junho 

Saquarema (Rio de Janeiro, Brasil) – de 23 de junho a 1º de julho 

Jeffreys Bay (Eastern Cape, África do Sul) – de 13 a 22 de julho 

Teahupo’o (Taiti, Polinésia Francesa) – de 20 a 30 de agosto 

San Clemente (Califórnia, Estados Unidos) – de 7 a 15 de setembro  

Confira a classificação do Circuito Mundial de Surfe após duas etapas: 

Masculino 

1 – Jack Robinson (Austrália) – 16,085 pontos 

2 – Filipe Toledo (Brasil) – 14,745 pontos 

3 – João Chianca (Brasil) – 12,170 pontos 

4 – Leonardo Fioravanti (Itália) – 11,120 pontos 

5 – Caio Ibelli (Brasil) – 10,830 pontos 

6 – Griffin Colapinto (Estados Unidos) – 9,130 pontos 

7 – John John Florence (Havaí) – 8,065 pontos 

8 – Miguel Pupo (Brasil) – 6,640 pontos 

9 – Gabriel Medina (Brasil) – 6,640 pontos 

10 – Seth Moniz (Havaí) – 6,640 pontos 

11 – Ethan Ewing (Austrália) – 6,075 pontos 

12 – Jordy Smith (África do Sul) – 6,075 pontos 

13 – Nat Young (Estados Unidos) – 6,075 pontos 

14 – Liam O’Brien (Austrália) – 6,075 pontos 

15 – Matthew McGillivray (África do Sul) – 5,010 pontos 

16 – Italo Ferreira (Brasil) – 4,650 pontos 

17 – Kanoa Igarashi (Japão) – 4,650 pontos 

18 – Callum Robson (Austrália) – 4,650 pontos 

19 – Yago Dora (Brasil) – 4,650 pontos 

20 – Kelly Slater (Estados Unidos) – 4,650 pontos 

21 – Ryan Callinan (Austrália) – 4,650 pontos 

22 – Rio Waida (Indonésia) – 4,650 pontos 

23 – Ian Gentil (Havaí) – 4,650 pontos 

24 – Samuel Pupo (Brasil) – 2,660 pontos 

25 – Barron Mamiya (Havaí) – 2,660 pontos 

26 – Jake Marshall (Estados Unidos) – 2,660 pontos 

27 – Kolohe Andino (Estados Unidos) – 2,660 pontos 

28 – Jackson Baker (Austrália) – 2,660 pontos 

29 – Michael Rodrigues (Brasil) – 2,660 pontos 

30 – Carlos Munoz (Costa Rica) – 2,660 pontos 

31 – Connor O’Leary (Austrália) – 1,595 ponto 

32 – Maxime Huscenot (França) – 1,595 pontos 

33 – Ezekiel Lau (Havaí) – 1,595 pontos 

34 – Jadson André (Brasil) – 530 pontos 

35 – Ramzi Boukhiam (Marrocos) – 530 pontos 

Feminino 

1 – Carissa Moore (Havaí) – 14,745 pontos 

2 – Molly Picklum (Austrália) – 14,745 pontos 

3 – Tyler Wright (Austrália) – 13,885 pontos 

4 – Gabriela Bryan (Havaí) – 10,830 pontos 

5 – Caroline Marks (Estados Unidos) – 10,410 pontos 

6 – Brisa Hennessy (Costa Rica) – 9,490 pontos 

7 – Lakey Peterson (Estados Unidos) – 8,695 pontos 

8 – Bettylou Sakura Johnson (Havaí) – 8,695 pontos 

9 – Tatiana Weston-Webb (Brasil) – 7,355 pontos 

10 – Caitlin Simmers (Estados Unidos) – 7,355 pontos 

11 – Stephanie Gilmore (Austrália) – 5,790 pontos 

12 – Isabella Nichols (Austrália) – 5,220 pontos 

13 – Macy Callaghan (Austrália) – 5,220 pontos 

14 – Sally Fitzgibbons (Austrália) – 5,220 pontos 

15 – Teresa Bonvalot (Portugal) – 5,220 pontos 

16 – Johanne Defay (França) – 2,090 pontos 

17 – Courtney Conlogue (Estados Unidos) – 2,090 pontos 

18 – Sophie McCulloch (Austrália) – 2,090 pontos 

BB, o banco que apoia o surfe brasileiro 

Ao longo de 2022, o Banco do Brasil, por meio da BB DVTM, empresa de gestão de fundos de investimentos, patrocinou eventos de entrada na WSL, os Qualifying Series 1000.  

O Circuito Banco do Brasil de Surfe envolveu disputas nas praias de Salvador (BA), Ubatuba (SP) e Garopaba (SC). A BB DVTM também esteve presente na etapa de Saquarema (RJ) da WSL. 

Além de Tatiana Weston-Webb, a BB DVTM patrocina as surfistas brasileiras Silvana Lima e Juliana dos Santos. 

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