O ano é 1992. A plateia grita, enlouquecida, já imaginando o que estava por vir. É o camisa 1 da seleção brasileira, Marcelo Negrão, que vai para o saque. Aquele saque que ainda vive na lembrança de milhões de brasileiros, indefensável! 

Aquele saque que fechou o ciclo e deu ao vôlei brasileiro o primeiro ouro olímpico, em Barcelona. Difícil não se emocionar com esse momento tão marcante, não é verdade?

De lá pra cá, o voleibol traçou um caminho de muito sucesso e ganhou o coração dos brasileiros, mas sua história no país se inicia bem antes, lá em meados de 1916, quando começa a ser praticado ainda de forma tímida. 

Em 1923, ganha força com o primeiro campeonato oficial organizado no Rio de Janeiro. O Fluminense foi o primeiro time a ter uma equipe de voleibol profissional.

Em 1954, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) é fundada, já acompanhando a evolução do esporte no Brasil. Até hoje, a CBV é a responsável pela modalidade no país, contribuindo ativamente para o seu crescimento.

O histórico de conquistas nas quadras

Antes do ouro em Barcelona, a equipe masculina já colecionava alguns títulos importantes, como o Campeonato Sul-Americano, com vários ouros desde 1951; o Pan-americano, com o primeiro ouro em 1963.

Além deles, a conquista histórica da prata nos Jogos de Los Angeles, por uma geração de atletas que mostrou ao Brasil o caminho do pódio olímpico – “foi um divisor de águas”, disse Bernard Rajzman, autor do lendário saque “Jornada nas Estrelas” e um dos principais jogadores daquela geração.

E, depois de Barcelona, o vôlei não parou mais de fincar a bandeira brasileira no lugar mais alto do pódio. O Brasil é o país que mais ganhou a Liga das Nações (antes chamada de Liga Mundial), acumulando 9 títulos, incluindo o primeiro com o novo nome, conquistado agora, em junho de 2021. Somos eneacampeões. 

A palavra é rara, mas o grito de alegria já é um velho conhecido nosso. Nos Jogos Olímpicos, foram 3 ouros (Barcelona, Atenas e Rio de Janeiro). 

E não podemos nos esquecer das medalhas de prata e bronze conquistadas.

Agora, se você estava achando rara a palavra eneacampeão, segura essa! A seleção feminina de vôlei ganhou a Liga das Nações (antes chamada de Grand Prix) 12 vezes. É isso mesmo, somos dodecacampeões. E por pouco não adicionamos mais um, ao ficarmos com a prata deste ano.

É muita alegria para um esporte só. Já nos Jogos Olímpicos, foram 2 ouros (Pequim e Londres). Será que vem Tóquio aí?

E tem vôlei na areia também!

Para quem achou que já estava de bom tamanho, tem mais, muito mais. No vôlei de praia, a história também é bonita. O esporte foi inserido no calendário oficial dos Jogos Olímpicos em Atlanta (1996). E advinha quem ganhou o primeiro ouro da modalidade? O Brasil, com a incrível dupla Jaqueline e Sandra Pires.

Em todas as edições, o país subiu ao pódio, sendo consagrado como o que mais conquistou medalhas olímpicas. Foram, ao todo, 13. Já falamos sobre a história do vôlei de praia aqui no blog, vem conferir.

Foto da linha do tempo de conquistas do Brasil no vôlei

Gigantes do voleibol brasileiro

Nossos técnicos

Há muitas pessoas que fizeram história no vôlei brasileiro, mas comecemos por duas personalidades essenciais, Bernardinho e Zé Roberto. Ambos foram jogadores, mas se consagraram como técnicos das seleções masculina e feminina de quadra.

Bernardinho está entre os maiores vencedores da história do esporte. Ele acumula mais de 30 títulos nos 22 anos que passou à frente das seleções. E foi um dos responsáveis pela conquista de tantas medalhas olímpicas. Com a seleção masculina, foi ouro em 2004 e 2016, além de várias pratas e bronzes conquistadas ao longo das competições.

“As vaidades e os melindres de uma equipe devem ser substituídos por um enorme senso de solidariedade.”

Bernardinho

Jogadoras de vôlei
Foto: Projeto Esportes BB

José Roberto Guimarães, o Zé Roberto, é considerado uma lenda do esporte e também um dos técnicos brasileiros mais premiados. É tricampeão olímpico, o único que ganhou medalhas com as duas seleções. Foi ouro no masculino, em 1992, e no feminino, em 2008 e 2012. 

“Não penso no individual. Trabalho pensando no grupo e no melhor para a seleção.”

Zé Roberto

Nossos atletas

O voleibol brasileiro possui uma infinidade de atletas, profissionais e amadores, que trabalham incansavelmente para o crescimento do esporte no Brasil. Aqui, falaremos de alguns ícones.

Sandra Pires foi a nossa primeira medalhista olímpica do vôlei de praia, em Atlanta, e deu também ao país o bronze, em Sydney. É uma referência na modalidade, tendo jogado quadra e areia. 

Ganhou inúmeros títulos, além dos olímpicos, como o ouro no Campeonato Mundial de Vôlei de Praia, em 1997. Iniciou sua carreira ainda na infância e se tornou um símbolo do esporte.

“O talento não ganha jogo, só tendo disciplina que é a capacidade que temos de abrir mão de coisas prazerosas em prol de um objetivo futuro, de algo maior para gente, e o foco está muito atrelado a isso, pois foco é o gerenciamento das distrações.”

Sandra Pires

Marcelo Negrão ficou famoso não apenas pelo icônico saque que deu ao Brasil o primeiro ouro olímpico, mas por sua genuína contribuição ao esporte. A primeira convocação para a seleção masculina de vôlei de quadra aconteceu quando ele tinha apenas 17 anos. E sua longa trajetória acumulou conquistas.

“O meu pai falou assim pra mim: se você, um dia, resolver ser jogador de vôlei (eu tinha 13 anos), seja o melhor.”

Marcelo Negrão

Hélia Rogéria de Souza Pinto, mais conhecida como Fofão, carrega a marca de ser a atleta mais vitoriosa do vôlei brasileiro. Ela representou o País na seleção de quadra por 17 anos, tendo disputado mais de 340 partidas. Foi medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de 2008, e trouxe o bronze para casa em 1996 e 2000. A atleta disputou cinco edições dos jogos.

Nalbert foi o primeiro jogador da história do vôlei a conquistar títulos em todas as categorias, infanto-juvenil, juvenil e adulto. Coleciona medalhas como o ouro olímpico em Atenas e o tricampeonato na Liga Mundial. 

Em 2002, foi eleito o atleta brasileiro do ano com o Prêmio Brasil Olímpico. Sua marca registrada é o senso de liderança, que o levou a ser capitão da seleção masculina de quadra.

“Quando você encontrar alguém ou alguma equipe que entrega ótimos resultados de forma contínua e consistente, não pense em talento, pense em CARÁTER!”

Nalbert

Virna conquistou o seu lugar na seleção brasileiro em 1991. Ao longo de sua trajetória, ganhou inúmeros títulos, com destaque para duas medalhas de bronze, nos jogos olímpicos de Atlanta e Sydney. Depois que encerrou sua carreira nas quadras, a atleta ganhou as areias, jogando ao lado da colega Sandra Pires.

“No final das contas, a briga é entre o você de ontem com o você de hoje. Cada vez que você se supera é uma vitória pessoal…”

Virna

O que Sandra Pires, Marcelo, Fofão, Nalbert e Virna têm em comum? Além de colecionarem títulos e um lugar cativo no coração dos brasileiros, eles são embaixadores do BB. O Projeto Embaixadores do Banco do Brasil foi criado em 2003 e reúne grandes nomes para o fortalecimento do esporte.

Emanuel e Ricardo, no Circuito de 2015. Foto: CVB

Vôlei e o Banco do Brasil – 30 anos de história

É difícil pensar na trajetória do voleibol sem pensar no Banco do Brasil, que patrocina o esporte, nas modalidades quadra e praia, desde 1991. Foi neste ano que aconteceu a primeira edição do Circuito Nacional Banco do Brasil de Vôlei de Praia.

O evento ganhou tanta notoriedade que se tornou a principal competição nacional de voleibol de areia.

O patrocínio ajudou o Brasil a assumir o protagonismo do vôlei no mundo. Além de apoiar equipes, atletas e competições, o BB ampliou sua atuação com projetos sociais, como o Viva Vôlei e as escolinhas de vôlei de praia, além de ações como a Torcida Brasil.

Tudo isso, por acreditar no esporte como ferramenta de integração social. E isso vai além do voleibol, com investimentos também em outras modalidades como futsal, ciclismo, handebol, F1, corridas de rua e, mais recentemente, o e-Sports.

Lá se vão 30 anos de história… Aquela emoção toda do saque do Marcelo Negrão batendo no chão da quadra foi apenas a primeira dessa parceria duradoura da qual o BB tem muito orgulho

E, para comemorar e mostrar a importância não apenas dessas três décadas, mas do esporte para o País, acaba de ser lançada a campanha “Imagina Brasil”. Fica o convite para vir fazer parte da plateia.

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