Conteúdo atualizado em 8 de janeiro de 2024

Lucas Galindo é graduado em negociações internacionais, pai de Sofia, Lionel e Davi, casado com Juliana. Soteropolitano, torcedor do Vitória e zabumbeiro

Lucas Galindo

Sustentabilidade é um assunto pulsante. Um tema que tem o poder de unificar a humanidade em torno da busca por soluções para a própria sobrevivência. Aqui não vou trazer elementos técnicos, mas simples opiniões que acredito que podem contribuir para tornarmos mais sustentável o nosso cotidiano.

Penso que colocar a sustentabilidade em prática começa pelo reconhecimento. Reconhecer primeiro que somos parte da natureza e que ela nos é superior, por isso mesmo nos serve com tão abundantes recursos sem cobrar nada em troca. Reconhecer também que nós humanos somos diversos em vários aspectos, e no que diz respeito ao étnico-cultural, temos muito o que aprender com os povos originários. Sim, falo dos indígenas, considerados pelas Nações Unidas os supervisores da biodiversidade no mundo.

Somos parte da natureza e que ela nos é superior, por isso mesmo nos serve com tão abundantes recursos sem cobrar nada em troca

Beber nessa fonte é fundamental para dar um respaldo histórico às propostas de superação dos desafios ambientais. Afinal, os indígenas já vivem há séculos a relação harmônica com a natureza que o mundo tanto vem buscando. São saberes ancestrais que devem ser constantemente consultados.

Agora, reconhecer vai além de uma mera formalidade. É importante compreender, saber que, mesmo compartilhando de uma identidade, os indígenas têm especificidades: diferentes idiomas, culturas, rituais, níveis de escolaridade, graus de inserção no ambiente urbano e na sociedade como um todo. Considerar isso é indispensável para evitar rotulação, que às vezes teima em aparecer e não traz nada de construtivo. A propósito, vamos trabalhar nossos vieses inconscientes para que o preconceito não siga sendo barreira que faz muitas pessoas ainda terem receio de se declarem indígenas?

Bem… reconhecendo e compreendendo, o caminho está aberto para o passo seguinte: dar valor. E como mais valorizar, se não apenas com reconhecimento e compreensão? É básico tratar com dignidade; é necessário gerar, ampliar e qualificar as oportunidades de trabalho acessíveis a indígenas; é essencial promover visibilidade a essas pessoas, assim como às suas pautas coletivas – dentre elas, é urgente garantir as demarcações de terra e barrar o marco temporal.

Se é verdade que a sustentabilidade tem o seu próprio tripé conceitual, com os pilares ambiental, econômico e social conforme o sociólogo britânico John Elkington, reconhecer, compreender e valorizar traduzem em ação um caminho a ser trilhado na busca por um planeta, uma economia e uma sociedade mais sustentáveis.

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“Sejamos água, em matéria e espírito, em nossa movência e capacidade de mudar de rumo, ou estaremos perdidos”

Ailton Krenak em Futuro Ancestral, 2022

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