“Uma imagem vale mais do que mil palavras.” Será mesmo? A frase é antiga e pode até soar como um clichê para muita gente. Aliás, tão antiga que há controvérsia sobre a sua autoria. Mas calma. Segure a tentação de procurar no Google agora essa resposta. O papo aqui também é sobre imagens e palavras, só que trata de um tema muito mais atual. 

Para criativos que já se aventuram em produções com DALL-E, DALL-E 2, Imagen e Midjourney – ferramentas que transformam textos em imagens com a ajuda da inteligência artificial – essa conta aí das mil palavras não vai passar de um grande exagero.      

Nunca ouviu falar sobre essas soluções digitais? Então confira este post para entender como ilustradores, designers e artistas estão transformando comandos de texto em artes caprichadas com a ajuda de algoritmos.

Como criar imagens com a ajuda da inteligência artificial?

Essas ferramentas são capazes de produzir ilustrações a partir de comandos de texto do usuário.  

Os sites leem, interpretam e combinam as informações dadas para transformar essas descrições em imagens. 

Basta digitar, em inglês, termos que você deseja ver transformados em imagem.  

Como uma imagem vale mais do que mil palavras (não, pera…alerta de clichê), talvez a melhor forma de demonstrar isso seja com um exemplo prático, simples e sem muitos elementos de texto. 

Veja só o que o Mindjourney gerou a partir dos termos: alien robot, shopping, supermarket (robô alienígena, compras, supermercado). São variações elaboradas da mesma imagem. Depois, basta baixar as versões e os formatos desejados. 

E o interessante é que dá para acompanhar a geração da arte em tempo real. 

Qualquer um pode essas ferramentas e você pode inserir o texto que quiser para gerar uma imagem. Pense em qualquer combinação futurista ou inusitada. Dê o comando a uma dessas plataformas e a cena desejada se materializará na sua tela. 

O que é inteligência artificial (AI)?

Leu até aqui, gostou de como as ferramentas funcionam mas queria entender um pouco melhor o que é inteligência artificial? Então, essa parte vai te ajudar bastante. 

É fácil esquecer o quanto a inteligência artificial se faz presente na vida cotidiana. Recebeu uma recomendação de produto numa rede social? Tirou dúvida de como se escreve uma palavra em um site de busca? Tudo isso envolve ações de IA. 

Inteligência artificial é um campo interdisciplinar de conhecimento que mistura ciência da computação com bases de dados para solucionar problemas por meio de algoritmos.  

Uma das vertentes mais fortes da IA, o machine learning (aprendizagem de máquina), diz respeito a como as máquinas podem replicar a capacidade humana de aprender coisas novas a partir de dados, raciocinar e tomar decisões autônomas, como fazer previsões e classificações. 

Há várias abordagens e conceitos em torno da AI, mas as primeiras questões surgiram há décadas. Em 1950, o matemático e pai da ciência da computação Alan Turing lançou, no artigo Computing Machinery and Intelligence (Máquinas de Computação e Inteligência), a seguinte dúvida: “As máquinas podem pensar?”.  

É dessa época o famoso (para os iniciados, claro) teste de Turing. De forma bem resumida, o matemático e cientista da computação propôs um teste hipotético para analisar se um sistema computacional é ou não inteligente como um ser humano. Mas isso é conversa para um outro post. 

O debate em torno de imagens geradas por AI

Por se tratar de uma tecnologia muito recente, que começou em 2021 e segue evoluindo ao longo de 2022, o recurso que realiza imagens a partir de inteligência artificial tem dividido opiniões e levantado discussões éticas no mundo do design gráfico e das artes. 

Defensores argumentam que a novidade facilita o trabalho de ilustradores, otimizando prazos e eliminando etapas de produção, além de democratizar o acesso de mais pessoas às artes gráficas, possibilitando que outros profissionais de diversas áreas acessem esse universo. 

Vozes contrárias se preocupam em como o avanço de recursos automatizados pode prejudicar o mercado de trabalho para esses mesmos ilustradores, encurtar carreiras e precarizar profissões do setor.  

Existe também o receio de que esses sites possam ser usados para driblar direitos autorais de imagens e serem usadas para fins discutíveis e de possível dano à reputação de figuras públicas e pessoas comuns, como deepfakes (tecnologia baseada em AI que cria conteúdos falsos trocando rostos ou vozes em imagens ou áudios).  

O debate é extenso, acaba de começar e está longe de chegar a um consenso.

Tecnologia ou arte?

O modelo de criação de imagens a partir de inteligência artificial também tem gerado debate sobre os limites entre tecnologia e arte. Uma polêmica recente envolveu o designer de jogos Jason Allen.  

Ele criou uma obra a partir do Midjourney, a inscreveu em um concurso da Colorado State Fair (Estados Unidos) e venceu o prêmio na categoria de artes/fotografias manipuladas digitalmente. 

A imagem viralizou nas redes sociais e atraiu críticas negativas em torno do projeto. Muitas pessoas disseram que Allen “enganou” o júri do concurso por não deixar claro como a plataforma funciona.  

O designer, por sua vez, argumentou no Twitter que “a descrição da obra de arte afirma claramente que eu a criei via Midjourney”. 

Isso sem falar na já citada repercussão na arte: até que ponto uma imagem criada a partir de AI pode ser considerada legitimamente autoral? Artistas que desconfiam dessa tecnologia também veem as suas trajetórias profissionais em perigo.

Imagens criadas por AI no Blog BB

Ah, antes de encerrar: todas as imagens que você viu por aqui, neste post, foram geradas por ilustradores, com o auxílio dessa tecnologia.  

Você também pode ver mais ilustrações como essas na matéria Como montar um PC gamer bom e barato?  

E se o que está faltando para você começar a testar umas criações com essas novas ferramentas é um computador novo, vale demais conferir o Consórcio Gamer BB. Com ele é possível comprar o seu computador dos sonhos com parcelas e valores que cabem no seu bolso.   

Já conhecia essa possibilidade de criar imagens a partir de textos? Ah, e o que acha do debate sobre uso dessas tecnologias na arte? Divida as suas opiniões com a gente nos comentários. 😉

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