Na quarta-feira, 27 de outubro, ocorreu a penúltima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de 2021. O encontro definiu o novo reajuste da Selic, que passa de 6,25 a 7,75% ao ano. Com esse aumento de 150 pontos, a taxa de juros atingiu seu maior patamar desde 2017.
Como já é de costume, após cada reunião do Copom, nossos especialistas analisaram, em um bate-papo ao vivo, os principais pontos discutidos, as perspectivas para a economia neste final de ano e, claro, algumas oportunidades de investimento. Caso tenha perdido, você pode assistir a essa conversa no vídeo ao final deste artigo.
Mas, antes de chegarmos lá, vale a pena passarmos por alguns assuntos importantes sobre economia e como ela afeta a sua vida e os seus investimentos.
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Por que a Selic continua subindo?
A principal motivação para os aumentos consecutivos na taxa de juros é conter a inflação.
Até poucos dias antes da última reunião do Copom, a sinalização era por uma elevação da Selic em 100 pontos. Porém, algumas mudanças nos cenários interno e externo acabaram provocando um reajuste da rota, que levou à elevação de 150 pontos. A inflação é um dos temas mais relevantes para essa tomada de decisão e diversos indicadores, tanto na visão acumulada, quanto de expectativas para a inflação no próximo ano, se deterioraram.
Para o IPCA, por exemplo, a projeção do time de economia do Banco do Brasil para o final de 2021 está em 9,6%, aproximando-se da casa de dois dígitos.
“Vamos entender esse movimento de ajuste da política monetária como algo transitório, para fazer uma arrumação da casa e trazer as expectativas e a inflação para algo mais confortável, mais próximo da meta. E, quem sabe, no futuro, ao longo de 2023, seja possível retomarmos o processo de redução da taxa de juros”.
Ronaldo Távora, economista-chefe do BB
A equipe econômica do BB projeta uma nova elevação de 150 pontos na próxima reunião do Copom, em dezembro. Com isso, a Selic terminaria 2021 na casa de 9,25% ao ano.
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Como ficam meus investimentos com a Selic alta?
Parece que foi há muito tempo, mas no início de 2021 ainda falávamos do menor patamar histórico da taxa Selic, em 2% ao ano. Muitos analistas e investidores se perguntavam: a renda fixa morreu?
Hoje o cenário está bem diferente, e os investidores têm voltado a olhar para esse tipo de investimento. Em setembro, por exemplo, o Tesouro Direto atingiu o marco de 13 milhões de investidores cadastrados, com destaque justamente para as operações do Tesouro Selic, modalidade de investimento pós-fixada e que segue as variações da taxa básica de juros.
“A renda fixa sempre terá espaço na carteira de qualquer investidor, seja para compor a reserva de emergência, que é imprescindível, seja como parte ativa de uma estratégia para buscar rentabilidade”, analisa Eduardo Villela, executivo de captação e investimentos do BB.
Eduardo ainda pontua sobre um ponto importante na hora de investir, que é o custo de oportunidade do dinheiro. Ou seja, qual o risco que assumo por determinada expectativa de retorno. É um movimento natural que o investidor se volte para a renda fixa, nos atuais patamares da Selic e nas projeções que seguem em alta para o próximo ano.
As chamadas Letras de Crédito, como LCA e LCI, que têm isenção de imposto de renda, são alternativas interessantes dentro da renda fixa. Os investimentos em crédito privado, como as debêntures, têm se popularizado no Brasil, e muitos investidores têm buscado esses ativos como um elemento extra nas suas carteiras de investimentos, ainda dentro da renda fixa.
Oportunidades nos títulos prefixados e indexados à inflação também estão no radar e, por isso, nossa dica principal continua sendo: diversifique seus investimentos de acordo com o seu perfil de investidor.
Tendo uma carteira equilibrada, você protege seu patrimônio, ao mesmo tempo em que pode aproveitar as oportunidades que surgem nessas movimentações do mercado financeiro.
Na página bb.com.br/carteirasugerida, você encontra diversas sugestões dos nossos especialistas, pensadas sob medida para você atingir seus objetivos.
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Perdeu a live InvesTalk?
Já é tradição: após a reunião do Copom, os especialistas do BB se reúnem para debater o assunto nas lives do InvesTalk. A gravação está disponível no YouTube. A conversa aborda os pontos aqui deste artigo, e muito mais.
Se você perdeu ou deseja rever, pode conferir agora mesmo, no vídeo abaixo.
https://www.youtube.com/watch?v=CQiwiAKprbw
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