Por Vicente Lo Duca, CGA, CFP®, Especialista em Estratégia de Alocação do BB 

No mês de setembro, o cenário inflacionário, tanto interno quanto externo, predominou entre os fatores de maior impacto nos mercados, como havíamos destacado em nossa última análise.

Nos EUA, o aumento da taxa de juros e as declarações de Jerome Powell indicaram manutenção do posicionamento mais severo do Banco Central Americano frente à inflação. E na Europa, a redução dos impostos na tentativa de atenuar os aumentos de preços de energia gerou um movimento de risk-off (aversão ao risco por parte dos grandes investidores) dos ativos de mais risco. Dessa forma, os índices de ações globais, como S&P500 e MSCI ACWI, fecharam em acentuada queda, na ordem de -9,34% e -9,74%, respectivamente.

Já no ambiente local, apesar da volatilidade e a despeito cenário eleitoral, a bolsa brasileira fechou setembro no campo positivo, com leve alta de 0,47 %, atingindo os 110.036 mil pontos.

Na renda fixa, tanto os prefixados (IRF-M:1,40%) quanto os indexados (Ima-B: 1,48%) superaram o CDI de 1,07%, reflexo do movimento de fechamento da curva de juros, devido ao fim do ciclo de aumento da taxa Selic. Diante deste cenário, nossas carteiras fecharam o mês no campo positivo, com destaque para as carteiras de perfis Conservador, Arrojado e Agressivo, que superaram o CDI.

Para o próximo mês, apesar da possibilidade de bear market rally (recuperação mesmo sem uma mudança na tendência de queda mais geral) no mercado americano, ainda acreditamos que o Fed deverá manter o processo de aperto monetário nos EUA, o que pode desencadear uma recessão nesta economia e desvalorização dos ativos de risco, o que impactaria a percepção de riqueza das famílias americanas e ajudaria no combate à inflação. Este fator, aliado aos desafios na Europa, como inflação, impactos do conflito militar e desafios fiscais, nos faz acreditar ser mais prudente não termos posições em investimento no exterior em nossas carteiras.

Para a renda variável local, também mantivemos nosso posicionamento inalterado em relação aos últimos meses, pois já carrega uma exposição relevante, com potencial de capturar as oscilações causadas pela continuidade na disputa eleitoral. 

Na renda fixa, considerando a desaceleração dos dados de inflação e a expectativa de que o Banco Central deverá manter o patamar da Selic, optamos por aumentar nossa exposição em prefixados e mantivemos posição menor em indexados à inflação, trabalhando em todos os vértices da curva, inclusive os mais longos que são mais impactados pelas variações na expectativa da taxa de juros. 

Por fim, na classe de multimercados, aumentamos nosso posicionamento, devido à capacidade dos gestores selecionados em nosso portfólio de capturar de forma positiva as nuances do mercado, com desafios em ativos globais externos, oportunidades na renda fixa global e local e na bolsa brasileira. Especificamente na carteira de perfil Conservador, incluímos o fundo BB Multimercado Macro no lugar do BB Renda Fixa Ativa Plus. 

Caro investidor, apesar dos pontos de atenção, acreditamos que podemos aproveitar estes momentos para gerar alfa para nossos clientes. Para isto, conte com o apoio dos nossos gerentes e especialistas para auxiliá-los nesta jornada. 

Consulte todas as nossas Carteiras Sugeridas. 

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