Por Vicente Lo Duca, CGA, CFP®, Especialista em Estratégia de Alocação do BB

Apesar das oscilações ao longo do mês, o Ibovespa contrariou um ditado bastante conhecido entre os investidores: Sell in May and go away (venda em maio e vá embora). A frase, sugestão de que os investidores devem sair do pregão em maio, não se confirmou na bolsa brasileira este ano. Beneficiado pela sua comoditização e pelo avanço do setor financeiro, o Ibovespa fechou o mês com alta de 3,22%, aos 111.350 pontos.

Na renda fixa, os resultados também foram positivos. O IRF-M, prefixado, teve retorno de 0,58%. O IMA-B, indexados à inflação de prazo até cinco anos, de 0,78%. E o IMA-B 5+, indexados à inflação com prazo superior a cinco anos, de 1,16%, superando o CDI.

Contudo, olhando para o cenário externo, os principais índices de ações, S&P 500 e MSCI ACWI, oscilaram bastante frente às preocupações quanto ao risco de desaceleração da economia americana. O S&P 500 chegou a registrar queda de 5% e se recuperou somente após sinalizações amenizadoras do Banco Central Americano (FED), fechando em neutralidade (0,01%). Enquanto o MSCI ACWI registrou uma leve caída (-0,13%).

Ao longo de maio, nosso posicionamento tático defensivo em investimentos no exterior, com manutenção da exposição em renda variável local, e a seleção de produtos como BB Ações Quantitativo e BB Ações Bolsas Globais, gerou ganhos de 0,46 e 1,84 pontos percentuais, acima dos benchmarks Ibovespa e MSCI All Country, respectivamente. Isso contribuiu para a boa performance das carteiras.

As carteiras de perfil Conservador, Moderado, Arrojado e Agressivo fecharam o mês com retornos de 103%, 127%, 136% e 151% do CDI, respectivamente. Essa consistência é mantida quando observamos um período maior, como 24 meses, em que nossas carteiras também superaram o índice.

Para os próximos meses, destacamos como pontos-chave o cenário inflacionário global, em especial o norte-americano, com a expectativa sobre quão agressiva será a postura do FED na condução da política monetária ao controle da inflação, o que pode trazer riscos de desaceleração à economia do país. Além das sinalizações de estímulo econômico da China e o comportamento dos preços das commodities.

Já no mercado local, estão em nosso radar o impacto da alta de commodities na bolsa, as discussões tributárias no âmbito federal e a expectativa sobre o fim do ciclo de aperto monetário pelo Banco Central.

Considerando estes fatores, os quais se assemelham aos do mês passado, entendemos que o momento pede cautela. Por isso, mantivemos nossa estratégia, com posicionamento reduzido em investimentos no exterior e prefixados, e maior exposição à classe de multimercados, que vem entregando bons resultados.

Para renda variável, apesar das possibilidades de valorização dos principais papéis listados na bolsa, uma piora no cenário externo pode impactar esses retornos. Isso nos levou a manter nossa alocação aos perfis Moderado, Arrojado e Agressivo. Na visão do produto, fizemos uma alteração no indexado à inflação: o fundo BB Tesouro Inflação Curta dá lugar ao BB Tesouro Inflação, que possibilita captura de ganhos nos mais diversos prazos de vencimentos de títulos públicos federais.

Lembre-se, independentemente do cenário ou do momento, nós, especialistas e gerentes do time do Banco do Brasil, estamos à sua disposição para orientá-los durante essa jornada no mundo dos investimentos.

Consulte todas as nossas Carteiras Sugeridas na página bb.com.br/carteirasugerida

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