Você sabia que os brasileiros estão cada vez mais interessados em investir? Segundo um levantamento da B3, a bolsa de valores de São Paulo, o número de pessoas físicas que investem em renda variável cresceu 35% no terceiro trimestre de 2022 na comparação com o mesmo período de 2021, saltando de 3,3 milhões para 4,6 milhões. Muita coisa, né? 

E com o lançamento do Open Investment no Brasil, esse número pode crescer significativamente nos próximos meses, já que as pessoas terão acesso a informações sobre diferentes opções de investimento, e poderão realizar escolhas mais conscientes e rentáveis para o futuro.  

Mas o que é Open Investment? Como vai funcionar? Quais são seus benefícios? O Blog BB preparou uma matéria especial para responder a essas e outras perguntas. Continue a leitura e fique por dentro!  

O que é Open Investment? 

Nos últimos anos, o sistema financeiro brasileiro passou por uma grande revolução chamada Open Finance, que permitiu a troca de informações entre instituições financeiras para ampliar a oferta de produtos e serviços ao público.  

O Open Investment é um desdobramento do Open Finance, e tem como objetivo criar um sistema de compartilhamento rápido, fácil e seguro de dados de clientes, instituições e serviços do setor de investimentos para, dessa forma, possibilitar condições mais competitivas e acessíveis no mercado.  

Além de oferecer um ambiente seguro para os investidores compartilharem seus dados e confirmarem se as instituições escolhidas são as melhores opções, o Open Investment permitirá que mais pessoas tenham a chance de se interessar pelo mercado financeiro e ingressem no mundo dos investimentos, por exemplo. 

Como o Open Investment vai funcionar?  

Assim como no Open Finance, o Open Investment funcionará por meio de uma API, ou interface de programação de aplicações, que é uma ferramenta para troca de dados entre as instituições.  

As normas de compartilhamento serão elaboradas por órgãos como o Banco Central e a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA).  

Uma vez que o sistema estiver ativo, os consumidores poderão compartilhar seus dados, de forma rápida e segura, entre as instituições participantes. É a partir desse compartilhamento que bancos e corretoras, por exemplo, poderão criar produtos personalizados e condições especiais para cada pessoa. 

Os usuários também terão acesso às informações dos produtos de investimento oferecidos pelas instituições financeiras, o que vai permitir a comparação entre as oportunidades disponíveis no mercado e, consequentemente, levará a uma escolha mais consciente e rentável. 

Quais são os benefícios do Open Investment? 

O Open Investment trará diversas vantagens tanto para os consumidores quanto para o mercado de investimentos do Brasil. 

Confira:  

Mais liberdade para os consumidores 

A premissa do Open Finance será mantida no Open Investment. Os consumidores poderão compartilhar seus dados financeiros apenas com as instituições que desejarem, além de poderem escolher as instituições financeiras ou corretoras de sua preferência para investir.  

Aumento das ofertas de produtos e serviços 

Com acesso às informações compartilhadas, as instituições poderão analisar o perfil dos investidores, o que pode ampliar a competitividade e oferecer ainda mais vantagens aos clientes.

Operações mais simples 

As pessoas que utilizarem o Open Investment poderão, por meio de aplicativos agregadores em seus smartphones, realizar pagamentos, centralizar contas, gerenciar investimentos, monitorar a rentabilidade, pesquisar preços e solicitar cotações, entre outras operações. 

Democratização do mercado financeiro 

O Open Investment vai incentivar as instituições a conquistarem novos públicos, ou seja, pessoas que ainda não realizam nenhum tipo de investimento. Com produtos pensados especificamente para esses investidores recém-chegados, o mercado financeiro se tornará mais acessível e democrático.  

Quais produtos devem fazer parte do Open Investment?

Seguindo as recomendações da ANBIMA, o Banco Central divulgou que os primeiros produtos a integrarem o Open Investment serão:  

● Ações

● Debêntures 

● CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) 

● RDBs (Recibos de Depósito Bancário) 

● LCIs e LCAs (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio) 

● CRIs e CRAs (Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio) 

● Títulos Públicos do Tesouro Direto 

● Fundos de Investimentos 

● Fundos de Índices Listados em Bolsas de Valores 

O Open Investment é seguro?  

Completamente. As instituições participantes do Open Investment seguem protocolos monitorados pelo Banco Central, e as operações serão realizadas em um ambiente protegido por diversas camadas de segurança.  

Além disso, as informações dos clientes são protegidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e só serão compartilhadas quando e se houver consentimento expresso do interessado.   

Já tem data para o Open Investment começar?  

Ainda não há uma data definida, mas a expectativa é que o público tenha acesso ao Open Investment ainda em 2023.  

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