Por Paula Sayão – Diretora de Marketing do Banco do Brasil

Quando o assunto é Open Banking, ainda há quem fique perdido. Uma matéria recente na Folha de São Paulo apontou que muitas pessoas com acesso à internet desconhecem o termo e o relacionam à criação de um novo banco digital.

Outras acham que as agências ficarão abertas 24 horas por dia ou associam o nome a um evento com bebidas e comidas à vontade.

Ao contrário do que alguns pensam, o Open Banking não está vinculado a um único banco. Trata-se de um sistema seguro e revolucionário, baseado no compartilhamento de dados, no qual você escolhe se fornece ou não informações sobre o seu relacionamento com sua instituição financeira.

O termo compartilhamento de dados pode assustar a princípio e parecer algo muito genérico, mas neste contexto ele diz respeito justamente à privacidade, ao empoderamento e à autonomia para você fazer o que quiser com as suas informações.

Por exemplo, vamos supor que está precisando de um empréstimo e sente que, de alguma maneira, precisa convencer o banco a concedê-lo. E, ainda assim, não recebeu uma oferta que considere vantajosa, apenas aquelas com juros elevados e condições de pagamento pouco viáveis, que não estão considerando toda a sua capacidade de pagamento.

Com o Open Banking, você terá a possibilidade de compartilhar o seu histórico de crédito em um determinado banco com outras instituições da sua escolha, para que elas analisem o seu perfil com mais informações e encaminhem propostas mais personalizadas à sua necessidade – e possivelmente com mais benefícios.

Em outras palavras, é a ampliação do poder de barganha do consumidor, o aumento da competitividade no sistema financeiro e a maior liberdade para que você possa optar pelo que realmente quer e seja melhor.

Tudo isso está alinhado com a nova realidade dos clientes bancários. Eles são os protagonistas, estão no centro da tomada de decisões. O trabalho que nós, que estamos do outro lado do balcão nas instituições financeiras, é atender suas demandas, expectativas e cuidar do que é valioso para você.

E é nesse ponto que vejo o Open Banking intrinsecamente ligado a três pilares da centralidade: a experiência do cliente, seu sucesso e sua satisfação.

O Open Banking vai ser uma revolução na forma como o consumidor de produtos financeiros lida com o sistema. Se antes já era fundamental que a experiência do cliente junto aos produtos e aos canais de relacionamento fosse excelente, agora será a essência da escolha.

Por que alguém vai ficar atrelado a uma empresa se outra oferece uma proposta de valor melhor?  Não apenas a experiência do cliente será um diferencial neste contexto de transparência e liberdade, mas também será um desafio complexo no âmbito de relacionamento.

As empresas precisarão estar focadas em estreitar os laços, prestar serviços altamente eficientes e com valor agregado para efetivamente conquistar seus clientes.

Não bastará vender um produto ou serviço financeiro, mas acompanhar continuamente se aquela aquisição do cliente atenderá seus propósitos e anseios, sob o risco de perdê-lo definitivamente em caso de fracasso.

E isso nos leva ao terceiro ponto da percepção do cliente, que é sua satisfação. Se apenas atendermos suas expectativas, o cliente poderá ter a sensação de que só fizemos nosso trabalho.

Conquistar e surpreender o cliente será nossa meta, pois ele poderá se tornar uma espécie de embaixador da sua marca e dos seus serviços. Algo como chegar em um amigo e dizer: “Olha, eu tenho vários serviços contratados no Banco X, eles são ótimos, mude pra lá”.

Essas recomendações, esse marketing de influência, farão mais sentido do que nunca no sistema financeiro, pois a experiência será primordial para encantar os clientes.

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Fases do open banking

Estamos falando de uma verdadeira revolução do sistema financeiro. Não será feita do dia para a noite (e nem poderia). Estamos entrando na segunda fase da implementação, de um total de quatro etapas.

Nas próximas semanas, será dada a largada para que os consumidores decidam quando e com quais instituições querem compartilhar, por exemplo, os dados cadastrais, os cartões e as operações de crédito, as transações em conta, etc.

É a hora do consentimento, com a possibilidade de surgirem novos produtos, além de serviços personalizados e mais acessíveis. Todas as fases devem ser concluídas até o fim deste ano.

Após a implantação completa do Open Banking, muitas novas soluções poderão ser viabilizadas privilegiando experiências “sem fricção” (frictionless) para o consumidor.

Será possível realizar pagamentos diretamente em sua conta (sem usar cartão ou boleto, por exemplo), consultar os extratos de contas de todos os bancos em uma plataforma só, e, cada vez mais, não ser necessário ir a uma agência bancária para realizar etapas de qualquer processo financeiro.

Vale frisar novamente que, quando se fala em consentimento, somente o consumidor pode escolher com quem compartilhar os seus dados, e as informações são armazenadas de forma segura e transparente.

Para saber mais sobre o assunto, clique aqui e confira este artigo esclarecedor escrito pela Karen Machado, gerente-executiva de Open Banking do Banco do Brasil.

Prepare-se para a revolução. O poder estará em suas mãos. E estaremos abertos a esse novo futuro – e fechado com você!

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