Por Vicente Lo Duca, CGA, CFP® Especialista em Estratégia de Alocação do BB

O mês de setembro foi bastante desafiador para os ativos de risco, com uma série de fatores que aconteceram ao mesmo tempo e impactaram a rentabilidade de algumas das nossas carteiras sugeridas. 

No âmbito internacional, o índice S&P500 fechou o mês em -4,76% e o índice MSCI ACWI (que representa o desempenho de 49 mercados entre desenvolvidos e emergentes) em -4,28%.

Essa rentabilidade negativa é explicada por um conjunto de fatores que pressionaram a economia global, dentre os quais destacamos:

i) Sinalizações do Federal Reserve (Banco Central dos EUA) de retirada de estímulos monetários ainda este ano;

ii) Medidas regulatórias na China em diversos setores da economia;

iii) Riscos de desaceleração da economia chinesa;

iv) Risco inflacionário global.

Já no mercado local, o ambiente político que se estabilizou ao longo do mês; a persistência das pressões inflacionárias e da crise energética; incertezas ficais; e um cenário internacional mais difícil impactaram fortemente o Ibovespa, que fechou em -6,75%, a maior queda desde março/20.

Outros fatores, como a discussão fiscal em torno dos precatórios, afetaram também o mercado de renda fixa por meio da abertura da curva de juros nas partes mais longas, resultando no desempenho negativo dos índices IRF-M (-0,33%) e IMA-B (-0,13%).

Já os indexados à inflação de prazos mais curtos (IMA-B 5), que são mais afetados por esse dado, tiveram performance positiva de 1%, movimento capturado em nossas carteiras sugeridas pelo fundo BB Tesouro Inflação Curta.

Para outubro, ao se analisar os cenários possíveis, há uma percepção de ausência de sinais positivos relevantes e uma probabilidade de não resolução dos temas que trouxeram preocupações em setembro. 

Dessa forma, optamos por diminuir o risco das nossas carteiras, reduzindo a posição em investimento no exterior, que vínhamos carregando ao longo do ano em um patamar mais elevado, e reduzir também a exposição em renda variável local, mantendo a alocação nas demais classes de ativos.

Em momentos de maior volatilidade como o atual, há um movimento quase natural de sermos impelidos a tomar decisões. Mas como diz o título deste texto: “muita calma nessa hora”.

Ter calma não significa manter uma posição “para sempre”, nem deixar de analisar e reavaliar suas prioridades e seus objetivos.

O que queremos dizer com a palavra “calma” é agir com cautela, considerando vetores externos e internos, projetando cenários, desde o mais otimista ao mais pessimista, e buscando a melhor relação risco x retorno para o seu perfil de investidor, inclusive com potenciais oportunidades que podem surgir.

Fique tranquilo que você não está sozinho nessa jornada. Nós do BB estamos sempre atentos aos movimentos do mercado e prontos para oferecermos uma assessoria especializada em você. 

Conte com a gente. 

Consulte todas as nossas Carteiras Sugeridas na página bb.com.br/carteirasugerida

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