A vida no século XXI não é só rápida: ela é ágil.
Os chamados métodos ágeis surgiram nos anos 1990 para resolver problemas de gestão que eram latentes na área de desenvolvimento de software.
Hoje, são o caminho mais rápido para tirar ideias do papel de forma prática. São, inclusive, a escolha da maioria das startups e empresas que estão comprometidas com a transformação digital e inovação.
Entenda por que vale a pena investir nesses conhecimentos, como uma forma de garantir uma carreira brilhante num futuro próximo.
Resolver problemas
Imagine que você tem um projeto e precisa vender essa ideia para as pessoas que tomam as decisões.
Se você for bem-sucedido no seu pitch de vendas, na verdade, ainda existem vários obstáculos na forma tradicional de se implementar esta ideia.
Longas etapas de produção, falta de comunicação entre os times e os prazos nebulosos estabelecidos para cada etapa, além da falta de alinhamento com o cliente final são os principais desafios para quem deseja alavancar projetos em diferentes áreas.
Muitos destes problemas estavam atrelados ao “modelo em cascata”. Esta é uma metodologia em que cada etapa do projeto só poderia prosseguir se a etapa anterior fosse cumprida, algo similar ao processo de construção de um prédio, por exemplo.
O termo “métodos ágeis” nasce apenas no início dos anos 2000, após especialistas da área de tecnologia se reunirem para definir quais seriam os pilares dessa nova abordagem nos processos de desenvolvimento de software.
O encontro também resultou na elaboração do Manifesto Ágil, que é um conjunto de valores e princípios que orientam a aplicação de qualquer modelo de agilidade na gestão de projetos.
Os princípios do Manifesto Ágil
1. Indivíduos e interações mais que processos e ferramentas: processos e ferramentas são importantes para viabilizar o desenvolvimento de qualquer projeto, porém é a atividade humana ligada a eles e a interação entre as pessoas que podem resolver problemas crônicos de comunicação.
Aliás, a comunicação é uma soft skill muito importante para a assertividade em qualquer projeto.
2. Software em funcionamento mais que documentação abrangente: apenas o que é estritamente necessário deveria ser documentado, tornando o funcionamento do software o aspecto mais importante do projeto. Volume excessivo de documentação e burocracia costumam ser um problema enfrentado por profissionais de desenvolvimento.
3. Colaboração com o cliente mais que negociação de contratos: a aproximação do cliente com o trabalho das equipes, a tomada de decisões em conjunto e a colaboração mútua passou a ser uma das principais chaves de sucesso dos projetos.
4. Responder a mudanças mais que seguir um plano: como o próprio contexto do desenvolvimento de softwares e produtos é altamente mutável e incerto, não se deve apegar a planos inflexíveis e de longo prazo. É preciso aprender com o processo, analisar os feedbacks e adaptar os planos sempre que necessário.
Os principais métodos ágeis e sua aplicação no dia a dia
Scrum
Este é um dos métodos ágeis mais conhecidos e utilizados!
O Scrum é um framework leve que ajuda pessoas, times e organizações a gerar valor por meio de soluções adaptativas para problemas complexos.
A unidade fundamental do Scrum é o Scrum Team, composto por um Scrum Master, um Product Owner (P.O.) e os Developers, ou seja, os desenvolvedores.
A figura do P.O. é central para maximizar o valor do produto resultante do trabalho do Scrum Team. É o P.O. quem entende do negócio, cria e comunica os itens do backlog, garantindo que ele seja transparente, visível e compreensível.
O Scrum Master é um líder servidor, responsável pela eficácia do Scrum Team, pela retirada de impedimentos que podem surgir durante o projeto e pela compreensão e disseminação do Scrum no time.
Já os Developers são as pessoas do Scrum Team comprometidas a entregar um incremento utilizável (partes do projeto) a cada sprint.
A sprint é o coração do Scrum: um período de tempo predeterminado, que pode ser, por exemplo, 15 dias sequenciais.
É nas sprints que ideias se transformam em valor para as organizações.
As tarefas do backlog (lista priorizada das atividades que devem ser cumpridas) são distribuídas na sprint, que geralmente podem durar até quatro semanas. Ao fim de todas as sprints planejadas, o backlog é considerado concluído e o projeto é entregue.
Um dos ritos do Scrum se chama daily scrum, que se refere a reuniões diárias de no máximo 15 minutos.
Nessas ocasiões, as pessoas costumam ficam em pé (para evitar que o tempo se prolongue) e contam objetivamente o que fizeram ontem, o que farão hoje e os impedimentos que enfrentaram para cumprirem suas tarefas dentro do projeto.
Já pensou que legal poder fazer parte desse rito que evita aquelas reuniões sem fim, trazer objetividade e colaboração para a equipe? Só sucesso!
Kanban
O Kanban surgiu a partir da necessidade da fábrica japonesa de automóveis Toyota em equilibrar sua linha de produção, controlando o estoque para que não houvesse excesso ou falta de materiais.
É provável que seja a ferramenta ágil mais utilizada pelas empresas, uma vez que consiste em uma simples separação de tarefas por fase de desenvolvimento.
Essa organização facilita a visualização do andamento do projeto. O quadro Kanban pode ser físico ou virtual e é dividido em três colunas:
To do (Para fazer) — são inseridas as tarefas que ainda não foram iniciadas, mas que devem ser cumpridas durante determinada etapa do projeto.
Doing (Fazendo) — são as tarefas em fase de execução.
Done (Feito) — são as tarefas já finalizadas e que estão prontas para revisão ou entrega.
Além de ser um método de simples execução, a visibilidade panorâmica que o Kanban proporciona pode ajudar na formulação de estratégias mais ágeis, bem como incentivar o engajamento de cada membro da equipe para que as etapas sejam cumpridas no tempo estipulado.
E se você utilizasse o quadro Kanban para as tarefas do seu dia a dia? Organiza e prioriza, hein?!
Lean
O Lean também teve suas origens no sistema Toyota de produção e se popularizou por volta dos anos 1990.
O principal objetivo do Lean é agregar mais valor ao produto a partir da redução dos desperdícios, da valorização das pessoas e do aumento do foco na padronização e na qualidade dos processos.
A partir daí, outros conceitos se ramificaram, como Leaning Thinking, Lean Manufacturing, Lean Office e Lean Startup.
MVP
Outra importante ferramenta dos métodos ágeis é o MVP, que vem da sigla em inglês Minimum Viable Product, isto é, produto mínimo viável.
O MVP é o desenvolvimento de um protótipo do produto atrelado ao projeto, mas em sua versão funcional mais simples possível, que gera valor para o cliente.
A partir desse protótipo, as equipes são estimuladas a identificar falhas e êxitos e a desenvolver ideias capazes de otimizar o produto.
Métodos Ágeis hoje
Toda essa contextualização é importante para entender a importância desse conceito na evolução do próprio universo corporativo.
À medida que as empresas passam por processos de transformação digital, se torna fundamental adequar os métodos de trabalho.
Isso porque, atualmente, os Métodos Ágeis vão muito além do desenvolvimento de software.
Eles vêm sendo amplamente adotados por empresas que prezam por uma gestão mais consciente, organizada e transparente dos projetos que desenvolvem.
O Banco do Brasil, comprometido com a inovação constante, já adota práticas ágeis e se prepara para, cada vez mais, receber novos talentos antenados a estes métodos.
Será que não é hora de estudar e começar a se preparar para o próximo concurso do BB?
E você, gostou de saber mais sobre os métodos ágeis? Compartilhe nos comentários como os métodos ágeis poderiam ser úteis para você em seu dia a dia.
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