Nas duas últimas décadas, quase tudo que é percebido como mudança,  transformação, está associado de alguma forma à tecnologia.

Alguns números sobre internet e smartphones são um bom exemplo disso. Desde o início dos anos 2000, o percentual de pessoas com acesso à internet passou de 4% para 63% da população mundial de acordo com o estudo Digital 2022: Global Overview Report, publicado pelo site DataReportal.

A velocidade de conexão também aumentou. Com isso, o comércio, os serviços, o entretenimento, a educação e a informação se tornaram online, à distância de uns cliques.

Todas essas mudanças impulsionam novos comportamentos e transformam espaços educacionais, empresas, governos e sociedade, impactando diretamente o mundo do trabalho.

Consequentemente, por um lado, algumas atividades e profissões se transformam ou deixam de existir. Por outro lado, também surgem novas oportunidades de trabalho, como videomakers, youtubers, influencer digital, designers digitais (de experiências), gamers, entre outros.

Aliás, para quem está chegando agora e vai dar os primeiros passos no mercado de trabalho, uma boa sugestão é conferir a playlist O Futuro do Trampo no YouTube. Os conteúdos trazem uma série de bate-papos que abordam, de uma forma leve e descomplicada, tendências e possibilidades para os rumos do emprego.

https://youtu.be/thZUWYpsRJs

Com tantas mudanças e aprendizados que se tornam necessários, como se manter um profissional atualizado e relevante no mercado de trabalho?

O que é lifelong learning?

Diante disso, a antiga sabedoria popular de “ser um eterno aprendiz” permanece mais atual do que nunca. E necessária. Este “aprendizado ao longo da vida” é como pode ser traduzido o termo em inglês lifelong learning.

O lifelong learning parte destas premissas: nunca é cedo ou tarde demais para aprender algo novo e o aprendizado nunca acaba. Isso não significa aumentar os anos ou o número de diplomas na educação formal, mas ter uma postura aberta ao conhecimento.

E, no que diz respeito ao mercado, essa atitude está alinhada às demandas dos negócios. Adquirir novos conhecimentos técnicos para alcançar resultados no trabalho ou, até mesmo, precisar mudar completamente as ferramentas e as tecnologias utilizadas no dia a dia são a realidade de muitos colaboradores nos mais diversos segmentos da economia.

O conceito de lifelong learning surgiu na década de 1970, porém ganhou destaque a partir dos anos 1990. Com a publicação do relatório da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, da Unesco, o conceito começou a propagar-se ainda mais fortemente.

O lifelong learning se baseia nos quatro pilares da educação ao longo da vida: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.

Unesco – Aprendizagens essenciais para o profissional do século XXI

Aprender a conhecer – conciliar uma cultura geral, ampla o suficiente, com a necessidade de aprofundamento em uma área específica de atuação, construindo as bases para se aprender ao longo de toda a vida.

Aprender a fazer – desenvolver a capacidade de enfrentar situações inusitadas que requerem, na maioria das vezes, o trabalho coletivo em pequenas equipes ou unidades organizacionais maiores, bem como assumir iniciativa e responsabilidade em face das situações profissionais.

Aprender a conviver – perceber a crescente interdependência dos seres humanos, buscando conhecer o outro, a sua história, tradição e cultura e aceitando a diversidade humana. A realização de projetos comuns e a gestão inteligente e pacífica dos conflitos envolvem a análise compartilhada de riscos e a ação conjunta em face dos desafios do futuro.

Aprender a ser – desenvolver a autonomia e a capacidade de julgar, bem como fortalecer a responsabilidade pelo autodesenvolvimento pessoal, profissional e social.
Adaptado de Unesco (2010)

Conrado Schlochauer, PhD em psicologia da aprendizagem, defende, no seu livro Lifelong Learners, que “Aprender é nos dar uma segunda chance. Ao investir tempo no nosso desenvolvimento, podemos descobrir interesses que não imaginávamos, caminhos que estavam escondidos e possibilidades que nos tornam melhores e mais felizes”.

Para o autor, o caminho se resume a estimular e exercitar a curiosidade como uma alavanca de crescimento e tornar o aprendizado contínuo e autodirigido parte importante e prazerosa da rotina.

A importância do lifelong learning

A importância do lifelong learning, portanto, está alinhada à necessidade de se antecipar e estar conectado de forma proativa às transformações do mundo, do mercado e da sociedade.

Esse movimento de aprendizagem ao longo da vida é reforçado no relatório The Future of Jobs, publicado pelo Fórum Econômico Mundial em 2020. O documento define aprendizagem ativa e estratégias de aprendizado como competências essenciais para o futuro, de forma alinhada à necessidade de adquirir novos conhecimento e evoluir na adaptação às mudanças e no processo de aprender com as tendências que estão chegando.

Mas o que preciso fazer na prática?

Aqui estão algumas dicas:

– Invista em cursos de qualificação.

– Fique atento às tendencias de mercado.

– Identifique oportunidades de aprimoramento em relação aos seus objetivos pessoais e profissionais.

No Banco do Brasil, o lifelong learning está sempre presente. Um bom exemplo é o Movimento Evolution, voltado para o desenvolvimento de competências digitais dos funcionários por meio de conteúdos educacionais, bolsas de estudos, certificações, espaços de interação, desafios e projetos a fim de se colocar em prática os aprendizados para a construção do conhecimento.

O uso de tecnologias transformou o dia a dia de milhões de pessoas em todos os cantos do mundo, seja em casa, seja no trabalho. E, como o tempo não para, é preciso descobrir e redescobrir a beleza de ser um eterno aprendiz.

Agora é com você! Já aprendeu algo novo hoje? Que tal compartilhar aqui nos comentários a sua experiência?

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