Por Eliel Guimarães, tecnólogo em gestão financeira, com especialização em Finanças Corporativas e Inovação. Atua como gerente de cash management MPE no Rio de Janeiro (RJ)

O mundo pós-pandemia apresenta atmosfera volátil para as empresas. O impulso tecnológico faz com que os ambientes de negócios fiquem cada vez mais dinâmicos e competitivos. Em contrapartida, as pessoas estão mais exigentes e querem satisfazer as suas necessidades por meio de soluções tecnologicamente completas, inovadoras e seguras.

Contudo, ações empreendedoras no relacionamento com os clientes podem proporcionar experiências resolutivas e encantadoras. Precisam ser suficientes para dar fidelidade à marca e excelentes recomendações aos serviços e produtos oferecidos. Centralizar o cliente na estratégia organizacional é o foco.

Então, quais comportamentos precisamos cultivar para que os nossos clientes percebam a sua principalidade no contexto estratégico da empresa?

Inovação vai além de boas ideias

A inovação é o melhor caminho. A palavra inovação pode ter significados e sentidos diversos e está relacionada à geração de boas ideias. Porém, o conceito e a aplicação vão além disso. Podemos resumir como sendo a capacidade de desenvolver, testar e aprovar uma ideia, transformando-a numa solução que dê ganhos reais à empresa. Isso pode acontecer por meio do aprimoramento de portfólio existente ou da criação de produtos, serviços ou novo modo de proceder.

A ambidestria organizacional também é característica das empresas inovadoras. Essas corporações têm capacidades de, por meio da transformação de ideias em inovação, explorar novos produtos ou mercados, sem desprezar a sua expertise comercial, isto é, o seu core business. Outros aspectos da ambidestria organizacional são estudados mundo afora e tentam responder a questionamentos importantes. Por exemplo: será que existe um ponto de equilíbrio entre a busca de novos modelos de negócios e o fortalecimento daqueles já existentes?

Perfis de liderança: líderes de abertura e fechamento

Os perfis comportamentais percebidos nas lideranças empreendedoras também influenciam a jornada inovadora. Dois se destacam: líderes de abertura e os de fechamento. Eles podem estar presentes em todos os níveis da organização, e talvez possamos nos identificar com um deles, mesmo aqui no nosso microcosmo organizacional. Líderes de abertura incentivam as suas equipes na geração de novas ideias, atuam fortemente na sua promoção e, diante do sucesso, incentivam a sua aplicação. Já os líderes de fechamento têm perfil mais voltado ao questionamento da eficácia das ideias, sugerindo testes e influenciando indiretamente nos estágios de promoção e realização. Assim, ambos os perfis contam com atuação relevante em todas as etapas de maturação de uma boa ideia, garantindo a sua transformação em inovação.

Atualmente, um dos grandes desafios das corporações é dar subsídios para as suas lideranças desenvolverem, ao máximo, características de ambos os perfis. Essa flexibilidade do comportamento é condição necessária ao sucesso da organização em ambientes instáveis. Embora os aspectos que dão forma à personalidade dos líderes não se resumam a essas duas variáveis, a disponibilidade desses dois perfis no corpo de colaboradores da empresa pode e deve ser incentivada. Tudo isso com foco na sinergia entre a capacidade (das equipes e da empresa) de incrementar o que já existe e descoberta de novas possibilidades de negócios.

Então como se destacar em ambientes de negócios dinâmicos? Talvez a resposta não seja tão simples e dependa de fatores endógenos e exógenos. Mas a jornada na busca por essas alternativas pode começar pelo pleno direcionamento das nossas habilidades técnicas, as hard skills, e das comportamentais,as soft skills, na execução da estratégia corporativa. Além disso, pautar as nossas ações pelo código de ética da empresa e estar antenado às mudanças do mercado pode ser determinante para uma escalada bem-sucedida no mundo dos negócios.

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