Com a valorização do dólar e/ou de outras moedas estrangeiras, muitos investidores no Brasil têm buscado cada vez mais alternativas para investir no exterior. 

Longe de ser uma operação complicada, a prática faz parte de uma estratégia de diversificação da carteira de investimentos e, com a assessoria, pode contribuir para equilibrar o portfólio em busca de rentabilidades interessantes.

Para começar, é preciso dizer que existem algumas maneiras para um brasileiro fazer aplicações no exterior:

Abrir uma conta em corretora estrangeira — O investidor que opta por abrir uma conta em uma corretora estrangeira pode comprar ações diretamente pela empresa no exterior.

ETFs (Exchange Traded Funds) —  ETF é um fundo de índice, negociado como se fosse uma ação, que busca uma carteira teórica para replicar um índice do mercado.

BDRs — Nessa modalidade, os ativos financeiros são recibos de ações de empresas estrangeiras negociados diretamente na Bolsa brasileira, sem precisar transferir recursos para o exterior.

Fundos de investimento — O produto fundo de investimento provavelmente você já conhece. Aqui é importante saber que existem fundos que investem em uma carteira diversificada de ativos estrangeiros.

Neste artigo, você vai poder conhecer melhor duas modalidades: BDRs e fundos de investimento.

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Investir por BDRs

Os BDRs podem ser uma forma interessante de se investir no exterior. A sigla é uma abreviação para o termo em inglês “Brazilian Depositary Receipts” ou, em português, “Certificados de Depósitos Brasileiros”.

Eles são uma opção para investidores que desejam adquirir ações de empresas listadas em bolsas de valores de outros países, como a NASDAQ e a NYSE, nos Estados Unidos, mas operando diretamente pelo home broker aqui do Brasil.

Na prática, é possível investir em ações de grandes empresas estrangeiras, mas comprando os papéis da mesma forma que você faz com as ações brasileiras.

No final de 2020, a bolsa brasileira, a B3, possibilitou que qualquer investidor aplique diretamente em BDRs, o que facilitou muito para quem quer e tem perfil para fazer esse tipo de investimento.  

Vantagens e riscos dos BDRs

É bom ressaltar que o investimento em BDRs traz um grande leque de opções quando pensamos no número de empresas que estão listadas no exterior. Soma-se a isso a vantagem de não precisar abrir conta em corretora estrangeira e nem fazer declaração de imposto de renda em outro país.

Em contrapartida, uma característica que precisa ser levada em consideração é a variação cambial. Vale mencionar que, até o momento, a maioria das opções de BDRs disponíveis para investidores brasileiros vem da bolsa norte-americana. Desse modo, é importante considerar as oscilações do dólar estadunidense.

Outra questão a ser levada em conta é que, diferentemente das ações brasileiras, os BDRs não são isentos para vendas de até R$ 20 mil. Assim, o lucro obtido nesses investimentos no exterior deve ser apurado e recolhido pelo investidor no mês subsequente, por meio do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF).

Está em busca de montar uma carteira de BDRs pra chamar de sua? Confira as Carteiras Sugeridas de BDRs do BB.

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Investir no exterior via fundos de investimento

Para quem está em busca de uma jornada ainda mais simplificada para investir no exterior, os fundos de investimento podem ser uma opção bacana!

Eles trazem a comodidade de ter um gestor especializado pra fazer a gestão do seu dinheiro, comprando e vendendo os papéis conforme as variações do mercado e as oportunidades que surgem.

Um exemplo é a família de fundos BB Bolsas Internacionais, que possibilita investir em ações de empresas americanas, europeias, asiáticas e de mercados emergentes, contando com uma estrutura de proteção cambial (hedge) e com aplicações a partir de RS 0,01.

Fundos com ou sem hedge?

Falando sobre proteção cambial, esse é um assunto importante quando estamos pensando em investir no exterior. Estratégias de proteção de carteiras de investimento também são conhecidas como hedge.

Caso você deseje participar somente da performance do fundo lá fora, sem se preocupar com a variação do câmbio, os investimentos com hedge são os mais indicados.

Já os fundos sem hedge, ou seja, com exposição cambial, oferecem no longo prazo uma correlação negativa com o risco Brasil. Em outras palavras, ao longo do tempo, os movimentos de queda dos mercados brasileiros são compensados pela alta do dólar e somados à rentabilidade do fundo no exterior.

E aí, esse assunto ficou mais claro? Investir no exterior pode ser uma opção interessante, dependendo do seu perfil de investidor e objetivos. Confira nas nossas Carteiras Sugeridas os percentuais e sugestões de produtos para o seu perfil.

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