“Si vis pacem, para bellum”.

Caro investidor, fique tranquilo. Você não está no lugar errado e nem precisa pegar um dicionário de latim. A expressão acima é um ditado que significa: “Se quer paz, prepare-se para a guerra”, que posteriormente foi utilizada por Sun Tzu no livro “A Arte da Guerra”. Aqui para a nossa conversa, a mensagem é “se quer rentabilidade, prepare-se para a volatilidade”.

Escrito há cerca de 2.500 anos, o livro segue sendo referência em diversos campos do conhecimento, especialmente quando o foco é estratégia. E o que ele tem a ver com os seus investimentos? Poderíamos fazer essa análise sob diversos aspectos, mas a mensagem que gostaríamos de deixar aqui é: precisamos estar preparados. Não para um confronto, mas para a volatilidade dos mercados. Ou seja, é necessário termos uma carteira equilibrada e diversificada em diferentes classes de ativos, como forma de estarmos precavidos em relação às surpresas do mercado. Sobre quais surpresas estamos falando? Sobre a volatilidade e a imprevisibilidade, como podemos ver, por exemplo, nos comportamentos da renda variável e renda fixa, respectivamente.

Em junho, após superar os 130 mil pontos, o Ibovespa encerrou o mês no patamar de 126.800 pontos, com uma leve alta de 0,46% frente ao mês de maio, influenciado pelo anúncio da reforma tributária e o impacto da taxação da distribuição de dividendos pelas companhias. Já nas bolsas globais, o índice MSCI All Country, que representa um mix de bolsas de países desenvolvidos e emergentes, registrou alta de 1,20%, e o S&P 500 alta de 2,22%, refletindo o otimismo com a recuperação global, a despeito do risco inflacionário e possibilidade de antecipação do início do ciclo de alta de juros nos EUA pelo FED.

Falando em alta de juros, no Brasil o Copom anunciou um aumento de 75 pontos base na Selic, o que já era esperado pelo mercado. No entanto, na ata da decisão foi sinalizado um aumento de 100 pontos para a próxima reunião, e a informação de que a elevação prevista para agosto já poderia ter sido implementada em junho. Esse tom impactou de formas diferentes as pontas curta e longa da curva de juros. Enquanto a ponta curta sofreu uma abertura, para alinhar as expectativas do mercado às sinalizações do Copom, impactando os títulos prefixados e indexados à inflação de curto prazo, a ponta longa fechou, decorrente de uma ancoragem das expectativas dos agentes quanto ao compromisso em manter a inflação sob controle.

No mês de junho, nosso desempenho foi aquém do desejado mas, quando olhamos para o longo prazo, nossas carteiras entregam um resultado consistente, o que reforça dois pontos que exploramos bastante: investir é longo prazo; e esteja preparado para as oscilações do mercado.

Para o mês de julho, não enxergamos grandes possibilidades na Renda Fixa e um risco adicional ao ficarmos posicionados na ponta curta da inflação. Dessa forma, mantivemos nossa posição indexada à inflação, porém, trocando o fundo Tesouro inflação Curta pelo Tesouro Inflação. Mantivemos também nossa posição já reduzida anteriormente em prefixados.

Para investimentos no exterior, o cenário de recuperação econômica global e a liquidez ainda abundante nos mercados nos levou a manter nossa posição já elevada anteriormente, via nosso fundo BB Ações Globais que atua nos mais diversos mercados.

Em multimercados, diminuímos nossa exposição, optando por assumir uma posição mais direcional aumentando a alocação em renda variável local, acreditando que um cenário de aceleração da vacinação no terceiro trimestre leve a uma reabertura mais consistente da economia, impulsionando uma recuperação dos ativos cíclicos.

Por fim, aquele nosso recado de sempre: se vai investir, comece hoje. E, sempre que precisar, nós estaremos aqui para assessorá-lo nessa jornada.

Vicente Lo Duca, CFP®, Especialista em Estratégia de Alocação do BB

Consulte todas as nossas Carteiras Sugeridas na página bb.com.br/carteirasugerida

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