Se o avanço da tecnologia vem provocando uma revolução nas cidades, o campo segue exatamente o mesmo caminho.

A implementação de inteligência artificial (IA) na agricultura já permite o monitoramento de lavouras por imagens de satélite, pulverização por drones, automatização de máquinas e obtenção de dados completos de previsões meteorológicas.

O conjunto desses recursos pode otimizar tempo, evitar perdas, garantir uma produção sustentável e aprimorar o gerenciamento do plantio e dos negócios.

Na contramão desse avanço, porém, há a barreira da conectividade em áreas remotas e a lenta adesão de produtores a ferramentas digitais. 

Segundo o levantamento da consultoria McKinsey & Company, 36% dos produtores rurais brasileiros fazem compras on-line para suas fazendas, e somente 23% têm acesso à internet em toda a operação rural.

A mesma pesquisa identificou, no entanto, que 40% dos produtores teriam maior envolvimento com ferramentas digitais, caso se sentissem seguros nas plataformas on-line.

E então, o que fazer? O cenário é de desafios, mas também de oportunidades para uma mudança de comportamento a partir das inovações tecnológicas.

Preparado para uma jornada completamente digital no agro? Continue lendo este texto!

O que é inteligência artificial na agricultura?

Inteligência artificial na agricultura é o uso de ferramentas digitais capazes de aprender, de tomar decisões e de automatizar processos. 

É o emprego de uma inteligência pronta para recolher dados, processar informações em nuvem, permitir análises químicas de solo e fazer previsões climáticas desde antes do plantio até a colheita. 

As aplicações da IA no agro podem garantir uma produção mais assertiva, ampliando rentabilidade e sustentabilidade no campo. 

Quais os impactos da inteligência artificial na agricultura?

Drones são excelentes aliados na produção agrícola. Foto: Getty

Enquanto no passado as decisões eram tomadas sem tantas informações, hoje, a aplicação da IA atende às áreas de diagnóstico e previsibilidade.

Com fazendas conectadas, os gestores do agronegócio têm acesso a dados climáticos avançados, não apenas sobre chuvas, mas também sobre velocidade dos ventos e outros fenômenos que podem influenciar positiva ou negativamente a lavoura.

O conhecimento avançado da composição química dos solos, além dos melhoramentos genéticos são outros fatores possíveis de serem aferidos graças à aplicação de IA.

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Uma outra aplicação da IA que está avançando é o uso de veículos autônomos no campo.

Tratores e colheitadeiras, munidos de dados em tempo real enviados pelos softwares de gestão, podem ser capazes de tomar decisões assertivas para cada momento da cadeia produtiva.

Confira algumas tendências:

Drones

Essas máquinas voadoras podem capturar e transmitir imagens de qualquer ponto, permitindo análises a longa distância, em tempo real e agilizando a tomada de decisões. 

Sensores

Os sensores são instalados no campo com o objetivo de fornecer dados em tempo real sobre umidade do solo e disponibilidade ou carência de nutrientes.

 Veículos autônomos

Que tal comandar um trator a distância? Feiras agrícolas já vêm apresentando esse tipo de máquina, que é programada para se locomover, decidir velocidade, evitar obstáculos e concluir suas tarefas agrícolas sem perder o rendimento.

Big Data

No agro, o big data processa um grande volume de dados recebidos, principalmente dos sensores, analisando e devolvendo na forma de conhecimento para ações automatizadas ou tomadas de decisão do produtor.

Conheça a Mappiá

O Banco do Brasil investe constantemente na evolução do agronegócio. Por isso que, em 2020, desenvolveu um projeto piloto para monitoramento de áreas cultivadas a partir da análise de imagens de satélites públicos: a Mappiá

A ferramenta foi criada com o objetivo de oferecer novos serviços aos clientes e ampliar a utilização de soluções digitais por meio do uso de IA.

A Mappiá está em fase de testes, com monitoramento remoto das lavouras de soja financiadas pelo BB, atualmente nos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins, além do Distrito Federal.

Sustentabilidade no agronegócio

Sustentabilidade e tecnologia aliadas ao agronegócio podem permitir que se utilize os recursos do planeta sem prejudicar o equilíbrio natural.

Um exemplo disso são os monitoramentos via satélite, o processamento de dados por IA e a agricultura de baixo carbono (ABC), que visa a redução das emissões de GEE (gases do efeito estufa).

É esse envolvimento com a tecnologia que permite monitorar estágios de recuperação de pastagens degradadas e realizar algumas ações importantes para a conservação dos solos, como a fixação biológica de nitrogênio e o manejo integrado de pragas e doenças, tudo isso visando a sustentabilidade do agro.

Crédito para fomentar o agro

Toda essa tecnologia no agronegócio é promissora, mas requer investimentos que demandam uma linha de crédito com condições favoráveis para o gestor do campo.

Por isso, o Banco do Brasil tem linhas de crédito específicas para os produtores rurais que desejam investir em seu agronegócio e aumentar a sua produção agropecuária.

Também é importante mencionar a linha Agro Energia, pensada para empreendedores rurais que desejam usufruir de energias renováveis, a exemplo dos painéis solares.

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