Quem tem conta no sistema bancário há alguns anos já deve ter feito uma ou mais transferências por meio do Documento de Ordem de Crédito, sigla popularizada como DOC.
Assim como a irmã mais nova, a Transferência Eletrônica Disponível (TED), o DOC foi perdendo espaço desde a chegada do Pix, no fim de 2020. Com a evolução contínua do sistema financeiro, o serviço será descontinuado, e o encerramento dessa história já tem data marcada.
Mas o que acontecerá? Quais opções ficarão disponíveis? O Blog BB organizou as principais informações para você ficar bem informado. Confira!
Até quando é possível utilizar o DOC?
A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) definiu os seguintes prazos para a adequação de todas as instituições financeiras: os DOCs poderão ser disponibilizados a Pessoas Físicas ou Jurídicas até as 22 horas de 15 de janeiro de 2024. As operações poderão ser agendadas até 29 de fevereiro de 2024. A partir dessa data, o sistema de processamento e recebimento do DOC será fechado. Ou seja, as transações que estiverem agendadas para depois desse dia serão automaticamente canceladas, sendo necessário realizar um novo agendamento utilizando outro serviço de transferência, como TED ou Pix.
No BB, a emissão do DOC por Pessoa Física já foi encerrada em 15 de outubro de 2023. Já em relação à Pessoa Jurídica, o serviço será encerrado no prazo limite da Febraban: em 15 de janeiro de 2024. Para ambos os públicos, as transações que estiverem agendadas até 29 de fevereiro de 2024 serão efetivadas normalmente caso o cliente possua saldo em conta na data escolhida.
Ainda de acordo com a Febraban, o DOC está saindo de cena em razão da agilidade dada pelo Pix às transações bancárias, fazendo com que pagamentos ocorram de forma instantânea. Nessa modalidade, o recurso é recebido na hora enquanto o DOC exige um dia útil até a conclusão da transferência, além de outras limitações de valor (até R$ 4.999,99) e horário (até as 22h em dias úteis).
Dados da Federação também apontam que, em 2022, 59 milhões de transferências em DOC foram realizadas, totalizando R$ 57,7 bilhões transacionados. Já o Pix registrou 24 bilhões de operações, movimentando impressionantes R$ 40,7 trilhões — o equivalente a mais de quatro vezes o PIB brasileiro no mesmo período. A estimativa é que o Pix atinja novos recordes ao fim de 2023.
O que acontecerá após o fim do DOC?
A finalização do DOC deve ser entendida como mais um capítulo da constante evolução dos meios de pagamento, especialmente com a ascensão de novas tecnologias e sistemas criados para facilitar e agilizar a vida de todo mundo.
As limitações do DOC citadas acima, por exemplo, pesam na hora de escolher o tipo de transferência. Além disso, é uma operação mais custosa tanto às instituições financeiras quanto ao cliente.
Então, na prática, essa operação chegará ao fim. Mas você pode contar com opções mais funcionais de transferência no seu dia a dia, como o Pix.
Quais são as funcionalidades do Pix?
Como você já sabe, o Pix foi criado para facilitar pagamentos e transferências. Mas essa operação vai além. Veja as principais funcionalidades a seguir.
– Pagamentos por QR Code: além da chave, QR Codes podem ser utilizados.
– Pagamentos de contas e boletos: diversos pagamentos, como contas de luz e Guias de Recolhimento da União (GRU), podem ser realizados pela ferramenta.
– Pix Cobrança: essa alternativa ao boleto permite pagamentos com vencimentos futuros.
– Pix Saque: o usuário pode realizar um saque em um estabelecimento comercial cadastrado, sem precisar comprar produtos. Ao receber o Pix, o comerciante entrega o dinheiro ao cliente.
– Pix Troco: tem funcionamento semelhante ao Pix Saque. A diferença é que, ao comprar um produto, o usuário transfere um valor maior do que o devido e recebe a diferença em espécie.
Como utilizar o Pix com segurança
O Pix é realizado dentro de um sistema de criptografia de dados do Banco Central e tem uma série de mecanismos avançados que garantem a sua segurança.
O limite Pix de R$ 1 mil entre as 20 e as 6h, de segunda-feira a domingo (para Pessoas Físicas), e o período de 24 a 48 horas para a alteração do limite após a solicitação, por exemplo, são outras medidas estabelecidas pelo Banco Central para agregar mais segurança às transações.
Porém é sempre importante se manter atento e utilizar algumas estratégias para evitar dor de cabeça.
• Cadastre as suas chaves Pix acessando diretamente a página ou o app do seu banco.
• Evite utilizar uma senha única em diferentes tipos de serviço.
• Não divulgue ou publique a sua chave Pix em qualquer lugar.
• Alguém pediu, por mensagem, que você envie um Pix a outra pessoa, pois está passando por uma emergência? Faça uma videochamada e confirme a solicitação.
• Atente-se a contatos telefônicos oferecendo auxílio no cadastramento de chaves Pix.
• Ao receber um pagamento via Pix, confira no seu extrato se a transação foi realmente efetivada.
• Antes de confirmar o envio de uma transação, sempre verifique se os dados do destinatário, apresentados na tela, estão corretos.
• Lembre-se: o Pix é instantâneo e não permite estorno, nem mesmo por erro de digitação!
Mas, se mesmo com todos os cuidados você cair em uma fraude, utilize o Mecanismo Especial de Devolução (MED). Essa ferramenta foi criada pelo Banco Central no intuito de auxiliar possíveis vítimas de golpes com Pix e facilitar o pedido de devolução dos valores em duas situações: na confirmação de uso do Pix para aplicação de golpe e na falha operacional nos sistemas das instituições envolvidas na transação. Clique aqui para saber mais.
Inovações em 2024
Mais inovações estão previstas. Além do fim do DOC, o Banco Central já anunciou várias novidades para que o Pix dê mais conforto aos correntistas.
A principal delas é a criação do Pix Automático, com lançamento previsto para outubro do próximo ano. A ideia é que o cliente possa programar o Pix destinado a pagamentos recorrentes de contas, como as de água, luz, telefone, escola, streaming, sem a necessidade de autorizar cada transação. Seria algo semelhante ao débito automático de hoje.
O Banco Central também já trabalha para o lançamento do Pix offline (sem a necessidade de internet para realizar as transações) e do Pix internacional (pagamentos ou transferências a instituições financeiras no exterior), entre outras inovações.
E, claro, você poderá acompanhar todas as novidades aqui, no Blog BB. É só ficar ligado!
Blog BB Recomenda
Quer mais dicas sobre a utilização do Pix? Então confira os conteúdos selecionados pela curadoria do Blog BB.
A professora Patrícia gravou um vídeo com cinco dicas para não errar na hora de fazer um Pix.
E, se quiser saber mais informações sobre como se proteger de golpes, ouça o episódio Faz um Pix, mas faz com segurança, do podcast sobre segurança digital do Banco do Brasil.
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