O empreendedorismo pode se apresentar de muitas maneiras diferentes, mas uma em especial chama a atenção: quando vem acompanhada do termo materno. Afinal, por que se fala tanto em mães empreendedoras e quais são os fatores que levam a esse movimento? Existe um tipo de negócio intrínseco a essas mulheres ou é algo mais plural e abrangente?

Para ajudar a responder essas perguntas, o Blog BB entrevistou Juliana Furtado, mãe de cinco filhos, assessora em comunicação e negócios digitais do Banco do Brasil, e autora do livro Empreendedorismo materno: uma revolução na nova economia, que será lançado em breve pela Editora Appris. 

Juliana, que já equilibrou a maternidade, o trabalho e um negócio próprio, passou por cinco pós-partos e precisou conciliar esse momento com as outras atribuições da vida, compartilhou as dificuldades e vantagens de gerir um empreendimento depois de se tornar mãe.

Leia a seguir como encontrar o equilíbrio entre tantos papéis e entenda por que ser mãe é um negócio de milhões.

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O que é empreendedorismo materno? 

O Brasil é um país empreendedor. Anualmente, milhares de novas empresas são abertas e, quando uma mulher decide abrir o próprio negócio ao se tornar mãe, o empreendedorismo materno começa. Não ocorre exatamente quando o bebê chega, mas costuma partir da necessidade de unir o trabalho e a possibilidade de estar junto aos filhos.

Segundo o Sebrae, esse é um conceito guarda-chuva que contempla ações e negócios criados por mães que abraçam a maternidade como uma característica fundamental nas suas vidas, usando isso ao seu favor nos negócios. Sendo assim, pode se manifestar de várias formas, desde a criação de pequenas empresas em casa até o lançamento de startups inovadoras. 

Foto: Rodrigo Sampaio

No livro Empreendedorismo Materno: uma revolução na nova economia, Juliana Furtado pontua que “as mulheres encontraram alternativas para que seja possível trabalhar sem abrir mão de estar com os filhos, com liberdade de tempo e com liberdade geográfica”.

Ela também compartilha a sua própria experiência. “Quando eu comecei a estudar sobre empreendedorismo materno, achei muito conteúdo sobre empreendedorismo feminino de maneira geral, mas achei pouca coisa sobre empreendedorismo materno”. Explica, ainda, que há uma diferença importante: o empreendedorismo feminino também engloba as mães, “mas o empreendedorismo materno tem as suas peculiaridades, porque é preciso conciliar a rotina de mãe com a rotina de negócio”.

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Conheça os prós do empreendedorismo materno 

Se comparadas a outras mulheres, as motivações que levam uma mãe a abrir o próprio negócio são bastante semelhantes. E as vantagens também! É por isso que, ano após ano, muitas mulheres decidem deixar o trabalho convencional para empreender.

De acordo com a pesquisa GEM 2022, em números absolutos, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial dos países com a população que mais deseja empreender, ficando abaixo somente da Índia, com 115 milhões de empreendedores em potencial. Ou seja, o nosso país tem essa veia para o negócio, e as mães empreendedoras não ficam atrás.

Segundo Juliana, “a maioria das mulheres acredita que, quando trabalham por conta própria, elas têm mais flexibilidade de horário e maior oportunidade de acompanhar os filhos”. De fato, essa é uma das vantagens mais atrativas, mas também há outras, como as seguintes:

Desfrutar de maior flexibilidade de horário

Uma pesquisa da ONU Mulheres definiu que a liberdade para poder gerir o seu tempo e ter mais flexibilidade de horário é a maior motivação para iniciar um negócio, e 32% das mães mantêm esse ponto como foco. “Mas isso não significa que ela tenha mais tempo livre”, lembra Juliana, “porque ela precisa se organizar dentro do horário que teria com um trabalho fixo. A diferença é que você passa a ter mais autonomia sobre a sua gestão de tempo e as decisões de negócio”.

Ter mais tempo com a família

Também de acordo com a ONU Mulheres, ter mais tempo com a família é uma motivação para 41% das mães que participaram da pesquisa. Juliana ainda ressalta: “algumas mulheres querem ficar mais perto dos filhos. Elas querem ficar no papel de cuidadoras mesmo. E não é só querer, às vezes é uma necessidade. Ela não tem uma babá, uma rede de apoio, não tem quem dê suporte, então ela acaba buscando isso”.

Trabalhar com o que gosta

Muitas mulheres decidem empreender pois, para além da necessidade, querem trabalhar com aquilo que gostam. “Elas querem aliar a questão da satisfação pessoal à realização profissional”, comenta Juliana.  

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Quais os desafios do empreendedorismo materno? 

Muitas vezes, a mãe empreendedora descobre que os mesmos motivos para investir no próprio negócio também podem ser verdadeiros desafios, como conciliar o tempo dedicado ao trabalho e à capacitação, e acompanhar as tendências do mercado no intuito de se manter constantemente atualizada, por exemplo.

De acordo com Juliana, “você tem que ter um jogo de cintura para cuidar da família, dos filhos, às vezes dos pais… E tem a questão do próprio tempo. Ele é o que motiva, mas ele é o desafio também”.

Dentre tantos obstáculos, alguns valem ser listados. 

• Lidar com a necessidade de se organizar mais e gerenciar o próprio tempo. 

• Ter traquejo para cuidar dos filhos, da família e da casa. 

• Cuidar da gestão financeira e saber separar o próprio dinheiro da renda do negócio. 

• Não conseguir, muitas vezes, realizar uma boa administração. 

• Enfrentar o obstáculo da sobrecarga, com a jornada múltipla.

Quais são os negócios para mulheres empreendedoras? 

Com o passar dos anos, ficou claro que lugar de mulher é onde ela quiser estar. Os sonhos e desejos a serem alcançados são ilimitados, mas também é possível se basear em fatos para conhecer melhor o mercado. 

Segundo uma pesquisa do Sebrae, a atividade mais exercida por mulheres empreendedoras é no setor de serviços, representando 50% do total, seguido de comércio, com 27%. 

Fonte: ONU Mulheres

Apesar de apenas 1% das mulheres empreenderem na área da construção, empresas como a startup Ela Faz, da maranhense Lívia Viana, podem trazer inspiração. O negócio tem como objetivo capacitar mulheres para atuar na construção civil e intermediar a contratação de mão de obra feminina.

Empreendimentos como o Ela Faz mostram que, sim, a mulher pode empreender em qualquer área. Nesse sentido, quanto mais informação e capacitação, melhor. E é claro que toda ajuda é sempre bem-vinda.

Dessa forma, o Banco do Brasil criou a plataforma Mulheres no Topo, um espaço que fornece as ferramentas necessárias para que as mulheres e mães empreendedoras possam crescer e alcançar ainda mais sucesso nos seus negócios. Lá você encontra soluções para ter capital de giro e financiamentos, conteúdos sobre investimentos e ofertas imperdíveis.  

Confira as vantagens e os benefícios exclusivos para mulheres em bb.com.br/mulheresnotopo. E caso ainda esteja pensando se deve ou não empreender, confira as nossas dicas para começar um negócio.

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Gostou de conhecer mais sobre empreendedorismo materno? Aproveite para compartilhar esse conteúdo com outras mulheres que fazem parte da sua vida!

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