Em 2024 eu quero...

Pablo Marcelo, Assessor Pessoa Jurídica da Superintendência PJ I do BB em São Paulo, formado em Filosofia pela Unicamp, autor do livro “Diário do Fretado“e peregrino nas horas vagas – com algumas caminhadas de longa distâncias pra contar história, além de podcaster. Casado com a Danielle e pai da Liz Regina e da Nina Olívia.

Nada como uma virada de ano para retomar as tão promissoras listinhas de resoluções para os próximos 365 dias. Além da audaciosa perda de peso, sempre tem o correr uma maratona, o plantar uma árvore, o aprender um novo idioma e a viagem pra Disney. Um pouco exageradas? Quase sempre. Impossíveis? Nunca. Viáveis? Com certeza. E você, já fez a sua?

Tim Ferris, autor do livro “Trabalhe quatro horas por semana”, sugere algo diferente: não uma lista para o ano novo, mas uma lista para o ano “velho”. Sim, pro ano que está acabando. O que foi bom e o que não foi bom. Desta lista separe 20% do que foi mais legal – e do que foi ruim também – e tente reviver essas coisas boas novamente no ano que se inicia. Quanto ao que não foi tão bom assim, coloque essa listinha na porta da sua geladeira, dê aquela passada de olhos todos os dias e tente evitá-las ao máximo. Sugestivo.

Mas, entre os três pulinhos na praia na noite do réveillon, seu pedido à estrela cadente e a lista de ano velho do Tim Ferris, nada nos impede de fazer a nossa listinha do que queremos pra 2024. E como diria meu sábio avô Ezequias: “Vá com calma”. Nada de excessos. Podemos e devemos ser realistas. O que é mais factível: correr uma maratona ou uma caminhada de 30 minutos todos os dias? E você sabe o que é. Dica: ter alguém pra encarar um desafio contigo já é um bom começo.

A lista é infindável: fazer uma tatuagem, aprender francês, entrar num curso de chocolatier, ler 36 livros no ano, ser um influencer e juntar seu primeiro milhão de reais. O céu é o limite. Então, pra que ninguém se frustre daqui um ano, vá aos poucos, estabeleça prazos, que seja algo prazeroso e se permita recomeçar, caso necessário. O importante é o começar.

E vamos e venhamos, cada dia é um dia novinho pro seu primeiro passo. Pra comprar um livro, pra escolher a tal primeira tatuagem, pra saber quais são os cursos de chocolates na sua cidade, pra gravar seu primeiro vídeo no YouTube, pra fazer uma aula teste de francês e pra começar a investir um pouquinho. Sim, pode dar certo. Comece.

E lá em dezembro de 2024 você vai poder olhar pra trás, de forma bem tranquila, e talvez chegar à conclusão que sua praia é fazer podcasts, não vídeos; que o italiano fluiu melhor do que o francês; que o curso de paneteria foi bem melhor do que o de chocolate; e que a sua tatuagem fez um sucesso danado. Ah… e seus investimentos renderam o suficiente pra ajudar na sua próxima viagem. Pra Disney? Quem sabe. Vai lá, comece.