Você já parou para pensar sobre a conexão entre criatividade e empreendedorismo? Juntos, esses dois conceitos formam uma tendência de negócio chamada economia criativa, que é capaz de impulsionar não apenas o desenvolvimento econômico, mas também promover transformações sociais significativas na sociedade.
No Brasil, a economia criativa é responsável por empregar 7,4 milhões de trabalhadores. E esse número pode subir para 8,4 milhões até 2030, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD contínua) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Venha com o Blog BB saber mais sobre economia criativa, descobrir seis ideias de negócios criativos e conhecer a Lella Malta, escritora, empreendedora social e produtora cultural que, por meio da economia criativa, tem ajudado outras mulheres a chegarem ao topo.
O que é economia criativa?
Economia criativa é um modelo de negócio que se concentra em criar, fabricar e distribuir produtos ou serviços inovadores e criativos. E, mais do que aquecer o mercado ou criar vagas de emprego em todo o país, as atividades do setor também promovem o desenvolvimento econômico, social e cultural da sociedade.
Diferentemente de outros setores econômicos mais tradicionais, a economia criativa não se limita à produção de bens materiais. Ela também inclui serviços e conteúdos intangíveis, como a produção de conteúdos digitais e espetáculos culturais, por exemplo.

Lella Malta, escritora e empreendedora da economia criativa, fala sobre como as duas coisas estão relacionadas. “A minha jornada como empreendedora começou como escritora, porque ser escritora independente no Brasil significa empreender. A gente não só escreve um livro, a gente precisa encontrar alguém para revisar, entender o que é diagramação, como vamos fazer a nossa capa, ver o papel que queremos para o nosso livro, qual gráfica vai imprimir. E depois, com aquele livro na mão, a gente precisa vender. Ou seja, ele é um produto”.
Além de escrever os próprios livros, Lella também impulsiona outras mulheres que fazem parte do mercado editorial do país com os projetos Escreva, Garota e Elas Publicam.
“O Escreva, Garota é um grupo de apoio de engajamento e de capacitação continuada para mulheres que escrevem e conta com 200 mulheres em cinco países. Nós não só oferecemos capacitação online para elas na área da escrita, mas também em todas as etapas da cadeia produtiva de um livro. Nós também as levamos para os grandes eventos literários do Brasil como a FLIP, a Bienal de São Paulo e a Bienal do Rio de Janeiro, oportunizando espaços para essas autoras que são, em sua maioria, independentes”.
Já o Elas Publicam é um encontro de mulheres do mercado editorial, que viaja por todo o país. “Esse evento não é dedicado somente para escritoras, mas para todas as mulheres que participam ativamente dentro dessa cadeia produtiva e que empreendem dentro do mercado editorial, seja essa mulher capista, diagramadora, editora, revisora ou influenciadora literária”.

Quais são as áreas prioritárias da economia criativa?
A área editorial, como a de Lella, é apenas uma das possibilidades dentro do mundo da economia criativa. Segundo classificação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a criatividade e a cultura são determinantes para a definição de um negócio na economia criativa. Justamente por isso, as indústrias criativas têm o capital intelectual como principal insumo e podem estar presentes em áreas como:
• artes visuais e cênicas: artesanato, fotografia, pintura, escultura, produção de peças teatrais, atuação, direção
• design: design gráfico, UX, UI, design de interiores, design de produto, design thinking;
• música: produção musical, produção de shows, performance;
• publicidade: produção de eventos, gestão de eventos, criação de campanhas, direção de arte, pesquisa de mercado;
• cinema: produção de vídeos, criação de roteiros, animação, edição de vídeo e áudio, distribuição
• mídia: escrita criativa, produção de conteúdo digital, edição de livros;
• moda: design de roupas, calçados e acessórios, produção têxtil;
• jogos digitais: design e produção de jogos, desenvolvimento de aplicativos, desenvolvimento de softwares;
• turismo: criação de roteiros criativos, históricos e literários, criação de experiências locais.
Esses são apenas alguns exemplos de atuação dentro da economia criativa, que continua a se expandir à medida que novas formas de expressão, tecnologia e inovação vão surgindo. Segundo Lella, a chegada da inteligência artificial também é exemplo de como esse cenário continua evoluindo.
“Hoje dentro da economia criativa como um todo, nós temos muitas oportunidades relacionadas à inovação e à tecnologia. É importante pensar na inteligência artificial e em como isso vai mudar o mercado editorial. Não só na parte da escrita, mas da tradução, da revisão, das ilustrações, no aumento da demanda de livros digitais, no crescimento dos audiolivros, tudo isso é interessante para refletir e levar em consideração”.

Qual é a importância da economia criativa?
Ao identificar o potencial econômico da economia criativa na geração de emprego e renda, fica mais fácil entender o seu papel significativo em outras áreas da sociedade. “Quando fazemos algo que tem impacto social, quando a gente ajuda a mudar as coisas, nem que seja no nosso mundinho, a gente ganha muito mais gás para continuar empreendendo”, ressalta Lella.
Com a criatividade na linha de frente desse modelo de negócio, ela não apenas impulsiona a inovação em outros setores, oferecendo novas abordagens e soluções para desafios sociais, mas também desempenha um papel central na promoção da inclusão social, da diversidade e da equidade, permitindo que pessoas de diferentes origens culturais, sociais e econômicas contribuam para a cena cultural de suas comunidades.
Como explorar o potencial da economia criativa e aplicar os seus conceitos?
Quais são as suas habilidades criativas? Gosta de escrever, tem facilidade com algum instrumento ou atividades manuais? Tem alguma paixão pouco explorada? Essas perguntas podem ajudar você a explorar o seu lado criativo. Cursos online, workshops e eventos também podem facilitar o caminho para descobrir novas habilidades.
Lella também oferece um conselho importante: “A minha dica é perseverar sempre e se capacitar. Tentar criar e participar de redes de apoio entre mulheres. Sempre pensar em um crescimento sustentável, não perder o propósito e não perder o seu norte. Se manter sempre atualizada das novas práticas do mercado, inovações e novas tendências”.

Conheça seis ideias de negócios criativos
Que tal se inspirar em algumas sugestões de negócios criativos para começar a empreender o quanto antes? Confira as ideias a seguir.
1 – Artesanato
Se você possui habilidades manuais, que tal produzir e comercializar artesanato? Decorações para casa, brinquedos infantis feitos de tecidos, acessórios para carro ou casa e até mesmo itens de vestuário. Pesquise também a possibilidade de produzir suas peças com materiais sustentáveis, valorizando a qualidade e o impacto ambiental positivo.
2 – Produção de conteúdo
Tem familiaridade com a internet, redes sociais e escrita? Você pode criar conteúdos, imagens e vídeos para clientes e empresas que desejam aumentar tanto sua presença online quanto o engajamento. Comece com pequenas empresas perto da sua casa e faça parcerias para incentivar o comércio local. Dessa forma, todos saem ganhando.
3 – Design criativo
Gosta de designer e tem habilidades com ferramentas digitais? Você pode oferecer serviços de consultoria para empresas que desejam melhorar a experiência do usuário, conhecida também como UX, em seus produtos digitais, por exemplo. É a experiência do usuário, que ajuda empresas a desenvolverem produtos mais intuitivos e eficazes para seus clientes.
4 – Coworking
Se a sua experiência vem de atividades operacionais, que tal criar um espaço criativo coletivo para mulheres onde elas possam compartilhar recursos, colaborar em projetos e realizar eventos? Ambientes coletivos de colaboração têm o poder de estimular a inovação e promover networking entre os usuários.
5 – Plataforma de ensino online
Já domina um assunto ou uma atividade? Aproveite a internet para disseminar seu conhecimento. Você pode criar cursos online, produzir tutoriais em vídeo, escrever e-books, produzir podcasts, abrir uma conta específica para o seu nicho de atuação nas redes sociais, e muito mais.
6 – Turismo cultural personalizado
Se você mora em uma cidade com potencial turístico, analise a possibilidade de oferecer serviços de turismo adaptados às preferências e aos interesses de cada cliente. Esses serviços podem vir em forma de roteiros personalizados, visitas guiadas, experiências gastronômicas que fogem do lugar comum, atividades culturais com artistas locais, entre outros.

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Comentários:
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Luiza Pupe:
10/04/2024 08:17
Parabéns, pelo projeto!!
Estou vibrando!!! Você é maravilhosa, Lella, muito orgulho e admiração. SUCESSO!