Conteúdo atualizado em 11 de janeiro de 2024

Quando observamos os ciclos naturais, percebemos uma lógica circular na geração e no uso e reuso de recursos. Uma árvore, por exemplo, brota da semente, retira forças do solo e da energia solar e gera frutos, que retornam para a terra e dão origem a novas árvores.

É justamente dessa dinâmica que vem a inspiração para a economia circular

O conceito associa desenvolvimento econômico e uso otimizado de recursos naturais, por meio de novos modelos e processos, dando preferência a insumos duráveis, recicláveis e renováveis. 

Trata-se, dessa maneira, de um modelo que se relaciona com a tomada de consciência ecológica e com a urgência de se pensar a sustentabilidade.

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Antes de mais nada: o que é economia linear?

Para podermos explicar a economia circular, precisamos, primeiro, definir seu oposto: a economia linear. 

Na economia linear, toda a cadeia produtiva é baseada na extração contínua e crescente de recursos naturais. Estes são utilizados para a confecção de produtos que serão utilizados durante a sua vida útil até o seu descarte como resíduo.

Por exemplo: o celular no qual você provavelmente está lendo este texto. 

O aparelho possui elementos originários da extração de minérios de cobre e alumínio. Mas, quando ele é descartado, qual o destino desses metais? 

Seria bom se todos esse material fosse reutilizado, não é verdade? Mas, infelizmente, esse não é o padrão atual dentro do contexto da economia linear. 

Apesar da maior consciência, em décadas recentes, sobre relações sustentáveis de produção e consumo, o mundo ainda se encontra em desequilíbrio nesse ponto.

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E o que é economia circular? 

Economia circular é um conceito que surgiu na década de 1970, e ganhou tração na década de 1990, propondo uma mudança na forma como os recursos naturais são geridos. 

De acordo com a Ellen MacArthur Foundation, fundação britânica que promove os princípios desse novo modelo socioeconômico, a economia circular pode ser definida como uma estrutura de sistemas que abordam desafios globais, como mudanças climáticas, perda de biodiversidade, resíduos e poluição.

Essa visão torna-se ainda mais importante em um contexto em que o consumo de bens, como telefones celulares, roupas, brinquedos e outros produtos, cresce continuamente, muitas vezes, estimulado pela chamada obsolescência programada.

Na prática, de forma resumida, a obsolescência programada pode ser definida como um recurso, dentro de um modelo de negócios de diversos fabricantes. A ideia é criar produtos, com estratégias de atualização, que implicam na redução da vida útil deles. Dessa maneira, os consumidores são incentivados a adquirir uma nova versão de um objeto que poderia durar muitos anos mais.

É verdade que a venda contínua de novos produtos ajuda a manter a economia aquecida, gerando renda e emprego, mas é preciso ter em mente que esse consumo acelerado traz grandes impactos ao meio-ambiente. 

Dessa maneira, é crescente a importância da implementação de princípios da economia circular.

Ao lançar mão de energias renováveis e focando na durabilidade e no uso inteligente de produtos, a economia circular objetiva o desenvolvimento sustentável, a fim de gerir de forma mais eficiente esses recursos finitos. 

Para isso, estimula a reutilização e a reciclagem de materiais sempre que possível, de modo a contribuir no combate dos efeitos das mudanças climáticas. Alguns benefícios desse processo são:

  • economia de energia e matérias-primas;
  • diminuição da poluição do ar, da água e do solo, tornando as cidades mais limpas;
  • geração de renda pela comercialização dos recicláveis;
  • transformação dos cidadãos em agentes da preservação, com a aquisição do hábito de separar seu próprio lixo.
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Desafios e oportunidades da economia circular  

Vamos pensar, novamente, no exemplo do seu aparelho celular. Se ele fosse manufaturado dentro da lógica da economia circular, os materiais seriam  aproveitados em cadeia de forma cíclica. 

Os metais poderiam ganhar nova vida no corpo de uma bicicleta, e os plásticos poderiam ser reciclados e virar potes para plantas. 

A adoção massificada dos princípios da economia circular representam uma solução para os recentes efeitos da escassez de matérias-primas, notada recentemente, por exemplo, na indústria automobilística.

Devido à falta de componentes eletrônicos, carros novos demoram mais tempo e custam mais para serem montados. Esse é um dos fatores que contribuíram para a escalada recente no preço desses veículos e, consequentemente, dos usados, que passaram a ser uma alternativa interessante contra a baixa oferta e os preços aquecidos dos zero quilômetro. 

A crescente escassez de algumas matérias-primas é uma das principais forças que levam o planeta na direção da adoção dos princípios da economia circular. É isso o que afirma o relatório Economia Circular: oportunidades e desafios, publicado em 2018 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com o estudo, o primeiro desafio para a transição em direção a esse novo padrão mais sustentável está na mudança de mentalidade. 

Sim, isso mesmo, mentalidade. 

Enquanto indivíduos, organizações e tomadores de decisão continuarem a olhar para o futuro com as lentes do modelo de economia linear, não será possível fazer essa transição. 

No modo de operação atual, o foco está em extrair, explorar, produzir e descartar. A ética de trabalho pauta-se pela competição, enquanto a visão dos consumidores é de baixa consciência sobre os impactos do seu modo de vida para o planeta . 

Já na economia circular, a ética de trabalho é voltada para a cooperação entre diferentes agentes. 

Nesse modelo, mais limpo e mais ecológico, as pessoas já não são apenas consumidores passivos, mas usuários do sistema socioeconômico, dispostos a contribuir para a sua sustentabilidade. 

Entretanto, é claro que essa mudança não ocorre de um dia para o outro. 

Para tornar-se realidade, é preciso que haja vontade de inovar. E também é fundamental que sejam construídas as condições para isso, por meio de leis de incentivo, pesquisas acadêmicas, investimentos e novos produtos e serviços.

Com essa mudança de paradigma, poderão ser criadas diversas oportunidades, inclusive de investimento, nesse mercado em crescimento. 

As organizações engajadas no desenvolvimento sustentável têm tudo para expandir. É o caso das empresas ASG (Ambiental, Social e Governança), por princípio, comprometidas com uma demanda social, passando pela adoção de práticas sustentáveis.

Os fundos baseados nos pilares da ASG são, hoje, referência no mercado de investimentos e ações. E o atual contexto acelerou ainda mais a procura de grandes investidores institucionais por participações nessas empresas, que podem contribuir para o desenvolvimento da economia circular. 

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O BB e a sustentabilidade

O BB está sempre interessado em sustentabilidade e em inovação. E incentiva seus clientes a tomar atitudes diárias nesse sentido.

Não à toa, o Banco do Brasil foi reconhecido como o banco mais sustentável do mundo pela quarta vez, no ranking das 100 Corporações Mais Sustentáveis do Mundo 2023 – Global 100, da Corporate Knights. 

O BB mantém posição de liderança entre os bancos desde 2021 e é a única empresa brasileira premiada na lista de 2023, ficando na 15ª posição do ranking geral. Na última década, o BB apareceu em sete edições e liderou a relação de bancos sustentáveis em outras três oportunidades (2019, 2021 e 2022). 

O Banco do Brasil também acredita que é possível conciliar a competitividade empresarial com negócios social e ambientalmente sustentáveis. Por isso, o Banco revisou seus compromissos de longo prazo em sustentabilidade, que foram estabelecidos em 2021, e lançou a Agenda 30 BB – o Plano de Sustentabilidade do Banco do Brasil, para o triênio 2023-2025.

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Os 12 compromissos a serem alcançados até 2030, estão alinhados às prioridades globais como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e Acordo de Paris, como o aumento do crédito sustentável, investimentos em energias renováveis, agricultura de baixo carbono e reflorestamento, por exemplo. Confira todos os detalhes em www.bb.com.br/sustentabilidade.

E se você também quiser construir um futuro mais sustentável, lembre-se que algumas ações, como adotar um cartão virtual, optar por não imprimir o extrato bancário, e sim visualizá-lo no app do BB e tornar a fatura virtual, fazem, sim, a diferença e contribuem para um mundo mais ecológico. 

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