“Nossa! Você não sai das redes sociais, hein!”. Quem nunca? Hoje, o que mais tem por aí é gente escutando isso. Todos os dias. Assim, fica fácil entender como foi que empresas e empreendedores passaram a enxergar o enorme potencial das redes para impulsionar ou mesmo começar seus negócios. 

Não faltam estudos e análises que apontam a necessidade de uma estratégia para marcar presença nas redes sociais. No universo da eterna disputa pelas mentes e corações das pessoas, agora também vivem likes, emojis, engajamentos, compartilhamentos e comentários. Estar desconectado pode significar perder negócios.

E isso não se restringe às grandes marcas. Microempreendedores, empresas de pequeno e médio portes, projetos colaborativos, artistas, organizações da sociedade civil, todos se encontram, se comunicam e se promovem nas redes.

Manda um zap

Aplicativo multiplataforma de troca de mensagens instantâneas em texto e áudio e, também, de chamadas em vídeo e voz. Conhece? É o WhatsApp. Este é o nome oficial dele, mas pode chamar de Zap ou até de ZapZap, que, aqui no Brasil, ele também atende. Tá tudo certo.

Inclusive, uma curiosidade: se o seu smartphone tiver alguma funcionalidade para informar o tempo de permanência em cada aplicativo, é bem provável que o seu Zap esteja ali no topo da lista. Mas por quê? 

Isso porque ele é usado constantemente, tanto para fins pessoais, como profissionais. O app, inclusive, se tornou tão essencial no mundo dos negócios que ganhou uma versão direcionada às empresas, para comunicação direta da marca com o usuário, o WhatsApp Business.

Em 2017, cerca de 120 milhões de brasileiros tinham o WhatsApp baixado em seus celulares. É mais da metade da população brasileira. Em todo o mundo, são mais de dois bilhões de usuários, conforme dados da própria empresa.

Agilidade

No ano passado, com as medidas de isolamento social e o crescimento das compras online, muitos negócios começaram a usar o app como forma de agilizar o atendimento. 

Em agosto, de acordo com uma pesquisa da consultoria Accenture, 83% dos consumidores brasileiros compravam produtos e serviços pelo WhatsApp. No Banco do Brasil, por exemplo, foram mais de 70 milhões de transações pelo aplicativo.

Aliás, se você é cliente BB, dá pra ter essa experiência sobre como uma empresa ou marca faz negócios pelo WhatsApp agora mesmo. É só mandar um “oi” pra gente aqui. Ah, e não é maneira de falar. Pode começar a conversa lá com um “oi” mesmo pra descobrir todas as transações que já estão disponíveis pra você – de mandar um Pix até renegociar uma dívida.

Vale ressaltar que o WhatsApp também tem concorrentes. Entre eles, o mais expressivo é o Telegram que, hoje, possui mais de 500 milhões de contas ativas pelo mundo e segue na briga para conquistar mais espaço com pessoas e marcas.

Do que falar, como falar e com quem falar

O empreendedor que está acessando as redes de maneira comercial deve se perguntar, sempre, o que poderia tornar seu negócio relevante no ambiente on-line.

Na prática, significa dizer que não basta estar presente. Para ter bons resultados, é preciso ter uma estratégia para ganhar relevância. E ganhar relevância por lá é atrair e reter seguidores. Aliás, isso não é só papo de influenciador digital.

Sua empresa, ou sua marca, precisa conversar com o público certo. Quem é ele? Como chegar a ele? Para responder a essas perguntas, você tem que conhecer as características do seu produto e do seu público. Já sabe? Tem certeza? Hora de partir pra prática, sempre de olho na trindade do que falar, como falar e com quem falar”.

E na prática?

A publicitária Diany Novelly trabalhava em agências de propaganda e moda até que, em 2015, resolveu que era o momento de empreender e investir no próprio sonho. Surgiu a Creative Atelier Handmade ou, apenas, CAH

Com um investimento inicial de mil reais, a empresa começou voltada para produtos lúdicos e manuais, vendendo ursinhos de tecido e câmeras de madeira. Segundo informou, seu público era basicamente da Região Sudoeste.

Arquivo pessoal – CAH

Diany diz que no digital as fotos são a vitrine do negócio. Como sempre foi ela mesma quem tomava conta da composição, da produção, de fazer as fotos e do tratamento das imagens, não apenas desenvolveu essa habilidade, como também tirou daí uma nova ideia: cursos online de fotografia para empreendedores.

Hoje, o CAH empresa gera seu próprio sustento e suas fotos ficaram mais conhecidas que os próprios produtos. Além disso, o curso já ajudou vários outros empreendedores a alavancar seus negócios com fotografias feitas apenas pelo smartphone, como mostram os depoimentos na página do atelier.

O sucesso foi tanto que Diany foi chamada pelo Elo7, maior marketplace de produtos criativos do Brasil, para ser a responsável pela criação de conteúdo para o perfil do Instagram da marca voltado para seus lojistas.

Finalmente, hoje a “empresa on” da Diany alcança o Brasil inteiro e conta até com estrangeiros entre os mais de 6 mil seguidores no Instagram. O Creative Atelier Handmade ainda possui perfis no Facebook e no Pinterest, além de atender pelo WhatsApp Business. Mais on, impossível.

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