Conteúdo atualizado em 04 abr. 2022

Calculadora na mão. O salário cai na conta, e você começa um malabarismo no orçamento para os gastos não superarem a renda. E torce para que naquele mês não ocorra um imprevisto. Que tal viver com menos emoção?

Se você não tem dívidas, sua situação financeira já está melhor que a de muitos brasileiros, é verdade. Mas esse equilíbrio basta? Ou você está disposto a dar o próximo passo e começar a poupar?

Reserva financeira

O grande desafio dos financeiramente equilibrados é construir uma reserva de dinheiro.

Seja para emergências e imprevistos, seja para realizar aquele sonho, como viajar pro exterior, trocar de carro, comprar um imóvel ou garantir um futuro mais tranquilo.

Mas, para isso acontecer, é preciso mudar a sua relação com o dinheiro.

É importante deixar claro que educação financeira é para todos.

Diferentemente do que alguns pensam, não tem a ver com ser pão duro. Pelo contrário! Tem a ver com organização orçamentária, para alcançarmos, desse modo, a independência nas finanças.

Chegar a essa independência é uma construção que passa por uma mudança comportamental.

É importante dar um passo de cada vez: quitar as dívidas, fazer uma reserva de emergência e depois investir.

Outro texto do blog do BB, Reserva de emergência: veja como criar a sua, explica como fazer essa reserva, considerada um investimento prioritário, pois ajuda a enfrentar crises e gastos inesperados.

E para uma imersão completa sobre reserva de emergência, vale a pena dar uma olhada no episódio Grana para emergências, da série Deseconomês, do BB, no YouTube.

Como virar um poupador?

Para se tornar um poupador, serão necessários ajustes no orçamento e a assimilação da ideia de que é importante mudar o pensamento de “ganhar versus gastar versus poupar o que restou” para “ganhar versus poupar versus gastar o que restou”.

Essa mudança de conceito não é fácil. Dados da 4ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela Anbima (​​Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), mostram que apenas 36% dos brasileiros conseguiram poupar no último ano.

Em contrapartida, o impacto da pandemia e o distanciamento social favoreceram a formação de uma poupança involuntária.

Para 56% dos que conseguiram guardar algum dinheiro, a principal razão foi a economia gerada por deixar de ir a festas, viajar, usar o carro etc.

Outros 24% conseguiram poupar ao evitar compras desnecessárias, enquanto 11% guardaram regularmente uma parte do salário.

Quem é mais equilibrado com dinheiro?

É importante colocar essas lições em prática, mas também entender de onde vem esse maior ou menor equilíbrio.

Gênero, idade e estado civil são variáveis com grande influência na relação dos adultos com o dinheiro.

Em sua tese de doutorado “Atitudes, crenças e comportamentos de homens e mulheres em relação ao dinheiro na vida adulta”, a psicóloga e pesquisadora da psicologia do dinheiro Valéria Maria Meirelles confirma a importância da família na aprendizagem financeira.

“Os indivíduos no início da vida adulta e solteiros usam mais o dinheiro consigo mesmos, enquanto os casados e divorciados, com a família. Os homens investem mais, enquanto as mulheres poupam. Além disso, para eles o dinheiro mostrou-se como aspecto mais central na vida, enquanto elas consideram a família”, esclarece Valéria.

Esse comportamento, entretanto, é um pouco distinto quando se observa o endividamento. O fenômeno estaria relacionado a outras variáveis, sendo mais impactado por diferenças de personalidade, principalmente aquelas relacionadas à privacidade e à segurança.

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Dicas para alcançar o equilíbrio financeiro

Entender sua relação com o dinheiro é importante para se organizar financeiramente e compreender o que pode ou não pode fazer. É preciso, entretanto, dar o primeiro passo. O guia simplificado a seguir é um bom começo.

1.    Anote o que ganha e o que gasta

O objetivo é evitar gastar mais do que se pode. Tendo controle financeiro, é possível perceber como as coisas vão ficando mais caras. A dica é fazer anotações semanais, para criar o hábito e, principalmente no começo, para conhecer a sua realidade financeira — afinal, para onde está indo o seu dinheiro?

No App BB, existe a função Minhas Finanças. Lá você pode acompanhar o seu orçamento mensal, de forma fácil e visual. Todos os seus lançamentos da conta corrente e dos cartões de crédito são classificados em grupos de consumo, o que facilita a identificação do destino do seu dinheiro e, também, o gerenciamento da sua vida financeira direto no celular.

2.   Evite os gastos desnecessários

Quando se sabe o quanto ganha e o quanto gasta e no que gasta fica mais fácil identificar o que faz sentido ficar e o que faz sentido cortar no orçamento, se necessário.

3.   Tente quitar as dívidas

Aproveite as oportunidades de renegociação oferecidas por empresas e pelo Governo.

4.   Faça uma reserva de emergência

Não espere conseguir guardar 30% do que ganha para começar a poupar. Economize o quanto puder e faça disso um hábito. Sabia que o BB tem investimentos a partir de R$ 0,01?

5.   Estude antes de investir

É preciso  estudar para entender o mercado financeiro. O bom é que existe muito conteúdo de qualidade à disposição, diversos deles gratuitos. O importante é não aplicar de olhos fechados. 

E, claro, além dos estudos, você também pode contar com os especialistas do BB nessa etapa para iniciar sua vida de investidor. Quer conhecer mais? Que tal maratonar o InvesTalk no Youtube

Além da reserva de emergência já falada, você pode começar a conhecer o mundo dos investimentos de uma forma descomplicada, com o Dicionário do Deseconomês!

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