No calendário, o 26 de julho foi escolhido para celebrar o Dia dos Avós; mas, quem tem ou teve o prazer de curtir essa relação, sabe que todo dia é dia deles. 

Com a voz da experiência e o indiscutível carinho e afeto, eles tornam melhor a vida dos netos, com cuidados e, muitas vezes, um espaço de acolhimento. 

Afinal, quem duvida que casa de vó e vô não é um oásis na infância? 

Para retribuir toda a atenção que eles nos deram, podemos nos esforçar para sermos ponte entre a chamada geração platinada e as novas tecnologias. 

Como nativos digitais, ou usuários frequentes das mídias, podemos ser ótimos professores para os nossos avós, garantindo a inclusão digital, tão essencial na vida contemporânea. 

Saber usar e não ter medo dos recursos tecnológicos significa ter mais opções de entretenimento, serviços facilitados e segurança digital.

Por terem crescido e vivido em um contexto mais analógico, os idosos podem ser vítimas fáceis de golpes digitais. 

Apenas 45% dos brasileiros com mais de 60 anos utilizam a internet. É pouco, mas o número vem aumentando. Entre 2018 e 2019, houve crescimento de 2,9 pontos percentuais de idosos que tinham telefone celular para uso pessoal.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do módulo que se concentra na temática das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). 

Nessa pesquisa, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) observa o acesso à internet e à televisão, bem como  ao telefone celular para uso pessoal. 

Apesar de refletirem a realidade de 2019, essas são as estatísticas mais atuais do Brasil.

O que é educação digital? 

Eles estão mais conectados, mas nem sempre bem preparados para o digital. 

Por terem passado a maior parte da vida sem acesso a tantos recursos tecnológicos, é natural que os idosos tenham menos habilidade para lidar com as TICs. 

Isso não quer dizer, no entanto, que tenham dificuldades para aprender. O que falta é educação digital.

A educação digital é uma forma de atuação educacional para conscientizar e direcionar a utilização responsável dos meios digitais

Apesar de as iniciativas se concentrarem nas escolas, a educação digital não deve atingir apenas os jovens. Ela é importante para os usuários de todas as idades.

Aparelhos mais intuitivos

As tecnologias sempre foram experimentadas, em primeira mão, pelos heavy users, como são chamadas as pessoas que utilizam certo produto ou serviço com muita frequência. 

Esse comportamento abriu caminho para o desenvolvimento da experiência do usuário, que facilitou a vida dos “menos plugados”. 

Ou seja, já que os consumidores estão cada vez mais no ambiente digital, tornou-se natural investir em formas mais simples e agradáveis de “navegar”.

É por isso que os aplicativos estão cada vez mais intuitivos. A ideia é deixar o usuário fazer uso da tecnologia de forma natural, sem medo de estar em um ambiente diferente. 

Aliás, há tempos não distinguimos o real do virtual. Estamos muito conectados. E vamos chegar na fase em que os idosos, em sua totalidade, também estarão. 

Por que precisamos falar da educação digital para idosos?

Pouco mais da metade dos idosos brasileiros não se beneficiam das facilidades que os celulares nos permitem. 

A digitalização da vida contemporânea promoveu a integração na sociedade, facilitou a realização de tarefas cotidianas e, consequentemente, garantiu mais qualidade de vida. 

Essa evolução foi tão natural que mal percebemos quando trocamos as agências bancárias pelos aplicativos de banco.

A pandemia do novo coronavírus acentuou o uso dos canais digitais. Quem tinha resistência ou dificuldade para usar aplicativos, se viu forçado a aprender. 

A 29ª edição da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, divulgada em 2021, revela as tendências da tecnologia bancária no Brasil.

Os dados mais recentes explicam, por exemplo, como o intenso uso da tecnologia no setor bancário se reverte em maior conveniência e segurança para o cliente, tornando-se um importante instrumento de discussões na academia, nos órgãos do governo, na mídia, entre outros.

Avós em processo de compra pela internet
A pandemia do novo coronavírus acentuou o uso dos canais digitais. Foto: Getty

Só em 2020, as transações bancárias cresceram 20%, o maior aumento dos últimos anos. 

O Mobile Banking tornou-se o canal dominante, e, hoje, já é responsável por mais da metade das transações bancárias (52,9%, contra 15,8% do Internet Banking). 

E oito de cada 10 pagamentos de conta são feitos por canais digitais. Parece um novo mundo.

“Em um ano desafiador, os investimentos em tecnologia e o preparo dos profissionais garantiram a evolução dos serviços bancários, em que a inovação e as novas tecnologias impactam positivamente a experiência dos clientes.

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O mobile banking se consolida como o principal meio de relacionamento dos bancos com os consumidores, mas a rede de agências mostra a sua importância nos atendimentos complexos.

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O recém-chegado Pix transforma a jornada do cliente bancário, mas o setor não para, e os bancos se preparam para a revolução do Open Banking”

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Federação Brasileira de Bancos (Febraban)

Como incluir os idosos na era digital?

Você lembra de quando os computadores pessoais se tornaram uma tecnologia mais acessível? 

De repente, nossas casas passaram a ter um cantinho para aqueles desktops imensos. 

Veio a internet discada, a banda larga, a fibra ótica… Fomos crescendo enquanto as tecnologias evoluíam.

Os celulares e tablets popularizaram a conectividade. 

Nesse cenário, como imaginar nossos pais e avós indo ao banco para pagar uma conta? 

São ações que hoje podemos realizar com segurança, em poucos minutos. A poucos toques. 

A pesquisa da Febraban ainda revela que duas em cada três transações do Pix são realizadas por pessoas entre 20 e 39 anos. 

Já os maiores de 60 representam apenas 4% das transações. Há um caminho enorme pela frente, mas a jornada pode ser facilitada com a inclusão e a educação digitais. 

Se cada jovem ensinasse seus avós, já teríamos um grande impacto. 

Educação digital no Dia dos Avós 

Especialista em aplicativos bancários, Raphaela Martinez, de 25 anos, compartilhou em seu Linkedin a experiência de levar o avô para o mundo digital. 

Tudo começou em um almoço de família. José Antônio Martinez, de 88 anos, contou à neta que queria aprender a usar o celular, mas que ninguém conseguia ensinar. 

“Já faz alguns anos que ensinei minhas avós, mas meu avô não queria. E por que decidiu aprender a essa altura da vida? Ele disse que não quer mais ter que ir à agência para ver o extrato da conta, e viu na TV que agora pode fazer isso pelo celular”, escreveu Raphaela na rede social. 

Com papel e lapiseira em mãos, ela desenvolveu seu próprio método de ensino para ajudar o avô a usar o internet banking. Para que ele não precisasse memorizar o que fazer, a neta fez um passo a passo, desenhando tela por tela. 

O Banco do Brasil adorou a ideia, fez contato com a Rapha e deu dicas de outras funcionalidades que o avô pode usar pelo próprio whatsapp.

“Meu avô não tem muita sensibilidade nos dedos, algo comum entre os mais idosos. Quando marquei o BB no meu post fiquei sabendo que, pelo whatsapp do Banco do Brasil, meu avô pode dizer o que precisa por áudio, e o bot (robô) identifica a necessidade”, comemora.  

Aos 88 anos, o senhor José Antônio aprendeu a usar o celular a partir de tutorais desenhados pela neta, Raphaela. Foto: Reprodução

Nas primeiras lições, o avô aprendeu a desbloquear o celular com senha, a fazer uma ligação e a mandar áudio via whatsapp. Ele também já sabe o que são os aplicativos. 

“Ainda teremos muitas aulas pela frente, pois o objetivo final dele é aprender a usar os apps dos bancos.” 

Em seu post, Raphaela ainda marcou o Banco do Brasil, para conseguir realizar o sonho do avô de não precisar ir a uma agência liberar o app. O BB prontamente respondeu a jovem e informou todos os caminhos para ajudá-la na empreitada. 

“Esse é o tipo de ‘experiência do usuário’ que nem a melhor faculdade e nem o melhor trabalho do mundo vão te proporcionar”, afirmou.

O Banco do Brasil interagiu com o post de Raphaela no Linkedin.

Como promover a inclusão digital de idosos no Brasil?

Existem casas de idosos que dedicam algumas horas de atividades, e netos que ensinam avós. 

Tem um pouco de tudo, até projetos de leis e iniciativas governamentais para promover a inclusão digital de idosos.

Um exemplo é o programa “Navegando na Internet na Melhor Idade”, ação social do Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Espírito Santo (PRODEST), que visa promover, gratuitamente, o acesso às facilidades da internet às pessoas da terceira idade.

O objetivo é oferecer melhoria na qualidade de vida das pessoas na terceira idade, integrando-as ao mundo digital e valorizando a cidadania de quem ainda tem muito a aprender e contribuir. 

O programa prioriza a aprendizagem e o acesso gratuito aos serviços e às informações da internet, sob a orientação de profissionais treinados, que ajudam a quebrar as barreiras digitais que existem para muitas pessoas.

Com a orientação de monitores, os participantes navegam na internet, visitam sites e aprendem a usar o e-mail.

Avô e neta
Incluir o idoso em grupos de whatsapp pode promover diversão e união familiar. Foto: Getty

A Morada do Sol Residence Sênior, em São Paulo, também investe em inclusão digital na terceira idade. 

As atividades promovidas por lá, além de proporcionarem a interação com a família, contribuem para a melhoria das funções cognitivas e reduzem as chances de depressão, fortalecendo a socialização do indivíduo.

Eles defendem que a inclusão digital na terceira idade pode exigir algumas adequações, já que, diferentemente dos jovens que crescem com a tecnologia, os mais velhos não tiveram essa experiência e, por isso, a linguagem não é familiar.

O apoio da família é essencial no processo. Incluir o idoso em redes sociais e em grupos de whatsapp, por exemplo, pode promover momentos divertidos e união da família. 

Além disso, é essencial para a estima do familiar mais velho, já que vai estar inserido e atualizado.

Dentre os principais benefícios que a inclusão digital traz para a saúde mental dos idosos, estão o estímulo à atividade cerebral, a preservação e ampliação das funções cognitivas do cérebro, o desenvolvimento da criatividade e o aperfeiçoamento da memória e do raciocínio lógico. 

Sem falar na sensação de se sentirem integrados na sociedade.

O Banco do Brasil também trabalha para tornar a experiência do usuário cada vez mais simplificada em seu aplicativo, site e mesmo no whatsapp.

A ajuda dos netos é bem-vinda, claro, mas o melhor dos mundos será o dia em que pessoas de todas as idades consigam acessar os serviços digitais sem medo, com segurança, naturalmente. 

Que tal aproveitar o Dia dos Avós para simplificar a vida dos seus? Tire um tempinho, sente com eles, mostre tudo que está a poucos cliques, no whatsapp que ele já usa para participar do famoso grupo de família. 

Aproveite que o BB “tá on” para falar sobre o que você precisa. Basta salvar o número (61) 4004-0001 na agenda do celular. O WhatsApp BB tem mais de 20 transações disponíveis. E há outras soluções digitais. Confira!

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