Millenials e GenZ mudaram a forma de encarar o dinheiro e o consumo — esses consumidores já dominam boa parcela do mercado e querem melhores experiências digitais para comprar de empresas engajadas com valores nos quais se identificam. 

Mas o que é cada geração, como elas lidam com as finanças e o que é o termo cringe, que tomou a internet no último mês? É o que você vai descobrir neste artigo. Vem com a gente! 

Para começar: o que são diferenças de gerações?

“Ah, na minha época as coisas eram diferentes”. Essa é uma frase muito usada por algumas pessoas para desdenhar de hábitos e comportamentos de quem nasceu num período diferente e é, portanto, mais novo. 

As fronteiras que separam as gerações não são claramente definidas, não podem deixar de ser ambíguas e atravessadas e, definitivamente não podem ser ignoradas.

Zygmunt Bauman

Mas a diferença de idades, que implica também em formas diversas de encarar a vida, não precisa, necessariamente ser uma competição, ou ponto de tensão: já pensou que podemos ter muito a aprender com aquela tia que passou por outras experiências de vida, quando o mundo era essencialmente analógico, ou com o primo mais novo, que manja tudo de tecnologia?

Antes de mais nada, é preciso entender o que é uma geração. Foi só depois da Segunda Guerra Mundial que grupos passaram a ser definidos pela Sociologia em torno de um conceito. Mais do que um recorte etário, o conjunto de comportamentos e acontecimentos culturais, sociais, políticos e tecnológicos caracteriza uma geração, que abrange quem nasceu em um intervalo de cerca de 25 anos.

Assim, dá para concluir que em cada contexto social, as pessoas vão ter ideias e opiniões específicas. Para nossos avós e os contemporâneos deles, por exemplo, era aceitável guardar dinheiro debaixo do colchão, em um período em que era mais raro abrir conta em banco. 

No caso dos nossos pais, muitos na casa dos 50 ou 60 anos, ter um emprego estável, de preferência no serviço público, e investir em um bem palpável e duradouro, como um imóvel, era a estratégia mais difundida e tida como a mais adequada. 

Já os millenials, adaptados aos recursos digitais e à internet, aderiram à fluidez que veio junto com a tecnologia: o que favorece com que ajustem a rota para seguir naquilo que acreditam. 

Por isso, valorizam mais as experiências do que a posse dos objetos. Assim, ganham espaço facilidades como o AirBnB, para compartilhar moradias, e serviços de carro por aplicativo, por exemplo. 

E quais são as gerações Y e Z ?

Mas você sabe o que são e o que caracteriza as tão faladas gerações Y e Z e em qual delas você se encaixa? Vem descobrir!

Millennials

O termo millennial como sinônimo da geração Y vem justamente de “milênio”: os integrantes desse grupo têm hoje entre 24 e 39 anos.

No Brasil, um em cada cinco brasileiros estão nessa faixa-etária: são 43,9 milhões de millennials no país, e somam 44% da População Economicamente Ativa (PEA).

É essa fatia da população que, antes da pandemia da covid-19, vinha se manifestando nas ruas por mais igualdade de gênero, proteção do meio ambiente e fim do racismo.

Para quem é mais jovem, pode até não se lembrar, mas essa época foi de grandes transformações: a globalização se consolidava e, com isso, a influência dos Estados Unidos sobre os demais países também se ampliou. A cultura norte-americana estava presente na alimentação, com os fast-foods, nas roupas, na música e no cinema.

Foi nesse clima que cresceram os millennials. No Brasil, eles testemunharam a chegada da MTV, o processo de redemocratização, a conquista da Copa do Mundo de 2002.

Inclusive, os millennials acabam ficando por mais tempo na casa dos pais, e a mudança para uma vida mais independente ocorre, geralmente, depois dos 30 anos. Até lá, estão mais focados na formação e em ter experiências de vida mais significativas. Para eles, isso é mais importante que bens de consumo. 

Ou seja, bem diferente da geração anterior, que até essa faixa de idade já tinha casa, emprego e família constituída. Isso porque os tempos são realmente outros. 

Os millennials querem encontrar um propósito no que fazem, ainda que isso signifique abrir mão de certa estabilidade, principalmente no trabalho. E isso pode significar a abertura de um negócio próprio. 

Aliás, essa geração vivenciou uma intensa mudança tecnológica. Se em 1980, os discos de vinil e a fita cassete dominavam o mercado, foram substituídos pelo CD na década seguinte.

Os computadores só saíram dos laboratórios e entraram nas casas das pessoas comuns em 1981. A conexão com a internet, antes discada e mediada por cabos, só se popularizou mesmo em 1983.

Os millennials cresceram enquanto essa revolução acontecia e foram se familiarizando com cada ferramenta, desde os novos smartphones ao uso intenso de aplicativos e redes sociais. Assim, passaram a ficar cada vez mais tempo conectados e se tornaram multitarefas.  

Geração Z 

A geração que vem logo depois dos millennials é a Geração Z. Nesse grupo, estão mais de 33,5 milhões de pessoas no Brasil, e têm entre 10 e 24 anos.

Eles viveram o que parecia inimaginável alguns anos antes: viram ser eleito o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, Barack Obama. A crise econômica de 2008, e a recessão que veio na esteira dela, também impactaram o comportamento dos nascidos entre 1995 e 2010.

Essa galera já nasceu nativa digital: ou seja, aprendeu a falar e se desenvolveu em meio à tecnologia. São jovens que não conhecem um mundo sem wi-fi ou telas touchscreen. Compartilhar e acompanhar vídeos em canais do Youtube ou perfis no TikTok são atividades comuns para eles. 

Por isso, para os GenZ, não há fronteiras entre o real e o virtual: ambos são parte essencial da rotina da geração. E isso tem implicações práticas: assim como na internet, em que tudo é imediato, também levam esse comportamento para fora da rede. Isso porque a vida acontece enquanto estão navegando: acompanham notícias, se relacionam com amigos, estudam e se divertem.

Mas a relação da GenZ com essas plataformas é diferente da geração anterior: ao invés das fotos de experiências perfeitas e filtradas no Instagram, costumam partilhar em seus posts os problemas e dificuldades da juventude.  Mostram que também enfrentam perrengues no dia a dia. 

Eles usam do humor para tratar das imperfeições da vida, em especial, com memes. É nesse contexto que tomam força movimentos como o body positive, por exemplo. O padrão que buscam é de mais saúde do que de beleza. São até conhecidos como a “Truegen”: geração da verdade, sem filtros.

Por isso, a GenZ rejeita os rótulos, sejam eles relacionados à profissão ou à sexualidade, e valorizam muito mais a fluidez.

Em meio a essa instabilidade dos tempos, em que tudo muda tão rápido, sobretudo quando se trata de tecnologias, e até relações pessoais, para o próprio futuro, os Zs querem de volta a estabilidade que tinha a Geração X: casa própria, emprego fixo.

Como cada geração lida com dinheiro?

Se concordamos que o contexto social de cada geração impacta na visão de mundo dos integrantes de cada uma delas, é de se imaginar que os millenials e os Zs têm maneiras distintas de tratar a questão do dinheiro.

Além do ideal de alinhar o trabalho com seu propósito de vida, a Geração Y também aplica essa ideia na hora de consumir. Um estudo do Sebrae aponta que esses consumidores estão de olho nas marcas, e compram de quem se posiciona de maneira coerente com seus valores e causas.

Um levantamento de 2018 do Instituto Akatu, que se dedica a promover o consumo consciente, mostra que 23% dos consumidores que se afirmam engajados têm entre 16 e 34 anos, o que abrange os Ys e Zs.

Outro ponto relevante para os Zs é a experiência de consumo que uma marca pode proporcionar. Um estudo da ABRH Brasil indica que 46% dos que integrantes da geração Z procuram por essa característica nas empresas na hora de comprar.

Finanças

Como nativos digitais que são, os Zs são mais autodidatas. Se viram sozinhos com tutoriais no YouTube de temas que não dominam, e isso também vale para as finanças pessoais: 39,7% deles aprenderam a manter o controle financeiro pesquisando na internet.

Mas, em busca de estabilidade, a GenZ é menos tolerante ao risco, e, desse modo, prefere investimentos mais seguros, como os de renda fixa: os ganhos são menores, mas há menos chances de perda.

Uma pesquisa do Sebrae com esses jovens demonstra que 53% deixam o dinheiro na poupança e outros 25% guardam as reservas em casa. Por outro lado, o levantamento aponta ainda o desejo que eles têm de empreender.

Já os millennials começam a se aventurar no mercado financeiro: os adultos dessa geração são os investidores que mais buscam por criptomoedas, por exemplo, considerado um investimento de risco, mas que é uma aplicação que pode ser feita pelo celular. As moedas digitais também são preferidas por parte desse grupo para pagar compras.

O comportamento de cada uma das gerações com o dinheiro.

Consumo

O estudo revela que 56% dos Zs costumam cair na tentação e gastar dinheiro por impulso, depois do estímulo à compra pelas redes sociais. São mais consumistas, mas isso não quer dizer que vão comprar qualquer coisa: os Zs almejam adquirir produtos e serviços de marcas responsáveis e que zelem por práticas de mercado mais sustentável, como também os Ys.

Para conseguir o dinheiro necessário, são menos criteriosos na escolha das vagas de trabalho do que os millenials (procuram por propósito, lembra?).

Os GenY preferem o acesso aos bens de consumo, do que serem donos dos produtos. Por isso, os millenials acabam preferindo morar de aluguel, pagar por serviços de streaming, ou ainda optam por segmentos da economia compartilhada

Banco digital

Adaptados à vida digital, tanto a GenY quanto a GenZ recorrem em peso a esses recursos ofertados pelos bancos. No caso dos Zs, 57% deles têm cartão de crédito; desse grupo, 34% têm um cartão digital. Além disso, 25% das contas abertas por esses jovens são exclusivamente digitais.

Quanto aos millennials, também preferem resolver os assuntos bancários pelos meios digitais: se for pelo aplicativo no celular, melhor ainda, porque podem trocar filas e burocracia pelos toques na tela.

Em que medida conflitos de gerações se mantêm atualmente?

Com certeza você já ouviu falar no termo “cringe”. No último mês, o conflito entre as gerações está sintetizado nesse temo. Popular entre a GenZ, a palavra inglesa descreve aquela sensação de vergonha alheia e foi “capturada” também pela GenY.

Pelas redes sociais, as comparações entre os comportamentos de cada uma das gerações alimentaram testes e quizzes para saber se você tem mais características atribuídas a uma ou outra geração.

Tomar café da manhã, usar calça skinny, falar nos boletos a pagar…Tudo isso é dito “cringe”, coisa de millennial. Já dancinhas no TikTok e k-pop, são tendência entre a GenZ e alvo de acusações de “vergonha alheia” por parte da Geração Y.

Mas o provável mesmo é que os aspectos de ambas se misturem entre os integrantes de cada geração. As gerações não são um recorte definitivo, e os indivíduos podem transitar entre elas, se comportando com traços de uma ou de outra.

Mais do que diferenças, as gerações compartilham similaridades: a GenY deu o pontapé em comportamentos que iriam se consolidar na geração seguinte: com a preocupação com uma sociedade mais igualitária e o uso da internet e da tecnologia como ferramenta para buscar mais direitos e promover algum tipo de transformação social.

Além disso, no campo profissional, essas duas gerações já estão se encontrando: enquanto os millennials já estão há mais tempo no mercado de trabalho, a GenZ está terminando a faculdade, os estagiários e recém-formados também estão entrando nas empresas.

Como solucionar o conflito de gerações?

Então, sobretudo nesses ambientes corporativos, o mais produtivo é aproveitar as potencialidades desse encontro: se, por um lado, os millennials valorizam a liberdade, a autonomia e a colaboração, a GenZ é mais realista e hiperconectada.

Mais do que esse lado da convivência no ambiente de trabalho, interagir e conversar com pessoas de idades e gerações diferentes é um exercício de empatia: você se abre para o novo, e tem a chance de se colocar no lugar do outro, além de aprender com essas diferenças.

Um banco para gerações da era digital

Em um mundo onde os consumidores tanto da Geração Y quanto da Geração Z estão no digital, e pesquisam as melhores taxas e buscam a validação do serviço por outros usuários, o Banco do Brasil tem produtos que se adequam a esse perfil.

A Conta Jovem BB é oferecida para quem ainda não está na faculdade, mas quer ou precisa movimentar o próprio dinheiro. A modalidade é voltada para os jovens entre 12 e 21 anos incompletos.

Mas, se você passa horas na frente do computador, jogando on-line com os amigos, e já ficou com aquela dor nas costas pelo incômodo de uma cadeira desconfortável, pode estar interessado então em outro produto pensado para facilitar o acesso a quem é adepto da prática: é o Consórcio Gamer. Você pode até fazer uma simulação e dar um start na sua vida financeira

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