Vivemos em um mundo cada vez mais dependente da internet e dos smartphones, que nos acompanham em quase todas as ocasiões. No Brasil, os aparelhos são o principal meio de acesso à rede.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2017 e 2018, o percentual de pessoas de dez anos ou mais as quais acessaram a internet pelo celular passou de 97% para 98,1%.
Ou seja, os telefones móveis passaram a figurar entre os nossos bens mais valiosos e conter as informações mais importantes das nossas vidas, como as contas bancárias, os e-mails e os outros dados confidenciais, o que os torna alvos perfeitos para fraudes e roubos de identidade.
De acordo com a Secure-D, plataforma antifraude da Upstream (empresa que atende mais de 31 operadoras de telefonia em 20 países), somente nos três primeiros meses de 2019, foram encontrados 14,5 mil aplicativos maliciosos destinados ao Android na Play Store. Já no primeiro trimestre de 2020, o número dobrou para 29 mil.
Por isso, ao baixar um app, é necessário tomar importantes medidas de segurança. Confira a seguir as dicas que separamos:
1. Baixe apps somente das lojas oficiais
As lojas oficiais dos sistemas operacionais dos smartphones, como a Play Store e a App Store, são muito mais seguras para baixar aplicativos, pois elas exigem que os desenvolvedores sigam as normas e os parâmetros de qualidade e segurança.
Além disso, essas plataformas contam com uma fiscalização mais eficiente, barrando apps falsos que imitam aplicativos originais de empresas ou organizações.
2. Mantenha o seu telefone sempre atualizado
As versões mais recentes dos sistemas operacionais (Android ou iOS) apresentam atualizações de segurança importantes, como brechas descobertas e até mesmo novas barreiras que previnem ataques.
Se o seu telefone não suportar o update, é importante instalar um antivírus ou scanner de malware.
3. Cheque as permissões pedidas pelo app
Você sabia que, além de ler os contratos ou as cláusulas de autorização online, existem outras formas de cuidar da sua privacidade e segurança? Uma delas é checar quais permissões o aplicativo instalado lhe pede.
Apps de bancos ou de cartões de crédito, por exemplo, precisam de acesso à localização para ajudar os sistemas de segurança e de detecção de fraudes. Mas nem todos os aplicativos necessitam dessas funcionalidades.
Por isso, vale a pena se perguntar quais permissões fazem sentido, afinal, um simples app de alarme não precisa ter acesso ao seu histórico de ligações, não é mesmo?
No momento da instalação, muitos aplicativos já demonstram quais funcionalidades irão utilizar e solicitam a permissão.
Outros mostram um aviso na primeira vez que tentam acessar algo. Fique de olho nos seus apps e repense.
4. Não repita senhas
Essa dica é a mais importante e vale para toda a sua vida. Repetir senhas enfraquece a sua segurança, por isso, se você utiliza o mesmo password para tudo, inclusive em cadastros de lojas online, repense a sua atitude.
Se o sistema de uma dessas lojas for hackeado ou sofrer uma brecha de segurança, a sua senha estará à disposição de criminosos, que poderão usar máquinas para tentar acessar milhares de contas ao mesmo tempo (redes sociais, e-commerces, e-mails), ou ainda pegar os seus dados e tentar obter as suas demais informações.
Para facilitar, use um gerenciador de senhas. Existem ótimas opções que permitem criar senhas mais complexas.
Essas plataformas são criptografadas, e só é necessário lembrar o código de acesso a elas, o qual deve ser único, seguro e inédito. Lá você terá as outras senhas dos serviços que utiliza.
5. Seja prudente nas redes sociais
Não coloque o seu endereço no perfil nem marque a localização exata da sua casa. Além de ser perigoso no mundo real, esse excesso de informações pode ser um problema para a privacidade no âmbito virtual.
Muitos apps funcionam com um login integrado às redes sociais. Isto é, ao criar uma conta neles, você pode dar acesso automático ao que está no seu perfil, como todas as informações pessoais, as fotos, os lugares onde realizou check-in, a lista de amigos, etc.
Se o aplicativo for de um desenvolvedor mal-intencionado, os seus dados poderão ser compartilhados ou até mesmo vendidos.
Por isso, tenha cuidado com as informações pessoais que estão disponíveis nas suas redes sociais. Nunca é demais lembrar que o seguro morreu de velho!
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