O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Brasília apresenta até o dia 19 de setembro a primeira edição do festival Luz da África, mostra de cinema e cultura que propõe um mergulho profundo ao multifacetado continente africano.
Além dos filmes, o evento traz apresentações musicais, roda poética, contação de histórias e rodas de conversa com diretoras de cinema e personalidades convidadas.
A mostra conta com a participação das Embaixadas Africanas no Brasil para colorir as atividades com seus sabores e rica diversidade cultural.
Luz da África traz 13 filmes selecionados entre a produção cinematográfica recente assinada por mulheres e premiada nas edições de 2017 a 2020 do célebre NYAFF – New York African Film Festival, evento que acontece há 30 anos e que trabalha para dar visibilidade às artes e à cultura de países africanos.
Cinema feminino
O recorte da curadoria se concentrou na cinematografia feminina e leva a assinatura da atriz Maria Gal, da produtora e diretora Carina Bini e da cantora e pesquisadora americana Alissa Sanders.
Dentre os 13 títulos selecionados pela curadoria, estão produções como Subira, de Ravneet Chandha, sobre uma mulher de espírito livre que luta contra os costumes tradicionais do país.
De 2018, o filme foi o primeiro a ser indicado ao Oscar pelo Quênia. Também queniano, Lua Nova, de Philippa Ndisi-Herrmann, recebeu vários prêmios em 2018 ao abordar os impactos da construção de um moderno porto sobre a vida de uma pequena ilha islâmica.
A programação inclui ainda Min Alesh?, filme etíope de 2019, que fala sobre a paixão de uma mulher pela corrida e de como esse esporte pode ajudar a mudar a vida de toda a família.
Também O Som das Máscaras, uma coprodução Moçambique, África do Sul e Portugal, que promove uma viagem pelo passado e presente de Moçambique, através da dança e da contação de histórias.
Durante a mostra, o público poderá conhecer mais da vida, da cultura e das questões sociais que caracterizam a realidade de diferentes povos, através do olhar e do pensamento de diretoras negras de diferentes países.
A mostra contempla também a produção brasileira, com filmes assinados por diretoras negras.
Segundo conta a curadora e diretora da mostra, Carina Bini, a curadoria se preocupou em apresentar a multiplicidade de linguagens deste universo das narrativas com protagonismo feminino de diversas nacionalidades do continente africano.
A curadora ressalta que “Luz da África é mais uma ponte para nos aproximar e nos fazer conhecer mais a fundo o continente africano.
O olhar para a cultura africana nos leva ao espelhamento de nós mesmos, num resgate de nossas raízes e ancestralidade que permeiam a grande maioria da população brasileira.”
Seguindo a tendência atual dos eventos de cinema ao redor do mundo, Luz da África é um evento híbrido, com programação presencial no CCBB Brasília até dia 05 de setembro, e depois, de 6 a 19 de setembro, será exibida toda a programação de Luz da África, em versão on-line, pela plataforma: bb.com.br/cultura
Conheça a programação completa.
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