Uma torcida com mais de um milhão de pessoas. Não, não é um time de futebol. Aqui, o esporte, ou melhor, o eSport que movimenta multidões apaixonadas pelos seus craques é outro. Aqui é CS:GO na veia, irmão!

Para você que não está ligado no mundo gamer, CS:GO é a sigla de Counter-Strike: Global Offensive, um jogo eletrônico multiplayer — ou seja, que você pode jogar simultaneamente com outras pessoas — no qual times de terroristas e de contra-terroristas se enfrentam em cenários de guerra.

Há um bom tempo, o jogo se tornou um fenômeno que ultrapassou os limites dos computadores caseiros e das Lan Houses. Falar em CS:GO hoje significa falar de jogos com transmissão online, campeonatos mundiais e até de torcidas organizadas.

Torcidas Organizadas

Em São José dos Campos, interior de São Paulo, uma galera já se reuniu pela internet e criou, no mês passado, uma torcida organizada para o Made in Brazil (MiBR), equipe de CS:GO. De acordo com o grupo, já são mais de 200 membros de todo o Brasil e a Mancha Negra, nome dado à torcida, está pronta para se encontrar pessoalmente, quando não houver mais a necessidade do distanciamento social.

Tudo bem, 200 pode não ser um número muito impressionante, mas, em Sorocaba, um outro grupo, formado há mais tempo, conseguiu reunir mais de um milhão de membros cadastrados — entre torcedores e jogadores. É a Gamers Club, que tem entre os seus fundadores o FalleN, de quem vamos falar logo mais.

Profissão: Gamer

“Meu sonho é um dia ganhar a vida jogando videogame.” Tá aí um número que não dá nem pra estimar: quantas vezes essa frase já deve ter sido repetida no mundo. O fato é que o crescimento dos eSports se agiganta cada vez mais. Para você ter ideia, é normal que um jogador top chegue a receber US$ 60 mil por ano (cerca de R$ 300 mil). 

Claro que esses valores não são para qualquer um. Como em outros esportes, para estar entre os melhores, tem que ter uma boa dose de talento e disposição para treinar pesado.

Dados sobre a profissão Gamer e CS:GO, ilustração. Banco do Brasil

Mas é, sim, possível ganhar a vida jogando videogame. Seja participando de competições, de torneios ou de projetos online. Atualmente, os jogadores conseguem receber quantias apenas para jogar ao vivo. Esse sonho já foi realizado por alguns dos gamers mais feras do mundo. E eles estão aqui no Brasil também.

Os valores variam de acordo com o jogo, com o nível de habilidade, vitórias e patrocínios. Os jogadores mais bem pagos são os de CS:GO, pois hoje é o jogo de maior popularidade. 

Feras BR do CS:GO

O Brasil tem vários jogadores na elite, reconhecidos e temidos mundialmente.

O FalleN, que citamos mais cedo, como um dos fundadores da Gamers Club é, na verdade, Gabriel Toledo. Entre os gamers BR, também é chamado de “O Poderoso Chefão”. Seus ganhos no CS:GO devem alcançar em breve a marca de US$ 1 milhão. Em 2015, ele foi nomeado como a pessoa mais influente dos eSports.

Além dele, temos também o Marcelo David, o Coldzera, o terceiro gamer mais bem pago no Brasil, considerado o melhor jogador de CS:GO do mundo em 2016 e em 2017. Coldzera fez parte da Made in Brazil, equipe que fez história nos eSports com alguns dos melhores do mundo. A MiBR foi uma das primeiras organizações da modalidade no Brasil.

O fenômeno Gaules

É outro nome que realmente tem um lugar especial no coração da galera. Alexandre Borba Chiqueta, mais conhecido como Gaules, jogou CS:GO profissionalmente por 10 anos e foi o primeiro treinador de Counter-Strike a ganhar o mundial, em 2007, com a equipe MiBR. 

Gau, como chamam os mais chegados, hoje é streamer e reúne uma legião de fãs intitulada “A Tribonera”. Para eles, o negócio é mostrar para o Brasil que “isso daqui não é só um jogo” e que “a máquina de sonhos continua funcionando”. Trechos do rap composto em sua homenagem.

Em 2021, ele segue firme no seu canal no Twitch — chamado Gaules mesmo — e chegou a ser o mais assistido do mundo na plataforma. Segundo o eSports Charts, foram mais de 5 milhões de gamers acompanhando suas lives na primeira semana de fevereiro.  

Tamo Junto Nesse Game

Dentro dessa onda, o Banco do Brasil foi o primeiro banco a apoiar os eSports no país, desde 2018. O portal #TamoJuntoNesseGame traz dicas, novidades, entrevistas e uma seção dedicada ao Gaules, com histórias e dicas de quem segue mantendo “a máquina dos sonhos” funcionando. E quanta história!

CS:GO – Fire in the hole!

Para quem quer conhecer melhor o universo das competições de CS:GO ou, quem sabe, começar uma carreira, em fevereiro tivemos dois campeonatos importantes. O tradicional IEM Katowice, que foi disputado em estúdio nesta edição de 2021, e o início da série qualificatória do BLAST Premier. 

No IEM Katowice, duas equipes BR: a Fúria, que já está na fase principal da competição, e a Boom, que disputou o Play-in, tipo uma Pré-Libertadores. A competição rolou entre os dias 16 e 28 de fevereiro, oferecendo 1 milhão de dólares, cerca de R$ 5.400.000 em premiações.

Já o BLAST Premier contou com a participação da MiBR. O formato é de séries qualificatórias até chegar à Final Mundial, fechando o ano. É uma competição extremamente organizada, com eventos de qualificação e fases finais regionais.

Os torneios da série BLAST Premier terão um prêmio combinado em dinheiro de US$ 2.475.000, cerca de R$ 1.300.000.

E aí, bateu a vontade de se profissionalizar? O BB tem uma solução que é o maior incentivo para montar toda a sua base gamer. 

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