Por Carolina Guarçoni Pereira Lopes – gerente de saúde e engajamento (psicóloga) e Dra. Juliana Padula Campello – gerente de saúde ocupacional (médica)
Como você tem se cuidado nos últimos anos? Você sabia que o autocuidado ajuda na prevenção e no tratamento de doenças emocionais?
Sim, comer bem, praticar atividade física com regularidade e dedicar tempo para lazer são medidas simples e com um importante impacto na nossa saúde.
Hoje, já existem estudos que mostram que alguns alimentos ajudam no controle da ansiedade e melhoram a qualidade do sono.
Assim como alguns tipos de exercício físico são mais indicados para melhora da concentração.
Mas sabemos que em alguns casos essas medidas não são suficientes.
Para aqueles que começam a apresentar sinais de adoecimento, com comprometimento das atividades diárias, é preciso iniciar tratamento e acompanhamento com psicólogos e psiquiatras. Afinal, isso também é autocuidado!
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Saúde mental nas empresas
Nas empresas, não podemos dizer que as doenças psiquiátricas são novidade nos consultórios de medicina ocupacional.
Apesar de alguns estudos apontarem que apenas 50% dos funcionários buscam ajuda terapêutica, vimos observando um número crescente de faltas no trabalho por motivo de adoecimento mental, ainda que venham por meio de uma dor de cabeça, distúrbios gastrointestinais, entre outros.
E o problema não está apenas com as pessoas que se afastam, mas também entre aqueles que têm sua produtividade afetada e que perdem a capacidade de foco, o que aumenta a ansiedade e agrava o problema.
A verdade é que o tema é muito sensível e ainda muito estigmatizado.
A maioria dos funcionários não comentam sobre o adoecimento mental por medo de preconceitos, julgamentos ou ainda que a doença seja vista como sinal de fraqueza e que atrapalharia o crescimento profissional.
Assim, buscar ambientes de trabalho psicologicamente seguros começa com a desmistificação do tema.
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Campanha Setembro Amarelo
A campanha do “Setembro Amarelo”, que teve início no Brasil em 2015, traz o tema à tona e tem como objetivo ajudar na conscientização e prevenção do suicídio, que afeta um número crescente de pessoas e está intimamente ligada a doenças psiquiátricas.
Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais, especialmente à depressão e ao transtorno bipolar.
É preciso que o tema saúde mental seja tratado com seriedade e empatia, sem culpabilização.
Sabemos que acolher e ajudar alguém em sofrimento não é uma habilidade inata, por isso é preciso que aprendamos sobre as formas de reconhecer no outro, e em si, os sinais e os sintomas, bem como as formas de abordar e encaminhar para ajuda especializada.
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Como o BB cuida da saúde mental dos seus funcionários
Aqui no BB, cuidamos das pessoas com um olhar voltado para saúde e para a qualidade de vida de cada um dos funcionários.
E foi a partir desse olhar que foi lançado, agora em setembro, o Programa Saúde Mental.
O Programa está ancorado em cinco pilares, envolvendo diferentes ações e níveis de prevenção, para que possamos tratar o indivíduo como um todo, com foco na sua saúde integral.
A ideia é abordar a saúde mental sob diversos aspectos, desde a tríade “atividade física + comida de verdade + consciência plena” até consultorias especializadas em ergonomia para todos os times, apoio psicológico para os funcionários e o desenvolvimento de ações exclusivas pensadas para capacitar as lideranças na importância do tema.
Afinal, cuidar do que é valioso para as pessoas começa em casa.
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